sábado, 5 de março de 2005

Não bato + em cadáveres...



FRANCISCO FADUL: Você votaria nele?

Mas, o que diz mesmo o post por baixo da fotografia de Francisco Fadul? Isto:

Damos uma ajudinha...

PS – “Se não lhe respondi antes, foi porque só hoje recebi a sua comunicação. Esta, vou remeter-lha amanhã, Sexta-feira, dia 18. Espero que tenha um bom fim-de-semana pois eu vou fazer por isso e em Bissorã, na minha casa, com os meus carros, o meu bar, a minha loja (desta, o senhor não sabia ou não falou no seus votos) e a minha família – tanta coisa, enfim. Mas a bicicleta de ginásio e a de rodas (é que tenho duas e só para ginástica, além da da minha esposa), essas, ficam em Bissau. Bom fim-de-semana.”

- Ó Dr. CHICO, então isto faz-se?!
FRANCISCO, se não gostares desta crónica, então – chapéu! Basta dobrar a página em quatro e depois...

Lusófono já avisava...



MALAM BACAI SANHA: Você votaria nele?
Nostradamus? Qual quê...Por conhecer os políticos guineenses, por saber o quão manhosos têm sido é que, em em Fevereiro de 2003, na sua edição Nº. 31, o jornal Lusófono - dirigido por mim, António Aly Silva-, já profeciava aquilo que agora se confirma: Malam Bacai Sanha vai candidatar-se à Presidência da República da Guiné-Bissau. Lá nos encontraremos... será uma espécie de Modernismo contra a Ortodoxia...

sexta-feira, 4 de março de 2005

O poder cruza-se...


Esta imagem faz parte do passado profissional deste «blogger». A fotografia foi captada na pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau, aquando da inauguração do terminal de passageiros (área de partidas). Da esquerda para a direita: Dr. Fernando Brito, da Sociedade de Gestão do Aeroporto de Bissau - SGAB (Grupo Mirpuri Holding's); Dr. Filomeno Lobo de Pina, Ministro de Estado, da Presidência do Conselho de Ministros, dos Assuntos Parlamentares e da Comunicação Social, e António Aly Silva, na qualidade de director do Gabinete de Relações Públicas da SGAB. Saudosismo? Podem crer. E orgulho também. Valeu!

Agagaçados



Na Guiné, anda muita gente - e com razão - agagaçada e com medo de que o antigo presidente 'Nino' Vieira regresse ao país. Bom, como eu não tenho medo de nada, nem de ninguém e muito menos as costas a arder, digo solenemente:
Eu quero o 'Nino' e o Kumba, nas eleições (se e quando houver...).
Para mim, um adversário - mesmo num jogo de berlindes - serve para ser derrotado e, se possível, com uma goleada das antigas. Vale tudo, menos MATAR. Muitos dos candidatos a candidatos sabem muito bem que a procissão ainda vai no adro...
No Público de hoje, vem uma notícia sobre o assassinato, em 1993, do português Jorge Quadros. Esta notícia, porém, nada tem de novo. Eu mesmo, em 1999, no semanário O Independente, escrevi, em exclusivo, esta história (Amine Saad incluído, blá, blá, blá...). A imagem acima foi a capa dessa edição, que, de resto, ganhou um prémio nos EUA. Assim, não!

quinta-feira, 3 de março de 2005

Indignação e Bur(R)ocracia

António José Aly Rodrigues da Silva
O Indignado

quarta-feira, 2 de março de 2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010 - O ano de todos os combates

Image hosted by Photobucket.com

...Combater o ANALFABETISMO
com 100 novas ESCOLAS em todo o País

...Construir um HOSPITAL CENTRAL
em cada REGIÃO

CONFIANÇA e SANGUE NOVO

DJITU TEM KU TEM

África aos olhos de quem a conhece



Antigo colaborador do jornal Lusófono, Eugénio Costa Almeida volta à carga com ÁFRICA Trajectos Políticos, Religiosos e Culturais. O livro aborda uma temática vasta e controversa e assume-se como um meio de informação essencial para quem se interessa sobre o continente africano; os factos e a sequência com que são apresentados oferecem ao leitor a possibilidade de tecer conclusões ou formular princípios justificadores da actualidade africana. Numa época de excesso de estímulos, a selectividade da informação torna-se essencial para o aprofundamento do que nos interessa. Este livro pretende servir quem tem África como referência de afecto, de estudo ou ambas. O livro inclui ainda um texto introdutório do Professor António de Sousa Lara. O autor, Eugénio Costa Almeida, licenciado e mestre em Relações Internacionais é doutorando em Ciências Sociais. O livro está à venda por 14,75 Euros. Mais informações podem ser solicitadas à Autonomia 27

