domingo, 10 de março de 2013

Braima Camará, apoteose em Bubaque


Braima Camará foi recebido de forma apoteótica em Bubaque, o primeiro dos oito pontos escolhidos pela directoria da sua candidatura nesta sua programada visita à Província Sul da Guiné-Bissau.

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Homens, mulheres e principalmente jovens exprimiram as suas esperanças no surgimento de um novo PAIGC depois do seu VIII Congresso Ordinário aprazado para Cacheu, aguardando todos eles, nas intervenções de boas vindas que proferiram, que Braima Camará consiga fazer no PAIGC aquilo que fez enquanto Presidente da Camara do Comercio, industria e Agricultura e muito principalmente o espirito empreendedor que caracterizou a sua vida empresarial. O porta-voz dos jovens de Bubaque entregou uma prenda ao candidato Braima Camará, constituída por uma espada e um escudo artesanal, explicando-lhe que ela tinha um significado muito especial, ou seja, que Braima Camará abrisse caminho com a espada e com o escudo cimentasse a unidade e a reconciliação no seio do PAIGC e da própria sociedade guineense. Por seu turno, a representante das mulheres, depois de brindarem o candidato à presidência do PAIGC com um pano de pente bordado com o rosto de Amilcar Cabral, entregaram uma bandeira do partido, com a qual lhe pediram que trabalhasse a favor da unidade e reconciliação dentro do partido, porquanto a unidade do PAIGC significa estabilidade e paz para a Guiné-Bissau.

A porta-voz das mulhres sustentou ainda que as maiores esperanças dos militantes e dirigentes do Partido no sul do país em ver Braima Camara como futuro Presidente do PAIGC era o de o ver unir e reconciliar o partido, pois as atuais divisões nao eram somente nefastas para o próprio partido, como também eram o facto principal das sucessivas crises porque tem passar o país, principalmente nos últimos anos. Ao responder a grande massa compacta que se postava perante ele, com todo o colorido das suas vestes e marcadas pela exibição da rica cultura guineense, Braima Camara proferiu um curto improviso onde agradeceu comovido a forma como foi recebido e considerou o facto como um importante comprometimento pessoal para com as justas esperanças das populações locais e considerou que assumir a liderança do partido era uma grande responsabilidade e um dever inquestionável para com os Combatentes da Liberdade da Pátria e para os guineenses, embora defendesse de forma muito precisa que a sua visita se enquadrava numa campanha para a eleição do Presidente do PAIGC, sendo portanto, diferente de uma campanha legislativa ou presidencial, mas que tomaria boa nota das esperanças e dos desejos expressos pelos jovens e mulheres para o futuro.

Braima Camará considerou que a sua visita ao Sul do país se enquadrava numa tentativa de auscultar as estruturas setoriais e regionais do Partido, privilegiando nestes contactos as questões que dizem respeito a vida do PAIGC, sendo o objetivo principal ouvir os militantes e dirigentes locais sobre as dificuldades que o Partido enfrenta no seu dia-a-dia, sob o modo como queremos organizar e modernizar o Partido, e ainda sobre a nossa visão para o futuro do país. Depois de assistir, a pedido dos jovens locais a uma partida de futebol, o candidato à liderança do PAIGC manteve uma reunião com as estruturas locais e regionais do Partido, palco que serviu para Braima Camará explicar as razoes da sua presença no Sul do país. Para Braima Camará, citamos, "a liderança que represento, enquanto candidato à Presidente do PAIGC, considero que o respeito e dignificação das estruturas e das lideranças locais e nacionais do Partido é o único caminho que pode conduzir ao seu próprio fortalecimento". Neste âmbito, considerou que o Partido deve crescer e consolidar-se a partir do seu interior, abrindo-se depois à sociedade e na linha da defesa deste princípio, Braima Camará, comprometeu-se a respeitar as estruturas nacionais e locais do Partido, privilegiando a sua auscultação prévia sempre que as decisões a tomar sejam de importância estratégica para a vida do Partido.

