segunda-feira, 27 de abril de 2015

UE reabilita maternidade do leste da Guiné-Bissau para aliviar sofrimento das mulheres


A maternidade da principal cidade do leste da Guiné-Bissau vai contar com novas salas e equipamento para "aliviar o sofrimento das mulheres" que recorrem aos serviços de saúde reprodutiva, anunciou a delegação da União Europeia (UE) no país.

"O objetivo deste projeto é contribuir para aliviar o sofrimento das mulheres em relação à saúde sexual e reprodutiva na região de Gabu, apostando numa maternidade sem riscos e no acesso aos serviços sanitários de qualidade", refere a UE, financiadora maioritária, em comunicado. O investimento vai ser inaugurado na terça-feira.

As melhorias vão abranger "o atendimento das mulheres nas consultas externas durante a gravidez, a fase do parto e o puerpério" e incluem formação dada aos profissionais de saúde nos últimos meses. De acordo como os mais recentes inquéritos à população, a taxa de mortalidade infantil desceu na Guiné-Bissau, nos últimos anos, mas registou-se um aumento da taxa de mortalidade materna.

Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes por dez mil mulheres, segundo os dados recolhidos em 2014 e publicados este mês pelo Instituto Nacional de Estatística guineense e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS 5).

A reabilitação da Maternidade do Hospital Regional de Gabú foi realizada no âmbito do projeto "Reforço das ações de saúde sexual e reprodutiva" naquela região, em parceria com o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau. O investimento ronda 1,1 milhões de euros, cofinanciado a 80% pela UE e a 20% pela ONG italiana Associazione Italiana Amici di Raoul Follereau (AIFO), também responsável pela sua execução, em parceria com a ONG ADIC-Nafaia.

No âmbito do mesmo projeto, vai ser apresentado o livro "Mulheres de Gabu. Saúde e Mobilização no Leste da Guiné-Bissau". O lançamento está marcado para segunda-feira, na Casa dos Direitos, em Bissau. Lusa

OPINIÃO AAS: Mon na lama, pé na pot-pot


O principal problema da Guiné-Bissau é o guineense.

Fiz todos os planos para chegar a Bissau no dia 1 de abril de 2015 e graças a uma companhia aérea chamada Air Senegal, consegui!!! A ideia era deixar as pessoas na dúvida. Veio mesmo, ou será mais uma mentirinha do 1º de abril (fiz o mesmo no ano passado, e recebi dezenas de chamadas e mensagens. Entretanto, eu estava em Cabo Verde).

A Air Senegal - que deveria chegar a Bissau às 16 h e poucos do dia 31 - voltou a fazer das suas. Depois de quase 12 longas horas no aeroporto da Praia, com as lojas free-shop todas fechadas, mostraram finalmente quanto respeitam os guineenses. E não é que aterrei mesmo na minha terra no dia 1, depois de quase meio dia num aeroporto? O destino tem destas coisas, e o destino tem sempre a razão do seu lado.

Não sei se será Bissau a consumir-me num ápice ou o contrário. O que sei, e não me escapa, e continua a irritar-me é a má educação que se instalou nesta cidade avermelhada, perdida no tempo, húmida e poeirenta: as pessoas parece que regrediram no tempo. Eis Bissau, a capital decadente da escancarada Guiné-Bissau que já foi - presumo que nem isto supunham - a primogénita do Reino!

Viver em Bissau requer dois pressupostos fundamentais: estar preparado para tudo, para tudo mesmo, e ter paciência de chinês. São, aliás, virtudes mais do que necessárias para se sobreviver nesta utopia, onde tudo é organizadamente desorganizada.

Bissau, a cidade, está cansada e a rebentar pelas costuras. Esventrada por tudo quanto é lado, simplesmente implodiu. Não tem praticamente esgotos e os que tem estão perfeitamente entupidos e nalguns casos solidificados (a Arezky que o diga). Bissau, e não é segredo para ninguém, tem sofrido de ano para ano com a incúria dos Homens; depois, como que numa de vingança, tornou-se numa perfeita madrasta, com mais de quatrocentas mil almas - cada uma com a sua dor.

