domingo, 24 de junho de 2012
É tudo 'co'
"Caro Aly,
Voce apareceu no momento exacto. Que Deus abençoe o senhor e sua familia.
O que passa neste momento na praça de Bissau é muito lamentável e preocupante. António Indjai auto-proclamou-se o Co-Presidente. Agora todas as nomeacões que o SERIFO CEDEAO NHAMADJO pretende fazer deve ainda consultar Antonio golpista Indjai e Kumba golpista Yala. É UMA ORDEM PARA SER CUMPRIDA. Durante esta semana o Co-Presidente não foi visto no estado maior (sumiu) mas ao que se sabe ele passa todo o tempo reunir com Kumba Golpista Yala.
O Co-Presidente já começa a questionar sobre a presença da CEDEAO no país. Não há guerra porquê devem ficar na Guiné até a realização das eleições? Ainda ele já foi informado atraves do seu colega do Senegal(quem paga universidade) para seu filho que Senegal pretende criar uma frente apartir de São-Domingos para combater a rebelião, esta ideia não caiu bem no seio dos oficiais da FA.
Antonio golpista Indjai e Kumba golpista Yala não ficaram satisfeitos com a chamada do Desejado Lima da Costa pelo SERIFO CEDEAO NHAMADJO para retomar as suas funções na CNE, porque queriam que fosse um juristinha de nome ANTÓNIO GOLPISTA SEDJA MAN. Muitos Antonios na Guiné. ANTÓNIO GOLPISTA INDJAI, ANTÓNIO GOLPISTA ARTUR SANHA, ANTÓNIO GOLPISTA SEDJA MAN, ANTÓNIO GOLPISTA KUMBA YALA, ANTÓNIO GOLPISTA HENRIQUE P.ROSA, ANTÓNIO GOLPISTA AFONSO TÉ, ANTÓNIO GOLPISTA SERIFO BALDE e muitos e muitas Antonios e Antonias(Adja Satu Camara).
SERIFO CEDEAO NHAMADJO voce vai pagar preço da sua ignorância, com toda a experiencia administrativa que tens deixas-te ser lavado pelos analfabetos como: ADJA golpista SATU CAMARA, ANTONIO GOLPISTA INDJAI E KUMBA GOLPISTA YALA. Que pana SERIFO CEDEAO NHAMADJO voce só tem uma saida manter firme e morrer como um homem porque bem sabes que políticamente estas no mesmo barco com seus colegas de QUINTA COLUNA. Se desafiares o Kumba e Antonio os seus dias estão contados e, se aceitares as condicöes impostas por eles aí sim como homem voce sobriverá mais como político esqueça.
SERIFO CEDEAO NHAMADJO agora viu que ser presidente na Guiné não é facil enquanto temos Kumbas e Antónios na Guiné?
Cada um de nós deve pensar no seu amanha e no dos seus filhos.
Nascemos e sem dúvida vamos morrer.
A luta continua
Serifo Djalo"
sexta-feira, 22 de junho de 2012
A tremer...de calor!
"Caro Aly
Estou a "tremer" com a ameaça do "Governo de Transição" da Guiné-Bissau. Será que este "governo" vai impor a auto-suspenção da Guiné-Bissau deste importante fórum internacional que agrega os irmãos lusófonos?
Depois da 'perigosa' MISSANG cuja presença na GB justificou o golpe de 12 de Abril, não haverá motivos para outro golpe, dado o hostil comportamento da CPLP para com esse dito "governo"!? Até já estou com medo que o mesmo se passe relativamente à UA e à ONU.
Está-se mesmo a ver que à excepção dos golpitas, seus executores actuais e a CEDEAO (parte), todo o resto do mundo está errado. Assim só resta ao "Governo de Transição" questionar, igualmente, a presença da Guiné-Bissau na Unidade Africana e na ONU. Avante inteligentes políticos!
Luís Fernando Cabral"
A inveja - O Pecado Inútil*
O ressentimento em relação aos outros parece ser inato, sobretudo nas pessoas de talento. Por quê? Será o dinheiro, a fama, os carros de luxo ou a beleza física que a desencadeiam? Ou ela nasce simplesmente da nossa insegurança?
A inveja é um dos sentimentos mais difusos, mas ao mesmo tempo é o que temos maior dificuldade em admitir. É o único pecado capital completamente inútil (ao contrário da gula ou da luxúria); no entanto, é tão poderoso que provoca grande sofrimento em quem o experimenta. Psicólogos e sociólogos ainda não sabem exatamente o que é a inveja nem de onde ela vem. Mas, na história da humanidade, a inveja tem sido a causa de grandes realizações.