Embora estejamos convencidos que a nossa candidatura recolhe o apoio da grande maioria dos Combatentes da Liberdade da Pátria, dos jovens, mulheres e homens do nosso Partido, quero assegurar-vos que respeitarei os resultados que saírem do VIII Congresso do PAIGC, desde que as eleições decorram de forma livre, justa e transparente. Todos seremos poucos para cumprir os nobres objectivos que pretendemos para o nosso país. Para Braima Camará, a força de um Partido resulta do grau de participação dos seus militantes na reflexão e debate de ideias no interior do Partido e neste contexto considerou que o debate deverá ser franco e aberto, sem tabus, e respeitar as estruturas do Partido e que a própria força do Partido resulta ainda da capacidade e da entrega dos militantes ao trabalho partidário, no seio das estruturas do Partido e da sociedade. O candidato à liderança do PAIGC sustentou ainda que a tarefa da nova liderança que representa terá como principal missão o reforço do diálogo político interno e o aprofundamento do debate de ideias no seio do Partido e na sequência do seu raciocínio, Braima Camará comprometeu-se a criar todas as condições de liberdade para que o debate e a reflexão no interior do Partido não tenham quaisquer condicionamentos.

"Homens mascarados"


"Homens mascarados" é o título escolhido pelo semanário alemão Der Spiegel para uma extensa e duríssima reportagem dedicada à Guiné-Bissau. Ao longo de seis páginas descrevem-se os bastidores do tráfico de cocaína neste país da África Ocidental. "O escritório das Nações Unidas para o combate ao tráfico de droga, UNODC, vê na Guiné-Bissau o único exemplo a nível mundial de um narcoestado. No Afeganistão e na Colômbia, há províncias inteiras nas mãos dos barões da droga. Aqui é todo o Estado."

A Polícia Judiciária não dispõe de meios para combater o tráfico uma vez que quem de facto governa o país são os militares. "O homem de uniforme personifica o poder, não o direito. O general António Indjai é quem manda na Guiné desde o assassinato de Nino Vieira", escreve o Der Spiegel. "Os militares estão convencidos que o país é apenas uma plataforma giratória para o tráfico de droga. Mas começa a desenvolver-se entre a elite guineense um mercado pra o consumo de cocaína. Está-se a desenvolver uma geração de toxicodependentes. Os filhos dos generais". Der Spiegel

sábado, 9 de março de 2013

REPORTAGEM: Guiné-Bissau um sonho do traficante de drogas


Por: Alexander Smoltczyk

A Guiné-Bissau tornou-se num importante pólo de tráfico de cocaína entre a América Latina e a Europa. Mas qualquer riqueza que a nação da África Ocidental tem derivado seu status intermediário tem sido compensada pela instabilidade e pelo aumento da violência.

João Biague diz que só tem uma maneira de perder o emprego: ter "sucesso". Assim que ele consegue apreender um carregamento de drogas, ele admite, "eu vou ser demitido." Mas o "sucesso" não é realmente parte da descrição do trabalho do director-geral da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau. Biague tem o seu escritório num edifício antigo construido no tempo colonial. Está localizado muma rua suja perto de estádio Lino Correia. Os buracos da rua são cobertos com pedras e lixo plástico. A sua agência corresponde à sede Federal da BKA na Alemanha em Wiesbaden - ou o FBI, em Washington, DC.

João Biague tem os olhos ligeiramente inchados como um boxista de peso pesado. O juiz de 45 anos de idade, personifica a Justiça, mas não liga. O título da sua tese de doutorado foi "Problemas de coordenação na administração pública". Hoje, Biague tem que lidar com outros problemas de coordenação.

A Guiné-Bissau está prensada entre o Senegal e a Guiné, onde o continente africano se estende a oeste mais distante para a América do Sul. O mercado di peixe, em Bissau, a capital, está tão longe do Brasil a partir do Sul da Espanha, ou quase 3.000 quilômetros (1.850) em linha recta. Isso é uma curta distância para cobrir com jatos particulares de médio alcance - mesmo se eles são carregados com mercadorias.

Para executar as suas operações de tráfico transatlântico, os barões da cocaína da América Latina precisam de países com uma localização geográfica ideal, sob o radar de interesse internacional e caracterizado pelo mais alto índice de corrupção possível. A Guiné-Bissau está muito perto de cumprir este ideal. O país tem fronteiras porosas, aeródromos imperceptíveis e um governo civil praticamente impotente. Acordos de extradição são praticamente desconhecidos. Um dos americanos mais procurados, e fugitivo da Justiça, condenado no assassínio, o sequestrador George Wright, trabalhou durante anos no país como treinador de basquete em Bissau. (George Wright acabou por ser preso em Sintra, onde ainda continua, tendo a justiça portuguesa recusado o pedido de extradição feita pelas autoridades norte-americanas).

