sexta-feira, 24 de julho de 2009

O Obama da Rússia?

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Uma front page do jornal populista "Tvoi Den" (é claro que a capa nada tem que ver com a notícia)

Um homem nascido há 37 anos na Guiné-Bissau, Joaquim Crima, que se naturalizou russo e adoptou o nome de Vasili Ivanovich, é candidato a presidente do município de Sredniaia Akhtuba (região de Volgogrado) nas autárquicas de 11 de Outubro. “Tenho uma oportunidade de mudar as coisas para melhor e tenho a obrigação de o fazer”, disse à AFP, referindo o mau estado das estradas e das condutas de água potável naquele pequeno município de uns 13.000 habitantes, no Sul da Rússia.

“Se isto é uma democracia, por que é que me devia retirar?”, perguntou o imigrante, que é casado com uma arménia e tem um filho de nove anos, vivendo da venda de melancias que são cultivadas pelo sogro. A comissão eleitoral local nota que este natural da cidade de Bolama não irá ser levado muito a sério; e que se votarem nele será só “por brincadeira” ou numa manifestação de protesto contra o estado degradado da política russa.

Mais cedo ou mais tarde a Rússia ficará pronta para o seu Obama”, disse Joaquim “Vasili Ivanovich” Crima, que chegou à região de Volgogrado (antiga Estalinegrado) nos últimos dias da União Soviética, com o fito de vir a ser professor universitário. Mas como a vida nem sempre evolui no sentido que se deseja anda a vender produtos hortícolas e sonha agora vir a ser autarca.

Ao jornal populista “Tvoi Den”, um dos poucos que falaram dos seus projectos, este cidadão do mundo garantiu com ironia que “trabalharia como um negro” para o bem do povo de Srediaia Akhtuba. Com agencias