segunda-feira, 30 de novembro de 2015

DROGA: "País continua vulnerável", diz ministra da Defesa


O arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau, continua a ser a zona "mais vulnerável" ao tráfico de drogas no país, referiu hoje a ministra da Defesa guineense, Adiato Nandigna, na abertura de uma conferência sobre o tema.

A iniciativa, organizada pelo Instituto de Defesa Nacional da Guiné-Bissau, que também conta com a participação de elementos do gabinete local das Nações Unidas, vai analisar, durante dois dias, a situação do tráfico de estupefacientes no país e medidas para o combater.

No seminário, que decorre entre hoje e terça-feira, participam técnicos do Instituto da Defesa, do setor judiciário, elementos da sociedade civil guineense e diversos representantes de organizações internacionais parceiras da Guiné-Bissau.

No discurso de abertura, a ministra Adiato Nandigna, afirmou que as estatísticas apontam para um decréscimo do nível do tráfico de droga na África Ocidental, embora na Guiné-Bissau, o arquipélago dos Bijagós continue a ser uma zona problemática. Lusa

Grupo propõe estratégia de mobilização de fundos


O ex-Primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe, líder do LSL Word Initiative – Genuíno Parceiro de Desenvolvimento, à frente de uma delegação da Global Voice e All SEAS, está de visita ao país. Nesse quadro, foi hoje recebido em audiência pelo Primeiro-ministro, Carlos Correia.

O grupo veio propor ao governo uma estratégia de mobilização de fundos para o desenvolvimento durável a nível nacional, que denomina “Financiamento Inovador”. A ideia é através das taxas cobradas aos diferentes serviços, criar-se um Fundo, que poderá ser usado a favor da educação, da energia, ou como Fundo de Urgência para ajudar socialmente a população de forma direta, sem ter-se que aguardar pelas tramitações financeiras.

No fim do encontro, Laurent Lamothe satisfeito referiu que é a “minha terceira visita a Guiné-Bissau, mas vejo e sinto os progressos realizados”, pelos excelentes trabalhos que têm sido feitos.

O Chefe do Governo agradeceu e disse ter tomado uma boa nota da experiência relatada sobre a criação de Fundos desse tipo, em outros países, nomeadamente no Haiti, que irá estuda-la e analisa-la face ao contexto nacional.

PM recebe missão do Banco Mundial


Uma missão do Banco Mundial, chefiada por Eric Brintet, Especialista em gestão Financeira da Governação, que integra Paolo B. Zacchia, Chefe em Economia para Senegal, Cabo Verde, Gambia, Guiné-Bissau e Mauritânia, foi hoje recebida pelo Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.

O objeto da missão, cujo incumbência é propor a revisão de despesas a nível da Defesa e Segurança, foi constatar e inteirar-se da realidade relativa a atual gestão, para posteriormente com base em experiências internacionais efetuar recomendações ao governo.

O Chefe do Executivo reafirmou o interesse do governo em continuar a trabalhar com o Banco Mundial para a melhoria e gestão dos sectores.

AGRICULTURA: Cabo Verde e Guiné-Bissau beneficiam da cooperação chinesa


A China está a aprofundar o seu envolvimento na agricultura em África e Cabo Verde e a Guiné-Bissau estão a beneficiar desta diversificação da cooperação, de acordo com um levantamento de projectos chineses na África Ocidental.

O estudo “Além das indústrias extractivas: O caso da assistência agrícola chinesa na África Ocidental”, publicado pelo Instituto Sul-Africano de Relações Internacionais (SAIIA), defende que estes países, incluindo os dois de língua portuguesa, “têm muito a aprender com a China” na agricultura, área que as autoridades chinesas definiram como prioritária para a cooperação.

A China “pretende aplicar um modelo de cooperação Sul/Sul defendendo ganhos recíprocos e o intercâmbio de melhores práticas”, depois de “nas últimas duas décadas ter construído um sector agrícola doméstico forte e tê-lo desenvolvido mais rapidamente do que qualquer outro sector”, afirmam as autoras do estudo, Emanuele Santi e Maxime Weigert.

Muitos dos projectos recentes, adiantam, são liderados por empresas públicas e focados em colheitas de rendimento, tal como noutras regiões do continente, caso da África Austral, onde também há exemplos importantes em Angola e Moçambique.

Entre os projectos deste género na África Ocidental, as autoras destacam o de cultivo de caju na Guiné-Bissau, a par do cacau no Gana, açúcar e algodão no Benim, açúcar na Serra Leoa, algodão no Burquina Faso e açúcar e algodão no Mali, em parceria com entidades locais. Mais recentemente foram lançados também projectos de biocombustíveis no Benim, Serra Leoa e Nigéria.

“Estes projectos são orientados para a exportação – para a China, no caso do algodão, para a Europa, no caso das outras colheitas e incluem assistência técnica da China, incluindo formação, factores de produção e maquinaria, com o objectivo de aumentar a produtividade e qualidade da produção local”, afirmam as autoras, que identificam também algumas dificuldades enfrentadas no terreno.

Sob supervisão do Ministério do Comércio, a China doa maquinaria agrícola e participa no financiamento de programas agrícolas e também de projectos de infra-estruturas rurais, como é o caso da barragem do Poilão, em Cabo Verde, dedicada à irrigação, à semelhança de outra erigida no Gana.

A China também criou 4 centros de formação na região, no âmbito da assistência técnica, um deles na Guiné-Bissau, onde peritos chineses “disponibilizam formação técnica aos agricultores locais”, afirmam as autoras.

A cooperação chinesa com os países africanos, adiantam, está-se a pautar por “maior diversificação” e estes investimentos “beneficiam a região”, dado que vários países “exprimiram a sua disponibilidade para aumentar o desenvolvimento agrícola e modernizar o seu sector agro-industrial”.

A agricultura representa a maior parcela das economias da região, caso da Guiné-Bissau, sendo que Cabo Verde é um dos países menos dependente desta actividade.

As autoras deixam ainda algumas recomendações, como a promoção do emprego local, envolvimento de longo prazo e partilha de lucros, participação mais ampla de parceiros locais, para assegurar que são tidas em conta normas culturais e sociais e concessão de facilidades por parte das autoridades locais, no acesso a capital, arrendamento de terras, incentivos legais e apoio institucional.

“A China também poderia providenciar oportunidades vitais para um maior acesso ao financiamento, que tradicionalmente falta na região e no sector e é, ao mesmo tempo, uma alternativa sólida e um complemento aos recursos canalizados por doadores tradicionais”, adiantam as autoras. Macauhub

"Hamlet" em Bissau


Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau revelou que um dos teatros mais famosos do mundo, o ‘Globe’, vai enviar atores à Guiné-Bissau este dezembro para realizar uma peça de teatro única de ‘Hamlet’ do William Shakespeare.

O Teatro ‘Globe’, em Londres, foi criado no ano 1599 e o William Shakespeare próprio era um dos seus fundadores e acionistas principais. A vinda do teatro à Guiné-Bissau faz parte das atividades de sua fundação, ‘Globe to Globe’, que tem como objetivo levar peças de teatro a partes do mundo que não têm a oportunidade de receber este tipo de espetáculo. A peça vai ocorrer no dia 17 de dezembro, e mais detalhes serão anunciadas pelos organizadores do evento brevemente.

“A promoção de desenvolvimento cultural, em particular com a juventude, é um pilar para o progresso social, ” disse Peter Thompson, o coordenador do grupo parlamentar. “É um gesto modesto, mas importante, feito por umas das instituições culturais mais importantes do Reino Unido, e espero que seja um catalizador para uma discussão maior sobre as artes da Guiné-Bissau, incluso a música, o teatro, a literatura e o cinema. ”

O anuncio vem após a cooperação com o Secretário de Estado de Cultura, que deseja estabelecer um teatro nacional para a Guiné-Bissau.

domingo, 29 de novembro de 2015

DENÚNCIA


"Uma vez que perguntar não ofende, queria, enquanto cidadão, saber quem está a sacrificar assim os bolseiros que vão estudar para Rússia? Há mais de uma semana que o ministério da Educação levantou milhões para o pagamento de bilhetes dos nossos bolseiros para Rússia, mas em vez de comprar bilhetes aqui, o secretário geral do ministério, e com o conhecimento da Ministra e do secretario de Estado disse que ia mandar os bolseiros até Ziguinchor para apanharem lá o avião para Dakar.

Fez mesmo questão de lhes acompanhar até a Ziguinchor. Quando chegaram lá ele enfiou os estudantes no carro e voltou par Bissau. E eesses estudantes que deviam viajar na quarta para a Rússia ainda se encontram em Dakar.

E agora pergunto, se é o ministro das finanças é que fez isso ou deu dinheiro completo e o ministério da Educação é que está a fazer os seus cálculos para pôr em risco a vida das pessoas para poder ganhar mais.

O ministério está ainda a preparar novamente a ida de outros grupos, um na segunda e outro na terça~feira pelo mesmo sacrifício. E quem ficará com o resto do dinheiro. Além disso, quem assumirá o risco de vida desses jovens?

Para já convido a polícia judiciária e o ministério público a investigarem esta denúncia e caso se confirme abrirem um processo crime contra os dirigentes do ministério da Educação.

De um dos familiares descontentes
"

DSP discursa na Internacional Socialista


De 27 a 28 de novembro, sob a égide MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola foi realizado em Luanda, a segunda reunião anual do Conselho da Internacional Socialista, que contou com a participação de mais 160 representantes oriundos de diferentes países, daquela que é considerada a maior organização mundial dos partidos políticos sociais-democratas, socialistas e trabalhistas.