O escritório das Nações Unidas sobre crime e drogas (UNODC) vê a Guiné-Bissau como único exemplo um narco-estado do mundo: "no Afeganistão e na Colômbia, províncias individuais estão nas mãos de traficantes. Aqui, é todo o Estado", diz um alto funcionário na sede da Agência, em Viena. Na Colômbia, os traficantes tiram proveito do caos. Em Bissau, beneficiam-se do ambiente seguro. Para um narco-estado, aGuiné-Bissau parece bastante tranquila - aqui não há traidores decapitados à beira da estrada. O tráfico de drogas a diária é realizado praticamente sem violência.

"A situação é difícil", diz Biague. Após o golpe militar de abril, explica ele, tem havido um aumento no contrabando. "As posições têm sido reformuladas, e a polícia e as autoridades civis tornaram-se ainda mais cautelosas", diz ele. Um dos seus homens foi recentemente quase espancado até à morte - num quartel do exército, ele afirma. Biague também diz que a sua antecessora fugiu porque não aguentava mais as ameaças. Biague tem o hábito de desenhar mapas mentais como ele fala. Ele desenha círculos e setas, seguidas de flechas e finalmente grossas linhas que sublinham seu ponto principal: "Todo o mundo simplesmente tem medo.", diz.

Existem algumas ocasiões para observar calmamente os homens sombrios por trás do tráfico internacional de cocaína. Mas um desses dias ocorreu a 24 de Setembro, dia da independência da Guiné-Bissau. Nesse dia, a Avenida Amilcar Cabral foi isolada com fita plástica vermelha e branca, com corações pequenos. A capital está ainda fumegante, com chuva. Eram precisamente 10 da manhã, e a multidão começou a aplaudir. Não há nenhum torcedor, apenas alguns aplausos para estar no lado seguro — o tipo de elogios reservada para um líder militar em um uniforme de abaulamento, como ele é, lentamente conduzido ao stand VIP na parte traseira de um caminhão do pick-up. Aplausos para reconhecer o poder.

O homem com o uniforme incorpora o poder, não a justiça. O General António Indjai está no comando na Guiné-Bissau. Ele controla o país, desde que o último presidente eleito, João Bernardo "Nino" Vieira, morreu trágicamente em 2009 (num dos poucos casos em que um chefe de Estado que governa foi cortado em pedaços). António Indjai está no comando desde o golpe de Estado de 12 abril de 2012, quando ele derrubou o presidente, o primeiro-ministro e todos os demais rivais.

Tudo isso não importa muito à comunidade internacional, se este país africano quente e húmido que vive apenas de ajudas intrernacionais, exporta a castanha de caju e madeira – estes produtos não aparecem em todas as estatísticas de comércio exterior. O hino nacional da Guiné: "o sol, suor, o verde e o mar..." é cada vez mais sangrenta. O país ocupa o lugar 176 de 187 países no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas. "As forças armadas são actualmente o único poder no país", diz Biague. Em frente dele há um mapa, e acima dele a galeria de fotografias do seus antecessores. "Você viu o nosso aeroporto quando você chegou, eu presumo. Você teve um olhar mais atento?"...

Em em 12 de julho de 2008, uma aeronave teve que fazer uma escala de emergência em Bissau, devido a um problema defeituoso no sistema hidráulico. "Quando a polícia tentou procurar o avião, um grupo de soldados apareceram" diz Biague. "Cercado o aparelho, os militates impediram os policias de entrarem a bordo."

De acordo com a polícia espanhola, havia meia tonelada de cocaína a bordo - e três venezuelanos, incluindo Carmelo Vásquez Guerra, que supostamente trabalha para o cartel mexicano de Sinaloa, liderada por Joaquín "El Chapo" Guzmán, atualmente o líder mundial de Barão de cocaína. No ano passado, a revista Forbes classificou Guzmán como a 63ª pessoa mais poderosa do planeta. Guzmán foi incapaz de salvar a Gulfstream. No dia seguinte, um avião menor chegou da Venezuela para reparar a Gulfstream. Desta vez, policiais foram capazes de entrar no avião mas não viram nenhum vestígio de carga ou sequer a tripulação.

