A vida é expressão. De uma ideia, de uma emoção, de um conhecimento. Quem quer que queira um lugar na sociedade, tem de aprender a dar forma ao que sente, ao que sabe e ao que quer. A imagem, neste aspecto, é omnipotente; Mas a escrita, essa, permanece insubstituível - evidentemente.
Por muitas e variadas razões, escolhi o caminho da escrita. Escrevo para me libertar. De tudo e de nada. Quando estou bloqueado, não há nada a fazer - o cigarro torna-se azedo, os cafés não sabem a nada. Por isso mesmo tenho gavetas cheias a transbordar de manuscritos inacabados, pois opto sempre por começar um novo texto – “este sim, o melhor!” - do que por acabar os já iniciados. Uma coisa é certa: não me faltam ideias para situações e personagens. E as gavetas a transbordarem...
Escrever não é um processo puramente racional, nem puramente intuitivo. Não basta alinhar palavras umas a seguir às outras, improvisar ou sequer ter boas intenções. Talvez por isso a escrita, para mim, é especial. É especial na medida em que cada um pode depois ler-me ao seu ritmo, pode voltar atrás, pode saltar passagens, até amaldiçoar-me se for o caso.
Os ingredientes para que o leitor se sinta ‘agarrado, são a intuição, o sentimento e doses industriais de imaginação. São estas as fontes de onde brota a escrita. Não se pode ensinar um alguém a ter ideias, apenas se podem oferecer sugestões sobre algo, o seu desenvolvimento, a formação e a realização de uma ideia original.
Ontem, queixava-me, amuado, a uma amiga: “estou bloqueado, não consigo escrever” - mas o que eu pensava realmente era que estava acabado. Quando me dá uma ‘branca’, entro em pânico - um pânico controlado e necessário. E normalmente telefono às pessoas minhas amigas.
Chegado aqui, entra em campo a minha grande confiança: penso mesmo que este ser humano que vos escreve, com todos os seus defeitos e limitações, tem capacidades suficientes para se preservar e inteligência bastante para se melhorar.
Se eu não acreditasse nisso, não teria uma razão para escrever. Uma coisa é certa: quer o tempo que levo a pensar em escrever, quer o tempo realmente passado a escrever enchem-me as medidas todas. Penso primeiramente no meu leitor e facilito-lhe a leitura. Como não sou adepto de textos longos – pois corres o risco de ninguém te ler – tenho a vida facilitada. E os meus seguidores e leitores, também.
Ainda que não aplique sistematicamente esta técnica à letra, utilizo-a com a maior frequência possível, pois só assim multiplicarei as possibilidades de ser (cada vez mais) lido. Não é este, afinal de contas, o único objectivo que pretendo? É. Desenganem-se os que pensavam o contrário. AAS
quarta-feira, 11 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Gela & Mela
"Virtude: és bastante inteligente, seguro e meigo.
Defeitos: agressivo, 'turmentadu'. Resumindo, uma desgraçada tentação ambulante".
M/R: Quem fala assim não é gago... Agora, adivinhem quem é... AAS
Defeitos: agressivo, 'turmentadu'. Resumindo, uma desgraçada tentação ambulante".
M/R: Quem fala assim não é gago... Agora, adivinhem quem é... AAS
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Djintis djunta sintidu...
Estranho. O 1º Ministro reúne-se com o 'Grupo do Não aos 50 Fcfa', no dia 31, e solicita uma espécie de proposta. Reúne o Conselho de Ministros no dia 2 e este vota a favor dos 50 Fcfa.
Curioso, foi o facto de o 1º Ministro ter ido a despacho com o o Presidente da República com a proposta do Governo debaixo do braço...e, sem passar por ninguém, entrega-o ao PR. No dia seguinte - dia 3, a lei vem publicada no Boletim Oficial, ou seja, foi promulgada por Malam Bacai Sanha!? Curioso. E estranho.
Ditadura do Consenso, no dia 2, perguntou a três pessoas com responsabilidades na Presidência, se essa proposta havia sido promulgada. A resposta variou, mas deu no mesmo: "Isso ainda não chegou cá"; "Não passou pelas minhas mãos". Mas devia ter passado. AAS
Curioso, foi o facto de o 1º Ministro ter ido a despacho com o o Presidente da República com a proposta do Governo debaixo do braço...e, sem passar por ninguém, entrega-o ao PR. No dia seguinte - dia 3, a lei vem publicada no Boletim Oficial, ou seja, foi promulgada por Malam Bacai Sanha!? Curioso. E estranho.
