quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
País sem norte
A partir do golpe de 12 de abril de 2012, eu, António Aly Silva, portador do Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional Nr. 34537 da República da Guiné-Bissau, escolhi calmamente o meu caminho: estar - apenas e só - do lado da maioiria do POVO da Guiné-Bissau, que sucessivamente tem sido excluído do processo democrático. Está claro que alguns guineenses apoiam o golpe de Estado - ainda que nem saibam porque o apoiam... Estarão no seu direito, mas não estão a ser justos. Para alguns destes, se não mesmo a esmagadora maioria, é a maneira mais fácil para ganhar dinheiro. Não ter de prestar contas a um Tribunal de Contas posto de cócoras e manietado, é o paraíso para qualquer bandido, convenhamos. Ter a anarquia como valor supremo, é o caminho para o caos e para a desintegração de um Estado.
Mas este golpe de Estado de 12 de abril, na véspera da 2ª volta de uma campanha eleitoral para a escolha do Presidente da República, foi uma sonora bofetada na cara dos guineenses, dos países da sub-região, e da restante comunidade internacional. Reconciliar com tiros é algo que, infelizmente, nos habituaram. Lembram-se da 'concórdia nacional' bastante apregoada? Levou dezenas de vidas, em vão! A partir daí descarrilámos. Bissau tornava-se, mês sim, mês não, ano sim, ano não, num cemitério a céu aberto onde as pessoas choram por dentro, com medo.
Meus amigos: quer queiram, quer não, eu penso que Guiné-Bissau é, hoje, um Estado falido e governado por delinquentes. Ainda hoje, os presidentes de Angola e da África do Sul, foram unânimes nisto: "uma pequena franja" de militares tomaram o gosto de tomar o poder pela força em África. E parece que vão começar a ser combatidos. Oxalá! Os militares não são chamados quando o assunto é política. O militar obedece e ponto final! Para além do mais, está tudo bem peneirado na lei.
Que me lembre, a última (e talvez até a única) vez que houve um julgamento na Guiné-Bissau foi no caso 16 de outubro. É claro que seis pessoas foram executadas, e isso é sempre de lamentar e de condenar. Mas não menos importante é o facto de, à altura dos acontecimentos, o país ser dirigido por um único partido - o PAIGC. Não havia o multipartidarismo. E foi precisamente por passar a haver multipartidarismo que a Guiné-Bissau perdeu o norte. E tão cedo não a encontrará.
Eu, vou continuar serenamente a editar o blog com a responsabilidade e a isenção de sempre. Acusarei - com provas - quem tiver de ser acusado, e, atenção: quando cito uso aspas (se alguém não souber o que é um aspas que vá ao dicionário) e estou-mes nas tintas se alguém percebeu ou não. Não responderei a nada nem a ninguém. É isso que eles querem. Querem acusar-me? Apresentem provas tal como eu faço. A Guiné-Bissau é de todos nós. Você rouba o Estado? Ditadura do Consenso saberá, mais tarde ou mais cedo. Ah, e não, não tenho a culpa de ter tido um Pai com o nome imaculado na Guiné-Bissau. António Aly Silva
EXCLUSIVO: O esquema das vendas de passaportes
- Emissão de vistos de entrada apenas válidos para Macau com os quais os chineses aproveitam para realizarem compras e se divertirem nos jogos de fortuna e azar. Esses vistos só servem para Macau e mais nenhum outro sítio. São emitidos cerca de 300 mil vistos mensalmente por esse consulado com destino exclusivo a Macau. Os preços variam entre 100/200 patacas (10/20 euros) dependendo do período e da procura. Ditadura do Consenso apurou fortes indícios de que o mesmo é feito com a conivência das autoridades chinesas, mas que constitui um tabu visto que esses negócios são geridos pelas tríades (máfia chinesa);
- Autorizações de Residência: quando os chineses pretendem comprar imóveis ou obter contratos de trabalho e outros investimentos, têm de se munir de uma autorização de residência de um país terceiro. Esse consulado - que é honorario e não geral - criou falsas autorizações de residência (que Ditadura do Consenso publica oportunamente) que emite a preços de USD 50.000 dólares;