A quantidade de droga situa-se entre 600 e 1.200 quilogramas (1.300 para 2.600 quilos) e armazenadas em três armazéns, permitindo que os traficantes possam enviar 300 quilos para a Europa dentro de poucos dias. Investigadores internacionais sabem que pelo menos um destes depó sitos situa-se numa zona militar. Biague sabe tudo isso: "Eu ainda sei que um vôo vai aterrar esta semana no Sul", diz ele.

Três rotas do tráfico de cocaína

Depois que chega à Guiné-Bissau, a cocaína é transportada para fora do país de três maneiras, em rotas predominantemente multiusos, onde as pessoas e os braços são também contrabandeados, às vezes até simultaneamente. Em primeiro lugar, os venezuelanos têm lanchas que eles podem usar para viajar todo o caminho até Cabo Verde e mesmo, tanto no litoral como as ilhas Canárias. Pescadores são ocasionalmente forçados a tomar algumas caixas junto com eles. É fácil exercer pressão sobre eles, quando as suas famílias estão sozinhos em terra.

A rota terrestre no Norte da Guiné-Bissau, através do Senegal, Mauritânia, Sahara e Marrocos. Esta é uma zona repleta de todas as coisas que dão pesadelos de agências de inteligência ocidentais, de tribos tuaregues e contrabandistas, grupos islâmicos radicais e traficantes de seres humanos. No entanto, dado o dinheiro suficiente, é possível estabelecer uma rota de trânsito viável. Estas são bem viajadas rotas de comércio que tem sido mantidas desde os dias do comércio de escravos.

Terceira rota de cocaína é o intestino. Estas são geralmente feita por nigerianos, que engolem cápsulas - pequenos balões preenchidos com até um quilo de drogas — e, em seguida, tentam chegar a Lisboa ou Cabo Verde em voos comerciais. A UNODC disse suspeitar que os velhos Boeing 727 são utilizados para voos de drogas para a África Ocidental. Esses jatos podem levar mais de 10 toneladas de carga. Biague sabe que em qualquer caso, vai ter uma segunda chance de perder o emprego o mais rápido do que o esperado.

Braima Camará - comunicado de imprensa


No âmbito da sua estratégia de candidatura, Braima Camará, visitará a partir de hoje algumas regiões do país, com o intuito de apresentar, informar e discutir com os militantes e as estruturas sectoriais e regionais do PAIGC, as razões que o impelem a postular-se ao cargo de Presidente do PAIGC.

Braima Camará, membro do Bureau Político do PAIGC, Deputado da Nação e actual Presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços, que fez no dia 6 de Fevereiro a entrega de uma carta dirigida à Direcção Superior do PAIGC onde manifestou a sua intenção de se candidatar ao cargo de Presidente do Partido à eleger no seu VIII Congresso Ordinário a ter lugar na primeira quinzena de Maio próximo na cidade de Cacheu, é acompanhado nesta sua primeira deslocação, pelas principais figuras da sua Directoria de Campanha, constituída entre outros, de altos dirigentes do PAIGC que o apoiam.

O candidato Braima Camará, defende uma liderança democrática e inclusiva no seio do PAIGC e mostrou-se disponível, por amor à Pátria e a pedido de numerosos núcleos importantes do Partido, nomeadamente de altos dirigentes, jovens, mulheres e sindicalistas pertencentes às organizações sociopolíticas do PAIGC, no sentido de conduzir um projecto visando o surgimento de um “Melhor PAIGC”, unido na sua diversidade e capacitado para enfrentar os seus adversários políticos, estando aberto à crítica susceptíveis de fazer o Partido melhorar, tornar-se num partido mais forte e mais dinâmico, para o bem de todos, porque, segundo defende o próprio candidato, citamos, “nós do PAIGC sempre fomos e continuaremos a ser a força da mudança e a mudança tem sido a nossa força”.

Bubaque e posteriormente Bolama acolherão neste fim-de-semana, Braima Camará e a sua equipa de apoio, estando já igualmente organizada novas visitas de esclarecimento em outras regiões do país pela sua Directoria de Campanha, que serão oportunamente divulgadas.

