segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

UA/Guiné-Bissau: Reunião consultiva


Partindo de uma iniciativa da União Africana (UA), uma reunião consultiva sobre a situação na Republica da Guiné-Bissau teve lugar em Addis Abéba, no dia 26 de janeiro de 2013. Para além da UA, as organizações internacionais, que participaram na Missão Conjunta de Avaliação que esteve na Guiné-Bissau em dezembro de 2012, tomaram parte nessa reunião, nomeadamente a CEDEAO, a CPLP a UE e as NU.

A reunião, que foi presidida pelo Comissario para a Paz e a Segurança da União Africana (UA), o embaixador Ramtane Lamamra, contou com a participação do Sr. Kadré Désiré Ouédraogo, Presidente da Comissão da CEDEAO, do Sr. Murade Issac Murargy, Secretario Executivo da CPLP, do Sr Jeffrey Feltman, Secretario Geral Adjunto dos Assuntos Politicos das Nações Unidas (NU), e do Sr Nick Wescott, Director Geral para a Africa do Serviço Europeu de Acção Exterior. O novo Representante Especial do Secretario Geral das NU para a Guiné-Bissau, o antigo Presidente da Republica de Timor-Leste, o Premio Nobel da Paz, Ramos Horta, e o Representante Especial da UA na Guiné-Bissau, o Embaixador Ovidio Manuel Barbosa Pequeno, participaram igualmente nessa reunião. Os participantes procederam a uma troca de pontos de vista sobre a evolução da situação na Guiné-Bissau e sobre as conclusões da Missão Conjunta de Avaliação UA-CEDEAO-CPLP-UE-NU chefiada pela UA, que esteve na Guiné-Bissau de 16 a 21 de dezembro 2012. Os participantes tomaram nota dos progressos alcaçados pelos actores guineenses, insistindo no entanto, de que restam ainda outros desafios e metas a ultrapassar.

Os participantes chegaram a acordo sobre a necessidade para que as cinco organizações envolvidas de estabelecerem uma interacção estreita e de continuarem a trabalhar conjuntamente para assistirem a Guiné-Bissau de maneira eficaz. Nesse sentido, elas acordaram que o relatorio da Missão Conjunta deve ser submetida aos orgãos competentes das respectivas cinco organizações tendo em vista promover convergências quanto a apreciação dos progressos realizados e as perspectivas de contribuição coordenadas para a saida da crise na Guiné-Bissau. Os participantes saudaram o lançamento pelos actores guineenses, no seio da Assembleia Nacional Popular (ANP), do processo de elaboração Roteiro para a Transição. Sublinharam que o referido Roteiro, deve beneficiar de um consenso nacional e responder aos ensejos da Comunidade Internacional, com o intuito de marcar uma etapa qualitativa no processo de saida da crise. Os participantes, entre outras questões, retiveram o principio da realização de uma segunda Missão Conjunta logo a seguir a adopção do Roteiro da Transição para a saida da crise.

Djamil Ahmat

© Copyright Alwihda

Thompson discute processo parlamentar de Reconciliação Nacional com Bill Clinton


Bill Clinton, ex-Presidente dos Estados Unidos, discutiu o processo de reconciliação nacional na Guiné-Bissau com Peter Thompson, coordenador do grupo parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, que tem vindo a mediar as conversações sobre a Reconciliação Nacional na Assembleia Nacional Popular (ANP, o parlamento guineense).

Reunidos recentemente na Califórnia, Estados Unidos, Thompson e Clinton partilharam as suas experiências na mediação de conversações em zonas de conflito, nomeadamente na Irlanda do Norte.

Recorde-se que o Presidente Clinton e a sua mulher, Hillary, desempenharam um papel fundamental no processo de paz da Irlanda do Norte, uma região do Reino Unido, onde milhares de pessoas morreram em resultado do conflito. Durante o Natal de 1995, quando a Irlanda do Norte estava a braços com uma onda de violência e terrorismo, Clinton e a sua mulher visitaram Belfast, de onde Thompson é natural, uma visita que ajudou ao estabelecimento de um processo de paz e reconciliação celebrado em todo o mundo.

