segunda-feira, 17 de novembro de 2014
50 Anos das Forças Armadas da Guiné-Bissau: "Instabilidade" em dia de festa
Na Guiné-Bissau, as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) celebraram ontem 50 anos de existência debaixo de contestação da população pelas "atrocidades e instabilidade" de que são mentores, reconheceu o chefe da instituição, general Biaguê Nan Tan.
Na hora de fazer o balanço da existência dos cinquenta anos das Forças Armadas, o chefe da instituição, o general Biaguê Nan Tan, disse que apesar de um passado glorioso, hoje os militares guineenses são vistos como "criadores de instabilidade e gente que até mete medo à população". Segundo o chefe de Estado Maior as Forças Armadas da Guiné Bissau transformaram-se numa instituição que em vez de proteger o povo "espancam e amedrontam a população" e em vez de se submeterem ao poder político criam instabilidade ao governo.
O general Biaguê Nan Tan recordou ainda que no passado o militares eram um exemplo para os países africanos de língua portuguesa, tendo mesmo ajudado muitos a conquistar a independência e a manter a paz, mas hoje são os militares desses países que aconselham a Guiné-Bissau sobre como encontrar a estabilidade.
Para o chefe das Forças Armadas tudo isso tem de ser mudado e "defendo por isso a formação para os mais jovens que terão de substituir os veteranos no âmbito da reforma das Forças Armadas." Brevemente será aberta uma escola de estudos militares em São Vicente e a partir da qual serão feitas as promoções e graduações de soldados e oficiais.
O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas aproveitou as comemorações do quinquagésimo aniversário da criação da instituição militar para reafirmar o seu compromisso de subordinação total ao poder político democraticamente eleito. As Forças Armadas foram criadas pelo PAIGC a 16 de Novembro de 1964 na localidade de Cassaca, no sul da Guiné-Bissau. RFI
domingo, 16 de novembro de 2014
TRIBUTO AO LUGAR ONDE NASCI
Foi aqui que desaguei para enfrentar este mundo injusto e perigoso, há precisamente 48 anos. Nasci na Aldeia Formosa, hoje Quebo. Uma terra de merda, aquela onde nasci. Nasci algures, nem sei. Aqui, o verde foi sempre de uma exuberância estúpida. Lá em cima, vastos e limpos céus azuis dão depois lugar a noites intermináveis de estrelas, de milhões delas, todas elas reflectindo-se no curso dos seus mil rios. Obrigado, Quebo. Obrigado a todos pelas mensagens. Este é um preito de singela homenagem. António Aly Silva
CE-CPLP reúne em Cabo Verde
Braima Camara, presidente da CCIAS da Guiné-Bissau, chega hoje à cidade da Praia na companhia do presidente da Direção de CE-CPLP, Salimo Abdulla, do presidente da AIP, Comendador Jorge Rocha de Matos, de Francisco Mantero da ELO e do vice-presidente da CCIAS, Abel Iamedi Incada. Para a mesma reunião estão ainda Fernando Flamengo, José Lobato e Fernando Lobato. Os Trabalhos iniciam na segunda feira e terminam quarta feira com a inauguração da FEIRA INTERNACIONAL DE CABO VERDE. AAS
SALÁRIOS DOS DEPUTADOS/ NOTÍCIA DC: Epílogo
Deputados guineenses vão finalmente receber os seus salários do mês de outubro. Chegou assim ao fim o braço de ferro entre a ANP e o Governo, que manteve a sua posição e pagará apenas os 185 milhões de FCFA que habitualmente paga de remuneração mensal aos deputados e não os 300 milhões de FCFA que o Presidente da ANP, Cipriano Cassama, exigia. De momento o aumento dos subsidios dos deputados está fora de questão.
sábado, 15 de novembro de 2014
S.O.S. de Angola: "A situação do cidadão guineense em Angola está muito difícil. Não temos acesso a qualquer documento. Não temos embaixada nem consulado. E o Governo da Guiné-Bissau tem que fazer um esforço para nos ajudar. Os guineenses não estão a ser respeitados pelo Governo de Angola. Obrigado. S. D"
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
OPINIÃO: O crime compensa
"Carissimo Aly,
Permita-me através do teu blog juntar-me ao contentamento de larga maioria de guineenses, tanto os residentes no pais, como os da diaspora, fruto do "acontecimento nacional" do dia, que é a retoma das ligações aereas da Guiné-Bissau com o resto da europa, através de Portugal. Parabéns SET do governo, obrigado EuroAtlantic por esse momento de rara felicidade.
