quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Carlos Schwarz: Um homem em luta contra “a sombra de um pau torto”
«O Pepito foi a prova viva de que vale a pena sermos "idealistas" a vida toda. Ele conseguiu concretizar muitos dos seus ideais. Vale a pena sonhar, sempre, não só quando somos jovens, mas sempre! Houve quem me dissesse que aos 40 anos eu mudaria. Quase aos 60 creio que não mudei, apesar dos muitos momentos de desanimo. E não quero mudar, quero continuar a sonhar, quero continuar a acreditar, continuar a ter ideais.» Anabela P.
Fonte: Público
Autora: Catarina Gomes
Carlos Schwarz: Um homem em luta contra “a sombra de um pau torto”
Carlos Schwarz da Silva, Pepito, como era conhecido na Guiné-Bissau, viveu uma vida feita de recomeços. “Não existe pedra sobre pedra das nossas memórias: fotografias, filmes, livros, recordações de toda a vida, haviam desaparecido. Recomeçámos tudo mais uma vez, menos por convicção, mais por tradição (...) Desistir é perder e recomeçar é vencer”, assim escrevia num texto autobiográfico a que chamou A sombra do pau torto, o guineense Carlos Schwarz da Silva. O activista, chamemos-lhe assim, morreu esta terça-feira, em Lisboa, o funeral foi ontem no cemitério de Barcarena (Sintra). Se fosse ele a escolher a designação para o que o seu amigo era, o cineasta guineense Flora Gomes, teria dificuldade: “Ele é outra coisa. Era um agrónomo, um nacionalista, um intelectual, um visionário”.
A casa de Carlos Schwarz da Silva foi apenas uma das habitações do bairro do Quelele, em Bissau, que foi pilhada e destruída durante o conflito que, em 1998, opôs as forças de Ansumane Mané às de Nino Vieira. Ali ficava, nessa altura, uma das frentes de combate. Tudo ficou esburacado, vazio, sem pessoas.
Hoje em dia, o Quelele não parece muito diferente de outros bairros de Bissau, não há estradas, o chão é de terra batida vermelha com buracos enormes, as casas têm um ar humilde e improvisado. Mas é. Num edifício discreto funciona a organização não-governamental Acção para o Desenvolvimento (AD), que Carlos Schwarz da Silva fundou, em 1991, com outros guineenses. Era o seu actual director executivo. Ali há sempre jovens, crianças e mulheres a circular.
A AD fez nascer, em 1994, a primeira rádio comunitária do país, depois dela abriram mais de dez. Foi aos microfones da Rádio Voz Quelele que se explicou, durante a epidemia de cólera de 1994, que a doença se transmitia pela água contaminada, ali se ensinou, de forma simples, o que fazer para evitar o contágio, se respondeu às perguntas de uma população em pânico. Terá sido uma das razões por que este bairro passou quase incólume. Hoje também há uma televisão comunitária, uma escola de artes e ofícios, um centro de animação infantil, a lista podia continuar.
O cineasta guineense Flora Gomes nem tinha bem noção de que era esse o nome do seu amigo, Carlos Schwarz da Silva. Na Guiné-Bissau todos o conhecem por Pepito. É neto de polacos que sobreviveram ao gueto de Varsóvia, filho de um advogado cabo-verdiano que foi preso pela PIDE numa ida de férias a Portugal. Artur Augusto da Silva defendia em tribunal os nacionalistas da independência da Guiné.
Pepito nasceu em Bissau, em 1949, estudou Engenharia Agrónoma no Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, à semelhança do seu grande mentor, Amílcar Cabral. O antropólogo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (em Lisboa) Eduardo Costa Dias conheceu-o nessa altura, por estarem ambos envolvidos no movimento estudantil de contestação à ditadura. Acredita que foi nesses tempos que o amigo desenvolveu o espírito do “desenrasca” que lhe havia de ser tão útil na sua nova vida na Guiné.
Quando se dá o 25 de Abril de 1974, Carlos da Silva e a mulher, a também agrónoma portuguesa Isabel Levy Ribeiro, fazem questão de estar em frente ao Quartel do Carmo. Um ano depois, quando na Guiné muitos regressam a Portugal, o casal está a chegar. Aproveitam a boleia do último avião militar português que se deslocava ao país. Vêm para ajudar a crescer a nova nação independente.
Pepito oferece os seus préstimos como quadro na área que domina, a agricultura. O que encontra diz que é o triste resultado da formação soviética que receberam muitos dos quadros do PAIGC, que lhes cortou a criatividade para lhes ensinar a passividade. Ele quer algo diferente. Funda o Departamento de Experimentação e Pesquisa Agrícola, uma espécie de ministério da agricultura, chama-lhe “o meu primeiro amor profissional”.
Na altura, quando explica aos agricultores que é possível cultivar arroz em época seca, sem chuva, mas com a irrigação a partir do rio Geba, olham-no de lado. No início, aderem ao seu desafio umas 12 famílias desconfiadas; ao verem os primeiros grãos a nascer, o tom das críticas baixa e o número dos que aderem ao cultivo sobe para 12 mil famílias, lembra o guineense num documentário sobre a sua vida, divulgado pela RTP2 em 2011.