Peter Thompson e a sua equipa partilharam as experiências do processo de reconciliação na Irlanda do Norte com os deputados da ANP. Olhando para a actual crise política neste país africano, Thompson disse esperar que “a ANP pode definir uma solução partilhada para um futuro partilhado, baseada nos princípios de consenso, justiça e democracia”. Em relação ao papel da ANP, disse igualmente: “Cada cidadão da Guiné-Bissau é representado por um deputado. Esta é a base de cada democracia em todo o mundo. Um Parlamento céptico e que fale é uma parte importante de um futuro partilhado”. As conversações prosseguem na ANP, com a intenção de ser realizada uma Conferência Nacional e um processo de reconciliação duradouro.

O PAIGC vai mesmo às urnas


Anunciado que fora o mês em que se prevê a realização de mais um Congresso Ordinário do Partido Africano para a independência da Guiné e Cabo Verde (para os que ainda não sabiam, a realização do VIII Congresso do PAIGC está previsto para o próximo mês de Maio, em Cacheu, se até essa altura ninguém se lembrar de organizar mais um golpe de disparate, já que na Guiné-Bissau não existe um Estado de Facto), parece estarem ultrapassados os pessimismos e todas as demais calamidades emergidas dos trágicos acontecimentos do passado 12 de Abril de 2012 – “memória curta não faz história”.
 
Sempre que os militantes do PAIGC vão às urnas para eleger os seus Dirigentes, denota-se muita ansiedade na atmosfera sociopolítica da Guiné-Bissau, o País acorda, se mexe, se agita, se envolve, deixando transparecer que se vive um momento especial, único, de esperança, impacientemente aguardado por todos (pelos que esperam dele um milagre que acabe de vez com os males que afectam a nossa sociedade de um lado, e os que apostam toda a sua energia, recorrendo inclusive à violência para impedir que as suas Resoluções sejam implementadas com sucesso).
 
O mais importante é que ninguém fica indiferente á este momento que começou há 49 anos em Cassacá e converteu-se num momento de peregrinação histórica para o nosso Povo. Um momento que justifica a longa espera de quatro anos de decepções e desilusões cíclicas, sempre na esperança de que as Resoluções de um novo Congresso corrigirá os erros derivados dos desvios e das arbitrariedades verificados durante a implementação das Resoluções do Congresso anterior – dizem que a esperança é o último a morrer.
 
A relação de Amor e Ódio entre o nosso Povo e o PAIGC já deu provas da sua solidez no passado e promete continuar a resistir às adversidades e intempéries do nosso tempo e do futuro: Se por um lado o Partido de Amílcar Cabral é considerado o causador de todos os males da nossa sociedade, por outro, é o predilecto do povo, o seu suporte, a sua grande esperança na construção da sociedade do seu sonho. A própria expressão “Partido” constitui uma referência exclusiva ao PAIGC, como se estivéssemos a negar esse estatuto às outras formações políticas.
 
As movimentações dos Candidatos, as movimentações em torno dos Candidatos, as promessas que nunca passarão de simples promessas, as intrigas e as fofocas, com os “chibos” e os “infiltrados” à passarem informações de umas candidaturas á outras, com as crispações a aumentarem gradualmente, a medida que se aproxima a data do Congresso e os favoritos se destacam de entre o grosso do pelotão, vendo desmoronar o sonho dos offsiders e seus apoiantes – é a democracia em acção (Viva a Democracia!).
 
De todos os Congressos que já assisti, estou convicto que este estará certamente imbuído de um perfume especial, em virtude do momento histórico em que terá lugar, das expectativas que está a criar e do enorme secretismo que o envolve, relativamente as verdadeiras motivações dos candidatos e das alianças que foram e estão a ser estabelecidas nos bastidores. Ninguém quer abrir o jogo, porque qualquer deslize pode ser fatal – o segredo é a alma do negócio.
 
O momento histórico é do tudo ou nada para o PAIGC. O partido de Abel Djassy é obrigado a ganhar as próximas Eleições Gerais, para assegurar a sua continuidade, pelo que este Congresso terá direito a um lugar na história, com os Candidatos a desabrocharem em currículos fantásticos, que infelizmente contrastam profundamente com as suas realizações, a julgar pelo estado depauperado em que se encontra o nosso País. Candidatos que nunca deixaram de trabalhar, inclusive em fóruns e organizações internacionais, sem contudo deixar um rasto marcante da sua passagem pelo País que os viu nascer, crescer e fazer-se homens e que dizem estar a servir.
 