- O Consulado de Macau, também emite falsas Certidões de Registo Criminal (documentos que só podem ser emitidos exclusivamente pelos serviços de registo criminal de Bissau) aos cidadãos chineses os quais são acompanhadas das autorizações de residência para caucionarem os investimentos ou pedidos de emprego fora do território da China continental;
- O Cônsul honorário da Guiné-Bissau açambarca um lucro mensal de mais de USD 500.000 dólares com essas actividades ilicitas. De um simples homem de negócios, tornou-se num homem rico graças às negociatas criminosas em nome da Guiné-Bissau. Possui um vistoso Bentley;
Costuma "calar" as nossas autoridades com prendas carissimas e envelopes chorudos. Os principais beneficiários são normalmente a Presidência da República e o Ministro dos Negócios Estrangeiros. Um alto funcionário da Presidência é a porta de entrada e intermediario de John Lo (que se encontra estes dias em Bissau);
- O consulado emprega uma cidadã guineense filha de um funcionário do MNE e sobrinha de um ex-ministro do PRS. Ela é que se ocupa dos assuntos consulares. Igualmente empregava um cidadão moçambicano de origem paquistanesa que se apresentava como "attaché Commercial" com o qual se incompatibilizou por razões financeiras e por causa de transferências fraudulentas. Este detém muitos segredos do John Lo mas, apurou o Ditadura do Consenso, receia pela vida pelo que não se atreve a falar com quem quer que seja. António Aly Silva
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
No papo: O Juiz Conselheiro Rui Nené foi eleito hoje, vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A votação ocorreu normalmente e a escolha foi feita pelos Juízes Conselheiros e Desembargadores. Interesses políticos, sobretudo do actual poder de transição, estiveram na origem da sua renúncia. Rui Nené faz parte de uma nova direcção do STJ, liderada por Paulo Sanha. AAS
Não ser entendido é uma merda
De uma vez por todas: O Aly NÃO disse nada - apenas transcreveu aquilo que o pasmalu escreveu. Para a próxima, tentem perceber o que leram no meu blog. Não me levam para a lama, que eu não vou. Subam até onde eu estou. Não desço... AAS
O país da repressão
A Guiné-Bissau encontra-se entre os países que piorou em termos de liberdade, no ano passado. De parcialmente livre a não livre, foi um passo, segundo o relatório hoje divulgado pela organização Freedom House. Um declínio no índice de liberdade – analisado anualmente pela organização independente com sede nos Estados Unidos – verificou-se em 27 outros países, enumera o relatório “Liberdade no mundo em 2013″, apresentado hoje em Washington. A Guiné-Bissau, sob o governo de transição desde o golpe de estado de abril de 2012, não aparece entre os “piores dos piores”, mas partilha com outros 46 países o estatuto de não livre.
Espancamentos, Desvios e Construções, S.A.
Sobre o espancamento de que foi vítima o Presidente do Conselho de Administração dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias, consta que ele usava o nome do CEMGFA António Indjai nas falcatruas feitas na APGB (dava isenções e ia buscar o dinheiro por fora com o argumento de que era para o general e CEMGFA). Descoberto o esquema, António Indjai mandou reter uma viatura "isentada" e o ACD chamado à razão... veio a reclamação do "isentado" junto do "isentor ACD". Também o ACD é acusado de ter comprado uma carrinha Ford cor de vinho, nova em folha, desconhecendo-se no entanto onde a terá escondido...
Voltando ao espancamento. Discussão puxa discussão, Armando Correia Dias ter-se-á exaltado e dito "n'sta ja fartu di bôs, balantas" (já estou farto de vocês, os balantas), e o resto é o que japá se conhece. O PCA, disse uma fonte ao ditadura do consenso, tinha cometido esse sacrilégio antes. Resultado: teve que se prostar diante do António Indjai, a chorar, desmentindo tudo e pedido desculpas. Contudo, desta desta vez levou pela medida grande. Ditadura do Consenso apurou ainda que os desvios feitos na APGB, muitos deles 'por conta' de António Indjai, ascendem a mais de 600 milhões de Fcfa (perto de um milhão de euros).