Neste encontro, o país esteve representado ao mais alto nível. O PAIGC – Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, através do seu Presidente, Domingos Simões Pereira, acompanhado pelo Secretário Nacional, Aly Hijazy e pela Secretária para a Organização das ações políticas e estratégicas, a Combatente da Liberdade da Pátria, Teodora Inácia Gomes tomou parte nesta reunião.

Foi ocasião, para o Presidente do PAIGC proferir um discurso para os seus camaradas socialistas, espelhando o difícil cenário que a Guiné-Bissau vem passando, após a vitória do seu partido, nas urnas com a maioria absoluta, nas eleições gerais de 2014, que passo a citar, em baixo, na integra:

Senhor Presidente


DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, Presidente do PAIGC

Senhores membros da nossa grande família política

Muito nos regozijamos por estar de volta à Cooperação e à partilha com os partidos irmãos da esquerda, partidos da orientação socialista.

Isso nos lembra que o socialismo e a esquerda são antes de mais uma ideologia, uma explicação do mundo - uma capacidade de visar a justiça colocando o homem em primeiro lugar.

A esquerda e o socialismo são sobretudo o princípio da defesa dos direitos fundamentais das sociedades pela igualdade e fraternidade. A identificação com a esquerda deriva ou depende da capacidade em produzir políticas que colocam o Homem e não o capital em primeiro lugar.

Essa capacidade fez lendários os líderes como Agostinho Neto, Kwame N’Krumah, Patrice Lumumba e Amílcar Cabral ao lançarem o princípio do não alinhamento e a luta pela soberania e a autodeterminação dos nossos povos.

E, se hoje constatamos tantas dificuldades de afirmação em muitos dos nossos países que no momento da independência constituíram tantas promessas, será sobretudo porque em algum momento sob a pressão do liberalismo e outros condimentos democráticos, abandonamos a nossa ideologia e a defesa dos nossos princípios.

Eis o que está na base da teoria filosófica que sustenta a incompatibilidade entre o exercício democrático, a defesa da soberania e a promoção do crescimento económico. Eis as razões porque a Europa e grande parte das potências Europeias, insistem em encontrar solução á crise prevalecente, através de reformas financeiras e não económicas. Eis porque actual o ensinamento de Amílcar Cabral, “temos de pensar com as nossas próprias cabeças…” e, de acordo com Carlos Lopes “procurar o rumo e não o norte porque agora o rumo pode ser a sul”.

Tal é o caso do meu país, a Guiné-Bissau que tanto já sofreu e continua a sofrer.

Não tendo tempo nem espaço para recuarmos tanto no tempo, faço uma simples actualização sobre a situação política presente no país.

Muitos de Vós acompanharam os acontecimentos que se seguiram à demissão do meu governo no dia 12 de Agosto de 2015 por um decreto presidencial. Um governo resultante das ultimas eleições legislativas que deram uma maioria absoluta ao meu partido, o PAIGC.

Aliás, mesmo o Presidente da República, para ser eleito contou com o apoio do nosso partido o PAIGC.

Foi no entanto exactamente quando considerávamos estarem criadas as condições necessárias , ou sejam:

• eleições transparentes e resultados aceitados por todas as partes;

• formação de um governo de base alargada com a participação de outras forças políticas;

• consenso nacional a favor da paz e da estabilidade

Que o Presidente decidiu se converter na força da oposição, tentando bloquear o desenvolvimento, todo o sucesso do governo.

Muitos não compreenderão, mas para nós é evidente que essa situação resulta da falta de ideologia, da falta de uma visão estratégica que coloque o país em primeiro lugar e sobretudo pela falta de um compromisso com o futuro de todo o nosso povo;

Contudo, felizmente que da Guiné-Bissau não trazemos só más notícias. No ano e meio de governação, o primeiro governo do PAIGC por mim liderado, foi capaz de implementar um programa de urgência que enfrentou com visível sucesso os desafios mais imediatos e de curto prazo. Paralelamente, pôde conceber e apresentar um Plano Estratégico e Operacional que foi batizado de “Terra Ranka” e que obteve a maior adesão nacional e o apoio da Comunidade Internacional.

Estando em vésperas da COP 21 de Paris, é relevante mencionar que Guiné-Bissau colocou a biodiversidade no centro da sua estratégia de desenvolvimento e apresenta indicadores muito importantes sobre a preservação das espécies e a qualificação das zonas protegidas.

Apesar disso, há que reconhecer a sua enorme fragilidade. Constituída de uma extensa zona ribeirinha e de muitas ilhas e ilhéus, está exposta (sobretudo as zonas de produção rizicola) aos efeitos nefastos da subida do nível médio das águas do mar, ligadas este ao sobre-aquecimento global.

Por tudo isso, é do interesse da Guiné-Bissau uma abordagem combinada com base numa visão partilhada para a concepção de uma política equilibrada sobre a Justiça climática, a criação de um fundo verde do clima, a questão dos subsídios para combustíveis fosseis, um imposto sobre o carbono, entre outros.

Para isso, o PAIGC irá apoiar os esforços do governo, exortar a uma participação dinâmica e efectiva, tanto a nível sub-regional e global como contando com o apoio dos amigos no quadro da Internacional Socialista.

Bem hajam!”

sábado, 28 de novembro de 2015

Lúcio Rodrigues diz que estátuas dos descobridores e colonizadores 'estão atiradas ao esquecimento'


Lúcio Rodrigues, um conhecido chefe tradicional da região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau está contra a "tentativa de apagar da história" do país a presença da colonização portuguesa que diz ser "mais que evidente."

Antigo deputado ao Parlamento e agora régulo (chefe tradicional), Lúcio Rodrigues disse à Lusa que não entende como é que na Guiné-Bissau "as estátuas de figuras da colonização são atiradas ao esquecimento", quando nos outros países são preservadas, referiu.

Estátuas de figuras como Diogo Cão, Nuno Tristão, Teixeira Pinto, Honório Barreto, entre outras, estão amontoadas no pátio do antigo forte de Cacheu depois de terem sido arrancadas de diferentes lugares do novo Estado independente em 1973.

"É uma ignorância total", defende Lúcio Rodrigues, que afirma que embora o país seja independente "a história não se apaga" pelo que é pela reposição das estátuas nos seus lugares. "O processo até à independência passou pela colonização, pelo comércio dos escravos. Faz parte da nossa história. É esta ignorância total que impera nas nossas cabeças que têm que ser lavadas", observou o régulo Rodrigues.

Defende ainda que aos alunos deve ser ensinada essa parte da história do país, para que possam saber, por exemplo, que Nuno Tristão foi morto no rio Cacheu, pelos felupes, um dos grupos étnicos da Guiné-Bissau. Mesmo que tenham sido "matadores, ditadores, pacificadores", a memória dos promotores da colonização da atual Guiné-Bissau deve ser preservada, indicou o responsável tradicional

"Seja lá que o tenham sido, fazem parte da nossa história", insistiu Lúcio Rodrigues, para quem atualmente o país também os seus "matadores e ditadores" que não serão apagados da história. Sobre o facto de ser um chefe tradicional a defender a preservação da presença colonial, Lúcio Rodrigues diz pensar pela própria cabeça e ainda ser "um profundo respeitador dos elementos da história".

A cidade de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau, acolhe desde sexta-feira até domingo, o quarto festival cultural Caminhos de Escravos, para evocar o facto de milhares de escravos terem embarcado no porto local para as américas. Segundo Lúcio Rodrigues seriam entre três mil a três mil e quinhentos escravos guineenses e de outros países da Costa Ocidental africana por cada navio negreiro que zarpou de Cacheu. Lusa

NOTA: Estou completamente de acordo quanto às reposiçõe das estátuas nos seus respectivos lugares. AAS

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Puro terror


FONTE: Revista SÁBADO





PAIGC participa na segunda reunião anual da Internacional Socialista


O PAIGC participa na segunda reunião anual da Internacional Socialista, através de uma delegação conduzida pelo Presidente do Partido, Domingos Simões Pereira e integrada pelo Secretário Nacional, Aly Hijazi e pela Combatente da Liberdade da Pátria Teodora Inácia Gomes que é ainda a Secretária para a Organização das ações políticas e estratégicas.

Com efeito, cerca de 160 partidos, vindos de todos os quadrantes do mundo se encontram na capital da República de Angola, Luanda, para o maior conclave do Conselho da Internacional Socialista, na qual afirmam os seus compromissos, pela defesa da liberdade, da democracia, da paz, da igualdade e do progresso.

Recorda-se que a Internacional Socialista foi fundada a 3 de Junho de 1951 e é a maior organização mundial dos partidos políticos social-democratas, socialistas e trabalhistas. A sua sede se situa na cidade britânica de Londres, tem como Presidente o grego George Papandreou que ocupa o cargo desde 2006, e o seu secretário-geral é, desde 1989, o chileno Luis Ayala.

A primeira reunião deste ano do Conselho da IS teve lugar em Julho, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da América. Todavia só foi em Outubro passado que o PAIGC regressou a esta grande família política internacional com a participação na reunião regional que teve lugar em Cotonou no Benin, presença que foi muito apreciada e saudada por todos os demais partidos presentes.

No final desta presença em Angola, a delegação do PAIGC espera manter encontros de trabalho com o MPLA, partido irmão e ser recebido ao mais alto nível.

GUINÉTEL E GUINÉ TELECOM podem passar pelo Japão


João Bernardo Vieira, Secretário de Estado dos Transportes encontra-se em Hiroshima, no Japão para participar na 13ª Conferência Mundial das Teleccomunicações-UIT. O SEC está acompanhado do Presidente da Autoridade Reguladora Nacional, Gibril Mané e pelo assessor Anizio Lona Indami.