Reconheço no currículo uma sequência de registos que testemunham a nossa presença em determinados sítios, eventos, acontecimentos, ou mesmo a nossa participação em determinados actos ou processos, e que entretanto não garante automaticamente que essa presença ou participação nos proporcionaram novas valências ou qualificações. Além disso, um currículo, pela sua essência, se vincula sempre ao nosso passado, por isso, sempre que nos vemos na necessidade de o exibir como triunfo, convêm fazê-lo não no sentido de obter determinadas vantagens na disputa por um lugar mais relevante para enriquecer ainda mais esse mesmo currículo sem fazer nada, valendo-se do que já fizemos no passado, porque cada caso é um caso e não estamos a falar do exercício de funções outrora por nós desempenhadas, mas sim, como premissa para explicar o que é que pensamos fazer no futuro, tendo em conta as aptidões adquiridas no passado, e não mais do que isso, porque as funções são diferentes, os contextos são diferentes, as pessoas que nos acompanham nessa nova aventura são diferentes, por outras palavras, não tem nada a ver.
 
Um exemplo evidente desta analise que não pretende referir ou prejudicar qualquer dos candidatos, é um caso chamado Carlos Gomes Júnior, que dentre todos os Presidentes do PAIGC e todos os Primeiros-ministros da Guiné-Bissau, deve ser aquele que tem o currículo mais pobre, mas que entretanto foi de longe o melhor Primeiro-Ministro que o País teve durante toda a sua história.
 
Dentre os actuais candidatos, Braima Camará (Bá Quecutó) deve ser o mais pobre em currículo (se calhar nem tem currículo, a avaliar pelo que os outros pensam apresentar), mas também é o único com provas dadas, o que significa que, em termos de realizações de concretos projectos e empreendimentos no País, não tem comparação possível (se eu estivesse no lugar dele, em vez de um currículo, apresentava uma exposição da minha obra e desafiava os outros a fazer o mesmo).
 
Na minha óptica, os Candidatos deviam centrar-se exclusivamente no futuro, nas suas receitas para os problemas que afectam o Partido e o País, porque é realmente difícil compreender que temos cidadãos, cujos currículos ilustram que fizeram muito mais do que Nelson Mandela, Eduardo dos Santos e Martin Luther King juntos e que depois de 40 anos de independência, continuamos a viver no País mais pobre, mais desorganizado e mais caótico do Mundo, sem Luz, sem Água Potável e sem Saneamento Básico – é uma vergonha.
Vamos ser francos e reconhecer de uma vez por todas que no nosso País o currículo vale o que vale, porque não mexe com as sensibilidades e nem é por isso que somos ou seremos mais ou menos respeitados e considerados no Mundo fora.
 
Num País onde a própria carreira é feita, paradoxalmente, de cima para baixo: Primeiro lutamos freneticamente para ser Presidentes da República para depois nos convertermos em simples imigrantes num País Árabe qualquer; Queremos ser Primeiros-Ministros de Transição só para termos um currículo que nos permita mais tarde ser Presidentes de Câmara num outro Governo de Transição; Lembrem-se do Primeiro-Ministro do Governo que tinha uma serpente que engolia dinheiro do erário público? Hoje é Ministro dos Negócios Estrangeiros de transição; investimos o nosso melhor enquanto Presidentes da República de Transição, só para termos currículo e estatuto que nos permitam ser membros de pleno direito de um bando de golpistas, etc. etc.
 
Esta obsessão pelo currículo, constitui uma das causas de instabilidade no nosso País, com jovens Quadros a apoiarem golpes de Estado e a se disponibilizarem para integrar governos de transição; de unidade nacional; de unidade internacional com o Senegal e demais Países que queiram desestabilizar o nosso País; de iniciativa presidencial; de ilegalidade constitucional; de disparate e desgraça nacional; de incompetência, descaramento e pouca vergonha nacional e internacional; mesmo que seja só por um dia, etc. Tudo serve para coleccionar currículos e exigir depois tratamentos excepcionais na hora de lutar por um “TACHO” mais lucrativo.
 
Faço votos para que este Congresso (o VIII Congresso do PAIGC) tenha lugar na data marcada e que decorra num ambiente de harmonia e de responsabilidade para com o futuro do País.
 
Desafio os seus delegados à votarem em prol do Candidato que já deu provas de ser capaz de executar projectos muito ousados e de enorme utilidade para o nosso País.
 
Aos candidatos que passaram a vida a coleccionar currículos, quero dizer que chegou a hora de mostrar serviço, fazendo algo de palpável para convencer o nosso povo de que também são capazes e mostrar ao Mundo que o guineense está preparado par fazer parte da solução dos problemas que afectam a Humanidade, começando por arrumar a nossa própria casa.
 
