quinta-feira, 7 de maio de 2015

Chefias militares da CPLP pedem "mão firme"


As chefias das Forças Armadas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que estão reunidas em Luanda, exortaram à «mão firme» dos militares da Guiné-Bissau na reforma do setor, depois do golpe de Estado de abril de 2014.

Esta mesma posição foi transmitida pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da República de Angola, Sachipengo Nunda, que agora assume a presidência rotativa do órgão das chefias militares da CPLP.

«Formulo votos de que as suas Forças Armadas tenham, na pessoa do seu Chefe do Estado-Maior General, a mão firme que conduzirá às reformas preconizadas para o setor militar», disse Sachipengo Nunda, no discurso de abertura da sétima Reunião de Chefes Militares da CPLP, que já voltou a contar com a presença da Guiné-Bissau.

A representação guineense em Luanda é liderada pelo Chefe do Estado-Maior General, Biagué Na N`Tan, escolhido pelas novas autoridades de Bissau para liderar os militares, depois do Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ter exonerado, em setembro de 2014, o general António Indjai.

Por seu lado, o general Pina Monteiro, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Portugal, garantiu a continuidade do «apoio» e «solidariedade» dos países lusófonos «ao povo e militares da Guiné-Bissau».

«Como todos sabemos, a Guiné-Bissau passou por um período de turbulência mas, neste momento, tem uma estabilidade que desejamos seja sustentada e continuada. Tenho, pois, a convicção de que as Forças Armadas da Guiné-Bissau estão empenhadas num futuro melhor», assinalou o general Pina Monteiro.

Este encontro decorre em Luanda até sexta-feira e vai analisar a atual situação político-militar e questões internacionais de defesa e segurança, nomeadamente eventuais implicações para os países lusófonos.