Na juventude militou no Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), chegou a ser deputado mas desiludiu-se com o golpe de Estado de Nino Vieira contra o então presidente, Luís Cabral, em 1980, tinha ele 30 anos. “Cortei com os partidos." Um dia, revoltado contra as arbitrariedades da administração, estava a conversar com “um velho Homem Grande” que o ouviu e lhe disse: “Criaste demasiadas expectativas em relação a quem era e sempre foi medíocre. Julgaste ver o que não existia. Não te esqueças que a sombra de um pau torto nunca pode ser uma linha direita.”
No centro da Acção para o Desenvolvimento está aquela que talvez possa ser considerada a sua filosofia de vida: “Não fazer lista das dificuldades, mas o contrário, do que existe, de como valorizar o que temos”. “Na Guiné há 32 etnias, cada uma com a sua maneira de pensar, de dançar, a sua perspectiva de vida”. Cada qual tenta encontrar as suas soluções para os problemas, diz no mesmo programa televisivo.
No Sul do país, a AD trabalha para desenvolver a autonomia alimentar das populações. No seu texto autobiográfico, lembra um agricultor que descobriu um processo de rega gota-a-gota, usando uma grande cabaça, por baixo da qual fez dois pequenos furos por onde escoava lenta e regularmente um fio de água que regava as suas bananeiras. “Tinha encontrado, sozinho, uma forma de economizar a pouca água de que dispunha. Cada um tem a capacidade, vai ganhando amor-próprio e confiança, num processo de conhecimento novo que ajuda a querer aprender”, resumia.
Ao mesmo tempo, desiludia-se com os “turistas do desenvolvimento” que aportavam à Guiné mas que, na sua opinião, foram perdendo “o espírito de solidariedade e cumplicidade com quem está no terreno”. Referia-se, e criticava-o no mesmo documentário, “ao mercado do desenvolvimento”, “das organizações do Norte” que se “posicionam para ganhar o projecto 1 ou 2, mas não lhes interessa o resultado atingido”.
“Não basta criticar, temos o dever e a capacidade de construir outra Guiné-Bissau, de respeito, de cultura, de história, e de pô-la em contraponto contra a meia dúzia de pessoas dos negócios fraudulentos, do tráfico de armas, de drogas”.
Era isso que fazia todos os dias. “Nós vamos mudar isto”, era o que Flora Gomes sentia cada vez que estava com Pepito. Para o cineasta, o amigo sentia-se herdeiro de Amílcar Cabral, tinha que ser o fazedor do muito do que o líder histórico tinha sonhado e tinha deixado por executar. Num encontro que Flora teve com Pepito, dois dias antes de vir para Portugal – onde tinha vindo ao 99º aniversário da mãe – o cineasta, disse-lhe: “‘Pepito, tu não estás bem’. Morreu trabalhando. Queria fazer muitas coisas ao mesmo tempo. De tanto trabalhar não se deu conta da fragilidade do ser humano.”
Longe vão os tempos em que o viu pela primeira vez, num hotel de Lisboa, em que, surpreendido, perguntou a um amigo: “Quem é este português que fala tão bem crioulo?”. Pensou que fosse português, apenas porque era branco. Estava enganado. “Estou certo de que quando estava a morrer em Portugal estava a pensar na Guiné.” Num texto que escreveu sobre o líder histórico do PAIGC, Pepito deixa uma dedicatória: “Às minhas netas Sara e Clara com a esperança de um dia poderem viver tranquilamente na terra adiada com que Cabral sonhou.”
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Claro que fico preocupado
«O que realmente me preocupa é este facto. Antes das eleições - ainda antes mesmo da campanha eleitoral - é preciso que alguém explique aos eleitores (que são quem decide) que guineense pode ou não candidatar-se. Qual a lei no País que exclui aqueles que estão 'interditos' à partida? Ao admitirmos que o País está tomado de assalto por um grupo de criminosos acima da lei, não precisamos de gastar dinheiro que não temos em eleições.
Esses senhores que determinam quem pode ou não participar nessas eleições, podiam muito bem nomear desde já um Presidente e um Primeiro Ministro, poupando-nos a este triste espectáculo da democracia à moda da Guiné-Bissau. E, ainda ganhávamos tempo e dinheiro...
Joaquim Borges»
N'tory Palan ao ataque
«Sou contra! Sou contra aqueles que se deixem cair nos caprichos dos traficantes, dos tribalistas, dos anarquistas. Volvidos quase 2 anos deste teatro dos miseráveis (golpe de Estado de 12 de abril), ainda não nos apresentaram as provas inequívocas do envolvimento do CADOGO nos tais crimes que enchem as bocas desgraçadas!
Não querem o CADOGO de volta, apenas porque, a estes “n'dongós” só lhes convém as lixeiras e os charcos, sejamos realistas! Se estas chantagens forem admitidas, podem ter certeza que passaremos a outras eras tão ruins tanto como aquela que sucedeu ao fatídico 14 de Novembro de 1980. Cream!
Tenho dito!