Rui Manuel Djassi

Voo da TAP com destino a Bissau regressa à base com problemas


Um voo da TAP que partiu no domingo à noite de Lisboa rumo à Guiné-Bissau teve que regressar ao aeroporto da Portela, devido um problema no sistema hidráulico, disse à Lusa fonte da companhia aérea. De acordo com a mesma fonte, já durante o voo foi detectado um problema no sistema hidráulico, que teria que ser reparado em Lisboa e o avião teve de regressar ao aeroporto da Portela. Um novo voo está marcado para o final do dia de hoje. LUSA

Gala de Solidariedade


Gala_De_Solidariedade_e_De_Beneficencia_2

domingo, 27 de janeiro de 2013

Morreu o simples homem, resta a opulenta herança


Uma homenagem ao Dr. Domingos Fernandes

Por esses dias, anda Lisboa repleta de iniciativas, em memória dos quarenta anos sobre o assassinato de Amílcar Lopes Cabral, que para toda eternidade, será o melhor e mais célebre, de todos os naturais da nossa terra. E vem a morte, esse fenómeno mais poderoso que todas as fatalidades, subtrair da nossa pobre inteligência política, Domingos Fernandes, um combatente desde as primeiras horas, na destemida luta, para a implementação de tudo o que Amílcar Lopes Cabral incluiria no seu designado programa máximo por cumprir, durante as nossas jornadas, rumo ao pleno desenvolvimento.

Domingos Fernandes, médico competente a prosperar em Portugal, de grandeza excepcional, não se limitou a conformar com o sucesso individual e familiar, quis também contribuir para o melhoramento na vida do seu povo. Com mais alguns compatriotas, optou por enveredar em actividades políticas, e mesmo na eminência do perigo das infelizmente, ainda hediondas perseguições, funda na clandestinidade o Movimento Bá Fatá, que no decorrer desses anos, em permanente combate ideológico, e com uma astuciosa sapiência, incomodou bastante o então regime ditatorial em vigor no nosso país, forçando o poder instalado, conjugando sim, com a tardia pressão da dita comunidade internacional, a uma formal abertura política, para a adopção do regime multipartidário, permitindo aos cidadãos, o direito de escolher, ainda que indirectamente, os seus dirigentes políticos.

Nunca constituiu segredo, nem para os menos atentos, que de facto, o merecido vencedor das primeiras eleições democráticas no nosso país, sob a carismática liderança de Domingos Fernandes, foi o já devidamente legalizado na altura, partido Bá Fatá! E o PAIGC, como principal perdedor, no lugar de assumir com honradez uma derrota por culpa própria, desdobrou-se em vergonhosas chantagens, para fazer valer a sempre presente hipocrisia da rotulada comunidade internacional, que no sentido contrário, resolveu envidar esforços próximos e distantes, para convencer a direcção do partido Bá Fatá, num claro aproveitamento ao elevado sentido patriótico, ainda, na moral da maioria dos elementos desse, a ceder uma calorosa vitória, aos que com negligência, empenharam no adiamento da nossa felicidade. Com todo esse absurdo, esse combatente pela liberdade, soube preencher com altivez, o seu aconselhado lugar na oposição, continuando a sua legítima luta, sempre com as mesmas convicções, para a inteira afirmação da democracia na Guiné-Bissau.

Personalidade humilde e discreta, de uma mentalidade completamente descomplexada, pronta a atravessar uma rua, sorridente, só para cumprimentar um conhecido. Nunca caiu na tentação de fazer da política, um meio cativo de sobrevivência, ao contrário dos que sem nada propriamente válido puderem fazer, tudo de mais sórdido, vão fazendo, para impedir os melhores habilitados, de prestarem nobres serviços à comunidade. Com o partido muito fracassado, esse, vítima de sabotagens nauseabundas, pôs ele em marcha, os seus projectos de natureza privada, para também dessa maneira, continuar a ajudar na melhoria das condições de vida dos outros, suprimindo assim a enorme taxa de desemprego da população.

