segunda-feira, 30 de junho de 2008

Morreu um português bom

Morreu um português bom. António Almeida Um homem decente, sério, um amigo com muitos amigos. Um português de piada fácil, mas sem deselegância. Simples no trato e no afecto. A morte apanhou-o a quatro horas de casa, num país que talvez fosse também o seu. Porém, há um senão: na sua morte, teve na Embaixada de Portugal (outra vez!!!) na Guiné-Bissau uma autêntica... madrasta!
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O pedido de um caixão à Embaixada para a transladação do cadáver teve uma resposta, digamos... ora bem: «Podem levar o caixão, mas há que devolvê-lo». Eu deixo aqui uma pergunta à Embaixada de Portugal: Devolve-se o caixão depois do velório ou depois do funeral? Com ou sem um corpo lá dentro? Se para esta ultima pergunta a resposta for um 'sim', já agora desculpem lá mais esta perguntinha: Quem viria dentro do caixão?
Resta aos amigos e conhecidos do António a consolação de ainda haver portugueses bons. Um deles pagou do seu bolso mais de 6.000 euros para a transladação do corpo. Mas estejam descansados: este português bom não devolverá caixão nenhum à embaixada, pois o nosso amigo António precisa de eterno descanso. Descansa em paz e que a terra que te cobre te seja leve.
AAS

sábado, 28 de junho de 2008

De peido em peido...

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Pois é, caros amigos, pedir informações tem destas coisas... Não é que o Juíz Bacar Biai, numa nota à Polícia Judiciária, em vez de escrever PEDIDO, pede antes...um PEIDO de informação? Do outro lado, não se sabe se a carta foi - ou não - levada à letra. Mas devia ser.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

E vocês? Já PROJECTARAM hoje?

Interessante. Uma ideia genial: Onde não existe Estado, existe O.N.G. Que tal um projecto para uma O.N.G... para «endireitar bananas»? Vai descascar bananas, malandro...
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Há projectos por todo o lado… Saio de minha casa e, se me descuido, posso mesmo pisar um projecto, dar um pontapé noutro e esborrachar-me em cima dum ainda maior e mais valioso!
Não é mal de Bissau, é um mal geral… Mas é ainda mais caricato ver este mal a passear-se por entre o lixo, por entre a falta de água e luz, e , por vezes, gasóleo, por entre buracos rodeados de alcatrão, e por entre pessoas que lutam para sobreviver, sem um projecto para a próxima hora. E há quem diga calmamente quando lhes perguntam o que andam por aqui a fazer:
-Tenho um projecto!
É o argumento fantástico para um filme de terror de alta qualidade! E o mais incrível é que inquiridor se cala magicamente ao som da palavra bendita! Quem tem um projecto, tem um projecto e ponto final!
Com os ouvidos cheios da palavra “projecto”, cheguei a casa e pesquisei no nosso amigo google: o termo "projecto" tem várias conotações e é usado em sentidos diferentes. Por vezes, associamo-lo a um propósito, uma intenção ou mesmo um desígnio. Noutras situações, conotamo-lo com um esquema, um plano ou um programa. Em geral, os dois aspectos estão presentes, em maior ou menor grau e de modo mais ou menos explícito, naquilo a que chamamos um projecto.
É isto mesmo que as pessoas andam a fazer: mais ou menos qualquer coisa com um maior ou menos grau de qualquer coisa!
Um senhor muito interessante e igualmente perturbado com a questão disse entre duas risadas que já tinha pensado em fazer um projecto de endireitar bananas! É que as parvas nascem sempre tortas!!! Concordámos os dois que numa qualquer ONG que esteja mais ou menos em Bissau a fazer mais ou menos qualquer coisa, com mais ou menos dinheiro, o projecto (!) seria aprovado rapidamente!
E vocês? Já PROJECTARAM hoje?
MeGaMi

Luto ka ta mata...

...Lambu son bu bati!!!
Não lembra ao diabo... o PAIGC - partido «libertador» e, já agora, «destruidor», decidiu-se pela realização do seu 7º Congresso Ordinário (a designação é deles...) em Gabu e...no campo de luta livre. Deixo aos leitores todo o tempo para imaginar sobre o que pode acontecer quando 1053 pessoas (delegados) estão, literalmente, dentro de um campo de luta livre. Eu dou uma ajudinha: Lutam, porra!