Como bem frisaste num dos teus posts do dia, tal jubilo mostra acima de tudo, quanto é a pobreza/carência de um pais como a Guiné-Bissau, tal a ansiedade pelo acontecimentos, ao ponto de, um voo comercial em direcção à europa ser comemorado como um acontecimento nacional com fanfara musical e folclore à mistura. E verdade, temos que admitir, de que, esta reacção de alegria, mostra o quanto efectivamente o nosso pais esta carente e ansioso de realizações, os quais sucessivamente lhe têm sido negadas por comportamentos irresponsaveis e criminosa de gente sem escrupulos que banalizaram e vandalizaram o pais durante estes dois anos e meio que recentemente findou.
Porém, o que me doi em tudo isto, é que, por esta situação de prolongado isolamento, mais do que a posição dubia da TAP desculpando-se nas entrelinhas com a paranoia da ébola, contribuiu acima de tudo, um regime de bandidos que geriram o pais durante a transição da forma mais criminosa e mafiosa nunca visto na historia da Guiné-Bissau.
Não vos escondo que, doi-me imenso, ver e cruzar-me, quase diariamente, com pessoas que foram responsaveis morais e materiais desse acto criminoso que despoletou o embargo dos voos para Bissau, circularem livre e impunemente pelas ruas de Bissau, em carrões e com sinais exteriores de riqueza, sem que sejam minimamente importunado por quem quer que seja até a presente data, como se de nada se tivesse passado...incrivel. Custa-me imenso, ver e sentir que a impunidade e a cultura de não prestar contas continua a ser infelizmente a regra e tende a enraizar-se na Guiné-Bissau, em detrimento da responsabilização e da justiça.
Não vem a TAP, veio a Euro Atlantic e, tudo volta a normalidade como se nada de nada se tivesse passado. E, mesmo o facto do pais ter sido fortemente penalizado pelo isolamendo provocado por esse grupo de energumenos da transição devido o embarco forçado de emigrantes sirios rumo a Lisboa a troco de centenas de euros, cobardemente, não assalta a consciência de quem de direito para se constituir, como se supunha, no exercicio publico de activar os mecanismos da responsabilização penal dos seus actores.
Por este andar a que se acostuma o povo guineense, de assobiar para o lado fingindo, de que tudo esta bem e ninguém querer assumir a responsabilidade de exercer o ius imperium do Estado e a defesa da res publica, não tarda muito, o ex-Ministro da Administração Interna do regime de transição, embarcara tranquilamente como um dos passageiros do voo da EuroAtlantic rumo a Lisboa... é assim quando o crime compensa.
Questium"
ÚLTIMA HORA: Bom, agora que o Boeing da Euro Atlantic já deixou Bissau, posso confirmar que a bordo não viaja nenhum sírio, menos ainda ilegal! ...caraças, pa!. AAS
P.S.: Será que agora podemos mudar a moeda - para o Euro, por exemplo?
É hoje, é hoje
Lisboa e Bissau passam hoje a estar ligados por via aérea directa com o voo inaugural da EuroAtlantic. Ligação que acontece praticamente um ano após a suspensão do único voo directo entre Bissau e uma capital europeia, que era assegurado pela TAP.
O avião, um Boeing 737-800, tem saída prevista de Lisboa às 09:00 horas para chegar à Bissau às 13:25 horas e volta a partir da capital guineense às 15:45 horas para chegar a Lisboa às 20:00 horas. Relativamente à ligação aérea anterior, esta será feita durante o dia, o que aumenta a comodidade dos passageiros e facilita o respectivo controlo.
O Boeing da EuroAtlantic destinado à rota Lisboa/Bissau/Lisboa tem para já capacidade para transportar 160 passageiros - 144 na classe económica e 16 na executiva -, mas caso a procura o justifique a empresa disponibilizará um aparelho com 200 lugares.
AREIAS PESADAS: O regreso dos russos
O ministro dos Recursos Naturais guineense, Daniel Gomes, mandou readmitir a empresa russa Potô Sarl a exploração de areia pesada em Varela, norte da Guiné-Bissau, por considerar que já cumpriu com as imposições legais sobre a preservação do ambiente.
Em julho passado o novo Governo guineense suspendeu o contrato de exploração das areias pesadas de Varela sob alegação de que a Potô Sarl não cumpria as normas previstas na lei de inertes. Lusa
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