domingo, 15 de maio de 2016
Vão perder outra vez
Caro Aly,
Acabo de ler a noticia sobre a eventualidade da sua prisao. Queria manifestar a minha solidariedade com a sua pessoa e encoraja lo no combate que trava em favor da Guiné-Bissau e da democracia.
Felizmente você está na Guiné-Bissau porque sem a sua voz muitas mais injustiças teriam passado sem nenhuma atenção. Força e coragem. Assim como perderam no passado vão perder mais uma vez. Conta com um amigo e tudo o que estiver ao meu alcance vou fazer por si.
Abraço
Raul Fernandes
PAIGC/RESOLUÇÃO FINAL DA REUNIÃO DO BUREAU POLÍTICO
PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE
Bureau Político
Resolução Final
(dos 71 presentes, 68 votaram SIM, zero NÃO e duas ABSTENÇÕES)
O Bureau Político (BP) do PAIGC reuniu-se, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do Partido, no dia 13 de Maio de 2016, na sua IX sessão extraordinária, presidida pelo Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por unanimidade uma agenda de trabalhos onde constava um único ponto;
1. Análise e discussão de uma solução governava que garanta a estabilidade até ao fim da presente legislatura;
O início dos trabalhos foi marcado com uma intervenção do Presidente do PAIGC que explicou em linhas gerais os cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, com a apresentação de alguns pressupostos e cenários retidos pela Comissão Permanente do Bureau Político que antecedeu a reunião do Bureau Político.
Após uma aturada discussão à volta dos cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, a IX Reunião Extraordinária do Bureau Político delibera:
• Dar anuência ao pedido da Comissão Permanente no sentido de desencadear o processo de diálogo com os demais órgãos da soberania, partidos políticos e entidades da sociedade civil com vista ao estabelecimento de um “Acordo Político de Incidência Parlamentar” para a estabilidade governava assim como de um “Pacto de Estabilidade Politica” para o período de vigência da governação;
• Mandatar o Presidium do partido, assistido pela Comissão Permanente do Bureau Politico, a assumir as negociações e a estabelecer os compromissos que garantam manter as conquistas do nosso Partido como partido vencedor das eleições legislativas e detentor da maioria absoluta no parlamento;
O Bureau Político delibera ainda:
• Aprovar uma Moção de Reconhecimento, Louvor e Solidariedade para com o camarada Carlos Correia, 1º Vice-Presidente do PAIGC, pela excelência da sua valiosa e corajosa prestação como Chefe de Governo e pelas suas elevadas capacidades de ética e moral de que deu provas ao longo da sua vida de cidadão exemplar e de histórico Combatente da Liberdade da Pátria;
• Solidarizar-se com o II Governo Constitucional formado pelo PAIGC e assumir plenamente os Comunicados aprovados pelos Conselhos de Ministros realizados nos dias 11 e 13 de maio de 2016;
• Condenar sem reservas os atos de ameaça e perseguição dos membros do governo em gestão e exortá-los assim como a todo o elenco governamental a usar os instrumentos legais de que dispõem para assegurar o respeito pela continuidade do Estado e a garantia da transição Administrativa da governação em absoluta tranquilidade e normalidade;
• Da mesma forma, exortar o Governo a identificar todos os atos atentatórios da normalidade política e social e responsabilizar os seus atores até apuramento das ultimas consequências;
• Manifestar a sua solidariedade indefetível e sem reservas para com a Mesa da Assembleia Nacional Popular, com particular incidência nas prestações do Presidente, Camarada Eng. Cipriano Cassamá e Vice-Presidente, camarada Inácio Correia “Tchim” e encorajá-los a manterem-se nesta linha da defesa intransigente dos valores democráticos e do Estado de Direito, na estrita observância dos ditames constitucionais;
O Bureau Politico do PAIGC congratula-se com o reconhecimento publico e inequívoco das responsabilidades que o incumbem, enquanto partido vencedor das últimas eleições legislativas, com maioria absoluta na ANP mas apela a todas as suas estruturas a se manterem mobilizadas e prontas a promoverem a defesa das suas conquistas, por meios democráticos mas de forma resoluta e determinada.
O Bureau Politico do PAIGC agradece a atenção com que a Comunidade Internacional, especialmente a configuração P5 das Nações Unidas, tem acompanhado a situação política vigente e espera continuar a merecer toda a sua contínua atenção.
O Bureau Político espera poder continuar a registar o posicionamento das Forças Armadas em manterem-se como forças armadas republicanas e em pleno respeito pela Constituição da República.