Bissau, 8 de Março de 2013


O Gabinete de Comunicação & Marketing da Candidatura de Braima Camará à Presidência do PAIGC.

sexta-feira, 8 de março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

BAUXITE: Guiné-Bissau prepara-se para rasgar contrato


A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau considera que o contrato assinado entre o Governo e a empresa de mineração Bauxite Angola não está conforme as leis do país e pode ser rescindido. O Conselho Consultivo da Procuradoria fez um parecer sobre o contrato assinado entre o Governo e a empresa em 2007 para a exploração das minas de bauxite de Boé (sul do país) diz que no mesmo não são observados aspectos de leis do país e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de acordo com o documento a que Lusa teve acesso.

O contrato assinado com a empresa Bauxite Angola concede a esta a licença de arrendamento de mineração de bauxite na zona de Bué e decorreu de um protocolo assinado na altura entre a Guiné-Bissau e Angola. O protocolo, diz o documento a que a Lusa teve acesso, contemplava a criação no prazo de 90 dias de uma empresa nacional pública guineense com 10 por cento de capital guineense, 20 por cento de capital angolano e 70 por cento de capital da empresa Bauxite Angola SA. Tal não aconteceu, afirma o parecer.

O parecer diz também que é "inaceitável" que a empresa pública guineense tivesse apenas 10 por cento, já que estes são "um direito adquirido". A Guiné-Bissau, entende a procuradoria, teria desde logo direito a 10 por cento e deveria negociar depois na base dos outros 90 por cento. "A empresa angolana comprometeu-se a cumprir escrupulosamente todas as condições necessárias e exigidas na Lei das Minas e dos Minerais vigentes no país para a obtenção da licença de mineração (...) o que infelizmente não aconteceu", diz o documento.

E acrescenta que a empresa tinha 180 dias após a assinatura do contrato para delimitar a área do terreno (a minerar) com marcos, pelo que "o não cumprimento deste preceito legal" resulta "na anulação do arrendamento de mineração". Afirma o parecer que a empresa Bauxite Angola "tem vindo a operar ilegalmente sem licença de arrendamento e nem de mineração". A procuradoria considera também que os sucessivos governos da Guiné-Bissau "não se dignaram exigir à empresa Bauxite Angola o cumprimento escrupuloso do contrato" assinado. LUSA

NOTA: O que o 'governo' não diz é isto: este contrato foi assinado por Soares Sambú, no tempo do 'Nino' Vieira. AAS

Isso é que é falar


Bernardo Pires de Lima: "Eu parto do princípio que nenhuma estabilidade está garantida enquanto as forças armadas não forem alvo de uma profunda reforma e não se submeterem ao poder civil, ao poder político democraticamente eleito. Portanto, não acredito que a realização de eleições por si só garanta a estabilidade que a Guiné-Bissau precisa. O outro ponto é saber se a inexistência de eleições num horizonte de curto prazo não seria ainda pior para agravar a instabilidade que a Guiné-Bissau cronicamente apresenta". (In Deutsche Welle ÁFRICA)

Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento


NOTA DE IMPRENSA

No quadro do cumprimento da sua missão de Paz, Democracia e Desenvolvimento e, com objectivo de permitir a emergência de uma consciência relativa a Cultura de Paz a todos os níveis da sociedade guineense, em especial ao nível das forças de defesa e de segurança, com vista a melhoria do clima de confiança entre civis e militares, de forma a criar um espaço de diálogo entre os mesmos, o Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, com alto patrocínio  da Sua Excelência Senhor Presidente da Republica de Transição, Aladje Manuel Serifo Nhamadjo e com apoio do Fundo Canadiana de Iniciativas Locais, vai realizar três conferências provinciais e uma conferência em Bissau entre os dias 8 e 15 de Março do corrente com o seguinte programa:

• Província Sul será realizado em Buba no dia 8,
• Província Leste será realizado em Bafata no dia 9,
• Província Norte será realizada em Mansoa no dia 12
• Em Bissau no dia 14 e 15.
 
O Movimento defende o diálogo cada vez mais inclusivo, por isso convida todos os actores a participar nesses ciclos de conferências, nomeadamente, as forças de defesa e de segurança, as confissões religiosas, os políticos, os parlamentares, a autoridade tradicional de forma a contribuir na busca de consensos sobre mecanismo de restabelecimento de relações de irmandade que sempre caracterizou os guineenses. Essas conferências visam entre outros também, contribuir para as iniciativas que concorrem para o reencontro fraternal dos guineenses.