Ditadura do Consenso, no dia 2, perguntou a três pessoas com responsabilidades na Presidência, se essa proposta havia sido promulgada. A resposta variou, mas deu no mesmo: "Isso ainda não chegou cá"; "Não passou pelas minhas mãos". Mas devia ter passado. AAS
domingo, 8 de maio de 2011
Mão, procura-se. Em Djal...
Em Djal, as coisas complicam-se. Para já: 3 homens da etnia Balanta foram mortos, assim como um da etnia Papel. O CEMGFA, António Indjai, foi ao local garantir que o terreno em causa - usado para a plantação do caju - ficará para o Estado. O problema agora é encontrar uma mão, pertencente a um dos balantas. Bitchofla Na Fafé fez o pedido: "se entregaram o corpo, para quê esconder a mão?".
Entretanto, procura-se o terceiro cadáver, escondido pelos papéis - dizem os populares - "debaixo dos cajueiros"... AAS
Entretanto, procura-se o terceiro cadáver, escondido pelos papéis - dizem os populares - "debaixo dos cajueiros"... AAS
Morre-se em Djal
A localidade Djal, perto de Safim, viveu ontem momentos de terror. Do lado dos papéis, um morto; dos Balanta, duas mortes. Um balanço terrível, por causa da disputa de terrenos.
Houve mutilações. Neste momento, Bitchofle Na Fafé, tenta, no terreno mediar este conflito, com a ajuda dos deputados da zona, Cipriano Cassamá e 'Zé N'Pú'.
Dezenas de militares e polícias do Ministério do Interior, armados com metralhadoras AK-47, estão no terreno nesta localidade às portas da capital, Bissau.
Para já, conseguiu-se que um cadáver - da etnia Papel fosse devolvido. É por demais evidente que os guineenses andam com os nervos à flor da pele. E demonstram-no da pior maneira possível. AAS
Houve mutilações. Neste momento, Bitchofle Na Fafé, tenta, no terreno mediar este conflito, com a ajuda dos deputados da zona, Cipriano Cassamá e 'Zé N'Pú'.
Dezenas de militares e polícias do Ministério do Interior, armados com metralhadoras AK-47, estão no terreno nesta localidade às portas da capital, Bissau.
Para já, conseguiu-se que um cadáver - da etnia Papel fosse devolvido. É por demais evidente que os guineenses andam com os nervos à flor da pele. E demonstram-no da pior maneira possível. AAS
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Hasta siempre!
Cooperação Guiné-Bissau/Cuba: saúde
88 médicos guineenses, formados em várias regiões da Guiné-Bissau, recebem em setembro os seus diplomas de curso. A cooperação com Cuba está a dar frutos - quer na saúde como na educação.
Cuba, como sempre, cumprirá com o que disse o insigne líder Amílcar Cabral - "Os combatentes cubanos estão dispostos a sacrificar as suas vidas pela libertação dos nossos países e, em troca dessa sua ajuda à nossa liberdade e ao progresso da nossa população, a única coisa que nos levarão são os combatentes que caíram na luta pela liberdade". Os tempos são outros, é claro, mas os objectivos são os mesmos. Muchas gracias compañeros. AAS
88 médicos guineenses, formados em várias regiões da Guiné-Bissau, recebem em setembro os seus diplomas de curso. A cooperação com Cuba está a dar frutos - quer na saúde como na educação.
Cuba, como sempre, cumprirá com o que disse o insigne líder Amílcar Cabral - "Os combatentes cubanos estão dispostos a sacrificar as suas vidas pela libertação dos nossos países e, em troca dessa sua ajuda à nossa liberdade e ao progresso da nossa população, a única coisa que nos levarão são os combatentes que caíram na luta pela liberdade". Os tempos são outros, é claro, mas os objectivos são os mesmos. Muchas gracias compañeros. AAS
UE pelo Cano abaixo
No dia 14 de Abril, deu entrada uma queixa crime na delegação do Ministério Público junto à Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau. ANA MARIA CANO SERRANO, attaché para os assuntos contratuais e financeiros nos escritórios da União Europeia, em Bissau, foi a protagonista do maior escândalo de que há memória nos vários balcões que o Banco da África Ocidentel – BAO, tem na cidade de Bissau.