A execução dos afrescos da abóbada da Capela Sistina, por exemplo, foi confiada a Michelangelo diante da insistência do grande arquiteto e pintor Bramante (1444-1514). Este último, que invejava o talento e a qualidade do trabalho de Michelangelo, estava convencido de que a pintura em tetos era o seu ponto fraco. Acreditando que Michelangelo não seria capaz de realizá-la, usou de sua influência para que a obra fosse encomendada ao rival. Resultado: Michelangelo criou uma das mais extraordinárias obras-primas da história da arte.
Ao contrário da gula e da luxúria, a inveja é o único pecado capital totalmente inútil. no entanto, é tão poderoso que causa grande sofrimento em quem o experimenta
Sucesso Profissional De acordo com uma pesquisa, 12% dos entrevistados invejam o sucesso profissional alheio, enquanto 39% dos homens admitiram cobiçar a companheira do colega.
Como nasce a inveja? Comecemos pelo próprio sentido da palavra: ela vem do latim invido, de olhar mal, ou melhor, de mau-olhado (na Itália meridional, tirar o mau-olhado significa expulsar a inveja). O invejoso lança um olhar fulminante sobre o objeto invejado. Eis por que, quando sentimos inveja de uma pessoa, não conseguimos enxergar um único lado positivo nela. Não por acaso costuma-se dizer que a inveja seca. Lembram-se da expressão "olhar de seca-pimenteira"?
O sociólogo italiano Francesco Alberoni, no livro Os invejosos, escreve: "O invejoso diminui o sucesso dos outros, sustentando que ele é fruto de uma injustiça. Porém, se o invejoso estivesse vivendo as mesmas condições e recebendo o mesmo reconhecimento que a pessoa alvo de sua inveja, ele diria que o seu sucesso seria merecido." Terra.
* Dedicado a todos aqueles que invejam o editor deste blog... AAS
Carta aberta ao 'ministro dos Negócios Estrangeiros'' da Guiné-Bissau
Sr. Faustino Imbali,
Ao ler o seu discurso sobre uma possível desvinculação da Guiné-Bissau da CPLP, apeteceu-me rir. Poupando-lhe a atalhos, aconselho-o a procurar um lugar na Commonwealth.
É triste ouvir de alguém que já pactuou com tantos golpes de Estado (o do 12 de abril foi apenas mais um) dizer disparates destes. Não é o sr. quem deve dizer se a Guiné-Bissau tem, ou não, sair da CPLP. Aliás, acho que esta organização - ao contrário da vergonhosa CEDEAO, que suspendeu a Guiné-Bissau e voltou a readmiti-la - devia suspender o nosso país, sim! É intolerável e vergonhoso, que continuem a gozar descaradamente com a vontade dos guineenses, pendurando-se nos militares e nas pontas das suas baionetas!
Saiam da CPLP, saiam e já! Assim, poupam-nos à vergonhosa catalogação de Estado narcotraficante e de assassinos! Saiam mesmo. Que pouca vergonha!!! São ex-governantes (Francisco Fadul, com todas as regalias que o Estado português lhe confere, só para dar um exemplo) a apoiar o golpe, valgloriando os militares, levando o nome da Guiné-Bissau aos píncaros do descaramento. Sr. Francisco Fadul, deixe tudo o que Portugal lhe dá e regresse à Guiné-Bissau. Lá, poderá apoiar todos os golpes, pois sabe bem o que é um golpe: apoiou a guerra de 11 meses (1998/99) que levou a Guiné-Bissau à destruiçào sem paralelo na sua história recente!
Sr. Faustino Imabli,
"Queremos dizer à CPLP o seguinte: a Guiné-Bissau é um país soberano e independente e as autoridades que estão na testa deste país são altamente competentes, responsáveis, e merecem o tratamento devido. Pedimos à CPLP uma coisa só, o diálogo". Ameaças? Claro...Soberano, sim, talvez; mas...independente? De quê mesmo?! Se nem pagar salários de miséria conseguem, se para fazer eleições é preciso que meio mundo retire os impostos dos seus cidadãos para alimentar a vossa eterna bandalheira!!!
Tenha vergonha na cara, sr. Faustino Imbali. Tenha vergonha, você e qualquer membro decapitado desse 'governo' de fantoches!
"Questionaremos" a permanência na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) caso a organização persista em vedar ao país "o direito de ser ouvido". Que direito? Ser ouvido para quê? Quem votou em si a ponto de "querer ser ouvido"? E, quem quererá ouvi-lo? E, sendo ouvido, o que diria mesmo? Onde estava o sr. Faustino Imbali durante todo esse tempo? E a fazer o quê mesmo? Ah, pois...a cozinhar o golpe que iria catapultá-lo para 'ministro dos Negócios Estrangeiros' que se tornou esquisito...
