terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Por ser o presidente do partido, "sou o candidato natural do PAIGC para a eleicao presidencial" - Carlos Gomes Jr. Entretanto, na 5a feira o PAIGC escolhera o seu candidato, entre mais quatro: Soares Sambu, Serifo Nhamadjo, Francisco Benante, e, possivelmente, Baciro Dja, actual ministro da Defesa. AAS
VERGONHA: RDP acaba com espaço de opinião que serviu de palco a críticas duras a Angola
Uma crónica crítica em relação a Angola, do jornalista Pedro Rosa Mendes, terá levado a RDP a acabar com o espaço de opinião "Este Tempo", da Antena 1. O jornalista Pedro Rosa Mendes confirmou, em declarações ao PÚBLICO, ter sido informado, por telefone, que a sua próxima crónica, a emitir na quarta-feira, será a última da sua autoria. “Foi-me dito que a próxima seria a última porque a administração da casa não tinha gostado da última crónica sobre a RTP e Angola”, diz o jornalista, por telefone, a partir de Paris.
“A ser verdade, esta atitude é um acto de censura pura e dura”, sustenta o jornalista, que aborda nessa crónica a emissão especial que a RTP pôs no ar na segunda-feira, 16 de Janeiro, em directo a partir de Angola. A chamada telefónica que serviu para anunciar-lhe o fim deste espaço de opinião foi feita por “um dos responsáveis da Informação” da Antena 1, continua o jornalista, que não quis especificar quem daquele departamento lhe comunicou aquela decisão.
Rosa Mendes critica a emissão do programa televisivo Prós e Contras da RTP feita a partir de Angola, com a participação do ministro português que tutela a comunicação social, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Porém, o jornalista entende que “com tudo o que está em causa, foi uma crónica contida”. Aliás – prossegue –, a ser verdade que tenha sido dispensado por causa do teor desta crónica, essa decisão seria “muito estranha”, porque ele não foi “a única pessoa a ficar desagradada com a natureza e o conteúdo da emissão da RTP”. “Houve outras opiniões negativas nestes últimos dias”, aponta.
A crónica em causa foi emitida a 18 de Janeiro e integra um espaço de opinião que a Antena 1 tem, com o nome de “Este Tempo”. É assegurado por cinco pessoas – Rosa Mendes, António Granado, Raquel Freire, Gonçalo Cadilhe e Rita Matos e, segundo Rosa Mendes, todos eles estariam a ser informados que a crónica vai acabar. O PÚBLICO contactou João Barreiros, director de Informação da Antena 1, e António Granado, um dos cronistas, sem sucesso. Já Ricardo Alexandre, director-adjunto de Informação da Antena 1 e responsável pelo programa, disse não ter comentários a fazer.
No entanto, hoje às 9h45, hora a que de segunda a sexta-feira o programa é transmitido, Raquel Freire aproveitou a sua crónica para anunciar que também foi informada que seria a última. A cineasta dedicou-a ao tema da liberdade, fazendo referência ao filme Good Night and Good Luck, que retrata um grupo de jornalistas que lutam pelo direito à informação e por denunciar alguns dos atentados políticos aos direitos fundamentais cometidos pelo senador Joseph McCarthy. Na crónica, Raquel Freire questiona “para que serve uma rádio pública e um serviço público?” se não for para servir as pessoas que não têm voz, adiantando duas respostas, em jeito de interrogação: “Para dar voz às pessoas ou para ser a voz do dono?”.
O programa estava no ar há cerca de dois anos e os contratos terminariam agora. Durante esse tempo, diz Rosa Mendes, nunca lhe foi dado nenhum feedback dando a entender que houvesse temas que fossem tabu ou que tivessem sido fixados “limites de censura”.
Na polémica crónica, Rosa Mendes começa por recordar que a RTP “serviu aos portugueses” uma emissão especial em directo de Luanda e à qual chamou “Reencontro” e “na qual desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários, comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”. “O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão que tem estômago para tudo, mas o reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”, continua. Carregando nas críticas, o jornalista afirma que reencontrou nessa emissão, não um país irmão, mas “a falta de vergonha de uma elite que sabe o poder que tem e o exibe em cada palavra que diz”.
