sábado, 26 de fevereiro de 2011

Exclusivo: Estado da Guiné-Bissau deve mais de 8 biliões de Fcfa à Guiné Telecom...

... Se levarmos em conta que 1 euro são 655 Fcfa...portanto seis vezes um...aliás, seiscentos e cincoenta e cinco vezes...bom, é só...é só fazer as contas!... António Guterres

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O dia da Justiça chegará

"Olá, Aly
Um fundo negro - eu compreendo-te.
Obrigado pelo teu empenho, e pela paz que consegues fazer chegar aos nossos corações.
Ansiosamente esperamos a cada amanhecer uma voz que proclame Justiça. E estou confiante de que esse dia chegará!.

Um beijo,

S.V.G"

M/R: Chegará, sim! Já faltou mais...outro beijo, AAS

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Assassinatos políticos de 2009: Estará o Presidente da República... envergonhado?

O Presidente da República, Malam Bacai Sanhã, prometeu publicamente - aos guineenses e à comunidade internacional - no salão da Presidência da República, perante os olhos e os ouvidos dos familiares e amigos das vítimas, “tudo fazer para que se descubram os mandantes e os executantes dos assassinatos políticos” que a Guiné-Bissau conheceu em 2009. Com murros na mesa e tudo.

Contudo, uma coisa é o PR prometer "reconstruir" o mercado central; outra, bem diferente - e mais sensível - é o PR prometer a esses familiares e aos amigos, que os assassinatos iam ser cabalmente esclarecidos... e estamos no ano II DC (depois dos crimes).

O CEMGFA, Tagmé Na Waie; o Presidente da República em funções, João Bernardo ‘Nino’ Vieira; o Deputado da Nação, Hélder Proença, e o candidato presidencial Baciro Dabó, tiveram mortes diferentes. O ex-CEMGFA foi morto à bomba(?) no dia 1 de março de 2009, ‘Nino’ Vieira seria assassinado horas depois, a 2 de março, na sua residência, tendo sido antes torturado, atingido com vários tiros, e, depois, esquartejado; Hélder Proença (mais dois cidadãos nacionais), foi atingido a tiros no baço, e Baciro Dabó foi morto à queima roupa, no seu quarto de dormir - todos no mesmo dia 5 do mês de junho de 2009.

Estamos em 2011, e nada. Ditadura do Consenso publicou os autos de testemunhas do Samba Djaló, do Monha Aie e do Almame Sanó (todos da Segurança do Estado). Nada. Ninguém mexeu uma palha. Adiante.

Pouco depois deste discurso inflamado de Bacai Sanhã, o Procurador-Geral da República, Amine Saad, pediu uma audiência ao Presidente da República. Estávamos em finais de 2010. Assistiram à referida audiência todos os procuradores-gerais adjuntos, o PGR, o vice-PGR e o Secretário-Geral do Ministério Público.

Amine Saad falou, falou, falou e queixou-se de todas as vezes que falou. Malam Bacai Sanhã ouviu, ouviu, ouviu e desabafou: “Estou perplexo com o que ouvi do senhor PGR, sobre a ausência de meios” (para prosseguir com as investigações) dos referidos assassinatos. E depois, o Presidente deu o coice: “Colocaram-me mal, estou envergonhado. Prometi aos guineenses e à comunidade internacional que tudo ia ser esclarecido”.

O Procurador-Geral da República desculpou-se então, dizendo ao Presidente que “o Governo priorizou o pagamento de salários, em detrimento de outros assuntos”, mas garantiu também que, “apesar de tudo (não será 'de nada?'), estamos a fazer os esforços possíveis”. O Procurador sossegou depois Bacai Sanhã com um “o Presidente não ficará envergonhado”. Nada aconteceu, até aos dias de hoje. Mas devia acontecer. Vergonha.

Tratando-se de um crime de natureza pública, oficiosamente o Ministério Público tinha de ordenar a abertura de um inquérito (trocado por peanuts: o Ministério Público é o advogado do Estado). E caso o não faça, o próprio Procurador-Geral da República, Amine Saad, está a cometer o crime de não promoção. E, chegando a este ponto, três saídas restam a Amine Saad: ou apresenta o relatório final, ou demite-se, ou é exonerado pelo Presidente da República. António Aly Silva

EXCLUSIVO: Gatunagem via Correios

O Ministério Público tomou de ponta os Correios da Guiné-Bissau. De uma assentada, foram ouvidos o director-geral, Sr. Burgo, e a directora financeira, Inácia Pontes. Descobriu-se um rombo de cerca de 9 milhões de fcfa - sub-facturação e pagamentos de subsídios não justificados, são os crimes de que são suspeitos. Contudo, o MP desconfia que o montante poderá ser bem superior.