Aos países membros da CPLP:
Esta - a declaração do Faustino Imbali - é uma ameaça que deve ser levada a sério. E, por favor, suspendam a Guiné-Bissau da nossa organização. Nossa, sim, porque extravasa os políticos - a CPLP é uma organização dos seus Povos!
António Aly Silva, cidadão guineense e da CPLP com indisfarcável orgulho
A PORTA DA RUA É A SERVENTIA DA CASA
Governo de transição da Guiné-Bissau admite "questionar" presença na CPLP
O ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição da Guiné-Bissau admitiu hoje "questionar" a permanência na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) caso a organização persista em vedar ao país "o direito de ser ouvido".
"Queremos dizer à CPLP o seguinte: a Guiné-Bissau é um país soberano e independente e as autoridades que estão na testa deste país são altamente competentes, responsáveis, e merecem o tratamento devido. Pedimos à CPLP uma coisa só, o diálogo", disse Faustino Imbali hoje em Bissau, numa conferência de imprensa.
Frisando que o retorno a 11 de abril (antes do golpe de Estado) não é possível, o ministro de transição considerou "triste" que a CPLP "continue a julgar a Guiné-Bissau nas organizações internacionais de maneira unilateral", sem que o governo de transição possa ser ouvido. "Achamos que isso não é normal, temos o direito de resposta e de ser ouvidos e queremos deixar clara esta posição de que se a CPLP continuar a jogar esse papel, de vedar à Guiné-Bissau o direito de ser ouvido e de nos julgarem unilateralmente, um dia estaremos em razão de questionar a oportunidade da nossa continuação nessa instituição", disse Faustino Imbali.
E acrescentou: "queremos que a CPLP seja parte da solução dos problemas da Guiné-Bissau e não parte dos obstáculos" e a CPLP está até aqui a posicionar-se "como um grande obstáculo à normalização total da situação da Guiné-Bissau". Faustino Imbali apelou várias vezes ao diálogo com a CPLP, disse não entender a posição "tão radical e unilateral" da instituição e admitiu que o governo não estará presente na cimeira da CPLP em Maputo, prevista para julho, caso não seja convidado. Ainda assim disse que há esforços do governo e do Presidente interino para que haja um entendimento e que na cimeira "haja a participação da família CPLP".
De acordo com as palavras do ministro, há na Guiné-Bissau, de facto, "um governo legal, constitucional, que é produto da comunidade internacional", que deu ao executivo um mandato de 12 meses para preparar eleições gerais mas também, nesse período, lutar contra a impunidade, reformar o setor de defesa e segurança e lutar contra o crime organizado. "Para vencer esses desafios precisamos de todos, a nível interno e externo. Este governo não é produto do golpe de Estado mas produto da comunidade internacional, concretamente da CEDEAO" (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), disse, lamentando que parte da comunidade internacional não reconheça o governo de transição.
Faustimo Imbali congratulou-se por os Estados Unidos terem admitido esta semana trabalhar com o governo e salientou que também a França "apoia todas as decisões, todo o esforço da CEDEAO para a resolução do conflito na Guiné-Bissau". E salientou que o governo de transição vai "continuar o diálogo" para flexibilizar posições, nomeadamente da União Europeia e da União Africana. "O que nos vai libertar são as nossas próprias ações, o governo está ciente disso", disse, acrescentando que nas próximas semanas se iniciará o diálogo sobre o processo de reforma das forças de segurança e vai começar também o processo de recenseamento.
A nível diplomático pretende continuar o diálogo com outros países da CEDEAO, nomeadamente a Costa do Marfim e a Nigéria, não sendo de excluir uma visita do Presidente interino, Serifo Nhamadjo. "Mas a nossa prioridade são os nossos irmãos da CPLP", disse. Fundamental para o país, acrescentou ainda, é "um grande processo de reconciliação, na base da justiça e verdade", e não "uma conferência internacional", que não passa de "uma missa da qual ninguém conhece o conteúdo ou os resultados". LUSA
Denúncia
"Caro Profeta Aly Silva,
Mais uma vez decidí fazer esta denuncia. O Indjai quer ou não eliminar mais um POLÍTICO, MILITAR, CIVIL, JORNALISTA???