terça-feira, 1 de março de 2005

Com a alma em sangue*



Um grito pela liberdade e pelo desenvolvimento


O ano de 2005 já cá canta. Estamos todos de parabéns. Este é o ano em que nós, os guineenses, devemos trocar a idade do armário em que nos vimos enfiado, e ultrapassar a barreira da puberdade. Ao guineense, é com a alma em sangue que peço: Pense. Confesse. Já nenhum de nós tem idade para andar de skate. É altura de trocar o T-1 por uma casa, reclamar uma camisa no lugar de uma T-shirt e, por tabela, exigir um Estado sério, credível, respeitado. Grande. Crescido. Como nós.
Pense. Como é que um país com trinta e um anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este país que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão? Este país é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nosso. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos. A Guiné-Bissau podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, a Guiné-Bissau continua brilhante como se a noite não existisse. Do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva?
Pense. A Guiné-Bissau é o país do universo africano que fala o português que, proporcionalmente, tem melhores e mais quadros nos organismos internacionais. E se não regressam é porque aqui tudo é muito previsível e, normalmente, o que acontece é quase sempre mau. Verdade seja dita, raras vezes se registam acontecimentos que indiciam novos tempos. Por mais que os ventos soprem. A Guiné-Bissau tornou-se como aquele mistério que pensamos saber e a perfeição que sabemos não conseguir. É este o mistério perfeito da realidade, o sonho sem amanhã, o desejo sem desperdício, a ideia de uma Nação, o coração de um povo. É verdade.
Confesse. A nossa geração – aquela que não está gasta – tem valores que importa preservar, e uma responsabilidade de proporções bíblicas, que é a de criar uma sociedade em que não se registe a exploração do homem pelo homem ou humilhantes discriminações em relação à mulher. A realidade actual do mundo impõe-nos outra reflexão, e outra intervenção. Um País é um País e é assim, País, que deveria ser. Por tudo isto, repito-me: encaro este ano de 2005 como uma praça de touros em que o forcado é o povo: o resultado da pega é normalmente imprevisível…
António José Aly Rodrigues da Silva
*Este artigo foi publicado no 'Diário de Bissau', em Fevereiro de 2005

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010



Aos que me enviam mail's a perguntar se vou candidatar-me às eleições para Presidente da República, respondo com humildade:
Sim, vou candidatar-me.
Aproveito para deixar aos Guineenses - ela aplica-se mais a alguns candidatos a candidatos...-, esta frase para reflexão. Ela foi proferida por Abraham Lincoln (1809-1865), Presidente dos Estados Unidos da América entre 1861-1865:
António José Aly Rodrigues da Silva

domingo, 27 de fevereiro de 2005

Parece mentira, mas não é...

"Quando a verdade é substituída pelo silêncio, o silêncio é uma mentira".

Yevgeny Yevtushenko, poeta e dissidente soviético

sábado, 26 de fevereiro de 2005

É oficial...


(c)DR-2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010


Foto: DR

O pequeno ditador


Foto: DR

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

Guiné-Bissau no seu melhor (I)


Até porque, quem lhe vendeu o X5 ainda tem estes dois...
Fotografia (c) AAS/2005

Guiné-Bissau no seu melhor (II)


Este é o carro que o deposto presidente KOUMBA YALÁ comprou por largos milhares de euros. Na Guiné-Bissau, em vez de se investigar, aplaude-se! Corrupção e ostentação, sem descaramento.

