terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau intitulado “Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”
Nota à imprensa
Ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau
Auditório CIUL, Picoas Plaza, em Lisboa, 16, 23 e 30 de Janeiro de 2013
“Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”
Face às recorrentes crises multidimensionais que assolam periodicamente a Guiné-Bissau, um grupo de guineenses na diáspora uniu esforços e empenharam-se na organização de um Ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau intitulado “Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”. Este primeiro ciclo de conferências terá lugar no Auditório CIUL, Picoas Plaza, em Lisboa, nos dias 16, 23 e 30 de Janeiro de 2013 e será repartido nos seguintes painéis:
- Guiné-Bissau: a vigente ordenação política: entre o desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais.
- A Guiné-Bissau: antes, durante e depois
Reflexões sobre o devir guineense.
Pretende-se antes de mais abordar-se assuntos relacionados com as recorrentes crises multidimensionais; a questão da legitimidade da “solução” proposta pela CEDEAO à luz da constituição guineense; a questão do desafio da construção do estado de direito e as recorrentes rupturas constitucionais; a questão das múltiplas pertenças identitárias, formação do estado e da "nação"; o papel da CEDEAO, CPLP, UA, UE, ONU; a exploração dos recursos naturais: petróleo, bauxite e fosfato; os grandes planos de investimento e as suas repercussões económicas, sociais e financeiras na sub-região; a Guiné-Bissau sacrificada num conflito entre "potências regionais"; as consequências do analfabetismo, iliteracia e falta de cultura política e educação cívica; a questão do narcotráfico; o papel da comunidade internacional: gestão de agendas/visibilidade versus eficácia/eficiência e, por fim, entre outros, o papel dos quadros nacionais e da diáspora na busca de consensos para o devir guineense, cuja súmula será publicada em livro.
Porquanto a Guiné-Bissau tem sido, desde a declaração da independência, palco de crises multidimensionais, colocando em causa a paz, a estabilidade, o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, a existência da Guiné-Bissau como um Estado soberano.
Considerando o devir guineense, cujo progresso tem sido frequentemente impedido e adiado por interesses geoestratégicos e pela encruzilhada de interesses particulares e regionais que o permeiam e o rodeiam tornando persistente as múltiplas crises multidimensionais.
Por tudo isto, eis o nosso apelo à mudança de paradigma! E que futuro queremos? Pretendemos um estado moderno alicerçado no progresso económico e social, respeito pelos valores da democracia, direitos humanos e pela ordem co nstitucional.
Por fim, sublinhamos: os povos são a fonte da autoridade – devem ser respeitados!
Este evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, Centro de Informação Urbana de Lisboa e a ONG CIDUCA.
Contactos:
Luís Vicente Barbosa: 968 469 223 / Eduardo Jaló: 965 744 737
Ciclo de conferências sobre a Guiné-Bissau
“Guiné-Bissau: da multidimensional encruzilhada ao bem comum guineense”
Um Nobel da Paz não merece o purgatório
Anda tudo num beija-mão, em Bissau, com a nomeação do timorense José Ramos-Horta para o cargo de representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, em substituição do ruandês Joseph Mutaboba. Todos saúdam a escolha do Nobel da Paz, mas todos eles sabem que não há uma ponta de seriedade naquilo que pregam. Eu, e para não variar, é isto que penso:
Penso que não vão deixar o José Ramos-Horta fazer nada. Para começar, já lhe tiraram as medidas. Depois, vão tentar desgastá-lo, vão levá-lo naquele eterno jogo de intrigas que se espalhou como um cancro na vida política e social bissau-guineense. Vai ser um diz que diz, portanto. E, sobretudo, vão enganá-lo. O Ramos-Horta que não se deixe impressionar com o que ouve da parte dos políticos matreiros.
Em suma, vão fazer com o Ramos-Horta aquilo que fizeram com todos os anteriores representantes. Com o David Stephen ("Koumba Yalá não dá ouvidos à comunidade internacional. Diz uma coisa e faz outra"), disse, em entrevista ao jornal Lusófono; o Nana Sinkan (que se meteu em embrulhadas, cada uma mais caricata do que a outra); com o Bernardo Honwana ("os modelos adoptados pela comunidade internacional não são efectivamente aplicáveis e funcionais na Guiné-Bissau"); com o Joseph Mutaboba...enfim.