No 15 deste António Indjai deu grande quantidade de dinheiro a chefe dos THE KILLERS(os matadores do Estado Maior) num gesto de abradecimento pelo trabalho que fizeram na noite de golpe. O dinheiro foi entregue a um militar de nome Alfredo I. Não se sabe ainda se é só o gesto de agradecimento ou será que haverá mais alguem a eliminar. Este grupo é bem conhecido no seio das FA. São quatro pessoas, foram eles que prenderam Cadogo na sua residencia porque foram enganados pelo Antonio Indjai de que Cadogo mandou vir para Bissau rebeldes e, estes rebeldes iam atacar o Estado maior e a Marinha na noite do dia 12 de Abril, que burrice: QUANTOS REBELDES SERAM NECESSARIOS PARA ATACAR O ESTADO MAIOR E A MARINHA?
Este grupo, a mando de Antonio Indjai, foi responsável dos muitos assassinatos entre os quais o último - de Samba Djalo e, foram ajudados por alguns funcionário da central elétrica de Bissau que estavam do servico na mesma noite. Este usa sempre um dupla cabine Azul escuro as vezes o dupla cabine pintado de camufulado. Na noite de 12 usaram o caro camufulado e cortaram a rua de Cadogo, na frente da casa do Manuel Saturnino.
A luta continua. A Guiné é de todos os bom filhos desta terra
viva a Democracia
Serifo Djalo"
Material militar usado na Guiné-Bissau já se encontra em Luanda
O navio angolano Rio M'bridge, que transportou o material militar usado pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) e Polícia Nacional (PN) na Missão de Angola na Guiné-Bissau (Missang), atracou hoje (sexta-feira) na Base Naval da Marinha de Guerra, em Luanda.
Em declarações à imprensa na recepção do navio, que saiu da Guiné-Bissau no dia 7 do corrente mês, o tenente-general Gildo dos Santos referiu que "pensamos que com a chegada deste navio que transportou os meios da MISSANG, podemos dar por concluída a retirada das tropas angolanas".
Disse que o acto representa que "chegamos bem, retiramos todos os nossos meios e que os efectivos da MISSANG saem da Guiné Bissau com o sentimento de dever cumprido". O comandante das forças angolanas na referida missão afirmou que neste preciso momento, já não existem efectivos de Angola na Guiné-Bissau. O navio em princípio trouxe toda a nossa técnica, carros de tropas blindados e carros de carga sólida e líquida, explicou o tenente-general angolano.
Segundo o responsável, na base dos acordos bilaterais cumpriu-se com esta missão, tendo, entretanto, augurando que com a retirada do contingente angolano, todos os processos da Guiné-Bissau tenham a sua continuidade normal. A Missang, um total de 249 efectivos, entre militares e polícias, estava desde Março de 2011 na Guiné-Bissau, em resultado de um protocolo assinado entre os ministros da Defesa dos dois países, complementar a um Acordo governamental, ratificado pelos respectivos parlamentos.
A missão foi interrompida pelo Executivo angolano, na sequência da crise interna político-militar registada naquele país e que culminou na deposição do Presidente interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro, Gomes Júnior. A cooperação técnica militar angolana previa uma ajuda ao programa de reforma das forças armadas e da polícia guineenses, consubstanciado na reparação de quartéis e esquadras, reorganização administrativa, formação técnica e adestramento militar, bem como a formação de efectivos em instituições de ensino militar e policial. AngolaPress
Tributo ao Ditadura do Consenso
"Prezado Aly,
Não pretendo lisonjeá-lo, mas sim, felicita-lo e manifestar minha consideração pela sua postura assim como a do seu blog, no posicionamento equidistante entre relações pessoais e institucionais. O seu blog defendeu e ainda defende as normas salutares de convivência social civilizada e de diversidade étnica, cultural, religiosas e transversais, em contrapartida, condena e denuncia a confiscação pela via de força o direito das instituições oriundas das urnas e expresso pelo povo e, do direito popular à manifestação e expressão. O seu blog tem sido o olho para os que não enxergam, ouvido para os que não ouvem e voz para os amordaçados pelo medo, terror das milícias tribais e grupusculos políticos malignos incompetentes e facilmente manipuláveis pelas forças exteriores da nossa vizinhança.
Posto isso, apresento-me ao seu blog como um filho e cidadão da Guiné-Bissau, que durante a minha vida estudantil em Dakar/Senegal, testemunhei episódios tristes senão melancólicos o quanto o meu país foi alvo de depreciação sistemáticas em todas as esferas sociais senegaleses, tudo por culpa de muitos dos seus filhos, que se ostentam de políticos e analistas, mas que não passam de meras efígies e, que nunca foram capazes de criar instituições de credibilidade com vista a ajudar a Guiné-Bissau, assim como da sua camada juvenil, e ainda desavergonhadamente instigam, executam e assumem com a mais pura naturalidade os postos ministeriais resultantes da interrupção da ordem constitucional como escalpo.