Os seus melhores terrenos e algumas casas foram sucessivamente ocupadas, algumas vendidas ao desbarato ou ocupadas pelos djintons di aonti ku di aós numa teia de interesses dúbios que ninguém no seu juízo perfeito entende. E no fim, ficará tudo por esclarecer. As usual.

No mercado do Bandim, os vendedores ambulantes queixam-se de uma Câmara Municipal que num minuto diz que os quer ver fora dos passeios, e no minuto a seguir lhes vende as senhas que lhes permitem exercer a sua actividade de chatos ao sol. Extravagâncias nossas. Desde dezembro até hoje, vão uns mesitos. Eles lá continuam, vendendo tudo no passeio. Tudo quer dizer mesmo tudo, e tudo é falso, como Judas. Como nós.

Os policias de trânsito continuam com as manhas de sempre. Estão quase sempre sujos e mal fardados, pedem dinheiro aos condutores, manga e amendoim aos vendedores. Agora, quando nada mais podem exigir a um incauto condutor, perguntam: "tem catana? Sabe, é pela sua segurança!". O tom é normalmente grave. Ah, Santa Imaculada!

Os toca-toca são um mal, ainda que necessário. Os seus condutores são dos mais mal educados e menos formados que eu conhecerei numa vida. Estão sempre sujos, conduzem de chinelos e outros estão simplesmente descalços. Ocupam três faixas, em perfeita sintonia mas em clara competição, e são eles que praticamente alimentam diariamente os polícias de trânsito. Assim, quem os multará? Ninguém. Andam nas vias que lhes estão vedadas, e, se confrontados, insultam e partem para as vias de facto.

Os ajudantes dos toca-toca serão uma espécie que terá existido na terra há milhares, talvez dezenas de milhões de anos e que nunca chegaram a evoluir. A sua especialidade? Em plena via, abrem de repente a porta, sem sequer encostar, para o passageiro entrar. Este, sem sequer pensar que o carro de trás o pode facilmente entalar, estragando-lhe o dia, alinha...

Esses ajudantes (diz-se que são eles que mandam no carro), escarram e cospem na nossa cara, bebem água e atiram depois o saquinho para a via pública numa perfeita indiferença; insultam os passageiros, quase sempre mulheres e até batem nos catraios. Não respeitam as regras de condução, não conhecem os sinais de trânsito sequer.

Enfim, nós os guineenses escolhemos a mediocridade e, perdoar-me-ão a filha da putice, mas essa merda fica-nos a matar! A pirâmide está invertida. O País precisa de ORDEM!!!

Os citadinos de Bissau, na sua maioria coitados, é que não têm para onde fugir. Estão cercados por todos os lados. Fogem mas regressam numa quase doidice e vagueiam na poeira procurando sabe-se lá que tralha. É-me bastante doloroso assitir a esta decadência em dominó.

Aqueles que se especializaram em roubar este Estado idiota, continuam por aqui. Agora, roubarão noutra freguesia: são tirados daqui e colocados além. É fartar, vilanagem! Gente que nunca teve nada na vida, de repente entra para o Estado e começa a exibir sinais de riqueza tais, que uma pessoa fica de queixo caído.

Tenho provas...e isto vai rebentar!

Onde já se viu uma via rápida, e falo da av. dos Combatentes da Liberdade da Pátria, sem uma passadeira aérea ou mesmo subterrânea na Chapa de Bissau? Sair do Alto-Crim e chegar à Chapa de Bissau é um inferno por causa dos toca-toca e dos táxis. Mas passar a rotunda da Chapa é como correr a ultra maratona no deserto do Saara!

Aqui, em plena via rápida, para além dos carros, temos de ter atenção a tudo: carrinhos de mão com carga de mais de 1 tonelada, putos de patins em linha completamente alheios aos perigos por acontecer (si bu madjan...), vendedores a cada esquina, gente a mijar nas barbas dos transeuntes e da polícia que também verte as águas onde calha.

Centenas de contentores que deixam a cidade mais suja e muito mais quente, estão plantados em tudo que é esquina ou aberta, sem qualquer preocupação de segurança. Para compor o ramalhete, ainda temos os cães - quase todos coxos, atropelados na via pública - os porcos, as manadas de vacas e de bois, os patos e toda a prole - normalmente muitos patinhos. Bissau é uma cidade suja - e não é de hoje mas também não se pode esconder; mas Bissau podia ser diferente.

