quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Não conseguem matar a honra
"Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem de, em certas ocasiões de crise política (perdi-lhes a conta) em que eu teimava em dar a cara e em bater-me pelos meus ideais e pelas minhas convicções, algumas pessoas diziam-me num tom quase paternal «vai, faz-te de vítima, queixa-te, pode ser que consigas 'vender' qualquer coisa».
Lá está. Não entendiam as minhas razões. Meus caros,
As minhas razões sempre estiveram e estarão na linha da frente das minhas lutas. O tempo da verdade chega sempre, pelo que a honra tem que ser paciente. Nunca serei uma vítima - e é isso que, afinal de contas, o País não me perdoa. AAS"
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
TAP não regressa a Bissau "porque a procura é muito baixa"
O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse hoje que a companhia aérea nacional ainda não retomou os voos para Guiné-Bissau, suspensos há um ano, porque a procura é muito baixa, o que será reavaliado no início do próximo ano. "A razão principal é mercado mesmo. Chegámos a fazer uma pesquisa para ver como estavam as possibilidades, mas temos uma procura muito baixa do mercado", disse hoje o gestor, quando questionado sobre o retomar dos voos para a Guiné-Bissau, suspensos em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.
Fernando Pinto adiantou que, quando a TAP suspendeu a operação, "outras empresas" assumiram a sua posição e, por isso, houve "uma queda muito forte da procura". "Então vimos que não era ainda possível retornar ao mercado. No início do próximo ano tem que ser muito bem analisada para ver se a rota vale a pena", acrescentou.
Sobre o que levou à suspensão da operação, Fernando Pinto disse já ter "a garantia das autoridades que as condições de segurança estão reunidas". Na altura da suspensão dos voos a TAP considerou que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.
Depois de assinado o protocolo, a companhia chegou a vender bilhetes para a retoma da ligação a partir de 26 de outubro, mas entretanto cancelou a operação, sem mais explicações. As ligações diretas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora feitas pela companhia Euroatlantic com um voo semanal às sextas-feiras.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Guiné-Bissau e Cabo Verde retomam contacto
Encontro hoje, na cidade da Praia, entre o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, acompanhado de Cândido Barbosa, Cônsul da Guiné-Bissau em Cabo Verde.
Foto: Gabinete PM Cabo Verde
O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, mostrou-se “sensibilizado” com o gesto do Governo da Guiné-Bissau de solidariedade e de amizade para com o povo cabo-verdiano neste “momento difícil”, com a erupção vulcânica no Fogo, sublinhando o “extraordinário” contributo do Governo da Guiné-Bissau e que tocou e sensibilizou Neves. Novos apoios estão a caminho de Angola e de Portugal.
O Governo da Guiné-Bissau, para além da mensagem de conforto, enviou, através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné Bissau, embaixador Mário Lopes da Rosa, uma quantia no valor de 75 mil dólares.
Um acto que o Chefe do executivo cabo-verdiano considera de “extraordinário” atendendo às próprias dificuldades porque passa aquele país amigo, face ao desafio da transição e reconstrução do país em questão e de “grandes dificuldades económicas e sociais”, um gesto que nos toca, nos sensibiliza muito e demonstra todo o carinho e toda a amizade do Governo e do Povo da Guiné-Bissau para com Cabo Verde”, afirmou José Maria Neves. Saiba mais no www.governo.cv e ouça as declarações do PM sobre o tema, aqui, através da RádioPM:
Ouça as afirmações do Embaixador e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa sobre o tema. Fonte: Gab. PM de Cabo Verde
domingo, 7 de dezembro de 2014
OPINIÃO: A chaga do Nhaga
"Carissimo Aly,
Desejo-te paz e muita saude para continuares a pleitar pela verdade e justiça na Guiné-Biisau.
Simples como isso, para te pedir que ignores esse parvalão do Antonio Nhaga que pretende fazer publicidade à tua custa. Pessoas como a Antonio Nhaga, inutil e persunçosa, tal como o conheço ha quase quarenta anos, não vale um cuspo da tua saliva, tão pouco um rabisco da tua respeita e apreciada pluma gladiadora.
Estranha-me até hoje, que esse sujeito seja na verdade um jornalista. Eu, até prova em contrario devidamente certificada, continuo a duvidar de que, esse sujeito tenha formação compativel de jornalista. Na verdade conheço o Nhaga ha mais de trinta anos em circunstâncias que abdico aqui de precisar, mas sempre constatei de que, era uma pessoa de comportamentos que escondia ressentidos, digamos assim, um pouco para o "complexado".