Pelo que solicito a sua amabiliadade em postar esse meu testemunho que atribuo o seguinte titulo:
Senegal – Guiné-Bissau: 39 anos dum amargo sabor da vizinhança
No ano de 2008, foi realizado um debate televisivo no senegal no “Canal Info”, protagonizado por conceituadas figuras do cenário politico e jornalístico deste país vizinho, e na qualidade de intervenientes, responderam na primeira pessoa do singular pelos nomes de, Justin Silvain N’diaye (analista politico), Ismaila Madior Fall (constitucionalista senegalês) e do Tamsir Jupiter N’diaye (jornalista politólogo).
Como na mesa de todos os debates, deve haver um “touro” pronto para o “abate”, desta vez a tradição não deixaria de se cumprir, e o “touro” desta vez não era um mamífero irracional de quatro patas e com cauda, mas sim um país, cujos cidadãos, em parte, alguns políticos e milicias tribais comportam-se igual ou inferior ao mamífero irracional acima citado, e este país para o espanto de tudo e de todos é a Guiné-Bissau.
Sim, na mais pura das verdades e para a incredulidade da plateia deste debate televisivo o leitmotiv do mesmo era a situação da Guiné-Bissau. Imaginem a tamanha ousadia de ingerência dum país nos assuntos dum outro tão soberano quanto a si.
As motivações deste maldito debate, tinha como justificação, na visão destes intervenientes políticos, analistas e jornalistas, o facto da Guiné-Bissau e as suas respectivas estruturas administrativas, sociais e politicas não satisfazerem os requisitos standards para ser chamado de um estado; para um bom entendedor a Guiné-Bissau, não é um estado, pois é essa a imagem que estes senhores quiseram fazer passar ao povo do senegal e fizeram no bem e perfeitamente.
A Guiné-Bissau não sendo um estado, na visão e justificação destes analistas, então teria que ser expropriada pela comunidade internacional, donde o próprio senegal faz parte, e gerido o tempo que for necessário, até que ela [Guiné-Bissau] entre nos eixos duma vez por todas, e daí seria restituído aos seus filhos. E neste processo de expropriação e gestão, a ideia e desejo da Guiné-Bissau ser entregue ao senegal como uma província ficou vincada e manifestada com a mais pura naturalidade.
Felizmente, alguns filhos desta terra já provaram ser suficientemente perspicazes e discernidos para não deixar triunfar esse desejo diabólico do senegal para com a Guiné-Bissau. Isso não obstante reconhecermos em alguns filhos desta terra, respondendo pelos nomes de Koumba Yala, Daba Na Walna e Antonio Indjai, como frutos duma semente portadora de maldição para a Guiné-Bissau, pelas suas inspirações tribalista, egoísta, ignorantes aliada à cegueira espiritual, pelo que urge esterilizar as suas ideias pecaminosas como problema menor e, prepararmo-nos para o problema maior, que é dum “vírus” geneticamente modificado e de difícil destruição, pois ele é muito inteligente, maligno, e estatuto ao ponto de nos cegar na luta para a sua destruição, denominada senegal.
Com a ascensão ao poder do novo presidente senegalês, Macky Sall, comissionou como seu conselheiro para os assuntos de Casamance e Fronteiras da Guiné-Bissau, um senhor de nome, Suleimane Jul Diop, que é um jornalista politólogo e sr. Cheick Yerim Seck, o então jornalista do Jeune Afrique que actualmente exerce as funções de jornalista em Afrique7.
Em pelo menos uma ocasião, Cheick Yerim Seck foi categórico e peremptório em afirmar que a Guiné-Bissau não é um estado, e deve ser ocupada por um outro estado, não excluindo a possibilidade deste estado ser o de senegal. Reforçando a posição outrora expressa por Cheick Y. Seck, por seu turno, Suleimane Jul Diop, foi mais clarividente nos seus pareceres facultados ao presidente Macky Sall, em como a Guiné-Bissau não é, e não sendo um estado, o senegal deve ter os olhos e pés dentro do seu espaço geográfico com vista a controla-la!
Deixemo-nos reagir às ilusórias e estéreis pretensões senegalesas, dando lhes uma clara ideia em como os Guineenses estão hyper-conscientes das suas maquinações aventureiras.
