quinta-feira, 20 de agosto de 2015
GOLPE DE ESTADO: Opinião AAS
Os guineenses viram, uma vez mais, frustrados o seu legítimo desejo de viverem numa Guiné-Bissau estável, onde os seus filhos escolhem os seus governantes com base no voto secreto e universal. O Presidente, que, segundo o Artigo 68, Alínea b da nossa Constituição DEVE "respeitar a Constituição da República" - é o primeiro a violá-la. Tristemente.
Hoje, COISA NUNCA VISTA - nem mesmo na passada 2ª feira quando o PAIGC juntou mais de 20.000 pessoas na praça - os militares ocuparam as duas torres de aço dentro do Palácio, armados com AK-47 - eu, e dezenas de pessoas vimos isso mesmo com os nossos olhos, meia hora depois de a rádio Nossa (pertencente à Igreja Universal do Reino de Deus?!?!) ter LIDO um decreto presidencial VAGO, completamente INFUNDAMENTADO e, acima de tudo cínico. E ilegal, claro!
Não se entende como pode uma coisa destas ter acontecido, ninguém no seu perfeito juízo entende patavina do que se está a passar. Agora, uma coisa é certa: se o Presidente pensa que está tudo acabado, então é melhor levar isto muito a sério: isto mal começou.
Se o Presidente pensa que nos vai passar a todos um atestado de incompetência, ele que fique pelo "se". Vai ter de mandar liquidar muita gente nesta cidade!!! E, depois, responder por tudo. Está claro que uma parte das forças armadas apoiam o presidente - disso não tenho qualquer dúvida. Mas vamos ver como tudo acabará.
O PAIGC já falou que "o presidente nomeou um amigo, na mais completa ilegalidade" e prometeu uma resposta à altura ainda para hoje.
Guineenses,
Se querem mesmo que este País tome rumo, então teremos que ser nós, nas ruas e em cada esquina, a contribuir para a mudança de mentalidade no guineense: quem não conta deve ser simplesmente apeado! De qualquer maneira!!!
À comunidade internacional
Não sei que mentira vos foi impingida lá, no palácio. Acho que vocês também serão responsabilizados caso não cessem todos os apoios assinados com a Guiné-Bissau. Este é um GOLPE DE ESTADO é uma TRAIÇÃO ao humilde e cansado Povo da Guiné-Bissau.
E o PRS, o que diz mesmo?...AAS
GOLPE DE ESTADO/DESCONSIDERAÇÃO: Olegun Obasanjo, ex-presidente da Nigéria alertou o PR JOMAV que, em nome da CEDEAO (que o mandatou para vir hoje a Bissau) não tomasse nenhuma decisão irreflectida. JOMAV anuiu...mas ruiu a corda, nomeando Baciro Dja como primeiro-ministro. "Vai dize ao Obasanjo que o Baciro é do PAIGC, que o não indicou na lista enviada ao PR", contou ao DC uma fonte. GUINEENSES, não vamos tolerar MAIS esta desconsideração. AAS
ÚLTIMA HORA/GOLPE DE ESTADO CONSUMADO: José Mário Vaz terá nomeado Baciro Dja como primeiro-ministro...INCONSTITUCIONALÍSSIMAMENTE!!! AAS
GRAVE: O decreto presidencial foi lido...na RÁDIO NOSSA (e não na rádio Nacional e TGB). Essa mesma, onde desde há uma semana se fabricam mentiras de golpes de Estado e se injuriam e caluniam guineenses. Puta que pariu! AAS
ÚLTIMA HORA/GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO: O Presidente da República, José Mário Vaz, quer à viva força nomear Baciro Dja como primeiro-ministro de "iniciativa presidencial' - o que é manifestamente inconstitucional e ilegal. As forças armadas terão sido avisadas mas demarcaram-se diplomaticamente da pretensão do PR: "As forças armadas não alinharão em nada que vá contra a Constituição." Para bom entendedor...AAS
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO: Crises devem-se a deficiências na Constituição
O presidente da comissão criada pelo Parlamento da Guiné-Bissau para a revisão da Constituição afirmou nesta quarta-feira à Lusa que a Lei Magna do país "é a principal fonte" das crises políticas cíclicas no país.
João Seidibá Sani entende que enquanto o país "não adaptar" a sua Constituição "aos tempos modernos", dificilmente irão terminar os conflitos políticos entre os titulares dos órgãos de soberania.
"Uma das bases de conflitos é a Constituição que não clarifica os poderes. Há mistura de poderes atribuídos aos órgãos, às instituições.
É preciso adaptar a Constituição ao momento actual" e ter "dispositivos claros" para que "não haja interpretações erradas", observou Seidibá Sani. O responsável diz aguardar por meios financeiros e definição política para fazer avançar com os trabalhos de revisão.
A comissão foi criada pelo Parlamento e empossada em Novembro de 2014 com 28 membros e sete técnicos auxiliares.
É composta por deputados de todas as bancadas e por representantes da Presidência da República, Supremo Tribunal de Justiça, Procuradoria-Geral da Republica, poder tradicional, instituições religiosas e sociedade civil.
O trabalho da comissão seria o de propor um novo texto para ser submetido a "um grande debate nacional" antes de ser adoptado, adiantou Seidibá Sani.
A Constituição em vigor na Guiné-Bissau foi revista pontualmente em 1991 quando o país se preparava para autorizar o multipartidarismo democrático, referiu, salientando que o texto já não s enquadra nos tempos modernos.
Desde 1994 que o Parlamento "sente a necessidade" de dotar o país de uma nova Constituição, facto que não tem sido possível devido à instabilidade no país, notou.
João Seidibá Sani afirmou que o atual presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, quer avançar nesse capítulo, tendo como base os trabalhos da comissão e a Constituição revista e aprovada pelo Parlamento em 1999 - mas que não chegou a entrar em vigor por ter sido vetada pelo então presidente guineense, Kumba Ialá. Lusa
I kila gora
Bô ka ma nós sibi laba kurpu
Bô ka ma nós sibi seka
Bô ka ma nós sibi kussinha
Bô ka ma nós sibi kumé
Ma npunta Kal ki di bós
Bô seriedade
Ma npunta Kal ki di bós, ohhh
Bô honestidade
Justino Delgado
CPLP "expectante"; Eu, excitado
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está preocupada com a crise «política e institucional» que a Guiné-Bissau tem vivido nos últimos dias.
Em entrevista ao site RFI, Murade Murargy, secretário executivo da CPLP, disse estar expectante em relação à decisão do presidente da República José Mário Vaz.
Murade Murargy está «muito preocupado com a situação vigente na Guiné-Bissau» e declarou-se «expectante» quanto à decisão que José Mário Vaz deverá tomar, depois de o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), partiDO no poder, ter proposto novamente o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira para o cargo do qual foi demitido na semana passada.
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