N’tori Palan»
Golpe de Estado de 2012: Economia da Guiné-Bissau continua afectada
A actividade económica na Guiné-Bissau continua fortemente afectada pelas consequências do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, de acordo com as conclusões da mais recente missão ao país do Fundo Monetário Internacional (FMI). Divulgado ontem em Washington, o comunicado da missão, que esteve na Guiné-Bissau entre 10 e 13 de Fevereiro, indica que após uma contracção de 1,5% em 2012, a economia da Guiné-Bissau ainda não recuperou.
A missão prevê que em 2013 o PIB tenha crescido apenas 0,3%, dado que o aumento da produção de caju foi contrabalançado pela queda dos preços, principalmente junto do produtor, da significativa quebra da receita fiscal e das frequentes interrupções no fornecimento de electricidade e água.
Dadas as perspectivas limitadas das receitas para os próximos meses, principalmente antes do início da campanha de caju, a missão do FMI encorajou o governo a manter o controlo dos gastos e uma gestão prudente de tesouraria, com o objectivo de minimizar uma maior acumulação de atrasados nos pagamentos dos salários aos servidores públicos. “As perspectivas fiscais e de crescimento para 2014 dependerão do êxito da campanha de caju e da ajuda externa”, informou o FMI.
Chefiada por Maurício Villafuerte, a missão do Fundo Monetário Internacional manteve encontros com as autoridades do governo de transição, incluindo Gino Mendes, ministro das Finanças, e Soares Sambu, ministro da Economia, bem como reuniões com João Fadia, director nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e com os parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Morte de Carlos Schwarz: Um testemunho
«Caras amigas e caros amigos,
Como as más noticias se propagam como o fogo na savana seca, muitos de vocês já estarão ao corrente. O nosso amigo Carlos Schwarz morreu esta manhã no Hospital Curry Cabral.
Tendo-se deslocado a Lisboa para estar junto da mãe, a Dra. Clara Schwarz, na comemoração do seu 99º aniversario, o Carlos, desde há cerca de 15 dias, não fez outra coisa do que andar de exame em exame médico, afectado por uma doença maldosa que, num tempo relâmpago, hoje o tirou do nosso convívio.
Sobre os múltiplos combates e empenhos pela Guiné-Bissau que, nos últimos 40 anos, o Carlos Schwarz travou e promoveu - como militante da JAC, fundador e Director do DEPA, Directo executivo da AD e mais recentemente grande dinamizador do Memorial do Cacheu - outros falarão.
Quero, contudo, deixar o testemunho de uma faceta, por antiga, mais esquecida. O Carlos Schwarz, no seu tempo de estudante do Instituto Superior de Agronomia, foi um importante dirigente associativo. Carlos Schwarz teve um papel destacado nas várias frentes em que o movimento associativo se desdobrou nos últimos anos da ditadura, incluindo na frente política, a frente do combate ao fascismo e ao colonialismo. Como inúmeras vezes ele próprio o disse, foi daqui, da sua experiência de "associativo", que em boa parte tirou fôlego para os combates pela Guiné-Bissau e pela melhoria das condições de vida dos guineenses.
É desses já longínquos finais dos anos 1960-princípios dos anos 1970 que vem a minha amizade com a Isabel Levi Ribeiro e o Carlos Schwarz. Camaradas leais, amigos fixes, de uma vida. Hoje, como provavelmente a outros amigos e amigas, a primeiro coisa que me veio à cabeça foi: Ouve lá, Schwarz, não te vás embora assim sem mais nem menos!
Até sempre, camarada.
O funeral do Carlos Schwarz realiza-se amanhã à tarde, às 16:00 h., no cemitério da Barcarena.
Eduardo Costa D.»
Morte de Carlos Schwarz: LGDH envia condolências
NOTA DE CONDOLÊNCIA
Foi com profunda consternação que a Liga Guineense dos Direitos Humanos tomou conhecimento da morte de Eng. Carlos Schwarz, Ex-Ministro de Transportes do Governo de Unidade Nacional e membro fundador da ONG Acção para o Desenvolvimento. O malogrado que no dia 18 de Fevereiro de 2014, deixou por força de destino o mundo dos vivos, foi uma figura incontornável e que fazia parte de um leque reduzido de referências positivas da sociedade guineense.
Engenheiro 'Pepito', como é vulgarmente conhecido, marcou a história recente do país com a sua visão de desenvolvimento, criatividade e dinâmica de inovação, através das quais, empreendeu mudanças efectivas na sociedade guineense, um pouco por todo o país, de norte ao sul e de centro às ilhas.
Enquanto um verdadeiro agente do desenvolvimento e inconformado com o rumo que a sua terra natal tem seguido, Eng. Carlos Schwarz lutou até ao seu desaparecimento físico para inverter o curso dos acontecimentos. Ao longo do seu intenso percurso de vida, 'Pepito' foi um cidadão empenhado na defesa da democracia, da liberdade, associado ao seu profundo apego à Justiça e à dignidade da pessoa humana.
Igualmente, com a sua determinação e patriotismo inspirou a nova geração de quadros e contribuiu de forma ímpar para a valorização dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
Neste momento de dor e de angústia, a LGDH apresenta as suas mais sentidas condolências à família enlutada, à AD e ao povo guineense, pela perda de um homem que sempre fez da sua vida, um instrumento para o desenvolvimento da sociedade a que pertencia.
Que a sua alma descanse em paz e na Glória para sempre!