Quiça, fruto da intrinsidade dos seus ressentimentos, nunca foi uma pessoa coerente de ideias, o que, respaldava na sua sociabilidade, que era naturalmente intrinsica ao conflito que o atormentava, entre aquilo que é, e o que tinha que aparentar ser. Desse periodo da nossa adolescência acabei por perdê-lo de vista. Soube depois, que o sujeito, andava "perdido" pelos fiordes finlandeses com uma nativa dessas paragens, em tempos vinda a Bissau à procura de calores e sabores tropicais. Dei conta dele, quando reapareceu por Bissau. Inicialmente a espaços, entre o antes e o pos conflito de junho de 98, alvoraçando, ja na altura, o titulo de jornalista.
Para mim continuo na mesma com a minha persunçosa desconfiança..., se é que se tenha formado, o homem é muito mal formado e não me convence. Assim penso, porque mal fala o português e, escrever, é um desastre, pois fa-lo mal e porcamente. Alias, ele não consegue montar um artigo jornalistico, por mais basico que seja. Digo isso, pois tive oportunidade de comprova-lo O resultado, se assim possa dizer, dessa nossa pretensa relação de trabalho, sustenta até hoje, a minha interrogação sobre as suas competências para esse exercicio.
Esse Antonio que eu conheço, de peladas de futebol até ao pseudo-jornalista que se arroga hoje, não merece a tua atenção, tão pouco a esgrima de argumentos, pois o AN, tal como era atabalhoado no futebol... corria desalmadamente, sem rumo, sem talendo. Corria, corria, porque assim pensava o futebol à sua maneira. In felizmente, é assim a vida do AN. Corre para o nada.
Ignora-lo ja é um favor.
Gulak"
sábado, 6 de dezembro de 2014
Assinatura de acordo GB/BM: 7 milhões de dólares em dia de aniversário
No passado dia 4 de Dezembro de 2014, nos escritórios do Banco Mundial em Dakar. Cerimónia de assinatura da convenção de financiamento de 7 milhões de dólares para a agricultura e a segurança alimentar entre o Banco Mundial, o Programa Alimentar Mundial e o Governo da Guiné-Bissau. A surpresa foi o bolo do aniversário: é que o ministro das Finanças, Geraldo Martins, fazia anos nesse dia.
António Nhaga: Nunca serás lembrado
"Aly Silva - o D. Quixote guineense
Jornalista e pintor, António Aly Silva, também bloguista, é um autêntico D. Quixote da Guiné-Bissau, uma figura ímpar de que me apetece aqui falar.
O António, de 48 anos, natural do Quebo, antiga Aldeia Formosa, na região de Tombali, no interior da Guiné-Bissau, é um caso fabuloso de desdobramento de personalidades, entre o pintor que começou a ser ainda muito novo, na adolescência, e o jornalista irreverente em que depois se tornou (semanário O Independente e revista Visão), com uma posição assinalável no blogue Ditadura do Consenso. Rapaz de duas pátrias, a guineense e a portuguesa, pois que em ambas já viveu, ele tem um desassombro excepcional quando fala dos muitos problemas da terra onde também nasceu Amílcar Cabral; e onde tantos morreram, em circunstâncias várias.
Falar do António Aly Silva e da sua maneira de estar na vida é homenagear todos aqueles que transgridem, que fazem tantas vezes aquilo que nós pensamos mas não temos a coragem de fazer ou de dizer. Depois de tanto se ter escrito nos últimos anos sobre uma pátria ainda a dar como que os primeiros passos, pois que 40 anos pouco são na vida de uma nação, é bom ter uma matéria nova para falar, que não seja o peso dos militares ou as influências do narcotráfico.
Aly é um artista e um poeta, que nos sabe bem ler, pois dele transcende o mais puro espírito libertário. E aqui o gostaria de colocar ao lado de muitas das outras figuras africanas que já tenho abordado ao longo da vida, pessoas com maneiras diferentes de estar na vida, mas que de algum modo não podemos ignorar: o José Vicente Lopes, o Tony Tcheka, o José Eduardo Agualusa, o Ondkaji, o João Paulo Borges Coelho, o Mia Couto, o Nelson Saúte e tantos outros.
Esta minha carta é para eles, os cidadãos lusófonos que aprecio, pessoas que têm ajudado a fazer notadas as jovens nações onde vivem. Pessoas todas elas com menos de 65 anos; nascidas portanto depois da II Guerra Mundial e de tudo o que ela significou para marcar um antes e um depois.