Não digo isto a rir. Digo-o com enormes doses de desânimo e de tristeza e, um dia, dar-me-ão razão. Em termos pessoais, nada a apontar ao político timorense. E, para facilitar as coisas, Ramos-Horta fala a mesma língua. Mas vai ser triste, muito triste mesmo, ver um prémio Nobel da Paz a entrar no purgatório. AAS
Ramos-Horta diz que Guiné-Bissau “não é uma missão impossível”
Ramos-Horta considera que as relações históricas entre Portugal e Bissau são muito importantes e mostra-se confiante na retoma do diálogo bilateral. O novo enviado especial da ONU à Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, reconhece a “complexidade da situação” no país, mas diz que “não é uma missão impossível. Em entrevista à Renascença, o antigo presidente de Timor-Leste mostra-se relativamente optimista numa solução para o conflito e garante que vai ouvir todas as partes interessadas.
“Tenho consciência da complexidade da situação, mas não é uma missão impossível. Pelo que disse o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição na Guiné-Bissau, parece haver boa vontade em relação à minha pessoa, ao papel da ONU, e farei todo o possível para ganhar a confiança de todos”, afirma o prémio Nobel da Paz. Sobre as divergências entre a Guiné-Bissau e Portugal, que não reconhece o governo de transição guineense, José Ramos-Horta considera que as relações históricas entre os dois países são muito importantes e mostra-se confiante na retoma do diálogo bilateral.
Outra das preocupações é o tráfico de droga na Guiné-Bissau. Para o prémio Nobel da Paz, o país e o seu povo não são mais do que vítimas num negócio que começa com a produção na América Latina e o consumo da Europa. Por isso, José Ramos Horta defende uma maior intervenção das autoridades nos dois continentes. Nesta entrevista à Renascença o antigo presidente de Timor garante também que esta missão na Guiné-Bissau nada tem a ver com uma eventual candidatura a secretário-geral da ONU. SAPO e Rádio Renascença
EXCLUSIVO DC - Pansau Intchama teve cobertura do CEMGFA António Indjai para regressar a Bissau
Pansau Intchama saiu de Banjul por terra e passou legalmente nas fronteiras do Senegal antes de chegar à Guiné-Bissau. Já em território guineense, foi levado ao encontro do CEMGFA António Indjai, que o despachou para Bolama para aguardar o evoluir dos acontecimentos. Num comunicado antes da noite de 21 de outubro, o governo, através do seu porta-voz Fernando Vaz, denunciara uma hipotética instabilidade no país... promovida do exterior. Dizia ainda o comunicado estarem as forças em estado de alerta, apelando à calma da população... Na madrugada desse fatídico dia, enquanto se carregavam as espingardas para o massacre, Fernando Vaz bebia um copo na companhia da namorada e de um amigo, numa discoteca de Bissau. O esquema estava montado, e o famoso assalto ao quartel dos para-comandos não passou de um mau argumento que custou a vida a mais de uma dezena de cidadãos guineenses.
O passaporte guineense de Pansau Intchama, soube o ditadura do consenso, foi emitido, a pedido deste, na embaixada da Guiné-Bissau em Banjul, na Gâmbia, em Agosto de 2012. Ele mesmo entregou aos serviços consulares todos os documentos necessários - incluindo o bilhete de identidade com a profissão de electricista - e estes fizeram então o passaporte biométrico. Segundo contou ao DC uma fonte junto da representação diplomática guineense em Banjul, que pediu anonimato, Pansau saiu de Lisboa para França. Entretanto e por um tempo, as autoridades portuguesas perderam-lhe o rasto em Lisboa. Contudo, após o golpe de Estado de 12 de Abril, mais precisamente em Maio, o general Antonio Indjai envia dinheiro a um tal de Diane, que faz Pansau vir para a Gâmbia.
