segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Congresso do PAIGC, talvez em maio
O principal partido da Guiné-Bissau, o PAIGC, deve realizar em maio o oitavo congresso ordinário, que esteve marcado para janeiro, disse hoje o porta-voz do partido, Óscar Barbosa. A decisão do adiamento do congresso, que servirá para a escolha de uma nova liderança do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), saiu de uma reunião do Comité Central realizada no último fim de semana em Bissau. Segundo Óscar Barbosa, ainda não se decidiu sobre a data da realização do conclave mas o Comité Central aprovou, em princípio, o mês de maio e manteve a cidade de Cacheu (no norte) como palco da reunião. LUSA
Mais uma “made in golpistas"
"Em qualquer lugar do mundo existem quiosques em jardins públicos, incentivados pelo Estado como base para o desenvolvimento do sector privado FORMAL (pagam impostos, geram empregos autónomos, fornecem segurança no local, etc).
Com os iletrados golpistas é o contrário. O comércio informal tomou conta da cidade de Bissau com a benção da Câmara Municipal de Bissau que cobra feira até em portas de residências privadas. Já não podes estar sentado na tua porta a assar ostras, que aparecem os cobradores de feira a exigir dinheiro porque consideram isso um restaurante informal! Vendem-se bananas no chão até na porta da Assembleia da República!!!
Um jovem empreendedor solicitou a abertura de um quiosque pré-fabricado no Jardim da 2ª Esquadra. Foi-lhe concedida licença provisória e iniciou as obras. Um mês depois aparece um radialista, especialista em urbanismo “encomendado” a criticar a autorização. A ordem inverteu-se e o empreendedor foi ordenado a demolir tudo. Pergunto ao radialista e ao Estado se preferem ver o jardim abandonado como está, cheio de Comés a assaltar a noite? Preferem ver os jovens a vender ambientador nos cruzamentos? Consultou-se algum urbanista para solicitar opinião profissional sobre o funcionamento de uma cidade?
Pergunto ao radialista pelas áreas públicas existentes anteriormente em Bissau, como os campos de Cacoma, dos Lacarãns, a Praça de Bandé e por aí vai que desapareceram e viraram terrenos particulares, se tivessem quiosques o que aconteceria? Será que o Jardim da 2ª Esquadra também foi vendida/comprada?
O jovem em questão desistiu, depois de ver todo seu dinheiro amealhado após muita luta ser colocado no lixo, sem alguma compensação. Mais um a caminho da diáspora...
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Um estado cómico
Depois do golpe de Estado de 12 de abril 2012, a Guiné-Bissau o seu estatuto no concerto das naçõe, recuou como estado democratico e como Estado social, piorou a sua situação ja de si precaria em todos os sentidos para as suas populações. Os dados são claros e extremamente violentos, razão pela qual temos que nos render a evidência do desastre que foi esse nefasto acontecimento na historia do nosso pais que esta a portas de completar um ano apos a sua ocorrência. A lista é deprimente, porém é essa a realidade com que os guineenses convivem alegremente... à força de nada puderem fazer, senão comer porrada ou levar um tiro no "suicidio". Vejamos caros compatriotas, o que se seguiu ao 12 de Abril 2012 :
- o ensino estagnou;
- a saude esta moribunda;
- a economia emperou;
- o sector privado esta agoniante;
- a Função Publica não funciona e esta tomada de assalto por compadrios e jogos partidarios tribais;
- os salarios não são pagos ha mais de três meses e a situação tende a piorar ;
- a Familia como suporte da sociedade perdeu a moral;
- não existe moralidade publica, estando esta gangrenada pela roubalheira e a corrupção;
- os parceiros internacionais viraram as costas ao pais e a CEDEAO representa mais um problema do que a solução;
- os valores da democracia foram invertidas : os eleitos estão no exilio e os golpistas estão no poder/os vencedores foram corridos e os vencidos governam com a abenção estrangeira/a maioria esta na oposição e a oposição governa com os militares;
- os direitos humanos são quotidiana e impunemente violadas;
- os assassinatos e execuções sumarias (12), espancamentos (inumeraveis) e prisões arbitrarias (sem conta)... sucedem-se a um ritmo aterrorizante, sem que se dê um pio;
- o trafico de droga atingiu o seu expiral maximo e hoje quase tornou-se numa actividade corrente dos militares e altas figuras do estado;
- o trafico de influências campea nos corredores da Presidência, do Governo e nos gabinetes das altas chefias militares;
- o branqueamento de capitais disparou, sendo que, alguns bancos da praça estão a agir em cumplicidade activa com redes criminosas;
- a delapidação do erario publico atingiu niveis recordes, pois cada um rouba e açambarca quanto mais pode, e em tempo recorde;