Finalmente, e para repôr a verdade, o que se diz das construções do António Indjai em Djugudul não correspondem à verdade. O CEMGFA António Indjai está, isso sim, a construir, em pleno centro de Mansoa um hotel de 3 andares, que fica mesmo junto ao Hospital dessa vila e cujo panorama se vê muito bem a partir da Escola Central de Mansoa. AAS
Roberto Cacheu: Eu quero saber a verdade
Numa conversa com um polícia de trânsito, um assunto deixou-me atónito. Como se fosse um enorme murro no estômago! "O Sr. Roberto Cacheu está de vida!". Esta mesma versão foi confirmada por um seu colega, que acrescentou de que ele se encontra "numa embaixada (nao identificou qual)" e que o mesmo "foi visto nas ruas de Bissau". Será isso verdade???
Não sei. O certo é que, num artigo aqui no Ditadura do Consenso, 'alguém' fazia menção de ter visto o Roberto Cacheu no aeroporto numa data posterior ao indicado pelo 'ministro da presidência e porta-voz do governo de transição', Fernando Vaz, nos tempos em que falava sobre o seu "assassinato", prometendo escavações. Convocou uma certa comunidade internacional alinhada, que depois deixou estupefacta e envergonhada.
Eu soube, atravês de um sobrinho do próprio Roberto Cacheu, que ele esteve um tempo com os padres e que um dia apareceu um grupo de militares que costumavam ter-lhe acesso. Um dia, embarcaram o Roberto Cacheu numa dupla-cabine e zarparam para parte incerta. E que o Roberto Cacheu, ao embarcar na carrinha tinha um ar apavorado... e olhava para ele como a querer dizer-lhe algo. "Também falou-me que recebia ameaças e depois pediu-me ajuda para ir para Ziguinchor. Depois disso, perdi-lhe o rasto" - contou o sobrinho.
Se porventura o Roberto Cacheu estiver vivo - e eu espero que esteja vivo! - seria bom por, várias razões e caso queira colaborar com a justiça, que apareça. Talvez, assim, muita coisa se possa esclarecer. Ao Procurador-Geral Abdú Mané, que chame o Fernando Vaz e o 'governo de transição' para fazer luz sobre este caso o mais rápido possível, com vista a descansar os corações da sua família e dos seus amigos. Que Fernando Vaz diga onde é que está, afinal, a 'testemunha' que disse "ter recusado identificar o local onde Roberto foi enterrado'. Basta de mentiras! Roberto Cacheu merece mais dignidade! AAS
Guiné-Conacry desmarca-se da CEDEAO
"Não estamos de acordo com a solução tomada pela CEDEAO"
Na altura da investidura do presidente Macky Sall no mês de maio 2012 em Dakar, o presidente Alpha Condé foi designado pelos seus pares como o mediador da crise politico-militar que sacudia a Guiné Bissau. Uma mediação que, relembre-se, suscitou vivas contestações da parte de certos protagonistas desta crise, nomeadamente o antigo presidente Koumba Yala. Este politico acusa o mediador encarregue dessa crise, de proximidade com os seus adversarios politicos do PAIGC, partido cujo candidato se destacou largamente à frente no rescaldo da primeira volta das eleições presidenciais.
Tendo-se campado numa dupla recusa sistematica e intransigente, sobre a pessoa do mediador e sobre os resultados saido das urnas, Koumba Yala incitaria de seguida, os militares à confiscarem a ordem constitucional. Desde essa altura, Conakry, que desejaria ver rapidamente realizado a segunda volta das presidenciais, marcou passo, senão auto-suspendou-se do dossier em sinal de desacordo com as posições da CEDEAO a qual, esse pais julga condescente face a junta militar que tomou conta do poder através de um golpe de estado.
Eis o que, o Ministro Fall explicou à imprensa para justificar a posição da Guiné-Conakry sobre este dossier da Guiné-Bissau:
«No que concerne a Guiné-Bissau, voçês dão-me ocasião de falar claramente da posição do nosso pais. E evidente que nos previmos e sentimos a crise em Bissau e não foi minimamente uma surpresa para nôs. A Guiné-Bissau estava em pleno processo eleitoral. A primeira volta das eleições decorreu da melhor forma, a comunidade internacional caucionou os resultados dessa primeira volta das eleições presidenciais. Porém, os derrotados nessa primeira volta, não aceitaram a vitoria do outro campo e começamos a comprender que em Bissau, os homens politicos estavam em vias de instigar os militares a tomarem o poder. Como havia um acordo entre o governo da Guiné-Bissau e Angola para a instalação de uma presença militar, eles começaram a solicitar a saida das forças militares angolanas do pais.