Feito em Bissau aos 18 dias do mês de Fevereiro de 2014
A Direcção Nacional
Declarações de DSP provocam a ira no PAIGC
As declarações feitas hoje, à agência LUSA, pelo presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira caíram que nem uma bomba nas hostes dos 'libertadores'. Um membro do Comité Central, em declarações ao DC, diz que as declarações de DSP «foram infelizes e fora de tempo». Sustentando a sua tese, garante que «o presidente do PAIGC não manda nem dá ordens ao Comité Central. Lá o esperamos...», concluiu.
Outra fonte garante ao DC que os «compromissos assumidos pelo DSP» estão a fazer-se sentir e «poderão ter graves consequências num futuro próximo», referindo-se às eleições presidenciais, mas que antes começa a ser discutido na reunião do Comité Central - órgão máximo entre congressos.
A fonte estranha ainda que tanto Mário Cabral (ex-embaixador em Dakar) como a sua mulher «façam parte do Bureau Político e do Comité Central», assim como outros menos significantes, e estranha as ausências de «grandes e sonantes nomes do PAIGC», como o ex-presidente do partido, Carlos Gomes Jr, e de Raimundo Pereira, ex-presidente da República interino e 2º vice-presidente do PAIGC até ao congresso de Cacheu.
Para já, os militantes descontentes com as declarações de DSP desdobram-se em contactos e limpam as espingardas, prometendo não dar sossego ao presidente do partido. «Esperamos por ele nas reuniões do Bureau Político e do Comité Central, onde serão ajustadas as contas. Até aquelas do VIII congresso de Cacheu», garante um deles ouvido pelo DC. AAS
DOSSIER PAIGC: LISTA DO CONSELHO NACIONAL DE JURISDIÇÃO (8 efectivos e 1 suplente)
1. LUIS MELO — PRESIDENTE
2. ADEMIR PANPELONA. — VICE-PRESIDENTE
3. 1º SECRETÁRIO
4. 2°SECRETARIO
5. 1°VOGAL
6. 2°VOGAL
7. 3º VOGAL
8. 4º VOGAL
9. (SUPLENTE)
CAHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
EXCLUSIVO DC (II) - DOSSIER PAIGC: Lista nominal alfabética dos membros efectivos e suplentes do Bureau Político eleitos pelo VIII Congresso Ordinário
1. DOMINGOS SIMÕES PEREIRA / PRESIDENTE
2. CARLOS CORREIA / 1º VICE-PRESIDENTE
3. ADJA SATU CAMARA PINTO / 2º VICE-PRESIDENTE
4. BACIRO DJA / 3ª VICE-PRESIDENTE
5. ABDU SAMBU
6. ABDULAI INDJAI
7. ABEL DA SILVA GOMES
8. ADRIANO GOMES FERREIRA
9. ALAMARA NTCHIA NHASSE
10. ALI HIJAZI
11. ANTÓNIO ÓSCAR BARBOSA
12. ARISTIDES OCANTE DA SILVA
13. AUA SOW
14. AUGUSTO ARTUR DA SILVA
15. AUGUSTO OLIVAIS
16. BACAR BODJAN
17. BEATRIZ CABRAL
18. BINTO NANQUE
19. BOTCHE CANDÉ
20. BRAIMA CAMARA
21. BRIGIDO DE BARROS
22. CALIFA SEIDI
23. CAMILO SIMÕES PEREIRA
24. CANAL MENDES
25. CARLOS NELSON SANO
26. CARLOS NHATE
27. CARMEM PEREIRA
28. CIPRIANO CASSAMÁ
29. CIPRIANO FERNANDES SA
30. DAN IALÁ
31. DANIEL GOMES
32. DINIS CABELOL NA FANTCHAMNA
33. DOMINGOS ALEXANDRE DE ALMEIDA
34. EDUARDO MAMA BALDE
35. EUGENIA SALDANHA ARAÚJO
36. EVA GOMES
37. FÁTIMA ARAÚJO
38. FÁTIMA FATY
39. FERNANDO MENDONÇA
40. FOFANA KEIRA
41. FRANCISCA PEREIRA
42. FRANCISCO BENANTE
43. FRANCISCO CONDUTO DE PINA
44. HUGO NOSOLINI
45. HUMBERTO AUGUSTO CÓ
46. IDELFRIDES M. GOMES FERNANDES
47. INÁCIO CORREIA (TCHIM)
48. ISABEL BUSCARDINI
49. ISABEL KÁSSIMO
50. JOÃO BERNARDO VIEIRA
51. JOQUIM AMARO MUSTASSE
52. JOSÉ ABDURAMANE DJALÓ
53. JOSÉ ANTÓNIO DA CRUZ ALMEIDA
54. JOSE DJO
55. JOSÉ MARIO VAZ
56. JOSÉ SARAIVA
57. LUIS ANIBAL VAZ FERNANDES