A mesa redonda vai discutir os problemas das Telecomunicações com o Secretario Geral da União internacional das Telecomunicações Houlin Zhao, com o ante Takaichi, Ministro dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão e outros Ministros das Telecomunicações nomeadamente da RD Congo, Guiné Equatorial, Madagascar, Serra Leoa, Namibia, Gabão, Filipinas, Zimbabue, entre outros. Uma possível parceria para a resolução dos problemas da Guinetel e Guinetelecom será apreciada com diversos parceiros. AAS

PM visita ministério dos Recursos Naturais e Energia


O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia, acompanhado pelo staff do seu gabinete, os conselheiros: para a aérea da Defesa e Segurança, Luís Melo; para a aérea económica José Carlos Casimiro; e para a aérea da Comunicação e Informação, Carlos Vaz, a fim de se inteirar “in loco” dos funcionamento dos Ministérios, esta manhã visitou os Recursos Naturais e a Energia.



Nos Recursos Naturais acolhido pelo Diretor do Gabinete, Mamadu Djau, visitou às diferentes Direção-gerais (de Geologia e Minas, dos Recursos Hídricos e da Inspeção-geral), bem como às direções de serviços (geológicos, do cadastro mineiro, da panificação hidráulica, da hidrogeologia, da hidrologia, de abastecimentos de saneamento dos recursos em água e repartição de comunicação de gestão) e recebeu informações alusivas ao Ministério, de que é também titular.

Na Energia, acompanhado do Diretor do Gabinete, Lamine Djata (na ausência do Ministro da tutela, Wasna Papai Danfa, que se encontrava igualmente de visita à Central Eléctrica de Bissau) e da Diretora Administrativa e Financeira, Epifania Sousa Rodrigues percorreu os diferentes departamentos e serviços (Gabinete Jurídico e Relações Internacionais, de Administração, de Inspeção-geral, Finanças e do Património), tendo recebido explicações sobre os seus funcionamento e os projetos do Ministério. No fim o Chefe do Governo agradeceu o acolhimento e as informações prestadas.

TERRORISMO: Em 2012, Ditadura do Consenso lançou o alerta. As campainhas não soaram.


De acordo com a mesma fonte, os EUA tem um particular interesse em ajustar contas com o José Américo Bubo Na Tchuto, pois além de ser reconhecido pelo governo dos Estados Unidos como um perigoso Barão da Droga da Costa Ocidental, eles acusam-no ainda de ter também ligações com algumas celulas da AQMI instaladas na Mauritânia, na Guiné-Conakry e na Gâmbia, onde, recorde-se, Bubo se refugiuou quase um ano para depois regressar clandestinamente e preparar o golpe, entretanto falhado, de 1 de abril.

Sobre este facto, convém lembrar o episódio dos três mauritanianos, entre eles Sidi Ould Sindya, perigosos terroristas islâmicos que assassinaram barbaramente um grupo de turistas franceses na Mauritânia. Depois de detidos pelas autoridades do seu pais, esses terroristas consiguiram evadir-se procurando o território guineense como refugio, fiando-se na desestructuração, inoperância e estado de corrupção que mina toda a estructura securitária desse país da África Ocidental. Porém, contrariamente ao que pensaram os fugitivos, eles foram identificados e detidos pelas autoridades guineenses, com a colaboração dos serviços secretos americanos, franceses, senegaleses e também guineenses, sendo entregues à custodia das autoridades nacionais de então.

Posteriormente esses três terroristas islâmicos sumiram misteriosamente das celas guineenses, sem que as autoridades de então pudessem dar uma resposta convincente sobre esse misterioso “desparecimento”. Hoje, sabe-se que esses terroristas foram retirados das celas a mando e pelos homens de Bubo Na Tchuto de quem passaram a ter protecção e garantia de segurança. Essa operação valeu a Bubo Na Tchuto um ganho de quase 3 milhões de dolares, aos quais se juntariam mais 2 milhões caso os conseguisse tirar da Guiné-Bissau.

Contudo, o mais grave nessa história vem depois. O governo norte-americano, ciente da perigosidade desses elementos, envia um dos seus elementos mais válidos e cotados da sua estrutura da DEA em África para seguir de perto e investigar esse caso. Na sua acção de seguimento aproximado ao chefe do grupo, Sidi O. Sidinya, o agente da DEA foi surpreendido pelos homens de Américo Bubo Na Tchuto. Detido na própria casa do Contra Almirante, foi espancado tentando tirar-lhe informações sobre a razão da sua presença nessas paragens da Guiné-Bissau, mas não cedeu. Mais tarde, convencido da desatenção dos guardas, tenta a fuga, mas teve pouca sorte, pois foi recapturado e morto a catanada pelos homens de Na Tchuto.

Mas, em tudo isso, uma marca estranha nessa morte chama a atenção dos norte-americanos. O seu agente foi, provavelmente antes de sucumbir, degolado… um sinal de vingança arabo-islamico contra os infiéis… É a marca da AQMI, sinal de que Sidi Ould Seidyna estava com os homens do Almirante aquando da terrível morte do seu agente (nota: depois de colocados em Uaque – a derca de 40 km de Bissau – por Bubo Na Tchuto, eles foram recapturados com a ajuda dos seriços secretos norte-americanos e reenviados para a Mauritânia).
” AAS

Vamos afundar um pouco mais...


Grande parte do território da Guiné-Bissau poderá ficar submerso com "uma pequena subida" das águas do mar, disse à Lusa, Viriato Cassamá, especialista guineense que participa na Conferência da ONU sobre Alterações Climática.

"Com uma pequena subida do nível médio das águas do mar, que poderá ser causada pelo aumento da temperatura, grande parte do território da Guiné-Bissau desaparecerá", advertiu Viriato Cassamá.

Enquanto responsável pela luta contra às alterações climáticas, Viriato Cassamá tem sensibilizado os políticos guineenses sobre a necessidade de serem adotadas "medidas robustas" que considera urgentes.

As regiões do norte e leste do país, bem como toda zona costeira já começam a sentir os efeitos de alterações climáticas, nomeadamente com aumento da temperatura, ventos fortes e erosão costeira. Segundo o especialista, um relatório mundial de 2013 indica que a Guiné-Bissau é o segundo país mais vulnerável do mundo a seguir ao Bangladesh.

A COP21, que decorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro, vai reunir em Paris pelo menos 147 chefes de Estado e de Governo, entre os representantes de 195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa que permita limitar o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução industrial.

Desentendimento na ANP adia tudo para segunda-feira ou o PRS quer o poder a todo o custo?


Os dois principais partidos no Parlamento da Guiné-Bissau desentenderam-se hoje quanto à agenda dos trabalhos que foram adiados para segunda-feira, disseram a Lusa fontes do hemiciclo.

A sessão foi formalmente aberta na segunda-feira pelo Presidente guineense e na terça-feira deviam começar os debates, mas os deputados não se entenderam quanto à agenda.

O Partido da Renovação Social (PRS), que lidera a oposição, não concorda com o facto de não estarem previstos os debates do Programa de Governo, Plano Anual de Desenvolvimento e Orçamento Geral de Estado (OGE) para 2016.

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder, entende que a lei dá ao executivo até 60 dias depois da sua entrada efetiva em funções para apresentar os três documentos, pelo que tal poderá acontecer em janeiro ou fevereiro do próximo ano.

Segundo fontes parlamentares, o desentendimento sobre a matéria foi de tal forma vincado que o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, teve que suspender a sessão na terça-feira para ser retomada hoje, o que acabou por não acontecer.

O presidente do Parlamento decidiu criar uma comissão composta por sete deputados, quatro do PAIGC e três do PRS, maniatados para propor uma nova agenda. A comissão tem até segunda-feira para elaborar uma proposta que será submetida ao plenário.

O PRS quer que seja retirada da agenda a discussão do estatuto do líder da oposição, para dar lugar aos debates sobre o Programa do Governo, Plano Anual de Desenvolvimento e OGE, indicaram fontes parlamentares.

Chefe da missão do ACNUR visita PM


O Primeiro-ministro, Carlos Correia, recebeu em audiência o Chefe da Missão, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - ACNUR, Gaston Nteziriba, que lhe veio felicitar pela nomeação e prestar-lhe informações alusivas a política de proteção e de apoio a favor dos refugiados, que vem sendo desenvolvida pela sua instituição, sob os auspícios dos Direitos Humanos internacionais.



No referido encontro, o Chefe da Missão fez uma breve abordagem sobre a situação dos refugiados, em particular dos senegaleses junto à fronteira da Guiné-Bissau, solicitando apoio para a sua naturalização e sendo a esmagadora maioria agricultores facilidades para a concessão terrenos. Também, endereçou o convite ao governo para tomar parte na reunião sobre o “Dialogue Anual da ACNUR”, a ter lugar no Palácio das Nações, na Suíça, em Genebra de 16 a 17 de dezembro do corrente ano.

O Chefe do Governo agradecendo a sua vinda, bem como a informação prestada disse: “vou analisar todos os aspectos que acabei de tomar conhecimento e espero poder dar a minha contribuição para que se encontre uma solução.”

Crise política atrasa criação de companhia aérea da Guiné-Bissau


A criação de uma companhia aérea da Guiné-Bissau com parceiros internacionais, anunciada em junho, sofreu um atraso devido à queda do Governo do país, em agosto, disse hoje à agência Lusa o secretário de Estado dos Transportes.

afetou substancialmente todos os projetos que a Secretaria de Estado dos Transportes tinha com vários investidores", referiu João Bernardo Vieira.