O Movimento da Sociedade Civil reitera o seu compromisso de não poupar esforços na busca de soluções pacíficas, na base de diálogo para a resolução duradoura dos problemas do país, mantendo-se assim os seus princípios de defesa dos valores da democracia e do Estado de Direito em geral.
 
Bissau, 07 de Março de 2013.
 
A Direcção

Sob pressão


O representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Ovídio M.B Pequeno, exortou hoje em Paris as autoridades de transição deste país a fixarem a data das eleições gerais, prometendo o apoio da comunidade internacional para a sua organização.

PAIGC envia condolências pela morte de Hugo Chávez


Mgs de condolências falecimento Cda Presidente Hugo Chavéz

Que se diga a verdade sobre o negócio Bauxite Angola


Senhor Aly,

Constata-se hoje, que a Procuradoria Geral da Republica (PGR) da Guiné-Bissau e o Governo de Transição (GT), arrogando prejuizo aos interesses nacionais, esta-se a activar ferverosamente à volta do dossier Bauxite Angola, um investimento colossal para a Guiné-Bissau de centenas de milhões de dolares americanos, e que, pelas potencialidades emergentes, provoca inveja e cobiça aos paises da sub-região, em particular o Senegal.

As actuais autoridades de transição saidas do golpe de estado de abril alegam de que o contrato foi mal assinado com prejuizos «monstruosos» para o pais, porquanto a parte angolana detém 90% e a parte nacional apenas 10%.

Esse falso militantismo à causa nacional chegou ao ponto de, querendo envolver e manchar o nome do Governo do deposto Primeiro Ministro Carlos Gomes Junior (CGJr), apontando este como «responsavel» da assinatura desse contrato lesa patria para a Guin é-Bissau. Esse exercicio de contra-informação, foi ao ponto do actual Primeiro Ministro de Transição (PMT), Rui de Barros, falsamente afirmar num orgão de informação francôfono on line «Les Afriques» de 7/2/2013, de que o referido negocio fora feito pelo governo deposto, o qual, «escondia interesses economicos e particulares obscuros» desse governante com as autoridades angolanas, em particular, com o Presidente José Eduardo dos Santos.

Nada ha mais falso do que essas afirmações do PMT, Rui Duarte de Barros, isto porque, o contrato com Bauxite Angola, foi assinado a 13 de setembro de 2007, portanto no tempo em que era Presidente, João Bernardo Vieira, o primeiro ministro de então era Aristides Gomes e o Ministro da tutela Soares Sambu. O Governo angolano deveria disponibilizar ao governo guineense de então 13 milhões de dolares americanos desde a fixação do prazo de pagamento desse montante entre as duas partes (cf. a noticia no site www.lesafriques.com do dia 19.10.2007, site onde, paradoxalmente o actual PM de transição versou as suas falsas e maquiavélicas declarações).

A verdade é que, esse negocio que esta a fazer correr muita tinta sempre foi intermediado, minotorado e comissionado pelo nosso mais que conhecido predador economico Manuel Maria dos Santos, dito «Manecas»; Esse dossier contou também com a participação activa do embaixador cabo-verdiano de carreira Silvino da Luz, desde a longos anos residente em Luanda e que, pretensamente vem controlando por intermediaçao, todos os investimentos angolanos direccionados para a Guiné-Bissau.

Portanto, se o assanhado PGR e as actuais autoridades de transição pretendem efectivamente saber sobre esse negocio, que perguntem ao antigo PM, Aristides Gomes, ao Ministro de tutela, Soares Sambu, quem assinou o dito acordo e o empresario intermediador Manecas Santos...e, decerto saberão a verdade sobre esse dossier que envolve interesses transversalmente opostos e assim, deixarão de atirar areia para os olhos dos incautos cidadãos guineenses.

Carlos S.

Quadro do Ministério dos Recursos Naturais

quarta-feira, 6 de março de 2013

PAIGC: O ex-ministro das Finanças, José Mário Vaz (JOMAV) anuncia hoje a sua candidatura à liderança do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. AAS

Afinal, feijão tem...areia!