E é em Banjul, de forma clandestina, que o Diane tem acesso à Embaixada, levando o Pansau ao encontro do Encarregado dos Assuntos consulares, e é este que faz o seu Passaporte. Quando o assunto se começa a falar amiúde na embaixada, este afirmou que não sabia de quem se tratava e como o mesmo apresentou todos os documentos, a pedido do seu superior hierárquico emitiu-lhe o passaporte sem sequer lhe passar pela cabeça que se tratava de Pansau Intchama, a testemunha maior indiciada nos casos de assassínios de 2009. Por outro lado, alegou o encarregado consular em sua defesa, não existia nenhuma nota do Ministério dos Négócios Estrangeiros, em Bissau, ou mesmo uma lista de pessoas a quem não se deviam passar passaportes.
O passaporte com que Pansau se apresentou, fora prorrogado enquanto estava ainda em Lisboa, e como não era digital, solicitou um biométrico. Contudo, hoje, a nossa fonte duvida das palavras do Encarregado de Negócios. No que diz respeito à emissão de um novo passaporte, diz, "nenhum problema se punha. Era um cidadão como outro qualquer para o sr cônsul, o que hoje duvido"... Porém, em Novembro e com o "assalto" ao quartel dos para-comandos no dia 21 de Outubro, a embaixadora Zinha Vaz regressa de férias, e foi-lhe informada que o Pansau Intchama havia entrado na Guiné-Bissau com um passaporte emitido pela embaixada da Guiné-Bissau na Gâmbia. Mais, o passaporte tinha sido assinada pela própria embaixadora... ainda que ausente de Banjul. Contactado pelo DC a embaixadora Zinha Vaz recusou-se a comentar este e qualquer outro assunto que tivesse que ver com a representação diplomática. Para já, aguarda apenas que lhe sejam criadas as condições para o seu regresso a casa. Ainda assim, as autoridades acusaram a embaixadora Zinha Vaz, que é irmã do ministro da Presidência, Fernando Vaz, de estar a par do contra-golpe tendo dado por fim a sua comissão na Gâmbia.
As autoridades gambianas, entretanto, já responderam positivamente sobre as credenciais do novo Embaixador. Trata-se de Idrissa Djalo, que até depois do golpe de 12 de abril era protocolo do EMGFA, e que casou esta semana com uma Irmã do general Antonio Indjai. O general tem oito filhos menores e duas irmãs a viverem em Banjul, com carros levados pelo próprio Idrissa no passado mês de outubro só para levar os seus filhos à escola - moram todos perto da casa do Daiana, na zona de Koutu. A vivenda é alugada e os guardas da residência são todos militares guineenses - depois do golpe de 12 de Abril, muitos deles regressaram para Bissau.
Uma investigação do ditadura do consenso conseguiu chegar mais além... Afinal, quem deu cobertura total a Pansau Intchama na Gâmbia foi Daina-Bam-Na porque era o único que conhecia o capitão. Mas há mais, por exemplo, há dois indivíduos que participaram nos assaltos e nos assassinatos de felupes a 21 de outubro...e estão agora na Gâmbia fazendo guarda em casa dos oito filhos do António Indjai, em Banjul. Foram, por assim dizer, salvaguardados pelo poder militar de Bissau. A nossa fonte confirma e adianta que, por não existir um acordo de extradição entre os dois países, Banjul tornou-se no refúgio dos criminosos que fogem da Guiné-Bissau.
O Daiana Bam-Na, é um cidadão guineense que nasceu em Bidas, sector de Bula, Região de Cacheu. Gaba-se de ter ingressado na luta armada e que frequentou vários internatos das Zonas Libertadas desde 1972. Transferido para o Consulado da Guiné-Bissau na Gâmbia em 1982, para exercer as funçoes de Rádio Telegrafista e Técnico Criptográfico, por lá foi ficando. Está lá há 31 anos... Após a guerra civil de 7 de Junho, assume, sem nomeação alguma, o lugar de Encarregado dos Assuntos Consulares. Pelos "serviços prestados" e por ser militante do PRS, com a vitória desta formação política em 2000, é nomeado 3º secretário e logo em 2001 passa a 1º Secretário sem nunca ter sido 2º secretário - na carreira diplomática exige-se pelo menos quatro anos em cada categoria.