"Estamos gradualmente a recuperar esses projetos", acrescentou. No caso da constituição da Air Guiné-Bissau, o governante acredita que "está num bom caminho".

De acordo com o anúncio feito a 11 de junho, a Air Guiné-Bissau consiste num consórcio com o grupo romeno Tender, que disponibilizará os aviões, havendo também a possibilidade de a companhia aérea portuguesa Euroatlantic poder estar ligada ao projeto. A Euroatlantic assegura atualmente a ligação aérea entre Bissau e Lisboa, com dois voos semanais.

A ideia consiste numa companhia com dois aviões e ligações de Bissau para o Senegal, Cabo Verde, Portugal e França -- sendo detida em 40% pelo Estado guineense e em 60% pelo grupo Tender. Na década de 1990, chegaram a ser criados os Transportes Aéreos da Guiné-Bissau, mas a companhia acabou por falir.

Criminalidade organizada diminui na Guiné-Bissau desde 2014


A criminalidade organizada diminuiu na Guiné-Bissau depois de novas autoridades terem chegado ao poder na sequência das eleições de 2014, disse hoje fonte das Nações Unidas.

“As dificuldades foram durante o período de transição. Foi um período complicado”, após o golpe de Estado militar de 2012, referiu Pierre Lapaque, representante para a África Ocidental e Central do escritório das Nações Unidas para Combate à Droga e Crime (ONUDC).

Depois de as novas autoridades terem tomado posse, a situação “melhorou”, acrescentou.

Na última década, a Guiné-Bissau foi apelidada por vários observadores como um “narcoestado”, tal a prevalência do tráfico de estupefacientes, nomeadamente cocaína oriunda da América do Sul com destino à Europa.

Hoje, a droga continua a passar, com recurso “a lanchas rápidas” e “pequenos aviões”, mas o tráfico está mais distribuído por todos os países da sub-região, sublinhou Lapaque.

Ou seja, acontece na Guiné-Bissau, “como acontece noutros países”.

“Há uma grande vontade política na Guiné-Bissau em combater a corrupção, o crime e a cultura de impunidade”, acrescentou aquele responsável após encontros com o primeiro-ministro, Carlos Correia, e a ministra da Justiça, Aida Fernandes.

Pierra Lapaque refere que vai ser preciso tempo para fazer as reformas necessárias, porque “não há varinhas mágicas”, mas desde que haja vontade política acredita que é possível fazer evoluir o país, livrando-o das fragilidades de que os criminosos se aproveitam.

“Quando há um ponto fraco, os criminosos tentar utilizá-lo” para fazer tráfico de qualquer coisa: droga, pessoas, armas, “não importa o crime”, referiu.

O crime organizado na sub-região tem ligações com grupos terroristas, que também fazem recrutamento na África Ocidental, alertou Lapaque, mas não há indicações de que tal esteja a acontecer na Guiné-Bissau.

O representante da UNODC falava à Lusa à margem de uma reunião do comité político de alto-nível da Iniciativa da Costa Ocidental Africana (WACI, sigla inglesa), realizada hoje em Bissau.

A WACI foi criada por diversas organizações para implementar unidades contra a criminalidade transnacional em três países-piloto da sub-região em que há uma missão de paz da ONU: Guiné-Bissau, Libéria e Serra Leoa.

Os participantes no encontro de hoje recomendaram, entre outros, o reforço da cooperação entre os diferentes membros e propuseram um mecanismo simplificado para a adesão ao projeto WACI de outros países.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

PM recebe delegação da CCIAS


Em representação do Presidente da Câmara do Comércio, Indústria Agricultura e Serviço (CCIAS), António Tavares, acompanhado de uma delegação da classe empresarial, teve um encontro com o Primeiro-Ministro, Sr. Carlos Correia.



A circunstância serviu para a CCIAS assegurar ao Chefe do Governo o bom relacionamento entre as duas instituições, falar-se do recente acordo assinado, entre a representação da classe empresarial guineense e a sua congénere chinesa (que esteve de visita ao país), bem como informar ao governo da necessidade do país em participar no 2º Fórum da União dos Exportadores, a ter lugar em Braga, Portugal.

Também, falou-se do pagamento das dívidas do governo para com a classe empresarial, solicitando os representantes da CCIAS a intervenção do Chefe do Executivo para que se ponha cobro a situação, alegando que a campanha de comercialização da castanha de caju se avizinha. No fim, o Primeiro-ministro disse ter tomado boa nota das preocupações, regozijando-se pela abertura do diálogo que deve continuar.

Timor Leste anuncia fundos


O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia, recebeu em audiência o Excelentíssimo Alberto X. P. Carlos, o Representante da Agência da Cooperação da República Democrática de Timor-Leste, com quem trocou impressões sobre a cooperação bilateral entre os dois países.

Durante o encontro o Representante da Agência da Cooperação de Timor-Leste revelou ao Chefe do Governo os fundos em dólares americanos que irão ser postos à disposição do governo timorense para apoiar a Guiné-Bissau. Adiantando que ainda no decorrer de 2015, serão desembolsados 2 milhões para o projeto Terra Ranka; 185 milhões para ANP (que no passado já recebera 15 milhões para apoiar o projeto de memórias); 500 mil à reconciliação nacional; 400 mil para aquisição de transportes e evacuação médica e 1 milhão para a Reforma da Defesa e Segurança.

O objectivo da visita foi convidar o Chefe do Executivo a tomar parte nas celebrações de 500 anos do 1º Encontro entre os timorenses e os portugueses e do Dia da Independência, declarada a 28 de novembro de 1975, que terão lugar de 27, 28 a 29 de novembro de 2015, na Zona Económica Exclusiva Especial na Região de Ambéno, para os quais todos os Estados membros da CPLP foram convidados.

Será uma oportunidade para também “discutir sobre futuras cooperações com a Guiné-Bissau. É um grande prazer para Timor Leste poder apoiar e contribuir para a Guiné-Bissau” declarou Alberto Carlos. Que fez questão em relembrar, que Xanama Gusmão diz sempre ter aprendido muito com a Guiné-Bissau sobre a estratégia de guerrilha para a independência.

O Primeiro-ministro referiu que essa cooperação se reveste de uma grande importância para o país, porque trata-se de “apoios e parcerias para investimento em diferentes domínios.”

Venezuela constrói escola em Quinhamel


O Primeiro-ministro, Carlos Correia, manteve um encontro de trabalho com o Embaixador de Venezuela, Eddy José Cordova acreditado no país, com residência em Dakar. A ocasião, serviu para o senhor Embaixador, transmitir ao chefe do Governo guineense, a solidariedade do Presidente e do povo venezuelano, bem como da disponibilidade daquele país centro americano, em continuar a apoiar a Guiné-Bissau, em vários domínios, nomeadamente na formação de quadros superiores.

Também, para anunciar a construção da Escola Huco Chaves, em Quinhamel para 600 crianças, da realização das Cimeiras: América e Sul, dos Não Alinhados, em que a Venezuela assumirá à presidência e terão lugar respectivamente, em Maio e Julho de 2015. O Chefe do Executivo agradeceu à disponibilidade do governo venezuelano, prontificando em dar a continuidade a cooperação com a Venezuela de quadros superiores.

ANP analisa acusações do PR


O parlamento Guineense vai analisar hoje o relatório da comissão de inquérito às denúncias de corrupção feitas pelo Presidente guineense, em agosto passado.

Fonte da comissão disse à Lusa que, apesar de todas as diligências, não foi possível obter do chefe de Estado elementos que confirmassem as denúncias por si feitas contra o Governo demitido em 12 de agosto passado.

José Mário Vaz, recorde-se, disse que estava disponível para colaborar com todas as comissões criadas pelo parlamento, "desde que revelem níveis de seriedade" nas suas ações, referiu, mas até hoje e mesmo com a carta-convite da ANP para que o PR denuncie, JOMAV remeteu-se ao silêncio...AAS com Lusa

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ser implicado no desvio de mais de 100 milhões de Fcfa será...MORAL???


António Sedja Man, novo PGR:

"O país conheceu uma grave crise moral, pelo que é preciso tomar medidas". O novo PGR guineense, que substitui Hermenegildo Pereira, não especificou que medidas irá tomar e nem a que se referia quando aludiu a uma "crise moral".

OPINIÃO AAS: Presidente da República dos Rumores


Uma vez mais, o Presidente da República discursou na ANP e mais uma vez voltou aos...rumores. Não há volta a dar, JOMAV embirrou.

Senhor Presidente, poupe-nos a discursos vagos e diga de uma vez por todas - para que todos os Guineenses entendam, ministério Público incluído: onde é que há corrupção? Denuncie o que sabe ao ministério Público, atenda ao pedido que lhe foi formulado pela ANP:

Mostre-nos as provas das suas acusações, ou, vá lá suspeitas.

A comunidade internacional já topou tudo...percebeu a jogatana que foi exonerar o PGR e o Presidente do TC: meter medo (outro tipo de terrorismo) para proteger o JOMAV, simplesmente. Mas...protegê-lo do quê mesmo?

Por exemplo, da acusação DEFINITIVA que pende sobre a sua cabeça:

- falo do paradeiro dos 12 milhões de dólares de Angola (DC publicou tudo em primeiro mão e amanhã voltará ao assunto com todos os documentos da acusação);

- dos inúmeros prédios comprados precisamente quando o actual PR era ministro das Finanças;

- de 'mandar' içar a bandeira do Reino de Marrocos no mastro principal do Palácio da República;

- ter virado as costas à guarda de honra do batalhão do Palácio, e ao hino nacional no aeroporto.