58. LUIS OLIVEIRA SANCA
59. LURDES VAZ
60. MAMADÚ SISSÉ
61. MANUEL SANTOS (MENECAS)
62. MARCIANO SILVA BARBEIRO
63. MARIA ADIATU NANDIGNA
64. MARIA PAULA COSTA PEREIRA
65. MÁRIO CABRAL
66. MARIO DIAS SAMI
67. MÁRIO LOPES DA ROSA
68. MÁRIO SOARES
69. MÁRIO SUCUMA MORAIS
70. MARTINHO DAFÁ CABI
71. MATILDE INDEQUI
72. PAULO JOSÉ MENDES
73. QUEBÁ SANI
74. QUIPA CO
75. RESPICIO DA SILVA
76. RUI ARAUJO GOMES
77. RUI DIÃ DE SOUSA
78. SADJO BAIO
79. SATÚ DJASSI
80. SECO CAMARA
81. SOARES SAMBÚ
82. TALIBE DJALO “ALADJE KARAMOKO”
83. TEODORA INÁCIA GOMES
84. TERESA SANCA N’DOI
85. TOMÁS GOMES BARBOSA
86. TUMANE MANÉ
87. VICTOR NANEIA
88. VIRIATO ANTÓNIO JOSÉ
89. VLADIMIR DEUNA
90. WASNA PAPAI DANFA
91. ZINHA MAIABA SANCA
SUPLENTES
1. AMINATA SILA
2. FANTA DAHABA
3. JEAN CLAUDE SANHÁ
4. LASSANA SEIDI
5. FAUSTINO C. MENDONÇA
6. RUI NENE DJATA
7. VALENTINA MENDES
8. FERNANDO A.GOMES DIAS
9. AMIZADE FARA MENDES
10. HIPOLITO DJATA
11. MALAL SANE
12. ENSA JANDI
13. MARIO MUZANTE
CACHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
EXCLUSIVO DC (I) - DOSSIER PAIGC: LISTA NOMINAL ALFABÉTICA DOS MEMBROS EFECTIVOS E SUPLENTES DO COMITÉ CENTRAL ELEITOS PELO VIII CONGRESSO ORDINÁRIO
1. DOMINGOS SIMOES PEREIRA/ PRESIDENTE
2. CARLOS CORREIA / 1º VICE-PRESIDENTE
3. HADJA SATU CAMARA / 2º VICE-PRESIDENTE
4. BACIRO DJA / 3º VICE-PRESIDENTE
5. ABA SERRA
6. ABDU SAMBU
7. ABDULAI INDJAI
8. ABEL DA SILVA GOMES
9. ABILIO MENDES
10. ABU CAMARÁ
11. ABULAI MANE
12. ADJA MARIAMA BALDE
13. ADRIANO GOMES FERREIRA
14. ADULAI BALDE
15. ADULAI BOBO CISSE
16. AGOSTINHO DA SILVA
17. AISSATO CONTE
18. AISSATU BARI
19. AISSATU CONTE
20. ALADGE CANDE
21. ALAMARA NHASSE
22. ALANSO FATI
23. ALBERTO CARLOS
24. ALI KADRA
25. ALJUMA SIDIBE
26. ALMAME CASSAMÁ
27. ALY HIJAZI
28. AMADI DJAMANCA
29. AMADU BALDE
30. AMADU SAICO SEIDE
31. AMÉLIA CASSAMA
32. AMIDO QUEITA
33. AMINATA SILA
34. AMIZADE FARÁ MENDES
35. ANDRE DA COSTA (CARLITOS)
36. ANGELA PEREIRA
37. ANHA BALDE - BAFATA
38. ANITA DJALO SANI
39. ANSA SANE´
40. ANSUMANE DJASSI
41. ANSUMANE SAMBU
42. ANTONIO DOMINGOS TUBENTO
43. ANTONIO INÁCIO CORREIA (TCHIM)
44. ANTÓNIO ÓSCAR BARBOSA
45. ARAFAM CAMARA
46. ARISTIDES OCANTE DA SILVA
47. ARMANDO DA SILVA
48. ARMANDO MARO BIAGUE
49. AUA SO
50. AUGUSTO ALEXANDRE MONTEIRO
51. AUGUSTO ARTUR DA SILVA
52. AUGUSTO DA SILVA
53. AUGUSTO GOMES
54. AUGUSTO OLIVAIS
55. AUGUSTO VAZ
56. AURELIA LOPES MORENO
57. AVELINO CABRAL
58. BABUNA DJABI
59. BACAR BODJAM
60. BACAR SISSAU SANDE
61. BARROS BACAR BANDJAI
62. BEATRIZ CABRAL
63. BEGHATEBA TAMBÁ NAM NUMNA
64. BENJAMIM CABRAL
65. BERNARDO ANTONIO SANCA
66. BINTA DABO
67. BINTO NANQUE
68. BLONY NHAMA N NHASSE
69. BOTCHÉ CANDÉ
70. BRAIMA CAMARA
71. BRAIMA CASSAMA
72. BRAIMA DJALO
73. BRAIMA DJASSI
74. BRAIMA DJASSI (CUBE)
75. BRAIMA DJASSI(COSTA)
76. BRAIMA INFALI SAMBU
77. BRAIMA SEIDI (SOLO)
78. BRAIMA SORI BALDE
79. BRAZ DE PINA
80. BRIGIDO DE BARROS
81. BUANHE SAMBU
82. CALIDO CANDE
83. CALIFA SEIDI
84. CAMILO SIMÕES PEREIRA
85. CANAL MENDES
86. CANDIDO JOAQUIN DA SILVA
87. CARLOS ADULAI DJALO
88. CARLOS CASSAMA
89. CARLOS MUSSA BALDE
90. CARLOS NELSON SANO
91. CARLOS NHATE
92. CARLOS SILVA
93. CARMEM PEREIRA
94. CAUSO MANE
95. CESAR NAHADA
96. CIPRIANO CASSAMÁ
97. CIPRIANO FERNANDES SA
98. CONSTANTINO CAMALA
99. CUMBASINHO SOU
100. DAN IALA
101. DANGA BENANTE
102. DANIEL GOMES
103. DANIEL GOMES (CACHEU)