Para já, ao director-geral, foi imposta a medida de coacção para se apresentar diariamente junto do Ministério Público; a directora financeira, por sua vez, aguarda novas ordens. Poderá ser, ou não, indiciada. O processo está na fase de acusação (que servirá de sustento à matéria de acusação em curso). AAS

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

UNIOGBIS - O país está-se borrifando, assim é que é

Quão doente tem de estar uma sociedade para que se gaste tanto tempo a esmiuçar uma entidade que devia ser responsável – falo da UNIOGBIS; e quão doente tenho eu de estar para começar mesmo esta crónica com a palavra “quão”? A resposta a estas duas questões só pode ser: muito. Evidentemente.

No fundo, no fundo (gosto, gosto), é também por causa da UNIOGBIS que Ditadura do Consenso brilha. Sem aquela noção de pecado (que caracteria o ser humano), de transgressão (que o persegue), de malandrice perversa (que o consome), a UNIOGBIS teria muito menos graça. Por isso – e peço desde já as minhas mais sinceras desculpas por dizê-lo assim, tão cruamente, mas a verdade é esta: a UNIOGBIS dá-me tesão. Não vale a pena escamotear a realidade que isso é para os hipócritas.

A UNIOGBIS faz mesmo muito mais pela minha sexualidade em cada um dos seus escândalos do que todas as mulheres que virei a ter na longa vida que ainda me resta, farão!

Joseph Mutaboba, há uns meses, mandou interposta pessoa para falar comigo. O telefone toca e eu atendo: “Tenho ordens do Mutaboba para jantar contigo”. Duas bicas, na ‘senegalesa’. A preocupação primeira do Representante (en passant) do secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau era: porquê a UNIOGBIS? Para mim, era óbvio, a pergunta tinha intenção provocatória. E no que me diz respeito, foi uma gafe – e o que as gafes têm de bom é que não perecem com o tempo. Perduram.

Mutaboba também queria, pasmem-se, que eu lhe dissesse os nomes das minhas fontes dentro das Nações Unidas. Isto mesmo que leram! E eu disse ao interlocutor “que tal... tu?”. Eu?! – disparou. Claro que ele nunca foi minha fonte. Mas nessa noite pagou-me o jantar. Mutaboba queria também que eu desse umas tréguas, e, sobretudo, que falasse das 'coisas boas' que a UNIOGBIS tem feito.

De uma outra vez, fui convidado para jantar num restaurante. Quando chego, reparo na composição da sala. Duas mesas estavam ocupadas. Numa, estavam oito pessoas: Reconheci apenas duas: o Joseph Mutaboba, e o Cônsul do Reino de Espanha, señor Pablo. Noutra, o amigo que me esperava para o repasto.

Mal entro na sala, e sou visto, começa a agitação. Alguém engasgou-se, outro tossiu; aqueloutro sussurrou qualquer coisa no ouvido de uma senhora. E o meu amigo, consciente do que estaria para acontecer, deixou os seus pertences na cadeira em frente a Joseph Mutaboba. Agarro nos dois telemóveis, na chave do carro, e sento-me a olhar para a mesa dois oito. A verdade é que uns minutos depois, conferenciam entre eles e...decidem ingloriamente abandonar o restaurante!

Outra verdade, é que a Guiné-Bissau não tem estado à altura dos acontecimentos. Pela simples razão que, muitos atropelos e violações de conduta (a UNIOGBIS tem um codigó de conduta próprio), a única coisa que parece evidente no caso da UNIOGBIS é que tudo vai enterrar no lodo.

Juntaremos, assim, à nossa prateleira de fracassos mais uns crimes sem castigo iguais a tantos outros que por lá ganham pó e são comidos por ratazanas reluzentes. Um rol de vítimas e sem culpados, a fazer lembrar casos célebres de corrompidos sem corruptores. Há que tirar ilações sobre a importância efectiva da UNIOGBIS, na Guiné-Bissau. O que faz e para onde vai. O que houver a proteger só estará cabalmente protegido quando se apurarem responsabilidades a todos os níveis.

Ser da UNIOGBIS não é crime; crime é não ter vergonha disso! AAS

Tribunal de Contas já tem Presidente + Marrocos

Um decreto presidencial nomeou, ontem, o magistrado Alberto Djedjo, como Presidente do Tribunal de Contas.