Enfim, não faltam motivos para a ANP e o Ministério Público se mexerem. Caso contrário, o PR JOMAV pode tornar-se numa espécie de TGV desgovernado.

Ao PAIGC,

Peço que continuem firmes em mais uma luta que vos foi imposta pelo mesmo homem que apoiaram arduamente para chegar a Presidente da República. É preciso arrepiar caminho, e começar a preparar desde já combates futuros. Estamos juntos na legalidade.

Ao Presidente da República,

Que reflicta. O País não precisa logo agora de uma caça às bruxas com as consequências que todos podemos prever. Não vale a pena, e desperdiçar forças nesta altura significaria o desdenhar da confiança que, pouco e pouco, vem sendo recuperada.

Se houver algum crime, indício de sinais exteriores de riqueza, seja lá o que for o País tem autoridades próprias que podem ser activadas. O próprio PR ofereceu carros de luxo, que deviam ser património do Estado. Em todo o mundo, os presentes entre chefes de Estado são tratados assim...

Sr. Presidente,

Explique aos Guineenses (já que fala em indícios e rumores) por que razão exonerou o PGR e o presidente do TC? Por que é que, hoje, na tomada de posse do PGR e do presidente do TC...NÃO HOUVE o discurso que a ocasião requeria? O que esconde, afinal, o PR?

É uma vergonha que, convidado o corpo diplomático para a cerimónia de posse do PGR e do presidente do TC guineenses ...apenas compareceu o embaixador da Rússia. É um aviso, senhor Presidente...

É só isso que os guineenses esperam do seu presidente. AAS


União Africana pede "firmeza e determinação" no combate à crise institucional e económica em que o País vive


O embaixador da União Africana (UA) na Organização das Nações Unidas, Téte António, pediu hoje aos atores políticos da Guiné-Bissau para serem firmes e determinados no combate à crise institucional e económica em que o país vive. "Nenhum povo é condenado às crises. É preciso determinação e vontade política para pôr fim a essa crise profunda. É preciso ter esperança, a [crise] na Guiné-Bissau já vem de longe", disse o diplomata, em entrevista à Lusa.

Foram dois meses de impasse sem executivo até que o novo Governo foi empossado no dia 13 de outubro, após um acordo entre o Presidente e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que indicou Carlos Correia para primeiro-ministro. O seu antecessor, Domingos Simões Pereira fora demitido em agosto pelo Presidente da República, José Mário Vaz.

Segundo Téte António, as crises no país têm sido cíclicas. Mas "há uma tomada de consciência" por parte das lideranças políticas para tentar inverter a situação. "Os políticos poderiam ser tentados a olhar para interesses pessoais e não foi o caso, eles olharam para os interesses coletivos", analisou o representante da UA.

O facto de a sociedade civil da Guiné-Bissau poder participar, pela primeira vez, na construção do Orçamento Geral do Estado (OGE) já representa um rumo positivo. "Foi um bom passo dado. O denominador comum é o povo. É preciso ter em mente o povo em todas as ações", afirmou. No último dia 10 de novembro, o Conselho de Paz e Segurança da UA reuniu-se para debater a situação do país e decidiu prorrogar o mandato da força militar e policial Ecomib até junho de 2016.

A Ecomib está na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de abril de 2012 e é constituída por militares e polícias dos países da CEDEAO, como o Burkina Faso, Senegal, Nigéria, Costa do Marfim e Togo. Na sua opinião, a permanência da força internacional no país visa ajudar a consolidar o processo político e "evitar qualquer outra crise maior".

"A força no terreno tem feito um trabalho extraordinário. A região jogou um papel importante numa ação coletiva, tanto a CEDEAO, UA e a CPLP. Tem sido um sacrifício para os países da região que optaram pela solidariedade africana", disse.

OPINIÃO AAS: A guerra inacabada de JOMAV, ou o regresso do cangalheiro-mor


O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, quer um Procurador-Geral da República e um presidente do Tribunal de Contas que lhe obedeçam. Para apagarem a sua 'ficha suja' e estarem à sua disposiçao para a caça às bruxas.

Perdeu confiança no ex-PGR Gildo desde que o Ministério Público deu parecer favoravel à inconstitucionalidade da atabalhoada nomeaçao do Baciro Dja; e no Vasco Biague na sequência do parecer do Tribunal de Contas enviado à Assembleia Nacional Popular sobre as contas públicas de 2009 e 2010 (quando o actual PR era Ministro das Finanças), o qual não o deixa muito à l'aise...

Para substituir o Gildo escolhe alguém que ele acredita irá fazer-lhe o trabalho - António Sedja Man. Esperam-se pois tempos complicados para o Domingos Simões Pereira e seus próximos, leia-se Geraldo Martins, José António Almeida, João Bernardo Vieira, entre outros.

Tudo, com o fito de tapar com uma peneira a vergonha que foram os dois meses de irracionalidade em que o País esteve praticamente parado, vítima de actos inconsequentes e a roçar a demência. O que vale é que nem o novo PGR nem o novo presidente do TC estão imaculados - como o seu presidente. AAS

domingo, 22 de novembro de 2015

Aprender com quem sabe


A secretária de Estado da Administração Pública, do Território e Poder Local da Guiné-Bissau,Ester Fernandes, integra a delegação guineense que está em Cabo Verde, até ao dia 29 de Novembro, para conhecer experiência do arquipélago nos domínios da administração pública, governação electrónica e poder local.

A Guiné-Bissau quer conhecer experiência de Cabo Verde em diferentes domínios como por exemplo, a administração pública, governação electrónica e poder local. O objectivo do executivo guineense insere-se na descentralizar algumas regiões e localidades, como adiantou à imprensa, na cidade da Praia, a secretária de Estado da Administração Pública, do Território e Poder Local da Guiné-Bissau, Ester Fernandes.

"Queremos saber o que é que Cabo Verde fez até chegar à descentralização. De grosso modo é esta a experiência que nos trás aqui, para adquirir essa experiência e trabalharmos, mesmo que seja à distância, com os técnicos cabo-verdianos a orientar-nos nos primeiros passos que queremos que sejam seguros para o processo que se avizinha".

Ester Fernandes, secretária de Estado da Administração Pública, do Território e Poder Local da Guiné-Bissau faz parte de uma delegação guineense, que se encontra em Cabo Verde, chefiada pelo ministro da Função Pública e Trabalho, Luís Aníbal Fernandes.

A delegação fica no país até 29 de Novembro próximo e, para além de visitar várias instituições públicas vai ser recebida em audiência pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, e pela ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos Janira Hopffer Almada. RFI

sábado, 21 de novembro de 2015

Sr. PGR, António Sedja Man, antes da posse gostaria que nos esclarecesse isto:





António Sedja Man, novo PGR: Afinal havia um caso...

O Ministério Público que se pronuncie publicamente sobre este PROCESSO que remonta a 2010; e a presidência da República, que nos clarifique se houve algum INDULTO...AAS

INVESTIGAÇÃO DC - Novos PGR e presidente do TC:


Quem são António Sedja Man e Dionísio Cabi? As histórias, contadas por quem os conhece bem de perto, as artimanhas por onde já passaram, as manhas. Tudo escancarado no Ditadura do Consenso, o seu blogue. Apertem os cintos, vamos levantar voo. Detalhe: entra o tráfico de drogas & afins nos titulares dos mais altos cargos do Estado... AAS

INSS a arder


A empresa JOMAV, cujo dono é o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apurou o DC junto de uma fonte do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), estará em falta com mais de 100 milhões de Francos CFA, fruto dos descontos cobrados aos seus funcionários e trabalhadores. A dívida, ainda segundo a mesma fonte, "tem vindo a acumular durante anos a fio sem que haja qualquer solução."

A fonte do DC no INSS revelou ainda ao DC que os documentos sobre a dívida da empresa "simplesmente desapareceram" do Instituto. "A empresa nunca honrou os seus compromissos", garante a mesma fonte que revelou ainda as dificuldade dos trabalhadores da empresa JOMAV em verem resolvidos os seus problemas: "Há muitos trabalhadores, uns na reforma, outros no activo, que pedem subsídios e o INSS não pode pagar porque não recebeu da empresa."

Esta situação levou a que muitos deixassem de recorrer ao INSS para exigir os seus direitos. Na situação oposta encontram-se "as ONG e quase todas as grandes empresas estrangeiras, que cumprem com as suas obrigações." Um exemplo? Os Médicos Sem Fronteiras cumprem religiosamente.

No que toca ainda às ONG e a essas empresas "não tem havido problemas" mas reconhece, envergonhado, dizendo haver dois pesos e duas medidas. "Se estas empresas ou organizações falharem um mês que seja, são logo multadas." AAS

TERRORISMO: Sadjó Turé, o último jihadista português a morrer na Síria


Fonte: Revista SÁBADO
Autor: Nuno Tiago Pinto

É a mais recente baixa entre o grupo de jihadistas portugueses que combatem na Síria. Sadjo Turé, 36 anos, terá sido vítima de um tiroteio com as tropas de Bashar Al-Assad. No entanto, ao que a SÁBADO conseguiu apurar, aquele que foi um dos últimos portugueses a juntarem-se ao auto-proclamado Estado Islâmico, na Síria já terá morrido há algum tempo. "É verdade, mas já aconteceu há alguns meses", garantiu à SÁBADO uma fonte conhecedora do processo. A notícia da morte foi dada esta sexta-feira pelo Diário de Notícias.