O imaginário de neo-colizador face à G.-Bissau há muito tem povoado a mente do estado senegalês, ao ponto de não querer resolver o assunto da Casamance, esquivando-se à vários arranjos de diálogos propostos pelos independentistas de Casamance, conducentes à uma negociação para encontrarem em conjunto uma saída compensadora para as partes, mas o estado senegalês, sob o pretexto de ter sempre justificativos para as suas investidas no território da Guiné-Bissau, através de instabilidades confeccionadas e que ele à posteriori reconfigura e enquadra no contexto da organização sub-regional, CEDEAO, e ainda com ajuda de certos filhos da Guiné-Bissau, residentes em Dakar sob um pseudo asilo politico, recusou inúmeras vezes à essas chamadas ao diálogo.
Racionalizando esse caso de Casamance, um ex-ministro da defesa senegalês, Abdoulai Baldé, fez saber publicamente de que estava a testa deste ministério e a dirigir o assunto da Casamance sem no entanto ter em mãos o respectivo dossier. Conclui de que esse assunto foi mal gerido pelas autoridades do senegal, reafirmando ter nascido em Ziguinchor, foi colega de infância e ainda nutre relações salutares com muitos dos jovens que estão à testa desse movimento.
Esta estratégia de submergir a Guiné-Bissau numa fonte de instabilidade politica, económica e social sistemática e crónica, e subsequentemente transforma-la num bebedouro para sustentar e equilibrar as suas preocupações mais económicas do que politicas, devem-se ao facto dos seus serviços de estudos estratégicos para o desenvolvimento terem efectuado e produzido resultados de estudos estatísticos e demográficos, que revelam um crescimento de proporção geométrico enquanto que a produção e distribuição das riquezas cresce em proporção aritmética.
Face à essa desarmonia e, inevitável projecção de hyper-densidade populacional do senegal, ele fica assim vulnerável à factores e ocorrências tais como, doenças, alta taxa de mortalidade infantil, fome, guerras e restrições morais. Dai que urge encontrarem uma solução à curto, médio e longo prazo para as calamidades sociais que se avizinham, que passa assim indubitavelmente pelo estrangulamento dos índices de progressão económica da G.-Bissau, através de instabilidades uniformemente programadas.
Enquanto que a Guiné-Bissau, regista e projecta um comportamento demográfico e económico inverso ao do senegal, razão pela qual elegeram este pequeno país, mas com potencial natural invejável, como recurso às suas preocupações económicas, usando a estratégia de desestabilização programada e sistemática. Tudo isso aproveitando a fragilidade e permeabilidade das suas incipientes instituições.
Presume-se que o senegal nunca aceitará encontrar uma solução equitável e duradoura para o conflito de Casamance, porém precisa deste pretexto para poder estar com pés dentro do território da Guiné-Bissau, como se fosse uma província sua.
A esses factores supracitados, copulam-se a ele o problema da partilha geográfica das zonas petrolíferas em litigio entre os dois países. E como se isso não bastasse, o espírito dos estado senegalês ainda continua infinitamente num suspense frustrante quando se fala das águas profundas do rio Buba, onde será materializada as infraestruturas portuárias do famoso e futuro porto de Buba, um recurso primordial para a interacção comercial da G.-Bissau com o mundo exterior. Hufff!!!
O vizinho senegal sempre usufruiu, depois de instigar duma forma passiva, das instabilidades dos seus vizinhos para se impôr e sobressair nas esferas diplomáticas e económicas, atraindo as instituições internacionais a se instalarem no seu território, enquanto os vizinhos gerem as sucessivas e crónicas crises, casos concretos da Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Guiné-Conakry e Gambia.
À semelhança dos vizinhos e vitimas das hipocrisias politica do senegal, para se ver livre dos tentáculos cancerígenas deste país vizinho e irmão, a solução para a Guiné-Bissau, seria não só de pôr a quarentena as relações com este país, mas sim de interrompe-las sine-die nos capítulos diplomático e comercial. Depois é só esperar pelos resultados.
No dia em que isso se tornar realidade e, aplicarmos com abnegação e apostarmos no conhecimento académico e humano que é o recurso primário de qualquer país, então poderemos proclamar com a voz alta e em uníssono, de que o soprar da brisa de estabilidade e desenvolvimento está iminente dentro do território da guiné-Bissau.
Pelo que é preciso estar com os olhos bem abertos e refundar as bases das nossas instituições e o nosso conceito de cidadania de outrora.
Ainda há esperança.
Nevabamon, Sindjass Tcharty"
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Primeiro-Ministro legítimo da Guiné-Bissau agradece apoio de Angola ao Presidente José Eduardo dos Santos
O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, reuniu-se ontem (quinta-feira) com o primeiro-ministro legítimo da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, deposto por um golpe de Estado no passado dia 12 de abril, e de quem recebeu os agradecimentos pelo apoio prestado pelo povo angolano aos guineenses aquando do golpe de Estado de 12 de Abril último.