É pertinente salientar que, nesse período particular da nossa história, motivados pela coragem e determinação do agora falecido e dos sues companheiros, um grande número de guineenses espalhados pelo mundo, decidiram regressar à pátria, levando com eles razoáveis poupanças financeiras, assim como algumas experiências progressistas, mas suficientes para o desejado relançamento de um desenvolvimento sustentado. Hoje temos a sociedade que ao longo dos anos fizemos por merecer. E no passado o glorioso PAIGC, vai tendo a degradante qualidade da oposição que fez por merecer, porque preferiu ao infame trabalho de fazer infiltrar os seus bípedes mais diabólicos, na organização do partido Bá Fatá, para lamentavelmente conseguirem vulgarizar essa formação política, antes talhada para elevar ao mais alto nível, os tributos de uma actividade política no nosso país, tal como por exemplo, o MpD conseguiu em Cabo Verde.

Certeza que no púlpito da sua serenidade ímpar, Amílcar Lopes Cabral, quando num brilhante discurso de fim do ano, desejou saúde e longa vida aos cada vez maiores militantes da nossa luta, estava a pensar nas raríssimas individualidades entre nós, como Domingos Fernandes. Por isso e muito mais, que seja feita a justiça do tempo; e que um dia, como tantos outros heróis da nossa secular epopeia, pelo menos, uma avenida das nossas cidades em crescimento, venha merecer a dignidade do seu nome.

Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar


Flaviano Mindela dos Santos

RGB/MB - Carta de condolências


rgb condolencias

Sondagem DC: Quem é que será o próximo presidente do PAIGC? Vote! AAS

Sondagem DC: Confira


Pergunta: A entrada do PAIGC no 'pacto' legitima o golpe de Estado de 12 de abril?

Respostas:

SIM, legitima - 515 (48%)

NÃO legitima - 381 (35%)

É o hábito - 123 (11%)

Não sei/Não respondo - 45 (4%)

Votaram 1064 pessoas

Merecido


"Parabéns. Merecido. A coragem, o mérito e a informação independente devem ser sempre premiadas. Que a Guiné encontre finalmente o seu caminho é o desejo de quem tem imensos amigos guineenses, muitos deles com uma excelente formação e que um dia gostariam de contribuir para o futuro do seu país, mas que tardam em ver essa luz e compreensivelmente preferem continuar em Portugal, Inglaterra, etc...

Facebook/Política Internacional
"

Vitória: mais reacções


"Boa tarde Irmão

A sua vitória no concurso Blogs do ano 2012, é uma prova de que a Guiné-Bissau tem pessoas que podem e sabem fazer. Digo, aliás, que esta é a única boa noticia que o país teve no ano 2012. Para os que pensam e vêm o Aly Silva e o nosso DITADURA DO CONSENSO como adversário chegou a hora de repensar esta ideia.

Sem mais palavras, agradeço não só o Aly Silva mas a todos aqueles que escolheram esta forma de luta, não só para denunciar, como dar imformaçoes úteis para o leitor.

Obrigado Irmão, a luta continua.

O SEGREDO DO SUCESSO É A PRESENÇA EM ATINJIR O OBJECTIVO.
O QUE SABEMOS É UMA GOTA, O QUE IGNORAMOS É UM OCEANO.

IBRAIMA
"

Primeiro-ministro da Etiópia é o novo presidente da União Africana. AAS

Tragédia no Mar vs País sem rumo


O número de mortos resultante do naufrágio de uma piroga a 28 de Dezembro na Guiné-Bissau é superior "em dezenas" ao oficialmente divulgado, disseram hoje em Bissau os deputados eleitos pelo círculo Bolama-Bijagós. A 28 de Dezembro, uma piroga com um número desconhecido de pessoas a bordo, mas que ultrapassava a centena, naufragou quando fazia a ligação entre a ilha de Bolama e o continente. Oficialmente morreram 34 pessoas, mas, de acordo com o deputado Mandu Camara, o número de vítimas é superior "em dezenas". Os números, "pelo que constatámos no terreno e pelos levantamentos feitos, ultrapassam largamente esse número de corpos, em dezenas", disse o responsável à Lusa.

O deputado quer que o Governo crie condições para que se faça um levantamento exaustivo da situação e que se solidarize com os familiares das vítimas. Os deputados, explicou também à Lusa, querem que sejam encontrados culpados pela tragédia, visto que até agora apenas um responsável em Bolama foi suspenso, e que seja retomada a ligação entre ilhas através de piroga, visto que essa circulação foi proibida pelo Governo após o naufrágio. "As pessoas neste momento estão acantonadas na ilha Formosa. Não há uma loja do Estado que garanta o abastecimento de géneros de primeira necessidade, não há Centros de Saúde, não há comunicação segura. Tudo é um défice de coisas, as pessoas estão como se fossem galinhas numa gaiola", exemplificou, acrescentando que mesmo os alunos que foram passar as férias de natal continuam sem poder voltar para as escolas no continente ou noutras ilhas.