Cercada por água, podia ser uma capital belíssima. Está estrategicamente implantada nesta costa. Projecta-se agora uma marginal que começará no Pindjiguiti (a praça será completamente reformulada) e desaguará na praia de Suru. Planos são uma coisa. Veremos.

Bissau é uma cidade onde a má educação dos seus munícipes e a desordem, imperam. Quem tem mais estudos mostra ser o mais bruto dos ordinários! Faz mesmo por isso, o que é uma coisa extraordinária! É a matemática da coisa.

Resumindo: Parece que nós, os africanos, temos o sexo nas mãos. Pois onde metemos a mão, fodemos sempre tudo! António Aly Silva

domingo, 26 de abril de 2015

CAJU: Preço em alta, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau


O preço do caju está em alta em todo o mundo, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau, numa altura em que os produtores já deviam estar a encher camiões para exportação.

Tal como noutros anos, "deviam estar a entrar em Bissau os primeiros camiões com carregamentos a sério", mas basta circular fora da capital "para ver que há pomares sem fruto", descreve Henrique Mendes, presidente da Agência Nacional do Caju (ANCA) da Guiné-Bissau e investigador na área.

A meteorologia parece estar a tramar os produtores: este ano houve temperaturas mais altas que o habitual em janeiro, que comprometeram a floração, e abril está mais fresco do que é costume, refere Henrique Mendes. O atraso verifica-se também nos restantes países produtores de caju da África Ocidental. Na Guiné-Bissau estima-se que haja um desvio de cerca de três semanas.

"No ano passado fizemos a abertura oficial da época de colheita de caju a 30 de março com os pomares quase cobertos. Este ano abrimos a 18 e ainda há árvores sem fruto", ilustra Henrique Mendes. Apesar de tudo, o presidente da ANCA mantém as expetativas em alta relativamente às receitas deste ano.

A Índia, principal comprador de caju, fechou o ano anterior sem excedente, pelo que precisa de comprar mais para encher os armazéns -- o que é também sinal de que "o consumo de caju está a aumentar", referiu. A variação do dólar americano também favorece a Guiné-Bissau, cuja moeda (Franco CFA Ocidental) está indexada ao Euro. Até o atraso na produção está a "puxar pelo preço", ou seja, quem conseguir vender a castanha de caju poderá fazer grandes negócios.

Todos os fatores conjugados levaram o Governo, em concertação com a ANCA, a anunciar um preço de referência de 300 francos CFA (48 cêntimos de euro) por quilo para compra ao produtor -- quando em 2014 foi de 250 francos CFA. Mas olhando ao andamento do mercado, "a tendência é para ainda ir além dos 300", sublinha Henrique Mendes.

Combinando a conjuntura com um combate mais forte ao contrabando de caju, já anunciado pelo Governo com reforço de vigilância nas fronteiras, o presidente da ANCA acredita que será possível à Guiné-Bissau exportar 200 mil toneladas de caju este ano com um rendimento por quilo acrescido para os agricultores.

Do sucesso da venda de caju ao longo da campanha depende a capacidade da maioria da famílias para comprar arroz (base da alimentação) ao longo do ano. Lusa

DITADURA DO CONSENSO: 19 MILHÕES DE VISITAS. MUITO OBRIGADOS. AAS

sábado, 25 de abril de 2015

NOTÍCIA DC: OTONIEL BADJANA é o 5º melhor a nível africano


O atleta guineense Otoniel Badjana ficou esta tarde em 5º lugar na prova de lançamento de peso, nos campeonatos de África de Atletismo (Juvenis). Dois Sul Africanos, um Egípcio e um Marroquino assumiram as primeiras 4 posições e não deram quaisquer hipóteses ao nosso atleta.


Otoniel Badjana, mantém-se assim como o 5º melhor nível Africano.