- a roubalheira e a delapidação dos bens publicos, principalmente das empresas publicas atingiu numeros nunca vistos, sendo que algumas EP funcionam como guichets de pagamentos de certos governantes e chefias militares;
- a indisciplina e a anarquia militar impera no pais e a sociedade castrense age totalmente à margem das leis e na maior impunidade como se fossem estado dentro de outro estado;
- as forças armadas, estão transformadas em milicias e guardas pretorianas de certas chefias militares e alguns dos seus elementos se abonam descarradamente ao trafico de droga e estão a soldo dos barões cujos carteis dominam Bissau. Os jovens estão armados e fardados nas Tabancas sem serem militares;
- a tribalização da sociedade guineense caminha a passos largos e tende a radicalizar-se devido a imposição pela via da violência de uma etnia sobre a sociedade no seu todo, o que leva instintivamente a sociedade a sectarizar-se em feudos de interesses e de sobrevivência de base comum (o sentimento de pertença tribal e de raça);
- as Instituições do Estado não são respeitadas. Nem a Presidência da Republica Interina, nem o Governo de Transição é respeito ou tido em conta, pois o poder « mora » nos quarteis e no Bairro Internacional;
- os militares e Kumba Yala são de facto, os verdadeiros detentores do poder, sendo eles que orientam e decidem pelo PRI e pelo GT que não passam de simples marionetas dos seus jogos tribais;
- a nossa soberania esta anexada e enfeudada a interesses sub-regionais da Nigéria, do Senegal, do Burkina Faso e da Costa do Marfim, os quais instalaram no pais uma força de ocupação da CEDEAO;
- o poder paralelo esta instituido e sobrepõe-se ao poder politico, chegando ao caricato de, até o CEMGFA fazer o balanço das suas actividades como se de um orgão de poder autonomo se tratasse;
- o enriquicimento ilicito faz passarele nas ruas pobres de Bissau, com exibição de sinais exteriores de riqueza fora do comum. Novos ricos surgem todos os dias como num campo de cogumelos em contos de fadas;
- Bissau tornou-se de uns tempos a esta parte também para além da droga, uma plataforma de transito e refugio de grupos mafiosos, portadores de « projectos » ilusionistas e de duvidosa seriedade particularmente virada para o branqueamento de capitais proveniente da droga, trafico de armas e do terrorismo internacional;
- os direitos de exploração dos nossos recursos, tanto naturais como minerais, com vai-vens de ministros do regime entre Bissau e Dakar, estão a ser alienadas, penhoradas ou transferidas através de negociatas mafiosas à companhias de reputação mafiosa e algumas com evidências criminosa;
- os recursos halieuticos da nossa ZE esta entrega à delapidação senegalesa e chinesa sem que as autoridades tomem quaisquer medidas devido as migalhas de esmolas que recorrentemente pedem e recebem do Senegal e da China;
- o Senegal, com a cumplicidade servil do Governo e de outras representações do Estado guineense esta a acaparar-se de zonas de exploração petroliferas situadas a 100% no nosso territorio as quais estão a ser vendidas as empresas canadianas e chinesas como se recursos senegaleses se tratasse;
- empresas chinesas sem escrupulos ligados ao Presidente de Transição estão a desmatar, maldosa e selvaticamente as nossas florestas do Sul do pais, incluindo a zona protegida de Cantanhês e outras zonas consideradas reservas da bioesféricas;
- alguns actuais dirigentes, outrora falidos que nem ratos da igreja e grande parte das actuais chefias militares tornaram-se repentinamente abastados economicamente, comprando como pãezinhos quentes, imponentes imoveis, principalmente em Dakar e Lisboa, e também viaturas de luxo de alta gama;
- as nossas representações diplomaticas, principalmente da China e de alguns paises do Médio Oriente transformaram-se em centros de negocios mafiosos, onde pontifica a venda de passaportes e de titulos de residência, onde uma boa parte revertem para as contas de eminentes figuras da transição, nomeadamente o Presidente da Transição, O MNE, o CEMGFA e o Min° da Presidência. Esses documentos são geralmente adquiridos a peso de ouro por redes mafiosas e grupos ligados ao crime organiszado;
- este governo ja deu mostras de que não mexera uma palha para que sejam criadas as condições necessarias para a realização de nenhuma eleição, pois se conforta e se conforma no status quo vigente;
lista extensa de factos e casos lamentaveis que espelham, quão nefasto foi o golpe de 12 de abril de 2012 contra as legitimas aspirações do Povo guineense. Enfim, um balanço triste, mercê de um acto ignobil de um grupo de irresponsaveis politicos e militares sedentos de poder e de ambição de mandar, sem saber mandar.