104. DINIS CABELOL NA FANTCHAMNA
105. DJONHE NANCO
106. DOBALI TURE
107. DOMENICO OLIVEIRA SANCA
108. DOMINGASANTONIA DOS SANTOS
109. DOMINGOS ALEXANDRE ALMEIDA
110. DOMINGOS NANCO
111. DOMINGOS PEREIRA
112. DOMINGOS SOARES
113. DULCE NEVES
114. EDSON ALDANHA ARAUJO
115. EDUARDO MAMADU BALDE
116. ENSA JANDI
117. ESPERANCA LOPES CARDOSO
118. ESTEVAO P.L. VIEIRA
119. EUGENIA SALDANHA
120. EVA GOMES
121. FAMATA DJASSI
122. FANTA DAHABA
123. FÁTIMA ALFAMA
124. FATIMA ARAUJO
125. FÁTIMA FATY
126. FAUSTINO CIPRIANO MENDONÇA
127. FERNANDO AUGUSTO GOMES DIAS
128. FERNANDO BORJA MONTEIRO
129. FERNANDO INDEQUI
130. FERNANDO MENDONÇA
131. FERNANDO NACUTUA SALDANHA
132. FERNANDO YALA
133. FIDELIS FORBES
134. FLRENTINO DIAS
135. FODE CARI FATI
136. FOFANA KEITA
137. FRANCISCA PEREIRA
138. FRANCISCO BENANTE
139. FRANCISCO CONDUTO DE PINA
140. FRANCISCO LOPES
141. FRANCISCO MAJOR MENDES
142. FRANCOIS CUMBASSA
143. GABRIEL LOPES SO
144. GABRIELA FERNANDES
145. GERALDO MOCANTI DA SILVA
146. GEREMIAS ARLETE PECIXE
147. GERMANO POLICARPO CABRAL D´ALMADA
148. GIBRIL DJASSI
149. GIBRIL MANE
150. HELDER HENRIQUE DE BARROS
151. HIGINO CARDOSO
152. HIPOLITO DJATA
153. HORTA NA FATCHA –CLP
154. HUGO DE JESUS NOSOLINI VIEIRA
155. HUMBERTO AUGUSTO CO
156. IAFAI SANI
157. IAIA EMBALO
158. IDELFRIDES FERNANDES
159. ILDEFONSO BARROS
160. IMANE NAUMOJA
161. INES DA COSTA
162. INFA MANAFA JANCO
163. INFALI DABO
164. IRACEMA DO ROSÁRIO
165. ISABEL BUSCARDINI
166. ISABEL KASSIMO
167. ISSA BARI
168. JAIMANTINO CO
169. JEAN CLAUDE SANHA
170. JOANA DA SILVA
171. JOANA INÁCIA GOMES
172. JOAO ANIBAL PEREIRA
173. JOAO ARLETE QUINTINO GOMES PEREIRA
174. JOÃO BERNARDO VIEIRA
175. JOAO HORTIS
176. JOAO MAMADU LAMINE CONTE
177. JOAO SEIDIBA SANE
178. JOAO TCHERNO CANDE
179. JOAOZINHO CO
180. JOAQUIM AMARO GOMES
181. JOSE ANTONIO DA CRUZ ALMEIDA
182. JOSE BRAIMA DAFE
183. JOSE CARLOS CA
184. JOSE CARLOS V. CASIMIRO
185. JOSÉ DJO (BIFA)
186. JOSE INDUCA
187. JOSE LEOPOLDO JESUS (NENE CA)
188. JOSE MARIO VAZ
189. JOSE MIGUEL DIAS
190. JOSE SARAIVA
191. JULIA SOARES DA GAMA
192. JULIO JOAO CORREIA
193. JULIO LEFAM
194. LAMINE CAMARA
195. LANCAS SEIDE
196. LASSANA CASSAMA
197. LASSANA SEIDE
198. LEOPOLDO SEDAR DA SILVA
199. LINDA FERNANDES
200. LISSA NA FAOIE
201. LIZETE PIMENTEL
202. LIZETTE BORJA
203. LOURENCO CASSAMA
204. LUIS ANIBAL VAZ FERNANDES
205. LUIS OLIVEIRA SANCA
206. M´BALI NADAMA
207. MADAM GANO
208. MAIMUNA CAMARA
209. MALAL SANE
210. MALAM BANDJAI
211. MALAM CASSAMA
212. MALAM CASSAMA (Floresta)
213. MALAM DE OLIVEIRA
214. MALAM DJASSI
215. MALAM FATI
216. MALAM MUTARO CAMARA
217. MALAM SAMBU
218. MALAM SONCO
219. MAMADU ALFA BA
220. MAMADU BALDE
221. MAMADU CAMARA
222. MAMADU CISSE
223. MAMADU LAMINE HADARA
224. MAMADU SALIU EMBALO
225. MAMADU SAMBU
226. MAMADU SISSE
227. MAMADU TURE
228. MAMADU UIE CSSE
229. MAMUDO EMBALO
230. MANDU CAMARA
231. MANDU SANE
232. MANUEL NA MANE
233. MANUEL SANTOS (MANECAS)
234. MANUELA LIMA DA COSTA
235. MARCELINO DA COSTA
236. MARCELINO PEDRO DELGADO JUNIOR
237. MARCELINO SIMÃO LOPES CABRAL
238. MARCIANO SILVA BARBEIRO
239. MARIA ADIATO DJALO NANDIGNA
240. MARIA AURORA SANO
241. MARIA DE FATIMA BARBOSA MANE
242. MARIA ELIZABETE CORREIA
243. MARIA EUGENIA MONTEIRO DE MELO
244. MARIA IVARISTA SOUSA
245. MARIA JOSEFA SEABRA
246. MARIA LURDES VAZ
247. MARIA PAULA COSTA PEREIRA