Nascido a 24 de Dezembro de 1979 na Guiné Bissau, Sadjo chegou ainda muito novo para Portugal. O seu pai foi fuzileiro no exército português e, alguns anos após a independência, mudou-se com a família para a Amadora. Sadjo cresceu na linha de Sintra. Frequentou a escola Stuart Carvalhais e, em 1992, formou com três amigos de infância o grupo de hip-hop Greguz du Shabba. Respondia pelo nome de Magnetic e era b.boy [breakdancer]. Alguns anos depois, Celso e Edgar da Costa (na foto), quatro e sete anos mais novos, respectivamente, juntaram-se à banda (ver a edição desta semana da SÁBADO).

Entre 2005 e 2006 mudou-se para Londres, onde foi tirar o curso de engenharia informática. Tinha 27 anos. Instalou-se num apartamento em Creighton Road, na Zona Norte da capital britânica, num edifício ocupado maioritariamente por emigrantes. Depois mudou-se para o bairro de Leyton, onde ocupou o apartamento 34 de uma torre situada a meio caminho entre as residências de Nero Saraiva - outro dos jihadistas portugueses - e dos irmãos Rodrigues da Costa.

De todos, Sadjo era o único que já era muçulmano. Em Londres, onde existe uma grande comunidade, aproximou-se mais do Islão. Um amigo que viveu com ele na mesma casa contou à SÁBADO que a determinada altura ele começou a levar a religião muito a sério. "No início ele só não bebia. Mas depois passava o dia com os outros a conversar e a ler o Corão. Também tomava conta de uma loja de roupa que era de outro muçulmano. Eles são muito unidos. Ajudam-se em tudo o que precisam e até financeiramente", conta.

Em 2012, Sadjo (de quem não se conhecem fotografias) terá ido com Nero Saraiva e os irmãos Rodrigues da Costa para a Turquia. Aí, atravessaram a fronteira com a Síria. Dos quatro, só Nero Saraiva ficou na região. Os restantes regressaram à Europa. Celso e Edgar vieram nesse final de ano para Lisboa. Sadjo ficou em Londres. Não sabiam que nessa altura já estavam a ser investigados pela polícia britânica devido ao envolvimento no rapto dos jornalistas John Cantlie e Jeroen Oerlemans. Os dois repórteres tinham sido sequestrados na Síria a 17 de Julho de 2012 e mantidos em cativeiro durante nove dias até conseguirem escapar e regressar aos seus países. Em Londres, Cantlie disse aos investigadores que a maioria dos raptores eram estrangeiros e que vários tinham sotaque londrino. Através dos registos das viagens, as autoridades descobriram então que o grupo de portugueses tinha estado na Síria. Nessa altura, Celso e Edgar já estavam em Portugal. Mas Sadjo continuava em Londres - e a preparar um regresso à Síria.

A 9 de Janeiro de 2013, uma quarta-feira, Sadjo deixou o apartamento onde vivia no bairro de Leyton, em Londres, e fez o percurso de mais de uma hora que o levou ao aeroporto de Gatwick, nos arredores da capital britânica. Levava com ele o bilhete de um voo com destino a Damasco, a capital da Síria. No entanto, antes de embarcar no avião, o português foi abordado por agentes da Metropolitan Police da Scotland Yard por suspeitas de envolvimento no rapto de John Cantlie.

Na época, um porta-voz da polícia metropolitana afirmou que a detenção fazia parte de "uma investigação às viagens para a Síria em apoio de alegadas actividades terroristas". Mas o envolvimento do português nunca ficou claro e a sua identidade foi mantida em segredo. Foi identificado apenas como um "português" de 33 anos. Mas há alguns meses a SÁBADO confirmou a sua identidade junto das autoridades britânicas e portuguesas.

Apesar das buscas ao apartamento onde vivia, foi libertado sem acusação após uma semana de detenção. Durante o ano seguinte continuou a viver em Londres e constou até dos cadernos eleitorais britânicos. Só deixou de fazer parte das listas porque no início de 2014 conseguiu o objectivo: juntar-se à jihad na Síria, onde viria a morrer, sob o nome de Abdulkareem Andalus.

Será a quinta vitima entre os jihadistas portugueses. O primeiro a morrer foi Joni Miguel Parente, que em Maio de 2014 realizou um atentado suicida no Iraque. O segundo foi Sandro Monteiro, também ele originário da linha de Sintra e que, em Outubro do mesmo ano terá morrido vítima de um bombardeamento da coligação internacional em Kobane. Já em Janeiro deste ano, foi a vez de Micael Batista ser atingido na mesma cidade por um míssil. Há poucos meses foi a vez de Luís Almeida morrer na Síria. Houve ainda uma outra morte nunca confirmada: a de Abu Juwayria al-Portughali, apresentado como um "comandante português" do Estado Islâmico, mas sobre o qual as autoridades lusas não têm informações.

Apesar da notícia da sua morte, as autoridades portuguesas deverão manter activo o seu mandado de captura internacional, tal como fizeram no caso de Sandro Monteiro: o objectivo é impedir que o seu passaporte possa ser usado por outros jihadistas para entrar na União Europeia. Existem também mandados de captura contra, pelo menos, Nero Saraiva, Edgar e Celso Rogrigues da Costa e Fábio Poças. A investigação está a cargo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e da Unidade Nacional de Contra Terroristo da Polícia Judiciária, com a colaboração do Serviço de Informações e Segurança.

ECOMIB: União Africana aplaude continuação de força de estabilização na Guiné-Bissau


O Conselho de Paz e Segurança da União Africana saudou hoje a prorrogação do mandato da força militar e policial Ecomib na Guiné-Bissau e com o apoio financeiro da União Europeia (UE) para a missão, anunciou em comunicado.

Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) com vista a prorrogar o mandato da Ecomib até junho de 2016 (...) e igualmente a decisão da União Europeia de contribuir financeiramente para esta missão", refere-se no documento.

A Ecomib é uma força policial e militar de cerca de 500 homens dos Estados da África Ocidental, estacionada na Guiné-Bissau desde o golpe de estado de abril de 2012, para estabilização do país.

Dada a instabilidade política no país, os parceiros internacionais têm optado por manter o efetivo no país, mas a CEDEAO já tinha pedido que outros parceiros internacionais apoiassem a ação.

O comunicado de hoje surge depois de o Conselho de Paz e Segurança da UA se ter reunido a 10 de novembro para debater a situação da Guiné-Bissau.

Aquele órgão classificou como positivo o desfecho da crise política que eclodiu em Bissau, depois de o Presidente da República ter demitido o Governo em agosto.

O comunicado apela ainda à "estreita colaboração" dos políticos da Guiné-Bissau para conseguirem encontrar soluções para seis desafios que o país enfrenta.

"A reconciliação nacional e a boa governação, por um lado, a gestão transparente dos recursos naturais, o respeito pelos direitos humanos" e "a luta contra a impunidade e o tráfico de droga" são os quatro pontos que encabeçam a lista elencada pelo conselho.

Aquele órgão da UA pede ainda entendimentos sobre "a reforma do setor de defesa e segurança" e acerca do "desenvolvimento económico do país", tudo com vista "a garantir, a longo termo, a estabilidade e o bem-estar da população".

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

PM recebeu embaixador do Reino de Marrocos


O primeiro-ministro, Carlos Correia, manteve hoje um encontro no seu gabinete com o Embaixador do Reino de Marrocos acreditado em Bissau.



A ocasião, serviu para Taleb Barrada, felicitar, encorajar o chefe do governo pela sua designação ao cargo de Primeiro-ministro.

Também, as duas personalidades passaram em revista as relações de cooperações existentes, entre os dois países, particularmente os acordos rubricados, aquando da visita do Rei marroquino ao país, no mês de Maio, último.

Tendo as respectivas vontades manifestado o interesse em implementar o mais rápido os referidos acordos e para o qual já encontra permanente em Bissau um encarregado de negócios indigitado, El Alaoui. O encontro foi assistido pelo conselheiro para área da defesa e segurança, Luís Melo.

PAIGC/PAICV: Janira Hopffer Almada recebida na sede dos 'libertadores'



A presidente do PAICV com o primeiro-ministro Carlos Correia


No salão nobre Amilcar Cabral

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Terrorismo? Nô Pintcha...



Fundamentalista e perigosíssimo

TERRORISMO: Guiné-Bissau homenageia vítimas do terror em França


“Movimento 3 Minutos de Reflexão”

HOMENAGEM AS VITIMAS DO TERRORISMO EM PARIS

MANIFESTAÇÃO DE SOLADARIEDADE PARA COM O POVO FRANCÊS

Dia 19 novembro,

na Praça Mártires de Pindjiguiti

PROGRAMA

08H30: Concentração do Público;
08H30 – 09H30: Música clássica francesa, intercalada com música
guineense;
09h30 – Hino da Guiné-Bissau e da França;
09h40- 09H55 Intervenções:
- Presidente da Câmara Municipal de Bissau;
- Representante da Comissão;
- Representante da Igreja Católica
- Representante da Comunidade Muçulmana
- Representante da CPLP;
- Representante da CEDEAO
- Representante da UA;
- Embaixador de França

10h59 – 1 minuto de silêncio
11h00 – “3 minutos de reflexão”

2,1 milhões de euros da ONU para as áreas protegidas na Guiné-Bissau


O Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas (IBAP) da Guiné-Bissau vai receber um apoio de 2,1 milhões de euros através das Nações Unidas para reforçar a atividade nos próximos quatro anos, anunciou hoje a instituição.