Pergunta-se : Não serão todos estes factos suficientemente graves, para que, os golpistas se rendam a evidência do mal que estão a causar ao Povo Guineense? Uma pergunta que ficara decerto sem resposta, pois na logica dos golpistas o pais esta bem e, recomenda-se... e, o Presidente de Transição, vai alegremente passeando abertamente pelo pais a « djamur » obras ficticias de quem muito contribuiu e forjou este estado de coisas na Guiné-Bissau antes de se despidir dos guineenses.
Bissimilaih...
Guigui Kansa
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Ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau
“Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”
Auditório CIUL, Picoas Plaza, em Lisboa, 16, 23 e 30 de Janeiro de 2013
Apresentando os nossos melhores cumprimentos e saudações de bom ano, temos o prazer de informar sobre a realização do 1º Ciclo de Conferências intitulado “Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”.
Este 1º Ciclo de Conferências será repartido nos seguintes painéis Guiné-Bissau: a vigente ordenação política: entre o desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais; A Guiné-Bissau: antes, durante e depois; Reflexões sobre o devir guineense, e contará com a participação, entre outros, do Prof. Doutor Kafft Kosta, do Eng.º Anacoreta Correia, do prof. Doutor Costa Dias, do Dr. Nuno Rogeiro, do Jornalista António Soares, da Dr.ª Carmelita Pires, Dr.ª Graça Pombeiro, do Dr. Luís Barbosa Vicente, do Dr. Eduardo Jaló, do Dr. Jair Araújo e do Prof. Doutor Julião Soares, entre outros.
Pretende-se tratar de assuntos relacionados com as recorrentes crises multidimensionais; a questão da legitimidade da “solução” proposta pela CEDEAO à luz da constituição guineense; a questão do desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais; a questão das múltiplas pertenças identitárias, formação do estado e da "nação"; o papel da CEDEAO, CPLP, UA, UE, ONU; a exploração dos recursos naturais: petróleo, bauxite e fosfato; os grandes planos de investimento e as suas repercussões económicas, sociais e financeiras na sub-região; a Guiné-Bissau sacrificada num conflito entre "potências regionais"; a questão do narcotráfico; As reformas da Administração Publica, de Justiça, do Sector de Defesa e Segurança; o papel da comunidade internacional: gestão de agendas/visibilidade versus eficácia/eficiência e, por fim, entre outros, o papel da Juventude, dos movimentos femininos, dos quadros nacionais e da diáspora na busca de consensos para o devir guineense, cuja súmula será publicada em livro.
Considerando o devir guineense, cujo progresso tem sido frequentemente impedido e protelado por interesses geoestratégicos e pela encruzilhada de interesses que o permeiam e impedem a afirmação do estado de direito democrático, eis o nosso apelo à mudança de paradigma!
O que é que ambicionamos? Pretendemos um estado moderno alicerçado no progresso económico e social, respeito pelos valores da democracia, direitos humanos e pela ordem constitucional.
Por fim, sublinhamos: os povos são a fonte da autoridade – devem ser respeitados!
É neste enquadramento que um grupo de quadros guineenses na diáspora uniu esforços e empenhou-se na organização deste ciclo de conferências intitulado “Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”, que terá lugar no Auditório CIUL, Picoas Plaza, em Lisboa, 16, 23 e 30 de Janeiro de 2013, consoante o programa infra.
PAINEL I
GUINÉ-BISSAU: A VIGENTE ORDENAÇÃO POLÍTICA: ENTRE O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE DIREITO E AS RECORRENTES RUPTURAS CONSTITUCIONAIS.
Local: Auditório CIUL, Picoas Plaza (Metro Picoas)
Data: 16 de Janeiro de 2013
Sessão de abertura – 17h00
Oradores
Prof. Doutor Kafft Costa
Dr. Luís Vicente
Prof. Dr. Nuno Rogeiro
Prof. Doutor Eduardo Costa Dias
Moderador
Dr. António Soares (Toni Tcheca)
Sessão para questões/esclarecimentos
Sessão de encerramento: 20h00
Contamos com a presença de todos.
Com os nossos melhores cumprimentos,
Atenciosamente,
Organização do Ciclo de Conferências
Eduardo Jaló
Jair Araújo
Luís Vicente Barbosa
ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau
“Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”
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