248. MARIA ROSARIA DA CRUZ ALMEIDA
249. MARIAMA MANE
250. MARIATU SMABU
251. MÁRIO CÁ
252. MARIO CABRAL
253. MARIO DIAS SAMI
254. MÁRIO LOPES DA ROSA
255. MARIO MUZANTE
256. MARIO SOARES
257. MÁRIO SUCUMA MORAIS
258. MARTA SATURNINA T. SAMBU
259. MARTILENE LOPES ERNANDES SANTOS
260. MARTINHO DOS SANTOS
261. MARTINHO INFULNA IE
262. MARTINHO NDAFA KABI
263. MATA SAWANE
264. MATILDE INDEQUE
265. MATILDE DOS REIS
266. MAXIMIANO MENDES PEREIRA
267. MIGUEL SOARES DA GAMA
268. MOHAMED MALAM TURE
269. MUSSA BALDE
270. MUSTAFA CASSAMA
271. MUTARO CANDE
272. N`QUEBA N`CIA
273. NADJA MANE
274. NAIO BRANDAO VIEIRA TE
275. NENE ANTONIO MANGO
276. NFAMARA SO
277. NHALIM MANE
278. NHALIN SANO
279. NHETA NA ONTA
280. NHIMA CISSE
281. OCTAVIO LOPES
282. ODETE SEMEDO
283. OLIVIA FERRAGE
284. PALUO JOSE MENDES
285. PASCOAL VAZ MONTEIRO
286. PAULETA CAMARA
287. PAULO GOMES CA
288. PEDRO DJATA
289. PEDRO MORREIRA SAIDO EMBALO
290. POLICARPO MARQUES LOPES
291. QUEBA BANJAI
292. QUEBA SANHA
293. QUEBA SANI
294. QUENHIMA DABO
295. QUINTINO QUADE
296. QUIPA CO
297. RAUL ADRIANO DJU
298. RESPICIO SILVA
299. ROSA NUNES CORREIA CA
300. RUI ARAUJO GOMES
301. RUI DIÃ DE SOUSA
302. RUI GONCALVES CARDOSO
303. RUI NENE DJATA
304. SACAMISA DJALO
305. SADJO BAIÓ
306. SALE SANE
307. SALI CASSAMA
308. SALIMATA CASSAMÁ
309. SALIMATU CASSAMA
310. SALIU EMBALO
311. SANDJI FATI
312. SATU DJASSI
313. SECO CAMARA
314. SECO CUBABA
315. SECO INDJAI
316. SENE NHABALI
317. SERIFO BALDE
318. SERIFO DJAQUITE
319. SILVESTRE DARAME
320. SILVINA GOMES OLIVEIRA MENDES
321. SIMAO LUCAS DA ROCHA
322. SIMAO MANUEL DA SILVA
323. SIMBA TCHAM
324. SIRA MANE FATI
325. SOARES SAMBU
326. SUNCAR CASSAMA
327. SUNCAR MANE
328. TALIBE DJALO “ALADJE KARAMOKO”
329. TCHERNO CALI BALDE
330. TEADORA NACIA GOMES
331. TERESA SANCA N´DOY
332. TINO CANSONCO VAZ
333. TOMÁS BARBOSA
334. TOME SANFA SISSE
335. TUMANE MANE
336. ULE NABIUTCHA
337. UMARU DJAU
338. UMO BALDE
339. VALENTINA MENDES
340. VERISSIMO TAMBÁ
341. VICTOR CASSAMA
342. VICTOR FELIX DIOUF
343. VICTOR NANEIA
344. VICTOR OLIVEIRA MENDES
345. VIRIATO ANTONIO JOSE
346. VLADIMIR DEUNA
347. WASNA PAPAI DANFA
348. WASNA PAPAI DANFÁ
349. WILSON BARBOSA
350. ZEZINHA ARAUJO
351. ZINHA MAIABA SANCA
SUPLENTES:
1. GERALDO JOAQUIM DA SILVA
2. DEMBO DJITE
3. LAMINE DJATA
4. ALADGE SANE
5. AMIDU SILA
6. PAULINO CABRAL
7. ANDRE ANTONIO BIJANQUE
8. BACAI SANHA
9. MALAM LEBAL CASSAMA
10. PIERRE CASSAMA
11. MOHAMED DJICOU
12. JOSE SOARES DA GAMA
13. IBRAHIMA DJASSI
14. HONORIO BUSCARDINE
15. BOBO GOMES CA
16. VICTOR INCANHA
17. HUIDJABA IMUNDE
18. USAI DJALO
19. NENE VICENTE MENDES
20. ISSUF IAFA
21. ANTONIO DJIN-ALE
22. FRANCISCO ANTONIO CHERNO
23. NUMO SAMBU
24. BENJAMIM CORREIA
25. JOSE CARLOS MACEDO MONTEIRO
26. MAMUNA BALDE
27. JULIO DJULA DJALO
28. ADELINO MANO QUETA
29. TOCNA NTCHALA
30. ADJA MINTA BABA
31. MUSSA SAMATI
32. SAFIATU BIAI
33. SULEIMANE DABO
34. FAUSTINO DE PINA ARAUJO
35. BACAR DJASSI
36. ALFA BALDE
37. ADELAIDA MENDES DABO
38. GARCIA MAIABA SANCA
39. BRAIMA BUNCURUM
40. MUSSUBA CONTE
CACHEU, 11 DE FEVEREIRO DE 2014
O CONGRESSO
ELEIÇÕES(?) 2014: Domingos Simões Pereira exclui apoio do PAIGC a Carlos Gomes Jr.
O presidente do PAIGC excluiu hoje o apoio do partido a Carlos Gomes Júnior, ex-líder da força política e primeiro-ministro deposto em 2012, como candidato presidencial nas eleições gerais deste ano na Guiné-Bissau. "Quando falo nos candidatos presidenciais, não estou a incluir Carlos Gomes Júnior", referiu Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), à agência Lusa.