O António Aly Silva andava na instrução primária em Portugal quando aqui foi o 25 de Abril de 1974 e algum tempo depois seguiu para Bissau, a matricular-se no Liceu Kwame Nkrumah, onde a sua pintura começou a ser notada, em tons vivos, como é próprio da África e dos africanos. Galerias de Dacar, Lisboa, Sintra, Paço d'Arcos e Cascais viram os seus quadros, bem como algumas salas de Bissau. Toda uma corrente de afectos se foi gerando à sua volta, como de ódios também; ou não fosse a Guiné-Bissau um país de perfídias, onde por vezes parece tão fácil morrer, vítima do feitiço de alguém que nos quer mal.
Aos meus olhos, ao colocar claramente os pontos nos iis, denunciando as conjuras, os golpes baixos, em pleno terreno armadilhado, o Aly é um herói, um autêntico D. Quixote deste tempo novo, deste século XXI em que nos é dado viver, até que os deuses o permitam. "Venham mais cinco!", como ele, como o Zeca Afonso, como o José Dias Coelho. E um dia talvez o mundo seja melhor, onde mereça a pena viver. Graças ao esforço dos que tantas vezes chegam a duvidar de que valha a pena. Dos que tropeçam nos escolhos mas acabam por arranjar forças para se levantar.
Jorge Heitor
Jornalista"
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
António Nhaga: Não tens tomates
O energúmeno que responde pelo nome de António Nhaga e é o "director geral" do pasquim pomposamente embelezado como o nome de 'Democrata', não passa de um frustrado e cobarde. Maldosamente, sem qualquer motivo (recebeu um email com imprecisões sobre a minha pessoa) atacou-me e ainda permitiu que a sua opinião fosse postado, não no seu sítio, mas por terceiros! Que filho da puta me saiu este gajo... Pois bem, mas alguém entende uma cena canalha dessas?! Eu não, mas sei por que razão o fez.
Quando eu dirigia o quinzenário Lusófono, em Lisboa, organizámos uma conferência na Universidade Lusófona. Na mesa, comigo a moderar, estavam três oradores: o Ricardo G. G., o O. Lopes, e mais uma pessoa que agora não posso precisar. Cada orador proferiu a sua comunicação e depois abrimos um debate.
A meio da sala, afundado na cadeira, António Nhaga distinguia-se dos demais. Pequenino, 1 metro e 50 de gente por 80cm de largo, dava nas vistas. Estava gordo e reluzente (comida da Finlândia, presumo!, para onde foi arrastado por uma loira que estava por Bissau em turismo sexual, nunca se saberá...) O certo é que, um dia, a voluptuosa loira cansou-se da besta e meteu os patins ao pobre do Nhaga, que, vendo-se subitamente sem chão preferiu o regresso à pacata origem.
Em Bissau, ninguém o via. Parecia um fantasma. E onde mais o Nhaga poderia trabalhar a não ser numa das mais ricas agências da ONU?
Voltemos à conferência. Da mesa, vimos de repente aquilo que nos pareceu um vulto. Era o bracinho do Nhaga - estava mortinho por finalmente fazer parte da conferência e dar um ar da sua graça. Queria os seus quinze minutos de fama. Dei-lhe finalmente a palavra. E o que é que o infeliz e obtuso do Nhaga nos diz a todos? "Acho que nós (jornalistas) na Guiné-Bissau precisamos de livros de estilo."(!?)
Quando ouvi aquilo, não me contive e respondi-lhe energicamente, como de resto merecia. Lá do alto, onde estava e continuo a estar, proferi: "Nhaga, vocês (eles, alguns jornalistas e jornaleiros guineenses) precisam é de dicionários de português!". Fez-se silêncio. Podia ouvir-se uma mosca a atravessar a sala. Os meus companheiros de mesa trocaram olhares cúmplices. Um deles piscou-me o olho como que a dizer "foi bem dado". O certo é que teve efeito - não o pretendido mas talvez o desejado: António Nhaga dobrou-se sobre a sua pequena e desproporcionada figura...e fugiu da sala como um gato, sem fazer barulho nem deixar marcas.
No final da conferência, estivémos um tempinho no pátio na conversa, mas como eu tinha um compromisso tive que me despedir do pessoal. No dia seguinte, liga-me um amigo: "Ouve lá, ontem depois de ires embora o Nhaga começou a mandar bocas e eu tive que o calar. Disse-lhe "porque não falaste enquanto o Aly cá estava?".