Durante anos, depois da promoção do Consulado para Embaixada, em 2000, a sua vida foi a venda de passaportes a cidadãos libaneses, chineses entre outros. Tinha grandes ligações com as forças armadas e a segurança nacional. Contudo, apurou o DC, já no tempo da embaixadora Munira Jauad, várias ordes de serviço indicavam para o regresso de Daiana a Bissau. Mas, claro, houve sempre a resistência do Estado-Maior General das Forças Armadas. Até que, com a chegada da embaixadora Zinha Vaz, esta consegue fazer entrar três novos funcionários. Então, o próprio Estado Maior volta a fazer finca pé para que Daiana não saísse da Gâmbia, fazendo de seguida uma proposta para a nomeação deste para o cargo de Adido de Defesa.
No inicio das funções da embaixadora Zinha Vaz, foi elaborado um termo de referência para a função de cada funcionário, tendo automaticamente excluido Daiana da confecção de passaportes. Foi nomeado um novo Encarregado de Assuntos consulares, enviado pelo ministério guineense dos Negócios Estrangeiros. Mesmo assim, e até hoje, Daiana acumula as duas funçoes, a de 1º Secretário e de Adido de Defesa e por ser pessoa de confiança de António Indjai e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Imbali, de algum tempo a esta parte é ele o único interlocutor com os golpistas de Bissau.
Há vários exemplos - o caso do Bubo Na Tchuto e de todos os militares que fugiram com ele para Banjul, continuam, na sua maioria a residir em Gâmbia, meticulosamente organizados pelo Daiana. Nos casos do Zamora Induta e do Fernando Gomes, que saíram de Bissau para Banjul sob escolta da União Europeia, Daiana enviou como sempre informações distorcidas e contraditórias ao general Indjai. No caso do Pansau Intchama, Daiana chegou mesmo a dizer que este tinha de regressar a Bissau, por ser "pessoa de confiança do General e uma peça fundamental nos processos crimes contra os malogrados Nino Vieira, Baciro Dabó e Helder Proença".
Daiana tem garantido a várias pessoas que Isabel Romano Vieira, viuva de Nino Vieira, vai regressar a Bissau para uma missa pela alma do Nino, e que o general até já a contactou, a pedido do sobrinho desta, Helder Romano, que é director-geral de Viação. Já no caso do Antero João Correia, que conseguiu chegar a Banjul em Outubro de 2012 e depois seguiu para Lisboa, por ser seu amigo pessoal, o general Indjai foi aos arames quando soube. Chegou a ligar ao Daiana, insultando-o, dizendo que ele é que deveria ser promovido a Embaixador com a saida da Zinha Vaz, mas que uma vez que apoiou a fuga do Antero seria punido... Tudo show-off, como se pode ver. António Aly Silva
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Ramos-Horta: Brasil tem papel fundamental
"A África pode contar com o Brasil". A afirmação foi feita pelo novo representante especial do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, que deve assumir o posto no fim deste mês. Em entrevista à Rádio ONU, ao ser perguntado pela contribuição brasileira ao processo de consolidação da paz para a Guiné-Bissau, Ramos Horta disse que o Brasil tem um papel importante no país africano.
"O Brasil tem enorme credibilidade. Além disso, tem hoje poderio econômico. Há muita sensibilidade no Brasil para cooperação com África. Por um lado, dada a proximidade do Brasil com África, dada à história da escravatura. Esta história, esta consanguinidade aproximam muito o Brasil da África. E a África sabe que pode sempre contar com o Brasil e dada, portanto, toda esta complexidade, riqueza de relação África-Brasil, Brasil-África, o papel do Brasil é incontornável. É extremamente importante."
José Ramos Horta, ex-presidente do Timor-Leste, deve chegar a Bissau no início de fevereiro. Ele irá chefiar o Escritório Integrado para Consolidação da Paz no país africano, que vive um regime de governo de transição desde o golpe militar de 12 de abril. Ramos Horta que é ganhador do Prêmio Nobel da Paz leva à Guiné-Bissau mais de 30 anos de experiência política incluindo negociação de conflitos.