"Eu sei que isso pode suscitar algum mal-entendido, mas é preciso sermos realistas", acrescentou, considerando que o antigo líder só deve regressar à Guiné-Bissau "num quadro de normalidade", com "segurança e tranquilidade de todos os atores políticos". Ao mesmo tempo que era primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior venceu a primeira volta das eleições presidenciais quando se deu um golpe de Estado militar que o depôs em abril de 2012 e o obrigou a viver em Portugal e Cabo Verde.
Já este ano, escreveu uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas em que pediu condições de segurança para voltar ao país, depois de ter anunciado que pretende candidatar-se às próximas eleições presidenciais. A carta surgiu após forças de segurança e militares guineenses terem mandado parar viaturas diplomáticas e terem ameaçado invadir instalações das Nações Unidas com a justificação de que procuravam Carlos Gomes Júnior. "É um caso especial que precisa de ter um tratamento diferente junto de outras instâncias", sublinhou o novo presidente do PAIGC.
O partido define a partir de quinta-feira quem vai apoiar como candidato presidencial nas eleições gerais na Guiné-Bissau: o processo arranca com reuniões "do ‘bureau político' e do comité central em que ficarão estabelecidos os critérios para a seleção do candidato", explicou Domingos Simões Pereira. Haverá depois uma nova reunião daqueles órgãos dirigentes para escolher o nome que deverá ser anunciado "na próxima semana", acrescentou.
"Há várias intenções de candidatura e deverá estar salvaguardada a qualidade necessária", referiu, sem arriscar nomes, sendo certo que será um militante do partido, como definido nos regulamentos internos. Sobre a nova data das eleições (atualmente marcadas para 16 de março), o líder do PAIGC sugeriu na última semana ao Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, o adiamento para 04 de maio de maneira a acautelar alguns prazos legais.
"Quando fomos consultados fizemos sempre referência à lei eleitoral e ao dispositivo constitucional", no entanto, segundo Simões Pereira, Nhamadjo já anunciou ter liberdade de marcação, justificando-a como "uma prorrogativa que o Supremo [Tribunal de Justiça] entende estar à disposição do Presidente" em tempos atípicos.
À atenção da CEDEAO: «Guiné-Bissau é um dos problemas de difícil solução em toda linha. A situação mais séria que a CEDEAO tem que enfrentar é a da Guiné-Bissau. Está fora de controlo. O problema daquele país constitui um entre os vários por resolver, em países como Libéria, Serra Leoa, Mali ou Costa do Marfim. Tarde ou cedo a CEDEAO terá que solucionar o problema da Guiné-Bissau, de uma vez por todas» - palavras de Aboubacar Senghore, ministro dos Negócios Estrangeiros da Gâmbia, de visita a Cabo Verde. AAS
Faleceu hoje, em Lisboa, o Engº Carlos Schwarz (Pepito) Secretário Executivo da ONG Acção para o Desenvolvimento - AD. À família enlutada, o editor do DC envia as mais sentidas condolências nesta hora de infortúnio. Qua a terra lhe seja leve. Guiné-Bissau perdeu um dos seus mais brilhantes quadros. AAS
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