Ditadura do Consenso teve acesso à documentação. Segue a história:
À Sra. Cano Serrano, foi permitido que abrisse uma conta no balcão-sede do BAO sem depositar qualquer quantia em espécie, não solicitando, na altura, nem o livro de cheques nem o cartão multibanco. Dias depois – a 13 de abril - a ‘cliente’ dá entrada no edíficio-sede do BAO, com o objectivo de ‘verificar’ a sua conta bancária.
Passam mais uns dias, e a senhora Cano Serrano regressa ao banco para utilizar o seu cartão de crédito. Como não sabia os preocedimentos, ficou na fila de espera para ser atendida. Devia ter-se dirigido directamente ao balcão de atendimento.
Contudo, nesse dia 13, uma funcionária do BAO - N.C.M, sub-gerente do balcão central, tendo-se apercebido de que a senhora Serrano não havia solicitado nem o cartão nem o livro de cheques, ofereceu-se para a ajudar, prestando toda a informação, incluindo o preenchimento dos formulários. E explicou à senhora Serrano que tudo estava a ser feito «em regime de excepção», pois não tinha a conta aprovisionada. Disse-lhe ainda que o cartão multibanco só daí a 3 semanas uma vez que são feitos no exterior.
É aqui que o caldo se entorna. A senhora Serrano desata aos berros, deixando os clientes e as testemunhas estupefactos. E, aos gritos, disse a quem a queria ouvir que «a conta dela passaria a ter muito dinheiro», acrescentando que se necessário fosse «pagaria os salários da sub-gerente e dos demais funcionários» do BAO. Ameaçou «encerrar a conta» - que não tinha dinheiro.
Mantendo a calma, a zelosa funcionária do BAO, consciente da sensibilidade do serviço de clientes, deixou passar. Levantou-se então na direcção da impressora, para ir buscar a informação acerca do SWIFT da conta da sra. Serrano.
Frustrada pela falta de respostas às suas atitudes de malcriada, a sra. Serrano resolveu agredir a sub-gerente, dando-lhe e de forma agressiva, uma violenta palmada no braço (a palmada foi dirigida à cara da sub-gerente, o que só não aconteceu porque ela se encontrava em movimento). Numa acção de auto-defesa, a sub-gerente segurou-a pelo braço e no pescoço para evitar mais ataques.
Várias pessoas (incluindo da UE), assistiram a esta atitude impensável e bárbara por parte de uma alta funcionária da União Europeia, que representa os interesses dos 27 Estados-membros, europeus, na Guiné-Bissau.
Ainda assim, a sub-gerente dirigiu-se à sra. Serrano, entregoando-lhe a cópia impressa do SWIFT da sua conta, a qual a sra. Serrano, de forma selvática... RASGOU à frente das pessoas que assistiam com perplexidade, gritando que «não precisava do banco para nada». AAS
Ditadura do Consenso teve acesso à documentação. Segue a história:
À Sra. Cano Serrano, foi permitido que abrisse uma conta no balcão-sede do BAO sem depositar qualquer quantia em espécie, não solicitando, na altura, nem o livro de cheques nem o cartão multibanco. Dias depois – a 13 de abril - a ‘cliente’ dá entrada no edíficio-sede do BAO, com o objectivo de ‘verificar’ a sua conta bancária.
Passam mais uns dias, e a senhora Cano Serrano regressa ao banco para utilizar o seu cartão de crédito. Como não sabia os preocedimentos, ficou na fila de espera para ser atendida. Devia ter-se dirigido directamente ao balcão de atendimento.
Contudo, nesse dia 13, uma funcionária do BAO - N.C.M, sub-gerente do balcão central, tendo-se apercebido de que a senhora Serrano não havia solicitado nem o cartão nem o livro de cheques, ofereceu-se para a ajudar, prestando toda a informação, incluindo o preenchimento dos formulários. E explicou à senhora Serrano que tudo estava a ser feito «em regime de excepção», pois não tinha a conta aprovisionada. Disse-lhe ainda que o cartão multibanco só daí a 3 semanas uma vez que são feitos no exterior.