A verba vai apoiar a conservação de 950 mil hectares de "habitats críticos" através da "sustentabilidade financeira a longo prazo da rede nacional de áreas protegidas da Guiné-Bissau", anunciou o IBAP em comunicado.

O instituto espera que as zonas vigiadas onde a natureza é de facto protegida chegue a 26% do território em 2016.

O apoio vai ser concedido através do Fundo Global para o Ambiente (GEF, na sigla inglesa) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O IBAP espera "consolidar os resultados já alcançados pelo Governo no domínio da conservação da biodiversidade na Guiné-Bissau", eleita como uma áreas prioritárias para a atração de investimento e promoção de desenvolvimento do país.

Ao nível das ações detalhadas, o instituto prevê usar o financiamento para "assegurar o pleno funcionamento e capitalização da Fundação BioGuiné", um fundo que envolva parceiros para financiamento das ações de conservação.

Prevê-se ainda fortalecer a "gestão eficaz" de uma área especialmente crítica, a do Parque de Cantanhez, através da criação de novas estruturas operacionais e o envolvimento da Direção-Geral de Florestas e Fauna.

A zona de Cantanhez, junto da fronteira sul do país, é habitualmente visitada por quem deseja avistar chimpanzés, mas junta um leque de animais e flora muito mais diversificado. Lusa

terça-feira, 17 de novembro de 2015

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Banco Africano de Desenvolvimento disponibiliza 28,9 milhões de euros à Guiné-Bissau


O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD),disponibilizou hoje 28,9 milhões de euros para o Governo da Guiné-Bissau financiar projetos nas áreas da energia e melhoria das finanças públicas.

Os acordos para o desbloqueamento dos fundos foram hoje rubricados por Mamado Ndongo, representante regional do BAD, com residência no Senegal, e pelo ministro guineense da Economia e Finanças, Geraldo Martins.

Na ocasião, o governante guineense enalteceu a "confiança" do BAD nas autoridades guineenses, que diz traduzir-se na atribuição de apoios anunciados por aquela instituição na mesa redonda de doadores da Guiné-Bissau no mês de março.

"Estes projetos vêm testemunhar a confiança que o Banco Africano para o Desenvolvimento continua a depositar na Guiné-Bissau e nas suas autoridades", disse Geraldo Martins.

O ministro da Economia e Finanças disse ainda que os três projetos financiados pelo BAD "estão em coerência" com o Plano Estratégico apresentado pelo Governo de Bissau aos parceiros na mesa redonda.

As verbas destinam-se a melhoria do fornecimento de eletricidade a Bissau e o transporte de energia das barragens de Sambangalo (no Senegal) e Kaleta (na Guiné-Conacri) para a Guiné-Bissau.

A partir destas duas barragens, construídas no âmbito do projeto de aproveitamento da bacia do rio Gambia (OMVG, em sigla inglesa) a Guiné-Bissau passará a receber 28 megawatts de energia elétrica. Lusa

PM em forma


No jogo de amizade decorrido no dia 12 de novembro, no Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau, entre as equipas de Sport Bissau e Benfica, que este ano venceu o campeonato e a Taça e o plantel B do Sport Benfica de Lisboa, cujo resultado foi de 4-3, presenciado por milhares de guineenses Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia, dando o pontapé de saída demonstrou estar ainda em forma, como ilustram estas imagens.

Ex-guerrilheira lidera associação


Saturnina Santos, uma ex-guerrilheira das matas da Guiné-Bissau, é o rosto da associação que quer "melhorar a vida" da mulher rural no país onde as mulheres representam 52 por cento da população.

Saturnina Santos foi guerrilheira pela independência do país, estudou como radio-telegrafista e trabalhou nas Forças Armadas até 1998, quando decidiu despir a farda e dedicar-se ao associativismo. Por não encontrar "nenhuma política nacional" virada para as mulheres rurais, Saturnina e outras ativistas decidiram criar uma associação que mostrasse aos governantes "o erro que é deixar de lado uma grande parte da população" guineense nas políticas públicas, referiu à Lusa.

"A mulher representa cerca de 52% da população guineense, destas quase 70% estão no campo e não existe uma política nacional" que as tenha em conta, acrescentou. Viver na Guiné-Bissau, mesmo nas cidades, é complicado, no campo ainda mais, observou Saturnina, explicando as dificuldades do quotidiano. "No campo, uma mulher trabalha a dobrar. Acorda primeiro que todos os membros da família e é a última a ir para cama. Se tiver arroz, tem que o pilar à mão, depois vai à mata, a procurar lenha e água, às vezes em zonas distantes da aldeia".

Depois é ela "que cozinha e ainda vai à ´bolinha´ (campo de plantação de arroz)", relata. "É uma vida dura demais, muitas morrem antes do tempo", lamenta a secretária-geral da associação que quer ver alterado este cenário nos próximos tempos na Guiné-Bissau. Saturnina Santos enaltece ainda um outro pormenor da mulher rural: "Não sabe ler, mas faz tudo para mandar o filho para uma escola nas cidades", refere.

A ativista diz que está cansada de ficar passiva perante "a dura realidade, que tarda em mudar", pelo que quer levar o Governo guineense a começar por reconhecer o dia Mundial da Mulher Rural - dia 15 de outubro, instituído pelas Nações Unidas desde 1995 na 4.ª Conferência Internacional sobre a Mulher, na China e na qual a Guiné-Bissau participou, lembra.

De seguida, a associação liderada por Saturnina Santos pretende introduzir na agenda questões como a alfabetização funcional, programas concretos de acesso à água, micro-crédito e leis que lhes dêem o controlo efetivo das terras onde trabalham. "Há políticas para tudo nos centros urbanos: combate à pobreza, promoção do emprego, saúde, educação, mas não há nada em concreto focado para a mulher do mundo rural", defende Saturnina Santos, que também quer ver os parceiros de desenvolvimento a colaborarem com a sua associação.

A dirigente tinha "alguma esperança" no Governo eleito em 2014, mas quando se preparava para ir apresentar as suas ideias ao primeiro-ministro, o executivo foi demitido pelo chefe de Estado. Se um dia a associação tiver o reconhecimento e o apoio de que precisa, a primeira ação será a realização de um Fórum Nacional da Mulher Rural, conclui Saturnina Santos. Lusa

Guiné-Bissau: A juventude pode ser uma prisão


FONTE: Público


Nos bairros de Bissau, jovens exibem um misto de desesperança e resignação que se consubstancia na palavra crioula “coitadeza”. Para muitos, a Europa, com Portugal à cabeça, é a saída.

Abrigam-se do sol numa figueira alta, frondosa. Uns sentam-se num tronco deitado na terra avermelhada. Outros em pneus velhos ou em cadeiras trazidas de casa. Podem ficar ali o dia inteiro. Lassana Massuba Sila, um rapaz alto, de olhos fundos, é que se lembrou de criar uma “bancada” no Bairro de Belém, periferia de Bissau. “Se levanto de manhã, só a noite que saio daqui para ir tomar ar.”

À sombra daquela árvore, param 34 jovens com um fogareiro, duas chaleiras, três pequenos copos. Vão fazendo um chá verde, adocicado, a que chamam warga. Alguns ainda estudam. Muitos não estudam nem trabalham, como Lassana. “Eu no ano passado concluí [o secundário]. Estou a esperar uma bolsa. Eu quero estudar engenharia informática, mas sabe a situação… Os carentes sempre ficam para trás.”

Tantas “bancadas” nos bairros em torno de Bissau. Há muito quem reduza estes grupos informais a jovens que “não querem pegar tesu”, isto é, que não querem trabalhar, esforçar-se. O sociólogo Miguel de Barros, que se tem dedicado ao estudo dos jovens e das suas formas de participação, vê um modo de expressar descontentamento com o estado do país, de protestar.

“Aqueles jovens não conseguem entrar no mercado de trabalho”, sublinha Barros. O Estado já não pode contratar, a indústria não existe, os serviços rareiam, as organizações não-governamentais empregam um número reduzido. “Escolhem o espaço mais vistoso da sua zona para mostrar a sua precariedade, projectar a sua condição de desesperançados, de vulneráveis.”

Há “bancadas” de assalto, “bancadas” de vigilância de bairro, “bancadas” que fazem rap, “bancadas” que se transformam em centros de debate antes e depois de cada acto eleitoral e “bancadas” que se organizam para recolher lixo, como esta, que o faz três vezes por ano. Em todas paira um misto de desesperança e resignação que se consubstancia na palavra crioula “coitadeza”.

Lassana tem cinco irmãos, três mais velhos do que ele, que já completou 22 anos. Só um trabalha a tempo inteiro. Esse irmão e o pai, que “costuma dar as suas voltas”, sustentam a família inteira. A mãe pede aos outros que não procurem uma “vida sem saída”, isto é, que não se enfiem no crime. Sentado naquele tronco, Lassana queixa-se do país: “Cada dia está pior. Nós, os jovens, é que pagamos por tudo.” Ficam presos à juventude, um estatuto de subalternidade.

Ser jovem na Guiné-Bissau não é igual a ter entre 18 e 35 anos. A juventude depende do género, da etnia, da condição económica. O período é tendencialmente curto para as raparigas, cedo tomadas pelo casamento e pela maternidade, e tendencialmente longo para os rapazes, que só dela saem através de rituais de iniciação e/ou assunção de responsabilidades. O antropólogo Henrik Vigh usa a expressão “moratória social” para designar este tempo, angustiante, marcado pela assimetria das relações sociais e pela falta de oportunidades para cumprir a trajectória que permite sair do estatuto de menoridade, alcançar os direitos e deveres da vida adulta.