Os deputados eleitos pelo arquipélago dos Bijagós deram hoje em Bissau uma conferência de imprensa durante a qual reconheceram que o transporte por pirogas não é o melhor, mas defenderam que este se faça para "aliviar o sofrimento da população das ilhas", como disse o deputado Mamadu Balde. Os deputados dizem que quase um mês após o naufrágio não sabem o que está a ser feito para minimizar o sofrimento das famílias das vítimas, e temem que aconteça como num naufrágio ocorrido há alguns anos na ilha de Pecixe, que "caiu no esquecimento" e não houve responsáveis.

"Fizemos recenseamento casa a casa em Bolama para saber o número aproximado de pessoas que ia na piroga", disse Mamadu Balde, que pediu também ao Governo para que vá a Bolama e se solidarize com as famílias. José Saraiva, outro deputado eleito pela mesma região, quer também saber o que é que está a ser feito para que haja de novo ligação entre as ilhas, questionando o que pode acontecer se houver um caso grave de saúde numa ilha sem estruturas. O deputado lembrou que, em breve, haverá mais dois períodos de grande movimentação de pessoas, o Carnaval e a Páscoa, concluindo que "é muito triste" que apenas se oiça falar de recuperação de estradas no continente e que nada se faça pelas ilhas.

Actualmente há apenas ligações através de um navio (Pecixe) entre o continente e as ilhas de Bolama e de Bubaque, mas, segundo os deputados, o Governo está empenhado em recuperar outros dois navios que estão avariados. De acordo com os deputados, "há muitos anos que não existe um único farol a funcionar" e "desde a época colonial que não se fez uma única vez a dragagem dos canais onde passam os navios". "Que eu saiba, não há uma única empresa na Guiné-Bissau que venda salva-vidas", disse Mandu Camara na conferência de imprensa, acrescentando que também a Marinha Mercante não tem um único meio de busca e salvamento. LUSA

Mais reacções


"Parabéns, meu irmão. A ditadura dos leitores mostrou bem claro que o Ditadura do Consenso é o melhor de todos os Blogs. Este resultado é um grato reconhecimento dos milhões, que apreciam o teu trabalho incansável. Obrigado e um forte e solidário abraço.

Manuel Mendonça
"

-------------------

"E o OSCAR da solidariedade vai para os leitores Guineenses que votaram em massa para que a vitória fosse nossa.

Parabéns GUIGUIS!

Barna Barnacom
"

A utopia de Ramos-Horta


O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) junto da Guine Bissau, José Ramos Horta, disse ontem, sábado, em Adis Abeba, acreditar que as eleições, para pôr fim a crise política naquele país deverão ocorrer até final deste ano.mEm declarações a jornalistas na capital etiope, a um dia da 20ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, Ramos Horta, disse ter informações que a situação política evoluiu positivamente, havendo um clima de diálogo, envolvente para um acordo abrangente. «Em primeiro lugar devem ser os irmãos da Guine Bissau a decidirem se existem condições ou não para realizar eleições», declarou.
 
Garantiu que a ONU fará tudo para mobilizar recursos para apoiar a realização de eleições, no tempo adequado, depois de ouvidas todas as partes e desde que hajam garantias de o pleito abrir “as portas para o futuro da Guine Bissau”. Anunciou que chegará a Bissau a 12 de Fevereiro e promete, com “muita Paciência”, iniciar contactos com as autoridades governamentais, partidos políticos, mas também trabalhando com a sociedade civil e as forças armadas para juntos encontrar o consenso nacional, para que o país ainda este ano possa sair da crise, de quase duas décadas.
 
Diz que será necessária muita paciência e tempo para dialogar com todos sem excepção, porque todos estão cansados e querem ver as suas vidas nos planos profissional e pessoal normalizada e com dignidade. Apontou ainda como prioridade a reorganização e modernização das forças armadas, de acordo com a vontade dos guineenses, mas que só é possível num quadro politico constitucional, democrático, que terá o apoio da comunidade internacional. Ramos Horta já foi Presidente da República e primeiro-ministro de Timor Leste. PortalAngop