O presidente da Republica, Alpha Condé, apos ter contactado com o Representante Especial das Nações Unidas em Bissau, enviou-me junto ao presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara que é o presidente em exercicio da CEDEAO para que uma posição seja tomada rapidamente a fim de proteger o processo eleitoral, manter a ordem constitucional e organizar a segunda volta das eleições. Este cenario deveria passar pela manutenção nesse pais das forças militares angolanas até que, a CEDEAO enviasse tropas para securizar o processo eleitoral e as instituições da transição. Foi apos essa missão de Abidjan que as coisas se precipitaram em Bissau. O que tinhamos previsto acabou por acontecer, pois houve um golpe de estado.
Porém, a posição da Guiné-Conakry sobre a Guiné-Bissau, é diferente do tratamento que lhe foi dado. Nos não estamos minimamente de acordo com a solução encontrada e imposta pela CEDEAO à crise guineense. Nos pertencemos à CEDEAO, nos somos um membro activo mas, a CEDEAO no que concerne à governação politica, ha regras bem estabelecidas e ela possui uma longa e rica experiência no que toca a gestão de crises. Ela ja resolveu problemas na Costa do Marfim, no Niger, na Guiné-Conakry, na Libéria, na Serra Leoa e em muitos outros paises. Contudo para o caso da Guiné-Bissau, a solução que foi determinada não responde aos critérios que nos aceitamos e subscrevemos conjuntamente.
Nós não podemos aceitar que na opinião internacional haja a impressão hoje de que nôs avalizamos um golpe de estado em Bissau, actos que sempre condenamos. E claro que são os derrotados nas eleições presidenciais, os que iniciaram e incitaram o golpe de estado que foram postos no poder hoje em Bissau e são eles que estão la postos para asseguar uma nova transição. Porém, não se deve proceder dessa maneira errada. E essa a razão pela qual, nos não partilhamos o ponto de vista do que passou em Bissau. Ao nivel da União Africana (UA), das Nações Unidas (NU), o governo actual não é reconhecido, é o antigo governo de transição que é reconhecido. A CEDEAO não pode assim se posicionar à margem da situação internacional, tomar uma posição que necessita de ser corrigida.
É essa a razão pela qual, a comunidade internacional solicitou uma reunião urgente entre a CEDEAO, a UA, a CPLP, a UE e as NU para, que uma solução normal seja encontrada. E esta a posição que a Guiné-Conakry defende na crise de Bissau. Nós estimamos que é essa, a solução da razão, da justiça, do direito e também dos principios que regulam a tomada de poder pelos metodos constitucionais. E por isso, que a nossa mediação em Bissau não foi activa, apesar do presidente Condé continuar a ser o mediador dessa crise. Contudo a mediação que o presidente Alpha Condé faz e continuara a fazer, é de que se revenha aos valores que sempre guiaram a nossa organização sub-regional em matéria de crises ocorridos nos paises membros. Eu estou certo de que essa situação sera corrigida em Bissau de um momento à outro.»
Amara Moro Camara
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013
PCA dos Portos espancado por militares
O pasmalu diz que o PCA dos Portos, Armando Correia Dias, levou uma sova medonha dos militares, que se gabam dizendo que ACD “fika ku rostu suma mutur di gil…“. Foi esta personagem que enviou uma pessoa a casa do Cadogo, com uma catana, para o matar, tendo ele escapado por milimetros. Foi ele quem organizou espancamentos selvagens de pessoas da oposição ou simples cidadãos com quem ele tinha contas a ajustar. Hoje, sabe como outros virão a saber, que quem com ferro mata com ferro morre. Teve a infeliz ideia de dizer: “estou farto dos balantas”… PASMALU
Narcotráfico pode vir a estar ameaçado na Guiné-Bissau
Com a intervenção da França no Mali, afigura-se como possivel que seja cortada uma das vias de maior trafego de droga que começa no nosso país e acaba na europa. Colocando esta hipótese, os chefes militares começam temer pelo seu futuro e a desenhar um novo cenário de “adaptação” à democracia, pois deixarão de ter acesso ao dinheiro fácil da droga. Ultimamente baixaram o tom da linguagem violenta, e a procura de um plano que não os encurrale contra as cordas, faz com que os militares estejam a promover um novo governo que não ponha em causa os seus postos e as suas mordomias. Isto é, que eles o controlem com corda curta. Pasmalu
Brasil destaca situação na Guiné Bissau durante cimeira do Atlântico Sul
Em discurso pronunciado na cimeira ministerial da Zopacas, cuja presidência pass de Angola para o Uruguai, o ministro das Relações Exteriores do Brasil dedicou especial atenção à situação na Guiné Bissau, estado membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, defendeu, terça-feira (15), em Montevidéu, que os 23 países, latino-americanos e africanos, que integram a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas) busquem o fortalecimento interno na tentativa de dirimir conflitos.