É aqui que o caldo se entorna. A senhora Serrano desata aos berros, deixando os clientes e as testemunhas estupefactos. E, aos gritos, disse a quem a queria ouvir que «a conta dela passaria a ter muito dinheiro», acrescentando que se necessário fosse «pagaria os salários da sub-gerente e dos demais funcionários» do BAO. Ameaçou «encerrar a conta» - que não tinha dinheiro.
Mantendo a calma, a zelosa funcionária do BAO, consciente da sensibilidade do serviço de clientes, deixou passar. Levantou-se então na direcção da impressora, para ir buscar a informação acerca do SWIFT da conta da sra. Serrano.
Frustrada pela falta de respostas às suas atitudes de malcriada, a sra. Serrano resolveu agredir a sub-gerente, dando-lhe e de forma agressiva, uma violenta palmada no braço (a palmada foi dirigida à cara da sub-gerente, o que só não aconteceu porque ela se encontrava em movimento). Numa acção de auto-defesa, a sub-gerente segurou-a pelo braço e no pescoço para evitar mais ataques.
Várias pessoas (incluindo da UE), assistiram a esta atitude impensável e bárbara por parte de uma alta funcionária da União Europeia, que representa os interesses dos 27 Estados-membros, europeus, na Guiné-Bissau.
Ainda assim, a sub-gerente dirigiu-se à sra. Serrano, entregoando-lhe a cópia impressa do SWIFT da sua conta, a qual a sra. Serrano, de forma selvática... RASGOU à frente das pessoas que assistiam com perplexidade, gritando que «não precisava do banco para nada». AAS
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O Maior Bem
Florbela Espanca (1894-1930), teve uma vida breve porém intensa. Dramas familiares e tragédias não faltaram. Este poema, publicado postumamente como apêndice, faz parte da 2ª edição de Charneca em Flor - considerada a sua obra-prima:
O Maior Bem
Este querer-te bem sem me quereres,
Este sofrer por ti constantemente,
Andar atrás de ti sem tu me veres
Faria piedade a toda a gente.
Mesmo a beijar-me, a tua boca mente...
Quantos sangrentos beijos de mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente,
E quanto engano nos seus vãos dizeres!...
Mas que me importa a mim que me não queiras,
Se esta pena, esta dor, estas canseiras,
Este mísero pungar, árduo e profundo,
Do teu frio desamor, dos teus desdéns,
É, na vida, o mais alto dos meus bens?
É tudo quanto eu tenho neste mundo?
Florbela Espanca
O Maior Bem
Este querer-te bem sem me quereres,
Este sofrer por ti constantemente,
Andar atrás de ti sem tu me veres
Faria piedade a toda a gente.
Mesmo a beijar-me, a tua boca mente...
Quantos sangrentos beijos de mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente,
E quanto engano nos seus vãos dizeres!...
Mas que me importa a mim que me não queiras,
Se esta pena, esta dor, estas canseiras,
Este mísero pungar, árduo e profundo,
Do teu frio desamor, dos teus desdéns,
É, na vida, o mais alto dos meus bens?
É tudo quanto eu tenho neste mundo?
Florbela Espanca
sexta-feira, 29 de abril de 2011
PJ deteve cidadã caboverdeana que transportava 3 kilos de cocaína
O director-geral adjunto da PJ, Edmundo Mendes, revelou hoje que a Polícia Judiciária deteve na passada 2ª feira, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, uma cidadã caboverdeana que estava na posse de 3 kilos de cocaína.
A PJ não revelou o nome da cidadã em causa, que já foi entregue ao Ministério Público, aguardando nos calabouços a decisão. A droga saiu do Brasil. Edmundo Mendes mostrou-se preocupado com O tráfico de droga e apelou à população que ajude a polícia no combate a este flagelo. AAS
A PJ não revelou o nome da cidadã em causa, que já foi entregue ao Ministério Público, aguardando nos calabouços a decisão. A droga saiu do Brasil. Edmundo Mendes mostrou-se preocupado com O tráfico de droga e apelou à população que ajude a polícia no combate a este flagelo. AAS
Reviravolta: Conselho de Ministros aprova pagamento de 50 fcfa por kilo da castanha de caju exportado. Obedece quem deve...
Alguns exportadores contactados hoje pelo Ditadura do Consenso dizem que vão cumprir a Lei, mas garantem por outro lado "passar a comprar a castanha por um preço muito mais baixo". AAS
Subscrever:
Mensagens (Atom)