Escândalo: chineses estão a arrasar florestas na Guiné-Bissau
Absolutamente escandaloso o abate de árvores na região de Tombali. Com total impunidade uma empresa (?) chinesa percorre sistematicamente as Matas na periferia e no Parque Nacional de Cantanhez, abatendo indiscriminadamente espécies florestais, algumas delas raras, para as exportar sob a forma de toros, o que também é ilegal. A população de Colbuiá, no setor de Quebo, perante a indiferença e desinteresse dos serviços florestais, levantou-se em pé de guerra contra este atentado e roubo dos seus recursos ambientais. AD
Rádio Mavegro - Comunicado
Bissau, 08 de Dezembro de 2013
O Colectivo de Funcionários da Rádio Mavegro, vem por este meio, tornar público os reais motivos do fecho da estação e aproveitar a ocasião para manifestar a sua indignação e perplexidade em relação as falsidades enunciadas no comunicado do fecho da Rádio Mavegro, escrito e assinado pelo proprietário da Rádio Mavegro e não pelo Director desta, como consta em alguns blogues.
Todos nos fomos surpreendidos com a decisão repentina do fecho da estação pelo dono Sr. Jan Van Mannen no dia 2 de Janeiro, quando o nosso actual responsável Mamadu Cissé, foi chamado pelo telefone no mesmo dia para uma reunião, na qual deram-lhe uma carta para assinar, tendo ele recusado, alegando desconhecer dos motivos evocados na referida carta; de imediato foi-lhe retirada a chave da estação e obrigado a desligar as emissões da Rádio.
Todos esses factos, foram antecedidas de uma troca de cartas entre o colectivo de funcionários e a administração da empresa Mavegro.
No que concerne aos ́ ́ voluntários ``, informamos que a Rádio Mavegro não funciona com voluntários, mas sim com funcionários que tem direitos e obrigações legais, tendo também estagiários como qualquer outra estação. Ainda informamos que até hoje não recebemos salário do mês de Dezembro, quanto mais as nossas devidas indemnizações legais.
Sendo assim e obrigados ao desemprego sem aviso prévio e sem justa causa, o Colectivo decide levar a sua luta pela via legal, deixando agora tudo na mão de Inspecção-Geral de Trabalho.
Obs.: aguardamos a orientação do advogado para liberar à imprensa todas as cartas
envolvidas nesta polémica.
Assinado pelo responsável do Colectivo
Casimiro Malú
Negócios obscuros, ou vícios de novo rico
De entre a polêmica entre a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e o porta-disparates do regime de Bissau sobre o abuso de direito de um em mandar prender um cidadão sem culpa formada e o direito de o outro querer recuperar o seu «taco» perde-se, sem se dar conta um elemento muito importante, o montante em si, que o governante detinha em espécie num cofre na sua residência : quarenta e três mil (43.000) Euros, isto é, vinte e oito milhões duzentos e seis mil cento e cinquenta e um (28.206.151) Francos Cfa's !!!
E muito dinheiro, melhor muita liquidez, para se guardar em casa, embora numa casa, ao que sabe bem guardada de passagem.
Nada seria estranho se esses milhões estivem nas mãos de um abastado empresario ou homem de negocios de quem se conheça prosperidade. Porém, sendo em casa de um ex-unha de fome, falido e caloteiro sem igual, esse montante tras obrigatoriamente à colação dos factos a eventualidade da sua proveniência.
Nando Vaz, até a altura do golpe estava falido que nem um rato de igreja e tinha calotes por tudo o que é sitio e pais. Alias, a sua ultima actividade que se conhecia à altura dos factidicos acontecimentos, era vender vinho na sua propria residência (por sinal um razoavel néctar alentejano, a «Ciranda») e, também vender os espolios de um projectado negocios de pescas, em que deu banhada a um grupo de empresarios espanhois e italianos. Portanto, possuir essa «fortuna» em espécie, apenas seis meses e meio apos se afilhiar no processo golpista da que pensar,... mesmo muito que pensar.
Porém, como na Guiné-Bissau, devido aos golpes, dorme-se pobre e acorda-se rico, dorme-se indegente e acorda-se dirigente, quiça esses gordos e suspeitos rendimentos provenham dos seus nebulosos negocios com os seus amigos colombianos, que paradoxalmente, são seus inquilinos... numa vivenda da sua familia nas zonas de Guimetal, estranhamente deserta e muda durante a luz do dia, alias de fora so se vê a ponta da cobertura, porque esta completamente vedada com «kirintins até ao alto»... contudo, extremamente concorrida nu autentico corropio de vais-e-vens de colombianos e altos graduados militares e, também o proprio ministro,... sempre em carros sem matricula, de vidros excessivamente esfumados.
