sexta-feira, 12 de abril de 2013

Captura de Bubo Na Tchuto provoca “pânico” interno


A captura de  Bubo Na Tchutoe sua extradição para os  EUA, a fim de ser presente à justiça norte-americana, provocou um estado descrito como sendo de  “pânico”em meios implicados no narcotráfico – na Guiné-Bissau e em países próximos da subregião. Nos últimos dias têm sido notadas comportamentos sintomáticos de precaução por parte de indivíduos supostamente envolvidos no tráfico de droga na Guiné-Bissau.

No planeamento das operações que levaram à captura de Bubo Na Tchuto, mais dois guineenses e dois colombianos, todos acusados de implicação no narcotráfico, o papel mais activo terá sido desempenhado por Russel Hanks nominalmente representante oficial dos EUA em Bissau, na verdade um experimentado oficial da DEA-Drug Enforcement Administration. De acordo com informações suficientemente verificadas, no seu trabalho foi decisiva a acção de uma rede de informadores locais.

A existência de tal rede é motivo acrescidode preocupação entre os implicados locais no narcotráfico. Russel Hanks deixou Bissau em vésperas do desencadeamento das operações. Em 2010 a DEA reforçou o seu dispositivo de acompanhamento do narcotráfico na subregião de África. Foi mesmo activada uma estação em  Lisboa – esta com a tarefa de prestar atenção a conexões locais com o fenómeno. Bubo Na Tchuto, CEM da Marinha até 2008, fora em
Abril de 2010 objecto de uma denúncia formal do Departamento do  Tesouro do EUA, como implicado no narcotráfico.

O actual CEM da Força Aérea, general Papa Camará, foi igualmente citado. A captura de Bubo Na Tchuto também terá sido calculada para explorar propícios factores de oportunidade política. O narcotráfico é a principal fonte de financiamento do ramo africano da  Al Qaeda; o narcotráfico é praticado numa macha do norte que se estende da Guiné-Bissau ao Mali; a  Al Qaedae outras organizações criminosas estão a sofrer revezes militares significativos no Mali. AM