quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Tomates à moda do Mali


As organizações de defesa dos direitos Humanos do Mali, pediram a requalificação das acusações contra o general Amadou Haya Sanogo, após a descoberta de uma vala com os corpos de 21 soldados malianos dados como desaparecidos na região de Kati, antigo feudo inexpugnável do general Sanogo. O juiz de instrução do processo judicial do caso dos "boinas vermelhas" desaparecidos, Yaya Karembe, procedeu, quarta feira, à exumação de 21 corpos na vila de Diago, localidade não longe de Kati. Os corpos que devem corresponder aos 21 militares "boinas vermelhas" dados como desaparecidos a 30 de abril 2012 após o que ele, Sanogo, apelidou de tentativa de contragolpe de estado, que ao que parece, iria pôr a termo à junta militar do capitão Sanogo que havia deposto o Presidente Amadou Toumani Touré um mês antes da realização das eleições previstas nesse pais.

A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) e a Associação Maliana dos Direitos Humanos (AMDH), representando as famílias das vitimas e das partes civis nesse processo, depositaram quarta-feira junto ao Juiz de instrução um pedido de requalificação dos termos da acusação contra os acusados por "assassinato e morte", ao mesmo tempo que saudavam os avanços considerados de muito importante no andamento desse processo de inquérito.

"A descoberta desses 21 corpos representa, de uma parte, uma triste noticia para a família dos desaparecidos, mas também é um grande passo na descoberta da verdade e o consequente estabelecimento das responsabilidades penais individuais. Os parentes e próximos dos desaparecidos aguardam a identificação oficial dos corpos descobertos, mas nos vamos solicitar ao juiz, em nome das famílias das vitimas, a requalificação das acusações que impendem contra os presumíveis responsáveis daquilo que podemos qualificar de assassinatos", declarou o Advogado, Dr Moctar Mariko, presidente da AMDH e advogado das vitimas.

Segundo o inquérito levado a cabo após os três dias de combates pelas organizações de defesa dos direitos humanos, a 2 de maio de 2012, uma vintena de militares maioritariamente boinas vermelhas detidos no aquartelamento militar Soundiata Keïta de Kati, o quartel general das forças do general Sanogo, foram levados num camião militar e depois disso foram dados como desaparecidos.

A 26 de julho de 2012, a justiça maliana abriu um procedimento judicial sobre esse caso denominado "caso boinas vermelhas desaparecidos" e, em inicios de novembro 2013, o juiz de instrução encarregue do caso deliberou 15 mandatos de detenção contra altos responsáveis da junta militar. O Juiz depois formalizou sete acusações, entre elas, uma contra o general Amadou Haya Sanogo, acusado a 27 de novembro por cumplicidade em rapto e foi detido sob mandato judicial.

A FIDH, a AMDH e 17 membros das famílias das vitimas dos militares dos boinas vermelhas desaparecidos constituíram-se partes civis no processo, afim de fazerem ouvir as vozes das vitimas e de apoiar os esforços desencadeados pelo Juiz de instrução para que todas as responsabilidades sejam apuradas nesse dossiê emblemático da luta contra a impunidade no Mali, indicam as mesmas fontes. AAS

Nota: Pergunta-se para quando uma justiça do género contra as atrocidades cometidas na Guiné-Bissau pelo general Indjai e o seu grupo de delinquentes, incluindo Kumba Yala. Para quando homens com os ditos cujos nos sitio à frente da PGR e da Magistratura pública para desencadearem acções desta envergadura contra a impunidade na nossa pobre Guiné-Bissau, pais cujo Povo foi abandonado, desterrado do mundo, esventrado dos seus direitos, violado na sua dignidade, esquartejado na sua honra..., porém, mantém-se dócil, serviçal e impávido..., sem mugir nem tossir. Porra,... para quando? AAS