Djedjo, recorde-se, foi quem comandou a inquirição de testemunhas no caso do assassinato de Hélder Proença e Baciro Dabó - e que Ditadura do Consenso publicou em exclusivo.

Quem sabe se, com a saída de Alberto Djedjo, o famoso relatório que o PGR Amine Saad, prometeu divulgar há muiiiiiito tempooooo conheça a luz do dia...

O PGR, nomeado pelo Presidente da República, está a deixar impacientes os familiares das vítimas, e, soube o DC, a própria Presidência da República. Aliás, o PR Bacai Sanhá já manifestou a sua preocupação a Amine Saad em relação a estes assunto.

Outro decreto Presidencial nomeou Aboubacar Li como embaixador em Marrocos. AAS

Furacão Muita...bomba!

Depois dos posts sobre os apalpanços a mulheres pelos seguranças ruandeses do Mutaboba, e do acidente seguido de fuga do 3º na hierarquia da UNIOGBIS, o representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau mostrou os dentes.

Ausente do país, Joseph Mutaboba, avisou que ia "tratar" dos seus seguranças, e desabafou que era ele que "queriam atingir"... Pois.

Sobre o escândalo do acidente (recorde-se que esse sujeito atropelou, em completo estado de embriaguês - duas pessoas, em Timor, tendo depois sido expulso, e enviado, claro, para a Guiné-Bissau), está em investigação dentro da própria UNIOGBIS. Talvez o demitam e o enviem para a Líbia...

Está claro que Muitaboba não tem mãos na UNIOGBIS, por causa da indisciplina dos seus subordinados. Aliás, a UNIOGBIS, apurou o Ditadura do Consenso, tem já dez ruandeses contratados - uma secretária/assistente, um responsável pelos assuntos políticos (o nosso conhecido Samuel Gahiji), um responsável pela planificação (de escândalos?!), os cinco seguranças, e, off-course, o boss in charge, Joseph Mutaboba.

Pergunta-se, então, qual é a representação proporcional do Ruanda no objectivo da missão? Em 165 países reconhecidos pelas Nações Unidas, quantos estarão representados? Poucos. Escolhidos a dedo.

Os cidadãos portugueses, principalmente os da UNIOGBIS, são olhados com desconfiança. São tidos como "informadores" ou "agentes secretos". Ao serviço de quem? Tretas!

Como esclarecimento, digo já aqui que nenhum cidadão de língua portuguesa dentro da UNIOGBIS (nacional ou estrangeiro) me dá as informações para o blog. Eu tenho as minhas fontes, e elas, felizmente, estão bem informadas. AAS

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ÚLTIMA HORA: Angolanos avançam com OPA sobre a Guiné-Bissau...

... Para mudarem o regime para cá. Isto, se 'a síndroma da Tunísia' - convocada para ter lugar «de Cabinda ao Cunene» - der para o torto no próximo dia 7 de março... Vou mas é dormir! AAS

P.S. - A propósito: alugo-me para sonhar... AAS

A estrada mais perigosa do mundo (as da Líbia incluídas)

Ontem, fim de tarde. Café Império. Um Conselheiro do Presidente da República que acompanhou Malam Bacai Sanhá na Presidência Aberta no Sul do país, desabafava sobre a viagem que acabara de fazer. Cansativa - foi a primeira impressão que me veio à cabeça. Será de resto a melhor tirada que ouvi... antes do coronel Khadaffi deixar o poder.

Mas o Conselheiro quase já chorava no colo do companheiro de mesa. Sofrera na pele o desgaste que aquela estrada impõe - e submete - aos incautos e gentes de gabinete. Afinal, referia-se à penosa estrada de S. João (a que vai dar à esquecida e paupérrima cidade de Bolama, a primeira capital, e onde, por azar ou coisas dos deuses, nasce um fruto chamado... Miséria. Como é que pode!): O conselheiro, sobre o seu maior pesadelo: "Nessa estrada, mesmo a andar a pé dão-se acidentes!", disse por entre um salto. E repetiu duas vezes. Queria deixar claro que não mais voltaria a Bolama, passando por essa estrada de S. João. Pelo menos por terra. Ele próprio acabara de sentir um solavanco, ainda que sentado num café, na poeirenta e desolada cidade de Bissau.