O Bureau Político do PAIGC assegura ao povo guineense o seu compromisso inequívoco com o respeito e promoção dos valores e princípios do Estado de Direito Democrático e garante tudo fazer para a reposição próxima da normalidade política e social e o cumprimento integral do seu programa de governação.
Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de Maio de 2016.
O Bureau Político
CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: Inadmissível e infeliz
"Inadmissível se for a posição da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Infeliz se for a posição do Secretário-Executivo (deverá pedir desculpa a todos os restantes países democráticos da CPLP e pedir a imediata demissão do cargo que ocupa).
Como pode pensar que haverá estabilidade se afastar o partido que obteve maioria absoluta nas eleições democráticas? Ingratidão com Timor-Leste que ajudou à realização das eleições democráticas guineenses de abril/2014.
Edgar J.
sábado, 14 de maio de 2016
ANTÓNIO ALY SILVA NA IMINÊNCIA DE SER PRESO: Se eu morrer amanhã, terei morrido de tristeza, por saber que a Guiné-Bissau, o meu País, é capaz de dar o salto porque tem homens e mulheres capazes para isso. Esqueçam quem pouco ou nada acrescenta. Um País constrói—se todos os dias, caramba!!! Mostremos ao mundo que não somos uns animais. AAS
ONU não quer intervenção militar na Guiné-Bissau
Conselho de Segurança das Nações Unidas disse na sexta-feira estar disponível para adotar “as medidas necessárias” para ser superada a crise política na Guiné-Bissau e apelou à não intervenção militar.
O Conselho de Segurança da ONU expressa “a sua disponibilidade para tomar as medidas necessárias para a atual situação ser superada”, afirmou o egípcio Amr Ayoulatta, que este mês preside ao organismo, em nome dos 15 membros que o integram. Os membros do conselho “reafirmam a importância da não-interferência das forças de defesa e de segurança na situação política”, acrescentou.
O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu na quinta-feira o Governo liderado por Carlos Correia, alegando que o executivo não dispõe de apoio maioritário no parlamento.
José Mário Vaz espera agora que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, proponha perante os restantes partidos um novo executivo capaz de reunir os deputados em torno de “compromissos políticos” que garantam a estabilidade até ao final da legislatura.
Na sexta-feira, o Executivo denunciou que os membros do Governo em funções foram impedidos por membros de forças de segurança, sob ordens do líder das Forças Armadas, de entrar nos respetivos gabinetes.
No comunicado, o Executivo citou a lei, que prevê “que um Governo demitido permaneça em funções até à tomada de posse de novos titulares”. No mesmo documento, o Presidente e o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Nan Tan, são responsabilizados pelo bloqueio.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
PAIGC: Reacção às declarações do secretário executivo da CPLP
PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE
Secretariado Nacional
O secretário-executivo da CPLP afirmou hoje numa entrevista que concedeu à Lusa, que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo.
Para o PAIGC, o Secretário Executivo da CPLP ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato.
Como não compreender e até admitir a clareza das razões do Secretario Executivo. Ele diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento quanto menos para financiar uma eventual eleição antecipada.
Talvez o único senão é que o Secretário Executivo perdeu de vista que a construção democrática é um pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade e estes valores não têm preço e se têm, só o povo guineense pode fixar os respetivos valores.
Como é que, conhecendo a inconstitucionalidade dessa proposição, um Responsável de dimensão internacional e em representação de uma organização como a CPLP, que tem como principal vocação contribuir para o reforço das instituições democráticas e a correspondente integração no concerto das nações, ousa fazer esta afirmação, nem que fosse simplesmente por respeito ao povo guineense, que merece todo a consideração dos seus irmãos e pares de língua portuguesa.
Ficamos atentos ao posicionamento da organização através dos seus órgãos supremos, nomeadamente a Conferência de Ministros e a dos Chefes de Estado.
Até lá, talvez a atual presidência de Timor Leste que, tal como o Secretário Executivo, também visitou a Guiné-Bissau e se inteirou da realidade dos factos, queira corrigir esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga.
Para ajudar a manter sua atenção e coerência, asseguramos ao Senhor Secretário Executivo que deste lado de África, desde o Atlântico, as vozes que tentam sair em Português com os sotaques de dialetos africanos, nunca chegaremos ao desespero de pedir a legitimação do poder proveniente de outras forças que não seja a vontade do povo moçambicano, seja ela fermentada em Gorongosa ou no Maputo.
Bissau, 13 de maio de 2016
Óscar Barbosa “Cancan”
Membro do Bureau Político e Secretário para Informação, Comunicação e Documentação do Secretariado Nacional do Comité Central do PAIGC
Secretariado Nacional
O secretário-executivo da CPLP afirmou hoje numa entrevista que concedeu à Lusa, que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo.