Em declarações à imprensa, no termo da audiência realizada no Palácio Presidencial, em Luanda, Carlos Júnior disse ter também manifestado a José Eduardo dos Santos o reconhecimento da Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (Missang). Argumentou que a Missang foi um projecto aprovado pelos governos e parlamentos dos dois países, para a reestruturação das Forças Armadas e da Polícia da Guiné-Bissau, cuja missão considerou de extrema importância, porquanto poderia contribuir grandemente para a estabilidade política do país.
O político destacou os laços históricos de cooperação e de amizade entre os povos e governos dos dois países, fundados desde a luta de libertação nacional contra o colonialismo português, afirmando que os mesmos mantêm-se vivos e tão breve quanto possível serão reforçados. Sobre a situação na Guiné-Bissau, Carlos Júnior observou que alguns estados da CDEAO deram um passo errado, pois os problemas daquele país e da sub-região devem ser discutidos com organizações com as quais a Guiné-Bissau tem parceria, nomeadamente as Nações Unidas. “Entendemos que deve haver uma discussão mais inclusiva e que as próprias Nações Unidas têm de assumir as suas responsabilidades”, defendeu Carlos Júnior, que manifestou a sua determinação em continuar a luta para o retorno à legalidade constitucional na Guiné-Bissau.
“Acho que é errado pensar que há um partido que sai legitimado nas urnas e no dia seguinte surge um outro que instiga o golpe de Estado para inviabilizar a decisão do povo”, contestou. Segundo o ex-primeiro-ministro, enquanto for presidente do PAIGC continuará a lutar junto dos seus parceiros e amigos para que este partido reassuma o poder e a responsabilidade legítima que tem perante o povo da Guiné-Bissau. Na audiência, Carlos Júnior esteve acompanhado pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mamadou Djaló Pires. AngolaPress
Temos casamento?
Há indicações de que a libertação, ontem, do Bubu Na Tchuto, apoiante de Kumba Yalá, terá ocorrido à revelia do general António Indjai, apoiante da facção balanta rival, liderada por Artur Sanhá, hoje 'presidente' da Câmara Municipal de Bissau. O CEMGFA está sem prestígio, e preocupado com a sua segurança.
Dorme no palácio com o “presidente” Namadjo (que devido ao protesto da população, se viu obrigado já há algum tempo a deixar a sua casa) sob proteção das forças da CEDEAO, pois não tem confiança nas dele. Parece estar iminente deflagrar de um novo conflito interno. Externamente, há indicações de que os senegaleses, utilizando a capa das forças da CEDEAO preparam-se para atacar a guerrilha da Casamança a partir do nosso território, objectivo “encapuçado” de apoio à Guiné-Bissau. Pasmalu
Guiné-Bissau: Portugal defende 'alargamento' das sanções, que passam pela confiscação de bens no espaço Schengen e congelamento de contas bancáriass
Portugal quer ver alargada na lista de sanções do Conselho de Segurança para a Guiné-Bissau mais indivíduos envolvidos no golpe de Estado de abril, disse à agência Lusa o embaixador de Portugal na ONU. Moraes Cabral falou após uma reunião fechada do Conselho de Segurança, na quarta-feira nas Nações Unidas, sobre o comité de sanções, agora constituído e que será presidido pelo embaixador de Marrocos na ONU, Mohamed Loulichki.
"Vamos tentar trabalhar ativamente no comité com os nossos parceiros e presidência para que a resolução seja implementada de uma maneira eficaz e credível", disse o diplomata português. As sanções, apurou o ditadura do consenso, podem abranger todos os membros do actual 'Governo', com a confiscação dos bens que os mesmos possuem no espaço da União Europeia, bem como o congelamento das contas bancárias. LUSA/AAS
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Sujeitos & Assuntos, S.A.
General António Indjai, líder dissimulado, depois assumido, do golpe de Estado – É corrente em Bissau uma versão, mais consistente que outras, segundo a qual “ decidiu” levar a cabo um golpe de Estado, o de 12.Abr, quando uns generais nigerianos e burkinabes (AM 640), dos quais havia passado a ser amigo, lhe garantiram que Carlos Gomes Jr (Prutchi, como pejorativamente o tratam), uma vez eleito Presidente da República, o iria demitir e pôr no seu lugar o antigo CEMG, Zamora Induta.