É a prova, meus caros, de que o António Nhaga, para além de pequenino e cobarde é também mesquinho e um bocadinho aldrabão. Numa palavra: não tem tomates... É que se o António Nhaga fosse minimamente uma pessoa inteligente, não tinha entrado por aí...Ou seja, se não tiver nada para dizer...esteja calado! Livro de estilo...
E cá está a razão - a única e triste razão - pela qual fui gratuitamente atacado e insultado pelo director geral António Nhaga. Podia ter dito ao miúdo "não publicamos." Mas não, decidiu enveredar-se pelo caminho mais fácil, da intriga, da calúnia.
António Nhaga:
Eu tenho mais, muito mais nível do que tu. Tu és um idiota - outro, mais um naquela poeirenta Bissau - com um modem à frente. Mais: o teu jornal é ilegal - traduzido por peanuts, não tem documentação legal e nem paga impostos. Desafio-te aqui a provares o contrário sob pena de passares por aldrabão e mentiroso.
António Nhaga:
És uma alma penada (kassissa). Tu não me conheces, eu e tu nunca trocámos olhares sequer. Sempre pensei que havia alguma coisa em ti que não batia certo. Conta aos teus 100 parcos leitores (sim, porque não vendes porra nenhuma) quanto é que te deu, em numerário, aquele governo de bando de ladrões e mafiosos nestes mais de dois anos de absurdos? Vejam as diferenças entre o "Democrata" no período da gatunagem, e aquele que hoje se insurge...
António Nhaga, prova-me, quantas reportagens de investigação foram feitas pelo teu pasquim? É que não dei conta...lendo as tuas postas de pescada à Lusa quando o pasquim foi lançado, ainda não li merda nenhuma.
António Nhaga: se não responderes voltarei ao assunto... AAS
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
NOTÍCIA DC-MAIS BANCO MUNDIAL: À margem da cerimónia de assinatura do documento com o Banco Mundial, no valor de 7 milhões de dólares, o ministro guineense das Finanças, Geraldo Martins e o seu secretário de Estado do Plano e Integração Regional, mantiveram uma reunião com a directora de Operações do Banco Mundial, Vera Songwe e ainda com o staff daquele organismo, para discutir o apoio que o Banco Mundial dará na preparação da mesa redonda pevista para o primento trimeste de 2015. AAS
ÉBOLA: Fronteira reabre na próxima 3ª feira
A fronteira terrestre com a Guiné-Conacri, anunciou hoje o ministro da presidência do Conselho de Ministros guineense, Baciro Djá. O também porta-voz do Governo guineense fez este anúncio numa declaração aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho de Ministros com alguns parceiros internacionais do país, onde se falou essencialmente da questão da reabertura da fronteira.
A Guiné-Bissau fechou a fronteira com a Guiné-Conacri desde agosto para evitar o alastramento do vírus Ébola que tem causado várias vítimas mortais naquele país francófono.
Os chefes de Estado da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) recomendaram, na sua última cimeira realizada no Gana, a reabertura das fronteiras com os países mais afetados pela doença - Guiné-Conacri, Serra-Leoa e Libéria - como forma de se evitar a estigmatização das suas populações.
"O Governo decidiu, numa iniciativa politicamente ponderada, reabrir as fronteiras com a república vizinha e irmã da Guiné-Bissau no dia 09 deste mês", de forma faseada, "nalguns pontos", declarou Baciro Djá.
De acordo com o porta-voz do Governo, serão reforçadas medidas de vigilância e também será solicitado um "maior envolvimento" das populações das zonas fronteiriças como forma de manter o estado de alerta.
A reunião de hoje do Conselho de Ministros serviu igualmente para o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, agradecer a solidariedade da comunidade internacional na implementação da estratégia do país para prevenção do vírus, do qual não há registo na Guiné-Bissau.
"Felizmente, até hoje, a doença não chegou ao nosso país e oxalá que assim continue", observou ainda o porta-voz do Governo de Bissau.
A coordenadora residente do sistema das Nações Unidas, a portuguesa Maria do Valle Ribeiro, apoiou a decisão do Governo e reiterou o apoio às iniciativas do executivo no âmbito dos esforços de preparação de uma resposta face à eventualidade de a doença chegar ao país.
Aquela responsável enalteceu a importância do reforço da capacidade do país ao nível da supervisão e de controlo nos pontos de entrada a partir da Guiné-Conacri. Lusa
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