NOTA: Todos estes quatro primeiros classificados foram levados para o controlo antidoping. Se houver razões, depois saberemos. AAS

CCIAS: Presidente cessante Braima Camará entregou hoje a sua candidatura e garante que sairá "vitorioso"


O presidente da CCIAS, Braima Camara, depositou hoje nas instalações da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau a sua candidatura. Rodeado de várias associações filiadas e de apoiantes anónimos, o presidente cessante garantiu estar "convicto na vitória, pois a esmagadora maioria dos associados confiam na sua direcção."



Braima Camara sublinha que este desafio é "um acto de exercício da cidadania. Estou bastante orgulhoso, e estou aqui como presidente cessante que está disponível para a renovação do mandato à frente dos destinos da CCIAS."

Para o presidente cessante da CCIAS, "o balanço é extremamente positivo, embora tenhamos ainda uma cultura de mentalidade do não pagamento das quotas e vamos trabalhar neste segundo mandato para que os associados se habituem a este princípio, porque qualquer organização vive da contribuição dos seus associados."

Haverá, por isso, "uma campanha de sensibilização nesse sentido. Temos direitos e deveres, consagrados nos estatutos nos artigos 13 e 14. Ninguém pode reclamar nada na CCIAS se não cumpre estes deveres."

Este segundo mandato será "uma mudança na continuidade", assegura. Quanto ao sector privado, Braima Camara garantiu que "a CCIAS conseguiu a coesão interna e tornou-se numa das instituições mais respeitadas no País. Tem maior visibilidade, demos saltos quer quantitativos quer qualitativos, conseguimos elevar o nível salarial dos nossos funcionários, temos autonomia energética, conseguimos fundar a revista Nova Dinâmica, construímos duas grandes infra-estruturas que poderá tornar-se num porto seco, formamos mais de 750 jovens que hoje assumem um papel muito importante no desenvolvimento da Guiné-Bissau."

Fala de seguida dos feitos conseguidos pela sua direcção: "Conseguimos pagar a dívida interna num total de 7 biliões de Fcfa que disponibilizamos ao sector privado, fundamos o FUNPI graças aos apoios do ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Jr, do seu ministro do Comércio Botche Candé e do das Finanças José Mário Vaz (hoje Presidente da República). A CCIAS fez um conjunto de realizações que nem consigo dizer assim de cabeça, isto para não falar de inúmeras iniciativas no exterior. Agora que marcamos a nossa presença em Bissau, vamos entrar forte nas delegacias da CCIAS nas regiões."

Sobre a conferência da CE-CPLP que decorreu na semana passada em Bissau, Braima Camara não tem dúvidas: "superou todas as expectativas, não é todos os dias que conseguimos mobilizar nove países, além dos países observadores. Conseguimos resolver um grande problema: vamos instalar um laboratório para a certificação de qualidade dos produtos que respeitarão todas as normativas da UE, permitindo assim que os nossos exportadores cheguem além fronteiras, com a qualidade que ali é exigida." AAS

"VASILINA" (sic)? Ai vai doer, vai...Experimentem e mandem dizer depois!!!




É e será sempre: VA-SE-LI-NA. "nos"?, "doi"?...AAS

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Guiné-Bissau representado nos Campeonatos de África de Juvenis


Otoniel Badjana, atleta Guineense do Sporting Clube de Portugal, irá representar o País nos Campeonatos de África de Juvenis, nas Ilhas Maurícias de 23 a 27 de Abril. Otoniel que já se encontra nas Ilhas Maurícias, irá competir na prova de lançamento de peso, hoje, dia 24, às 17h20m.

O jovem talento que completou 17 anos em Dezembro, é o atual Campeão de Portugal na sua categoria, ficou em 5º lugar no Ranking Africano em 2014 após os Jogos Africanos de Juvenis no Botswana, e classificou-se a nível Mundial, nos Jogos Olímpicos da Juventude (Juvenis) na China, também em 2014 (em Agosto) na 11ª posição com um lançamento de 17m71 cm, o que desde já é mais que promissor para estes Campeonatos de África , garantindo-lhe esta mesma marca, a presença dos Campeonatos do Mundo de Juvenis no próximo mês de Julho em Cali, na Colômbia.

Temos mais que razões para acreditar numa boa prestação do Otoniel em representação de todos nós nestes Campeonatos de África.