Virgolino Mendes
domingo, 6 de janeiro de 2013
Caso Fernando Vaz: LGDH explica-se
Informaҫoes sobre o conteudo da conferencia de imprensa
1- Sumário
Em virtude de um caso de manifesto abuso de autoridade por parte do actual Ministro da Presidencia do Conselho de Ministro, Sr. Fernando Vaz, os familiares da vitima assistidos pela Liga Guineense dos Direitos Humanos, realizaram uma Conferencia de imprensa para informar a opinião pública nacional e internacional sobre o assunto. Trata-se da detenção ilegal de um menor de 17 anos, Evilson Armando Gomes Cά, desde o dia 28 de Dezembro de 2012, acusado de ter sido responsavel pelo roubo de 20 milhões de FCFA que terá ocorrido nesse mesmo dia na residencia do referido Ministro.
A conferencia de imprensa que teve lugar na sede da Liga Guineense dos Direitos Humanos, no dia 5 de Janeiro de 2013 pelas 14 horas, serviu como um dos ultimos recursos ao alcance dos familiares após inumeras tentativas junto das autoridades competentes para obter a libertação da vitima, durante a qual, fizeram uso da palavra dois membros da Familia da vitima e o Presidente da Direcção Regional da LGDH do Sector Autonomo de Bissau.
2- Conteúdo da conferencia
Segundo os familiares, a criança começou a viver com o Sr Fernando Vaz quando este pediu ao tio que queria uma pessoa para cuidar da sua casa. Os familiares pela natureza responsavel e idonea do menor, o tio decidiu apontar este como a pessoa indicada para o efeito.
Entretanto, a relacção foi-se deteriorando devido ao pessimo comportamento do referido Ministro, ao ponto de se incompatibilizar com a criança e expulsou-o da sua casa sem minima satisfação a familia, tal como teria espulsado outro menor que com ele vivia. Uma semana depois, os guardas pessoais do Ministro foram deter o menor, tendo-lhe sido acusado de ter roubado 20 milhões dos 43 milhões FCFA que o Sr Fernando Vaz, Ministro da Presidencia do Conselho de Ministros e Porta voz do Governo transicao tinha no seu cofre privado, na sua residencia, no bairro de Chão de Papel que estava a ser vigiada por 4 agentes da Guarda Nacional.
O Ministro nao ausente no paίs na altura, mandou deter de imediato o menor no dia 28 de Dezembro de 2012, até ao dia 30 data na qual foi libertado por inexistencia da metéria de acusação ou seja de uma queixa formal. Por conseguinte, de regresso ao país no dia 2 de Janeiro de 2013, o Ministro Fernando Vaz, mandou de novo deter o menor de 17 anos até a data presente sem que seja presente as autoridades judiciais.
Na sequência da detenção, os familiares encetaram contactos junto das autoridades competentes, Comissario da Policia de Ordem Publica, incluindo o actor da acusação e detenção Sr Fernando Vaz com vista a libertação do menor, por via directa e através da Liga e do Centro de Acesso a justiҫa, mas sem sucesso. Portanto, frustradas todas as tentativas e esforços empreendidos, os familiares apelam as autoridades judiciarias para assumir o processo e trazer a luz do dia a verdade dos factos.
Finalmente, a LGDH através da sua Direcção Regional do SAB, apelou as autoridades para observar escrupulosamente os procedimentos legais, em particular os principios do processo devido, nomeadamente os da presunção de inocência, respeito pelas regras minimas de tratamento criminal de um menor e prazo para a detenção que segundo o art. 40 da Constituição da República e 183 do Codigo do Processo Penal não pode exceder a 48 horas sem que o suspeito seja apresentado junto do juiz de instruҫӑo criminal.