GUINÉ-BISSAU 2005/2010


Fotografia: DR2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010

Encaro este ano de 2005 como uma praça de touros em que o forcado é o povo: o resultado da pega é normalmente imprevisível…António Aly Silva

Primos e enteados ou perfeitos anormais

Devido à velocidade da luz ser superior à do som,
algumas parecem inteligentes até falarem. Ou agirem.
PRIMOS. Repare nestas hipotéticas figuras de eleição. Barrete de Pai Natal e colar de ouro. Fatinhos pomposos. Bom corte – talvez feitos à medida, talvez não. São eles os doutores Yalá, Sanha, Vieira e Fadul. Ou, se preferirem, os camaradas Koumba, Malam, João Bernardo e Francisco José.
E o que têm em comum estas quatro criaturas? Fácil: Deve-se a eles o País que há hoje (a dívida prolonga-se aos demais tentáculos que sempre o dominaram). Esta gente não será a pior, porque qualquer selecção é redutora. Mas serão dos piores, e servem pelo menos para «ilustrar», mais do que resumir, as três primeiras décadas de vida da República da Guiné-Bissau. NUNCA MAIS!
ENTEADOS. Agora, anda toda a gente num corrupio desenfreado. Falam em voz alta e gesticulam. Estarão em transe? Apresentam documentos de porte – é CIF Bissau para aqui, FOB Bissau para lá e por aí adiante, de forma arbitrária. Mas o que reclamam eles? Olha a pergunta! Reclamam o pagamento da dívida interna. Ou seja, a dívida do Estado para com as suas empresas. Óptimo. Eu também reclamava. Sem palhaços não há circo. Mas, agora, vamos partir isto devagar, que é como sabe melhor.
NÓS, os guineenses, vimos reclamar junto do Governo democraticamente eleito da República da Guiné-Bissau: que mande publicar a «dívida interna» dessas pessoas ao Estado da Guiné-Bissau.
Depois – Guterres não diria melhor – hum…, deixa lá ver… bom, é só fazer as contas…
Talvez um dia, civilizadamente e com a humildade que nos caracteriza, nos decidamos por tornar público os nomes – e, já agora, as quantias – daqueles que se afastaram dos «caminhos da revolução» e que se deixaram aburguesar.
Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.
Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam, ainda hoje, a cumprir pena e quem ficava ganhar era o povo guineense.
Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns homens acabaram com o franco CFA, fosse ele novo ou velho, e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.
ALERTA VERMELHO. Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem há-de ser?
António Aly Silva

GUINÉ-BISSAU 2005/2010


Fotografia (c) DR2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010


Fotografias (c) DR2005

GUINÉ-BISSAU 2005/2010


Fotografia (c) AAS/2005

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005


DIREITOS RESERVADOS 2005

EU VOU!


2005 - Ano de todas as mudanças na GUINÉ-BISSAU
Fotografia: DR

domingo, 21 de novembro de 2004

SOS Bijagós


Para os amigos, que eu não tenho inimigos à minha altura.
O Arquipélago dos Bijagós é considerado pela UNESCO desde Maio de 1996, como Reserva Mundial da Biosfera, património da Humanidade a preservar e, portanto, a defender. A Guiné Bissau é um dos países mais pequenos e pobres de toda a África. Tem apenas 36.125km2(aproximadamente a mesma área da Suiça) e ocupava em 2002 o 167º. lugar, entre 173 países, na escala de desenvolvimento humano da ONU.
Porém, ao largo da costa, a cerca de cinquenta quilómetros da terra firme, a Guiné-Bissau integra um arquipélago formado por mais de oitenta ilhas e ilhotas que é um autêntico paraíso para a vida animal. Reserva Mundial da Biosfera desde 1996, os Bijagós são considerados um dos mais ricos e produtivos locais de reprodução de aves e de peixes de toda a costa ocidental africana. São mais de oitenta ilhas, disseminadas por uma área de 10.000km2 quadrados. As suas águas baixas são o reino das barracudas, das tartarugas marinhas gigantes, dos misteriosos hipopótamos do mar, e, claro, dos temíveis tubarões, que ali encontram uma cadeia alimentar abundante.
Dispersos pelas ilhas, vivem actualmente perto de 25 mil pessoas, guerreiros ancestrais, habituados à convivência com o mar, mas hoje essencialmente agricultores. Por estas paragens os crocodilos, os touros e os tubarões fazem parte da mitologia e representam a ligação com os espíritos. Ninguém pesca ou come tubarões, porque acreditam que eles devorariam as almas dos seus antepassados. O tubarão é, aliás, representado em danças tribais com o objectivo de incutir o medo e o respeito nas crianças, por forma a não se aventurarem demasiado nas águas do mar.
São estas crenças que permitem um negócio extremamente lucrativo para os pescadores dos países vizinhos, como o Senegal e a Guiné Conacry. Em pequenas pirogas, aventuram-se pelas águas em torno do arquipélago, beneficiando da inexistência de fiscalização, dedicando-se à pesca dos tubarões. Por ano chegam a pescar 80 milhões de tubarões, mais de um milhão e quinhentas mil toneladas. DENUNCIEM-NOS!!!