ENERGIA: Crime organizado ataca rede eléctrica


Os cortes de energia elétrica nos últimos dias na capital da Guiné-Bissau devem-se à ação de "organizações criminosas", acusou o diretor da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), René Barros.

Em comunicado, Barros afirmou na quarta-feira que "organizações criminosas" estarão a interferir na rede elétrica da EAGB para "parar o sucesso" que a empresa tem tido nos últimos meses com o fornecimento durante 24 horas aos habitantes de Bissau.

"O sucesso verificado na reposição de energia em todos os lares de Bissau terá incomodado muita gente, o que leva a empresa a acreditar que estas avarias constantes e inexplicáveis estejam mesmo ligadas a organizações criminosas ainda não identificadas", referiu René Barros.

O fornecimento regular de energia elétrica e água canalizada na maioria dos bairros de Bissau passou a ser garantido em permanência desde o mês de dezembro, depois de mais de uma década de escuridão. Nas últimas três semanas, porém, tem havido cortes repentinos no fornecimento da eletricidade, chegando em muitos dos casos a deixar toda a cidade de Bissau às escuras durante largos períodos.

No passado, quando a EAGB estava sem capacidade para fornecer os serviços, praticamente toda cidade de Bissau era iluminada através de energia produzida por pequenos grupos eletrógenos de particulares ou empresas.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

CE-CPLP/REUNIÃO DE BISSAU: Guiné-Bissau apela a governos da CPLP para reforço de sinergias


O líder da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, Braima Camará, apelou ontem aos empresários da comunidade lusófona ao reforço das parcerias estratégicas a partir das “mais-valias” de cada um dos países e assim ajudarem os seus Governos.



Braima Camará acredita que a partir de alianças entre os empresários dos países lusófonos, o espaço da lusofonia poderá conquistar “mais mercados” e potenciar produtos de cada um dos Estados-membros.

O presidente da Câmara do Comércio guineense deu como exemplo a somatória entre “a tecnologia brasileira e o capital angolano” que daria para transformar o caju da Guiné-Bissau. Braima Camará notou que dessa sinergia poderia sair “um produto final de excelente qualidade em qualquer parte do mundo”, o que, reforçou, podia ser feito também com o atum de Cabo Verde ou com o camarão de Moçambique.

“Temos é de ter consciência da riqueza que representamos e dos espaços em que estamos inseridos para, de forma inteligente, aproveitarmos a pertença de todos e de cada um de nós”, declarou.

O presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau defendeu a ideia na abertura de uma conferência sobre eventos empresariais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre em Bissau até quinta-feira.

O encontro é coorganizado pela Confederação Empresarial da CPLP e a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau. Lusa

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Guiné-Bissau quer que profissionais na diáspora reforcem especialidades


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, pretende que os profissionais de saúde guineenses que trabalham em Portugal ou noutros países possam acudir à falta de especialistas no seu país de origem.

A ideia foi apresentada na última semana ao primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, referiu hoje o chefe de Governo guineense na chegada ao aeroporto internacional de Bissau, após encontros com diferentes autoridades em Portugal e Espanha.

Domingos Simões Pereira referiu que a medida pode traduzir-se "num mecanismo de cooperação setorial" de maneira a permitir que os profissionais guineenses "residentes e trabalhadores em Portugal e noutros países possam ir em residência temporária" para a Guiné-Bissau.

O objetivo é apoiar os serviços de saúde nas especialidades em que há défice. Por outro lado, poderão ser esses médicos "a fazer os rastreios necessários e a decidir quem deve ser transferido" de Bissau para Lisboa, ao abrigo dos acordos de cooperação médica entre os dois países.

"O Governo vai dedicar uma atenção especial à segurança social", nomeadamente "à assistência médica e medicamentosa", acrescentou. De acordo com o primeiro-ministro guineense, a cooperação com a classe médica na diáspora é um exemplo das colaborações que pretende ver estendidas a outros setores de atividade com profissionais guineenses no estrangeiro.

Segundo Domingos Simões Pereira, as visitas a Portugal e Espanha permitiram ainda apresentar a diferentes parceiros estratégicos o documento estratégico do Governo para desenvolver a Guiné-Bissau na próxima década. Lusa