Em discurso pronunciado na cimeira ministerial da Zopacas, cuja presidência passa de Angola para o Uruguai, o ministro brasileiro dedicou especial atenção à situação na Guiné Bissau, estado membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O país oeste-africano vive profunda crise política e econômica agravada pela interrupção do processo eleitoral constitucional, na sequência do golpe militar de 12 de abril do ano passado, que conduziu à instalação de um governo de transição, não reconhecido até ao momento pela ONU e pela União Africana. "A crise vivida hoje por esse país sul-atlântico [Guiné Bissau], e ademais muito próximo do Brasil, pelos laços da história e da cultura, é exemplo de uma situação com implicações sérias sobre o espaço do Atlântico Sul e à qual não podemos ficar indiferentes", disse Patriota.
O tema vem sendo tratado pelo Conselho de Segurança da ONU e, na África Ocidental, a CEDEAO desempenha o papel de liderança que lhe é natural, em coordenação com a União Africana. "Como membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e Presidente da Configuração para a Guiné-Bissau do Conselho de Construção da Paz da ONU, o Brasil tem procurado trabalhar para a superação da crise", disse o ministro brasileiro. "Temos que reconhecer que, até o momento, a coordenação entre os atores internacionais não tem conseguido construir caminho satisfatório e consensual para o encaminhamento da questão, e que isso prejudica a própria Guiné-Bissau", afirmou o responsável pela diplomacia brasileira.
De acordo com Antonio Patriota, "é essencial que, nesse esforço de coordenação, todos os atores internacionais tomem por parâmetro as decisões do Conselho de Segurança". "No âmbito da CPLP, em especial, acreditamos que os países africanos de língua portuguesa podem dar contribuição à busca de uma convergência sobre como chegar ao objetivo que, afinal de contas, todos defendem: o de que a Guiné-Bissau reencontre sua trajetória de paz, democracia e estabilidade. Espero que, num futuro não tão distante, a Guiné-Bissau possa somar-se aos trabalhos de nossa Zona de Paz e Cooperação", afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil. Na sua intervenção, Patriota enfatizou ainda as possibilidades de reforçar a cooperação econômica e comercial na região do Atlântico Sul.
Novo ‘Afeganistão’ no Norte de África
Começou a grossa bernarda: todo o “corredor” do Sahel vai inflamar-se, desde a Guiné-Bissau até à Somália… Bem como o Sahará. Tudo aqui à porta de casa, ou melhor, dois andares abaixo. Pelo meio, fica Marrocos, onde os EUA já têm no terreno algumas “instalações” de contra-terrorismo. No meio de tudo isto, Portugal está ‘a leste’, encontra-se exposto e sem qualquer tipo de meios para fazer valer posições ou interesses…
Notícias do início do novo ‘Afeganistão’ no norte de África, com a operação francesa ‘Serval’, iniciada este fim de semana, para “conter a ameaça terrorista”. O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, explica ser “a resposta da França a um pedido urgente do Mali, apoiado pelos chefes de Estado dos países vizinhos”. O ministro francês garantiu ainda ter recebido o “apoio total” do seu homólogo americano, Leon Panetta.
É já amanhã
A 1ª conferência intitulada Guiné-Bissau: a vigente ordenação política: entre o desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais, terá lugar amanhã, 16 de Janeiro, pelas 18h00, no Auditório do CIUL, Picoas Plaza.
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