Paz às suas almas


sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Uma vez na Jordânia

Meu caro Paulo
Ainda a propósito do chamado 'terrorismo moderno', sob comando do (felizmente defunto) Yasser Arafat e com o apoio da União Soviética, a OLP começou por tentar transformar a Jordânia num estado palestiniano. O malogrado rei Hussein diz nim e começam as tensões entre palestinianos e o governo da Jordânia. Arafat foi expulso do país e, pouco depois, chegaria a retaliação com o sequestro e subsequente destruição de quatro aviões daquele país pela OLP. Na Guerra Civil da Jordania (1970-1971), a monarquia jordana, com a ajuda de Israel, derrotou a OLP e a Síria, que se preparava para invadir a Jordânia em apoio à organização.
Depois dessa derrota, Arafat transferiu-se, juntamente com a OLP, da Jordânia para o Líbano onde a organização conseguia operar virtualmente como um estado independente (carinhosamente apelidada de "Fatahlândia" pelos israelitas). A OLP começou então a usar este novo território para fustigar os territórios israelitas. Em Setembro de 1972, um grupo chamado Setembro Negro, descrito pela imprensa ocidental como uma fachada operacional usada pelo grupo Fatah de Arafat, sequestrou 11 atletas israelitas durante os Jogos Olímpicos de Munique, na Alemanha. No confronto com a polícia que invadiu o local, os atletas foram mortos, o que ficou conhecido como o "Massacre de Munique". Contudo, para muitos que hoje ainda apoiam o terrorismo, esta foi mais uma fase por que passámos... E assim vai o mundo. AAS

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

A delegada

A RTP, após vários meses, muitos meses mesmo, lá lhe passou a birra e decidiu nomear a sua delegada na Guiné-Bissau. Chegou-me ao ouvido que a escolha recaiu na Marta Jorge, que, de resto já 'conhece' o país. Este post terá feito mossa... Mas, faz-me uma certa confusão que os delegados (todos os que por lá passaram e nos outros países africanos de língua portuguesa) tenham que, forçosamente, ser portugueses.
Então pergunto: será que a RTP não forma os quadros nacionais que lá trabalham? Se sim, então desculpem lá mais esta perguntinha: será que a RTP não confia na 'prata da casa'? Mas por agora, deseja-se que a RTP não fique apenas em Bissau, como geralmente tem acontecido, mas que desenvolva o seu trabalho na Guiné-Bissau profunda, dando a conhecer as dificuldades daquele povo ao governo e à comunidade que serve. Para Moçambique, o canal estatal português delegou a responsabilidade em Isabel Silva Costa, substituindo assim o delegado em Maputo (casado com uma guineense) que passará a despachar das 'ilhas maravilhosas' de São Tomé e Príncipe. Ai, ai, que já me esquecia: até ao próximo golpe de Estado! Nós por cá, ficaremos atentos. António Aly Silva

Sem surpresas


Sem surpresas. Comissão Europeia aprovada e a equipa de Durão Barroso passou com 449 votos a favor do Parlamento Europeu. Felicito aqui Durão Barroso e Portugal, esperando, contudo que a grande Europa passe a olhar com outros olhos a relação que mantém com África. Como grande amigo dos africanos que é, desejo, muito sinceramente, votos de prosperidade a Durão Barroso na senda do progresso da Europa. António Aly Silva

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Faltava esta


Para o Diogo Belford Henriques. Faltava esta 'pérola'...também foi obra do defunto, não foi?