Os que o ouviram, deram gargalhadas, e um Deputado sentado na mesa ao lado, riu-se a bandeiras despregadas. Os cinco funcionários da Embaixada da Líbia, sentados mesmo ao lado, pareciam estar numa convenção, e nem reagiram às gargalhadas. Falavam baixo, estavam pálidos, beberricavam chás e sorviam cafés. Estavam, numa palavra, desolados! Tinham cara de enterro - o exílio não é pátria que convém...

Foi sobretudo giro ouvir um conselheiro falar assim, tão descontraídamente, e ligeiramente descaído para trás na cadeira. Ele mesmo, depois de contar isso, assobiou baixinho e levou o indicador aos lábios, movendo-o enquanto assobiava.

Aquela actuação do conselheiro merece uma medalha de ouro! Mas agora só cá para nós: não terá sido obra da Arezki? Sr. PGR, um inquéritozinho se fizer o obséquio... AAS

Adeus, Palace Hotel

Está confirmado: o Palace Hotel muda de mãos a partir de 1 de março. Ontem, houve uma reunião com todos os trabalhadores do hotel, na presença da Inspecção-Geral do Trabalho.

Ditadura do Consenso apurou que foi o próprio director do hotel, Eduardo, quem comunicou O fecho do hotel.

A venda do Palace Hotel (todo o recheio incluído) foi negociado em Luanda entre o proprietário, Tarek Arezki, e as autoridades angolanas. O custo deve ter rondado os 7 milhões de dólares norte-americano.

O destino da centena de trabalhodores do hotel não foi negociado, mas é quase certo que os angolanos precisarão de quem lhes cuide da roupa, dos quartos, do jardim, dos geradores e afins. Para já, começarão as obras de remodelação e ampliação com a construção de novos aposesntos, tudo para acolher da melhor maneira os 600 homens e mulheres destacados para Bissau. AAS

Ditadura do Consenso convoca o Povo guineense

... A exemplo da Tunísia, Egipto, Iémen, Líbia, os guineenses devem sair à rua. Vamos todos parar o País a partir do próximo dia 1 de Março, e exigir verdade e mais direitos!

Antecipemos a manifestação progressista marcada para Angola, para o próximo dia 7 de março, e mostremos ao mundo que vivemos numa ditadura camuflada, cheia de mentiras e pejada de bandidos! António Aly Silva

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Acabo de ter um violento acidente de automóvel na av. Amilcar Cabral. Depois de um raio X, apenas umas dores nas costas. Não foi desta... AAS

A Base (Al-Qaeda, em árabe)

Os 600 homens a enviar por Angola (chegam dentro de dias), ficarão instalados no Palace Hotel, de resto comprado pelo Estado angolano, soube o DC junto de fonte fidedigna.

"Angola comprou o Hotel Palace e terá lá as suas bases (logística e de habitação)", confirmou a mesma fonte ao DC.

Recorde-se que Angola chegou-se à frente, passando uma rasteirada à UE, e comandará todo o projecto da reforma nas áreas de Defesa e Segurança. Depois, logo se verá no que deu... AAS

Biás malgós

O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, não terá apreciado a vasta comitiva que acompanha o 1º Ministro Carlos Gomes Jr na sua viagem para Nova Iorque, para participar, na próxima 6ª feira, numa reunião sobre a Guiné-Bissau (reformas da Defesa, Segurança e Administração Pública) no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"A Guiné-Bissau tem um Embaixador na ONU e não podia estar melhor representado. Uma grande comitiva é um peso enorme para a fraca economia do País", fez saber o PR ao PM.

De facto, a comitiva que acompanha Cadogo Jr é enorme e engloba muitos membros do Governo, assessores e Conselheiros do Primeiro-Ministro. AAS

António Russo Dias, embaixador de Portugal na Guiné-Bissau durante a guerra civil, está em Bissau. AAS

domingo, 20 de fevereiro de 2011

EXCLUSIVO DC/DROGA: A velha rota América Latina-África-Europa...já era!

As Alfândegas do Senegal apreenderam no passado dia 18 do corrente mês, um contentor que continha alguns automóveis, entre os quais um Porsche Cayenne, que, surpresa das surpresas - ou talvez não - trazia, para além do ar... cocaína com pureza acentuada, escondida nos pneus. A droga foi avaliada em cerca de 16 milhões de euros. Foram feitas cinco detenções: dois cidadãos espanhóis e três senegaleses.

Nas investigações que se seguiram, descobriu-se que o destino da carga era... ora, adivinhem lá... acertaram! - a Guiné-Bissau! Isto vem alterar a velha teoria da tão propalada rota América Latina - África - Europa. Ou seja, existe um novo MODUS OPERANDUS, com proveniência em Espanha. AAS