Rosa Mendes é um dos jornalistas portugueses que mais escreveu sobre a corrupção em Angola. Foi, aliás, alvo de dois processos judiciais por difamação, um dos quais por trabalhos editados pelo PÚBLICO e em que o queixoso era o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. O tribunal não deu razão ao líder de Angola, tendo a Justiça também decidido a favor de Rosa Mendes no outro caso, em que o queixoso era Arcadi Gaydamak, um milionário russo que tem passaporte angolano e foi acusado de vender armas a Angola.
Nos cinco minutos e 34 segundos que dura a crónica, Rosa Mendes mistura dados relativos à economia e à política do país com citações de alguns outros especialistas que estudaram o que se passa naquele país, que usa uma “maquilhagem sofisticada”, da qual se destaca “o batom da ditadura, parafraseando o jornalista angolano Rafael Marques”. Este último, ou alguém como ele, teria de estar presente num programa que fosse um “reencontro digno para ambos os povos e ambas as audiências”, sustenta Rosa Mendes. Alguém “que chamasse corrupção à corrupção e não, quase a medo numa única pergunta – e passo a citar – ‘um certo tipo de corrupção’, como fez Fátima Campos Ferreira”, a jornalista que apresenta o referido programa da RTP e conduziu aquela emissão. PÚBLICO
“A ser verdade, esta atitude é um acto de censura pura e dura”, sustenta o jornalista, que aborda nessa crónica a emissão especial que a RTP pôs no ar na segunda-feira, 16 de Janeiro, em directo a partir de Angola. A chamada telefónica que serviu para anunciar-lhe o fim deste espaço de opinião foi feita por “um dos responsáveis da Informação” da Antena 1, continua o jornalista, que não quis especificar quem daquele departamento lhe comunicou aquela decisão.
Rosa Mendes critica a emissão do programa televisivo Prós e Contras da RTP feita a partir de Angola, com a participação do ministro português que tutela a comunicação social, o ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Porém, o jornalista entende que “com tudo o que está em causa, foi uma crónica contida”. Aliás – prossegue –, a ser verdade que tenha sido dispensado por causa do teor desta crónica, essa decisão seria “muito estranha”, porque ele não foi “a única pessoa a ficar desagradada com a natureza e o conteúdo da emissão da RTP”. “Houve outras opiniões negativas nestes últimos dias”, aponta.
A crónica em causa foi emitida a 18 de Janeiro e integra um espaço de opinião que a Antena 1 tem, com o nome de “Este Tempo”. É assegurado por cinco pessoas – Rosa Mendes, António Granado, Raquel Freire, Gonçalo Cadilhe e Rita Matos e, segundo Rosa Mendes, todos eles estariam a ser informados que a crónica vai acabar. O PÚBLICO contactou João Barreiros, director de Informação da Antena 1, e António Granado, um dos cronistas, sem sucesso. Já Ricardo Alexandre, director-adjunto de Informação da Antena 1 e responsável pelo programa, disse não ter comentários a fazer.
No entanto, hoje às 9h45, hora a que de segunda a sexta-feira o programa é transmitido, Raquel Freire aproveitou a sua crónica para anunciar que também foi informada que seria a última. A cineasta dedicou-a ao tema da liberdade, fazendo referência ao filme Good Night and Good Luck, que retrata um grupo de jornalistas que lutam pelo direito à informação e por denunciar alguns dos atentados políticos aos direitos fundamentais cometidos pelo senador Joseph McCarthy. Na crónica, Raquel Freire questiona “para que serve uma rádio pública e um serviço público?” se não for para servir as pessoas que não têm voz, adiantando duas respostas, em jeito de interrogação: “Para dar voz às pessoas ou para ser a voz do dono?”.
O programa estava no ar há cerca de dois anos e os contratos terminariam agora. Durante esse tempo, diz Rosa Mendes, nunca lhe foi dado nenhum feedback dando a entender que houvesse temas que fossem tabu ou que tivessem sido fixados “limites de censura”.