Segundo o site de informação www.africanaute.com, o governo de transição da Guiné-Bissau anunciou, em fevereiro, de que tinha concedido a empresa russa POTO SARL, os direitos de exploração das areas pesadas de Varela vila situada a noroeste da Guiné-Bissau junto à fronteira com o Senegal. O projecto de extração das areias pesadas de Varela prevê a exploração de um milhão de m³ de areia durante quatro anos para a produção de 119.000 toneladas de minerais tais como a elminite, o zircon ou o rutilio bruto, indica o comunicado. As areias pesadas de Varela que se siuta numa mesma zona onde um jazigo de petroleo off shore foi descoberto nas aguas territoriais comuns da Guiné-Bissau e o Senegal, que deve ser explorado em comum pelos dois paises.

M.R: O que o governo escondeu aos seus concidadãos é que esse negócio mafioso, ilegalmente feito pelo Governo corrupto de Bissau, esconde uma mama de 119 milhões de dólares, equivalente a 59 bilhões dos nossos ricos francos. E que nesse negócio, estão envolvidos, o PT (Serifo Nhamadjo), o MNE (Faustino Imbali) e o MRN (Daniel Gomes). AAS

Porém, caros compatriotas, vejam esta INTERESSANTE COINCIDÊNCIA sobre o mesmo assunto. Do Senegal, chega esta notícia:

Exploração da areia do titanium: que minério é este que faz mexer tanto os Niayes?

Um minério, o Zircon, esta despertar a atenção e aguçar o apetite da empresa Minéral Deposits Limited (MDL. Tanto assim é economicamente interessante, que ele é muito procurado no mercado internacional com um preço aproximado de 1.000 dolares americanos a tonelada.

(Correspondente) - As dunas brancas que balizam os Niayes numa largura de 445 kilometros transbordam de areias pesadas com os minérais como o Zircon, o Ritulio, o Leucoxeno e a ilménite, segundo a Minéral Deposits Limited (MDL), uma sociedade miniéria que explora a zona. As reservas desses minerais sera de uns 800 milhões de toneladas. Efectivamente, uma estimação da dragagem realizada pela MDL a uma profundeza nominal de quatro metros abaixo do lençol fréatico indica seis zonas de recursos principais totalizando 800 milhões de toneladas à 2,6 % de minérios pesados. A eventualidade de exploração dessas areias é hoje a razão de tomada de posições de uma certa franja da população que temendo consequências sobre a sua saude, o ambiente, mas também sobre o lençol fréatico superficial cujo l'assèchement provocaria a morte da actividade de pesca nos niayes. Para além disso, estes minérios pesados que fazem tanto mexer os niayes parecem até agora desconhecido da maioria da população senegalesa.


M.R.: A diferença. Tudo o que é riqueza (no solo ou nos mares da Guiné-Bissau) é COMUM com o Senegal. Por isso é que foi instalado no nosso pais, o Presidente da CEDEAO para a Guiné-Bissau e o respectivo Governo... AAS

terça-feira, 5 de março de 2013

Pó e caos


By Nikolaj Nielsen
BRUSSELS

The price and demand for cocaine in Europe remains high as shipments through West African transit countries to EU destinations has dropped. Less cocaine is being trafficked into Europe via West Africa, says the United Nations (Photo: US federal government) . A report released on Monday (25 February) by the United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) says the cocaine tonnage arriving into Europe from West Africa has dropped to 18 in 2010, down from a 2007 peak of 47. “While this is good news, it does not take a lot of cocaine to cause trouble in a region with poverty and governance problems,” says the UNODC report.

The region is also a hotbed of weapons smuggling, methamphetamine production for crystal meth, fraudulent medicines, and maritime piracy. But the cocaine traffic is driven by a lucrative EU market. The white powder comes primarily from Colombia, Bolivia and Peru via West Africa before it reaches city streets in Europe where demand has more than doubled in the past two decades. In Brazil’s largest port at Santos, Nigerian groups are said to organise up to 30 percent of the cocaine exports by ship or container, “up from negligible levels a few years earlier”, notes the UN. The money generated exceeds the GDP of some of the transit countries. Criminals use the extraordinary wealth to buy off the political elite that fuels corruption and in some cases topples governments. Assassinations are not uncommon. The ‘narco-state’ of Guinea-Bissau saw its president, Joao Bernardo Vieira, shot dead by a rival military commander in 2009 over his alleged role in the lucrative cocaine trade with Columbian cartels.


FONTE: EUobserver.com