Para o PAIGC, o Secretário Executivo da CPLP ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato.
Como não compreender e até admitir a clareza das razões do Secretario Executivo. Ele diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento quanto menos para financiar uma eventual eleição antecipada.
Talvez o único senão é que o Secretário Executivo perdeu de vista que a construção democrática é um pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade e estes valores não têm preço e se têm, só o povo guineense pode fixar os respetivos valores.
Como é que, conhecendo a inconstitucionalidade dessa proposição, um Responsável de dimensão internacional e em representação de uma organização como a CPLP, que tem como principal vocação contribuir para o reforço das instituições democráticas e a correspondente integração no concerto das nações, ousa fazer esta afirmação, nem que fosse simplesmente por respeito ao povo guineense, que merece todo a consideração dos seus irmãos e pares de língua portuguesa.
Ficamos atentos ao posicionamento da organização através dos seus órgãos supremos, nomeadamente a Conferência de Ministros e a dos Chefes de Estado.
Até lá, talvez a atual presidência de Timor Leste que, tal como o Secretário Executivo, também visitou a Guiné-Bissau e se inteirou da realidade dos factos, queira corrigir esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga.
Para ajudar a manter sua atenção e coerência, asseguramos ao Senhor Secretário Executivo que deste lado de África, desde o Atlântico, as vozes que tentam sair em Português com os sotaques de dialetos africanos, nunca chegaremos ao desespero de pedir a legitimação do poder proveniente de outras forças que não seja a vontade do povo moçambicano, seja ela fermentada em Gorongosa ou no Maputo.
Bissau, 13 de maio de 2016
Óscar Barbosa “Cancan”
Membro do Bureau Político e Secretário para Informação, Comunicação e Documentação do Secretariado Nacional do Comité Central do PAIGC
CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Perguntas ao Murade Murargy
Meu caro Aly;
Porque é que esse atrevido e bêbado (basta olhar para a cara, os bigodes e os lábios dele) do Murade Murargy não propõe que para que em Moçambique o poder seja entregue à RENAMO, que não ganhou as eleições, sendo mais do que certo que este gesto poria um fim imediato a toda a tragédia que Moçambique tem vindo a atravessar hà mais duma década, e que desde então colocou o país dele (Moçambique) numa sitauação de guerra civil não declarada?
E como bem bem disseste, meu caro Aly, como pode ele se atrever a falar em nome da CPLP sem o consentimento da maioria dos países membros da organização? Os países sérios da CPLP devem urgentemente exiger a demissão deste pateta bêbado e incompetente.
Cidadão Atento
OPINIÃO: Que vergonha é essa?!
Como me sinto pequeno perante o que se vive na nossa terra!!!
Na verdade, as nossas Forças e Serviços de Segurança não estão preparadas para fazer face as tarefas de uma polícia de povo e para povo, ou seja, uma polícia democrata, uma polícia de um Estado de direito democrático. Aliás, se até a Procuradoria Geral da República não consegue lidar com a fragilidade da nossa democracia, para a acarinhar e a mimar, muito menos pediríamos isso a uma Força de Segurança cujos efectivos estão aquém de uma formação adequada para esse exercício.
Estado de Direito funciona na base das normas. Os militares não têm poder discricionário, mas a polícia tem. Ou seja, na função da Segurança Interna, a Guarda Nacional tem poder discricionário no cumprimento da sua missão, não podendo cumprir as ordens que vão contra os valores de um Estado de direito democrático, onde o cumprimento de uma missão exige a preexistência de um suporte legal.
Não Estamos numa situação de Estado de Emergência, nem de Estado de Sítio e muito menos de Estado de Guerra para que a Guarda Nacional se submeta funcionalmente ao Chefe de Estado-Maior. Daí que fica de fora a possibilidade deste homem exemplar, Biague na Ntam, ser conotado com acto vergonhoso ocorrido hoje. Portanto, Cabe as forças e Serviços de Segurança assumirem as suas responsabilidade.
Quanto ao PAIGC, aconselho que saiba explorar todos os recursos ao seu dispor, para assegurar o mandato que o povo lhe confiou. Tendo em conta ao povo para quem lutou durante os "onze anos", este partido deve saber humilhar até o mais profundo menosprezo, abdicando de algumas regalias e até de valor partidário, para se entender com um dos seus adversários nesta luta. Ou com PRS ou com os Deputados descontentes. Porque o que está em causa é a nação e também a decadência do partido.
Muito obrigado amigo Aly
M`bina
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