Nando Vaz manda prender
A Liga Guineense dos Direitos Humanos acusou hoje o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Vaz, de ter mandado prender um jovem, por suspeitar que ele lhe terá roubado cerca de 30 mil euros. Em conferência de imprensa, o presidente da Liga dos Direitos Humanos em Bissau, Edmar Nhaga, afirmou que o jovem, menor de idade, está detido na segunda esquadra da capital desde 28 de dezembro, sem qualquer acusação judicial formada. Confrontado com esta acusação, o ministro disse que nada teve a ver com a ordem de detenção do jovem. “Estava de viagem quando tudo aconteceu, não dei ordens nenhumas para a detenção do rapaz. Apenas posso dizer que fui vítima de um roubo de dinheiro que é meu”.
No entanto, Edmar Nhaga insistiu na responsabilidade do ministro, considerando que o também porta-voz do Governo de transição não pode “de maneira alguma mandar deter um cidadão”. O responsável revelou ainda que pediu ao ministro para entregar o caso à Polícia Judiciária, algo que o governante recusou. Presentes na conferência de imprensa estavam os familiares do jovem detido, que disseram aos jornalistas que o menor tem problemas de saúde e que iriam responsabilizar Fernando Vaz por tudo o que possa vir a acontecer ao menor.
O governante disse à Lusa que recusou dar ordem para libertar o jovem, apesar do pedido da liga. “Fui vítima de um roubo na minha própria casa, porque haveria de aceitar desistir do caso só com receio de o assunto não ser falado na imprensa?”, questionou Fernando Vaz, frisando não compreender a posição do presidente da Liga dos Direitos Humanos. “Quer-me parecer que a Liga, neste caso, está a proteger um ladrão e não um cidadão que foi roubado”, sublinhou Fernando Vaz, que espera ver o caso resolvido a bem e o dinheiro recuperado. LUSA
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Uma carta para o PGR
Caro Aly,
Os meus melhores cumprimentos e votos de um ano 2013, cheio de saude, paz e progressos na tua vida pessoal e profissional e que continues com a tua fidelidade aos ideais da justiça e da verdade em prol do Povo da Guiné-Bissau. Acabei de ouvir o discurso do PGR, Abdu Mané fazendo menção à investigação de mortes que ocorreram nos ultimos anos na Guiné-Bissau, cujas responsabilidades nunca foram devida e isentamente investigadas e apuradas.
Talvez seja minha percepção um pouco precipitada, mas parece-me, que ao PGR de transição, ha uma estranha diferenciação entre as mortes ocorridas, porquanto algumas foram escandalosamente omitidas, o que, à partida cheira ao caucionamento uma justiça por encomenda e de falsidades a fim de proteger e branquear os verdadeiros assassinos que impunemente polulam na Guiné-Bissau.
Senão vejamos, ao omitir os nomes, ex-PGR Nicandro Pereira Barreto, do Brigadeiro Ansumane Mané, do Comodoro Lamine Sanha, do General Verissimo Correia Seabra, do Major Domingos Barros, do Coronel Samba Djalo, dos sete (7) jovens felupes e as quatro (4) mortes de Bolama, da três uma : ou o PGR-T esta amésico, ou ja sabe dos autores dessas mortes (se assim fôr que nos divulgue os nomes dos assassinos), ou esta a fazer o seu trabalho por encomenda do clã que tomou o poder em Bissau.
Ouvi também da sua intervenção de que estaria disposto a trabalhar com o tribunal da CEDEAO nestas investigações, o que aparentemente sugere a vontade de apurara a verdade. Mas porquê a CEDEAO ??? Ou estou errado, ou o PGR-T esta melhor informado do que eu (o que é de estranhar), pois parece-me que o referido Tribunal não intervêm em matéria de investigações.
Melhor o aconselharia o asneirento Sr PGR a recorrer, caso queira efectivamente, apurar a verdade absoluta sobre os referidos assassinatos, às instâncias internacionais especializadas nesses tipos de investigação e deixar de atirar areia para a cara dos guineenses com discursos de mentira e encomenda daqueles que o puseram vergonhosamente nesse cargo.
Finalmente para o governo da consciência do Sr PGR fantoche e, se tiver os ditos cujos no sitio, basta interrogar o capitão Intchama e dar um passeio até o quartel de Mansôa e interrogar o Generalissimo para ter 95% da verdade sobre esses assassinatos.
Passe bem seu PGR de pacotilha.
Fernando Ntotié (estudante de Direito-Porto)
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