Não podiam ter dito nada que provocasse nele alvoroço tão angustiante. Odeia Zamora Induta. Não o considera um verdadeiro balanta (pai balanta, mãe papel), nem tão pouco um “combatente da liberdade da pátria” – atributo que ainda distingue os guineenses. Só ingressou na vida militar em 1986, passados que eram já 12 anos sobre o fim da luta de libertação. Vive igualmente dominado pelo pressentimento de que o ex-CEMG um dia ajustará com ele contas por o ter traído, através de um motim, em 01.Abr.2010 (a sua primeira experiência sediciosa) e tomado o lugar.
Até aos seus “fatídicos” contactos com os generais nigerianos e às mudanças que começaram a ser registadas no seu comportamento, C Gomes Jr depositava suficiente confiança na lealdade do CEMG. Conjectiurava-se que tendo o mesmo, no seu activo, a autoria de um golpe anterior, o de 01.Abr.2010, e tendo escapado por um triz às consequências do acto, seguramente não se lançaria em semelhante “aventura”. Mas valia o que valia (pouco) a conjectura. Pesaram mais traços de carácter do CEMG como a sua inconstância e falta de firmeza das suas convicções – lacunas que normalmente colmata com públicos pedidos de desculpa.
Bubo Na Tchuto, hoje libertado, é o outro objecto dos seus ódios e temores. Neste caso por que vê nele um rival completo. É um balanta “de gema”, combatente da liberdade da pátria e, ao que se diz, militar valoroso. Nenhum teve tempo ou oportunidade para se evidenciar na luta de libertação (não passaram de guerrilheiros iniciados...), mas parece que, mesmo assim, Bubo Na Tchuto foi mais notado pela suas habilidades como “bazuqueiro” (compartilhadas com as de “tabanqueiro”). O medo que Bubo Na Tchuto toda a vida lhe inspirou tinha origens de fácil enunciação: era o comandante (e tinha na mão) a melhor unidade das FA – os Fuzileiros; gozava de aceitação e prestígio entre os balantas; tinha dinheiro (alegadamente proveniente da droga) e um estilo de vida cuja ostentação causava admiração.
Em 26.Dez.2011, sendo Bubo Na Tchute CEM da Marinha, mandou prendê-lo e exonerá-lo, juntamente com outros oficiais próximos. E ali estava preso, em Mansoa, quando o golpe de 12.Abr ocorreu. Kumba Yalá, que o tem como aliado, logo moveu pressões no sentido da sua libertação. Foi, de facto, libertado. Mas não tardou a voltar à cadeia por ordens expressas do “chefe” do golpe; deve ter sido por ter pressentido que estava a dar asas não a um, mas a dois adversários – K Yalá e ao seu aliado Bubo Na Tchute. Indjai não é nome do gentílico balanta; é de extracção muçulmana – religião que ele não segue. Foi-lhe dado, e ficou, na casa mandinga (ou beafada) para onde foi levado pelos seus progenitores balantas, estes sim, e onde foi educado.
Nunca ningém deu por ele até Tagma Na Waie, seu tio, lhe ter confiado o comando do Batalhão de Mansoa, promovendo-o para tal a Maj. O pilar da força do Exército é o Batalhão de Mansoa; fazer dele comandante significicava ter alguém de confiança numa função crítica. Mas depressa o novo comandante passou a ter a importância acrescida de “os olhos e os ouvis de Tagma”, ao qual revelava indefectível lealdade. Ainda hoje corre o rumor de que o assassinato de Nino Vieira, terá sido uma vingança com que o protector de Tagma Na Waie fez valer a sua honra.
Há uma relação directa entre o anonimato da sua pessoa, até Tagma Na Waie o ter “promovido”, e aquilo que é a sua modesta folha de serviços anterior: oficial subalterno (alferes, oriundo da classe de sargentos) do Batalhão da Guarda Presidencial, onde foi colocado pelo seu então comandante, Brig Ansumane Mané: após a queda de Nino Vieira, já feito capitão, foi nomeado 2º comandante do Batalhão de Quínara. A confiança que parece merecer da parte dos senegaleses parece que vem de uma faceta do seu comando do Batalhão de Mansoa: a eficicácia das suas operações de perseguição, no N da Guiné-Bissau, contra guerrilheiros independebntistras de Casamansa e suas bases de refúgio. Foi a operação “Barraca Mandioca”.
Diz-se em Bissau que Bubo Na Tchute está pobre. Tem à venda uma casa inacabada perto de Bissalanca e terá mesmo vendido o seu carro de estimação – um vistoso Audi amarelo. O CEMG, porém, exibe prosperidade. Uma ponta em Amedalai (AM 622), perto de Jugudul, que à noite chama a atenção pela sua feérica iluminação, mais três vivendas no Enterramento, arredores de Bissau, numa das quais terá aplicado um generoso donativo angolano. AM
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