Na polémica crónica, Rosa Mendes começa por recordar que a RTP “serviu aos portugueses” uma emissão especial em directo de Luanda e à qual chamou “Reencontro” e “na qual desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários, comentadores de Portugal e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local”. “O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão que tem estômago para tudo, mas o reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti”, continua. Carregando nas críticas, o jornalista afirma que reencontrou nessa emissão, não um país irmão, mas “a falta de vergonha de uma elite que sabe o poder que tem e o exibe em cada palavra que diz”.
Rosa Mendes é um dos jornalistas portugueses que mais escreveu sobre a corrupção em Angola. Foi, aliás, alvo de dois processos judiciais por difamação, um dos quais por trabalhos editados pelo PÚBLICO e em que o queixoso era o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. O tribunal não deu razão ao líder de Angola, tendo a Justiça também decidido a favor de Rosa Mendes no outro caso, em que o queixoso era Arcadi Gaydamak, um milionário russo que tem passaporte angolano e foi acusado de vender armas a Angola.
Nos cinco minutos e 34 segundos que dura a crónica, Rosa Mendes mistura dados relativos à economia e à política do país com citações de alguns outros especialistas que estudaram o que se passa naquele país, que usa uma “maquilhagem sofisticada”, da qual se destaca “o batom da ditadura, parafraseando o jornalista angolano Rafael Marques”. Este último, ou alguém como ele, teria de estar presente num programa que fosse um “reencontro digno para ambos os povos e ambas as audiências”, sustenta Rosa Mendes. Alguém “que chamasse corrupção à corrupção e não, quase a medo numa única pergunta – e passo a citar – ‘um certo tipo de corrupção’, como fez Fátima Campos Ferreira”, a jornalista que apresenta o referido programa da RTP e conduziu aquela emissão. PÚBLICO
MISSANG apanhada uma vez mais na ilegalidade
O Governo de Angola, através da MISSANG, adjudicou ilegalmente dois lotes à empresa de construção Baga-Baga: Ministério do Interior, e quartel de Cumeré.
A ilegalidade reside no facto de o dono desta empresa ser o... director-geral de Estradas e Pontes do ministério das Obras Públicas. Uma aberração, portanto, e que merece ser bem explicada! Para já, duas empresas concorrentes no mesmo concurso, dizem-se preparadas para entrar com «queixas nos tribunais», sendo que uma delas entrará com uma «providência cautelar». AAS
A ilegalidade reside no facto de o dono desta empresa ser o... director-geral de Estradas e Pontes do ministério das Obras Públicas. Uma aberração, portanto, e que merece ser bem explicada! Para já, duas empresas concorrentes no mesmo concurso, dizem-se preparadas para entrar com «queixas nos tribunais», sendo que uma delas entrará com uma «providência cautelar». AAS
Milhares virão do interior para 'pedir' a Cadogo que se candidate a Presidente
O presidente do PAIGC e primeiro-ministro, Carlos Gomes Jr., prepara-se para, dentro de uma semana, anunciar que será candidato à eleição presidencial antecipada do próximo dia 18 de março, contando para tal com a ajuda de todos os administradores de sector: contam enviar milhares de pessoas a Bissau.
Aliás, os testas-de-ferro de Cadogo deram já início a movimentações junto destes no sentido de cada um enviar cerca de trezentos manifestantes, para virem a Bissau 'pedir' a Cadogo que se candidate ao cargo de Presidente da República.
De resto, ditadura do consenso sabe que até já se pediram orçamentos para essa deslocação de milhares de apoiantes - pagos à cabeça. Este trunfo de Carlos Gomes Jr., pode, no entender de uma fonte do DC, "incendiar os ânimos no PAIGC, que tem já quatro putativos candidatos a candidato à eleição presidencial". AAS
Aliás, os testas-de-ferro de Cadogo deram já início a movimentações junto destes no sentido de cada um enviar cerca de trezentos manifestantes, para virem a Bissau 'pedir' a Cadogo que se candidate ao cargo de Presidente da República.
De resto, ditadura do consenso sabe que até já se pediram orçamentos para essa deslocação de milhares de apoiantes - pagos à cabeça. Este trunfo de Carlos Gomes Jr., pode, no entender de uma fonte do DC, "incendiar os ânimos no PAIGC, que tem já quatro putativos candidatos a candidato à eleição presidencial". AAS
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
ULTIMA HORA: Embaixador Manuel dos Santos foi ouvido e mandado em paz, sem qualquer medida de coaccao, pelos tres magistrados do MP. O embaixador regressa a Luanda ainda esta semana. Parece que o que mais preocupou os magistrados foi isto: como veio para a praca publica (o mesmo que ditadura do consenso) a notificacao enviada ao ministerio dos Negocios Estrangeiros... AAS
Interessante
Muita gente, incluindo eu, tem defendido a ideia de se acabar com a ajuda directa ao continente africano. Para nos, seria a unica maneira de Africa se tornar autossustentavel. Agora, uma mulher junta-se-nos: Dambisa Moyo, uma zambiana e economista (com formacao em Oxford e Harvard). Dambisa escreveu um livro que se tornou num bestseller e onde explica por que razao a ajuda directa nao esta a resultar. Mas sobretudo, e isto e o mais importante, "porque ha uma soluccao melhor".
Diz a reputada economista que a ajuda directa "encoraja a corrupcao, cria dependencia e aumente a inflaccao e o fardo da divida". A Time considera Dambisa Moyo uma das mulheres mais influentes da actualidade.
... Mas, eis que me ocorreu a ActionAid
Em setembro passado, esta reputada ONG revelara que os paises em vias de desenvolvimento tem vindo a diminuir a sua dependencia do exterior. Sao 54 os paises mais pobres do mundo, em que, segundo a ActionAid, "a dependencia decresceu um terco", ao longo dos ultimos dez anos. Se tomarmos como exemplo o ano 2000, a mudanca e drastica - 20 paises dependiam em mais de 50 por cento do exterior. Trocado por peanuts: cada euro despendido, hoje, tem hoje mais resultados. Sera? AAS
Diz a reputada economista que a ajuda directa "encoraja a corrupcao, cria dependencia e aumente a inflaccao e o fardo da divida". A Time considera Dambisa Moyo uma das mulheres mais influentes da actualidade.
... Mas, eis que me ocorreu a ActionAid
Em setembro passado, esta reputada ONG revelara que os paises em vias de desenvolvimento tem vindo a diminuir a sua dependencia do exterior. Sao 54 os paises mais pobres do mundo, em que, segundo a ActionAid, "a dependencia decresceu um terco", ao longo dos ultimos dez anos. Se tomarmos como exemplo o ano 2000, a mudanca e drastica - 20 paises dependiam em mais de 50 por cento do exterior. Trocado por peanuts: cada euro despendido, hoje, tem hoje mais resultados. Sera? AAS
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Obrigado, Mister Norton de Matos
O seleccionador nacional de futebol, Luis Norton de Matos, deu a entender hoje ao DC que a sua missão junto da selecção de todos nós está terminada.
"Não vale a pena fazer um contrato apenas para dois jogos. Mas se a Guiné-Bissau quiser eu posso orientar a equipa no jogo com a equipa dos Camarões, em Yaoundé" - disse.
Luis Norton de Matos, o melhor seleccionador que a Guiné-Bissau conheceu (orientou 14 jogos internacionais) está em Bissau para regularizar a sua situação salarial, entretanto resolvida hoje.
"Se me quiserem ouvir", disse Norton de Matos ao DC, "tenho a propor alguém (um seleccionador) que pode dar continuidade ao meu trabalho. Uma pessoa competente e ambiciosa". Ditadura do Consenso, deseja as maiores felicidades e sucessos nas suas futuras funções ao Mister Luis Norton de Matos. AAS
"Não vale a pena fazer um contrato apenas para dois jogos. Mas se a Guiné-Bissau quiser eu posso orientar a equipa no jogo com a equipa dos Camarões, em Yaoundé" - disse.
Luis Norton de Matos, o melhor seleccionador que a Guiné-Bissau conheceu (orientou 14 jogos internacionais) está em Bissau para regularizar a sua situação salarial, entretanto resolvida hoje.
"Se me quiserem ouvir", disse Norton de Matos ao DC, "tenho a propor alguém (um seleccionador) que pode dar continuidade ao meu trabalho. Uma pessoa competente e ambiciosa". Ditadura do Consenso, deseja as maiores felicidades e sucessos nas suas futuras funções ao Mister Luis Norton de Matos. AAS
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