Ali, na bancada “há muito puxa-puxa”. “Todos os dias é a mesma coisa”, ri-se Nézio Aniceto Rafael Pereira, o mais alto dos rapazes. Falam de desporto, política, educação, emprego. “Eles acham que a Europa é a solução para os problemas”, resume. Ir para a Europa é “sair do escuro”, isto é, dar o salto para um mundo com horizonte, ganhar independência, tornar-se adulto.

Num instante se percebe a revolta, contida, contra o modo como os mais velhos têm dirigido o país. Nézio abrevia o debate: “Quando uma pessoa está a tentar fazer algo de bom, o outro que não está lá a trabalhar começa a fazer a guerra. E isso não é bom. Sempre concluímos que isso não é bom. Quem merece trabalhar, que deixem trabalhar. Quem não merece, que fique em casa.”

Não é só a instabilidade político-militar, que se agravou desde a guerra civil de 1998-1999. É a fragilidade do Estado e da economia. O país depende da ajuda externa, quase só exporta castanha de caju, é incapaz de garantir serviços e infra-estruturas de nível básico – luz, água, saúde, educação.

“O futuro está muito ameaçado”, diagnostica o sociólogo Dautarin da Costa. A desvantagem começa a definir-se desde a mais tenra infância. “Pelo menos 20% das crianças em idade escolar não chegam a ir à escola. Das que vão, apenas 63% têm probabilidade de chegar ao 6º ano; 51% ao 9º ano; 46% ao 11º”, diz, citando o Relatório para a Situação da Educação na Guiné-Bissau.

Dautarin pode discursar horas sobre a fraca qualidade do ensino básico e secundário e a escassez de ensino técnico-profissional e superior. É com essa espécie de “amputação” que os jovens têm de enfrentar os desafios da integração na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, com livre circulação de pessoas e bens. Ou a vida em países como Portugal, Espanha, França, Luxemburgo ou Reino Unido – no ano passado, só os romenos (2455) ultrapassaram os guineenses (1239) em matéria de entradas em Portugal, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Nem todos se limitam a esperar por uma bolsa ou um familiar que lhes sirva de âncora. Proliferam organizações juvenis. Há muito quem as encare como um trampolim para a vida profissional, observa Miguel de Barros. Acreditam que os pode ajudar a aceder a uma bolsa de estudo no estrangeiro ou a ganhar uma projecção social capaz de abrir portas no mercado de trabalho. Nézio, agora com 32 anos, insistiu nesse caminho.

Entrou na escola aos oito anos, o rapaz alto, de cabelo rente. Antes, não havia “condição para pagamento [de matrícula] e material didáctico, alimentação até”. O pai não queria saber dele e a mãe vendia comida na rua. Com a ajuda de tios completou o 11º ano. Entrou numa associação juvenil e aproximou-se de uma grande ONG ligada à preservação do ambiente e à promoção da cidadania. Por uns trocados, foi cumprindo pequenas tarefas aqui e ali. Três anos nessa espera. Aproveitou uma oportunidade para fazer uma breve formação em informática. Esperou outro ano. Fez um curso profissional de contabilidade. Esperou outros três anos, até, por fim, ser seleccionado por uma ONG para um projecto. “Estou à espera que me chamem”.

Conta ganhar o suficiente para pagar um quarto, assegurar “um tiro kada dia”, isto é, uma refeição por dia, o almoço, e ajudar a mãe, que uma trombose atirou para uma cama. Não se sente diferente. Tudo à volta dele é luta pela sobrevivência. Mais de dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia – um terço com menos de um dólar. E os jovens são os mais afectados pela pobreza (80% dos pobres têm entre 15 e 35 anos). Impera a “dubria”, isto é, o “desenrascanço”.

Com latas de café, leite ou papa, jovens fazem brinquedos; com latas de alumínio, panelas; com linhas de coser roupa, depilação. Tudo se vende nas ruas e becos, nas rotundas, cruzamentos e entroncamentos, nas varandas e nos quintais da cidade e dos bairros à sua volta. Saldo para telemóvel, recarga, sacos de água, copos de café instantâneo, meias, boxers…. O importante é arranjar uns francos CFA para pagar a escola ou garantir o “tiro” de cada dia.

Quase não se vê raparigas sentadas em “bancadas” ou a liderar associações juvenis. Os homens estão mais presentes no espaço público e as mulheres mais associadas ao espaço privado, mas basta andar pelas ruas poeirentas de Bissau para as ver vender temperos caseiros, caldos industriais, pequenas porções de amendoins crus, sacos de castanha de caju, frutas avulso, sapatos usados, tecidos de cores garridas, galinhas vivas, peixes fumados, peixes frescos...

Laida Có trabalha de segunda a sábado no labiríntico mercado de Bandim, o maior de Bissau. Desde os 15 anos, ajuda a mãe a vender peixe. Acorda por volta das 7h30. Cedo atracam os barcos velhos e coloridos com barbo, barracuda, corvina, linguado, perca, peixe-gato, peixe-espada, arenque, sável. Fica de pé das 9h às 13h, a regar o peixe disposto numa banca inclinada. “Às vezes, quando estou na feira, há jovens e até adultos que passam ao pé de mim e ficam a discutir: ‘será que é ela?’, ‘não, não é!’. Muitos não acreditam que é a MC Leidy que está a vender peixe.”

MC Leidy é o seu nome artístico. No seu papel de rapper, a rapariga, de 22 anos, aconselha: “Para um jovem ser bom exemplo ele tem que seguir um caminho que o vai recompensar amanhã. No mundo de hoje, as pessoas devem escolher um caminho e segui-lo. Esse caminho deve ser um que não faz cair.”

Não se lembra de não trabalhar. A irmã mais velha foi criada por familiares. Enquanto a mais nova era muito pequena, caía-lhe a lida toda em cima. “Varria, limpava, acartava água, cozinhava, lavava a loiça, depois tinha que me preparar para ir às aulas.” Os dois rapazes mais velhos, não tinham tais encargos. “Às vezes o mais velho ia ao mercado e trazia o mafé [carne ou peixe], mas do resto nada.”

Sai para o mercado, volta, vai para as aulas no Centro Cultural Português, e vê rapazes sentados na bancada do Bairro Sector 7. Pensa que devem ser ‘filhos de boas mães’, ou seja, que têm quem os sustente. “Se estás sentado é porque tens quem te dê; se não, vais ter que te levantar e te sacrificar para conseguir nem que seja 25 francos CFA. Como eu não tenho quem me dê, para não entrar na ‘má vida´, luto”, diz. E lutar é, também, enfiar umas calças largas e um boné e cantar.

O rap popularizou-se como instrumento de contestação dos poderes políticos e militares e de denúncia da situação política, económica e social, sobretudo em Bissau. E isso, no entender de Miguel de Barros, é “muito importante num contexto onde os protestos eram controlados e de baixa intensidade”. É, explica, um fenómeno indissociável de um outro: o das rádios comunitárias.

Tudo começou ainda antes da guerra civil, com o programa semanal “rap pa raperus”, na rádio privada “Pindjiguiti”. A estação foi saqueada durante o conflito. Com a liberdade de imprensa enfraquecida, por iniciativa da Rede Nacional das Associações Juvenis nasceu a Rádio Comunitária Jovem. É nela que é emitido o programa Ondas Culturais, de segunda a sexta, das 14h às 16h.

Com voz grave, o radialista Mayerson Tavares Arsola Indi, de 33 anos, apresenta jovens artistas da Guiné-Bissau, entrevista-os em directo, abre a linha telefónica para que os ouvintes cheguem até eles. O programa chegou a ter às sextas-feiras, entre 2011 e 2013, um concurso de “Freestyle” dedicado à descoberta de novos talentos. O vencedor ganhava uma gravação em estúdio.

Braima Darame, o director da rádio, gosta de dar voz a jovens que, apesar de toda a adversidade, revelam criatividade. “Através da rádio, tentamos incentivar esses jovens, que não se limitam a esperar uma oportunidade para ir para Europa, e, ao mesmo tempo, consciencializar os outros. Estes podem servir de exemplo, podem mostrar que mesmo aqui se pode fazer algo.”

É preciso muita “dubria” para manter este “palco” a funcionar. Dezassete jovens afligem-se. As operadoras móveis, os grandes anunciantes, trocam serviços por publicidade. Precisavam de um patrocinador que pudesse garantir as deslocações de repórteres e animadores. “Muitas vezes ficamos com as mãos atadas. Ligo a alguém que tem de substituir o companheiro que está a trabalhar e esse alguém diz: quero ir, estou pronto, mas não tenho dinheiro para pagar o táxi.”

Braima é colaborador da Deutsche Welle, rádio internacional alemã com alguma programação em português, e já perdeu a conta às vezes que teve de tirar dinheiro do seu bolso para auxiliar a Rádio Jovem. Não que tenha muito para dar. Ele e um irmão é que sustentam a casa da família, morada de 12 pessoas. “Continuámos essa vida sem nada…” Já teve oportunidade de ir para fora, mas recusou. Tem 28 anos e está ali há oito. “Assumi esse projecto: um grupo de jovens a tentar mudar o seu país em regime de voluntariado.” Quem disse que ninguém acredita na Guiné-Bissau?

domingo, 15 de novembro de 2015

Estava escrito nas estrelas


Às 14 horas do dia 15 de Novembro do ano de 1966, haveria de nascer na Aldeia Formosa (actual Quebo), um indivíduo de sexo masculino a quem foi dado o nome de António José Aly Rodrigues da Silva, filho legítimo de Muna Said Aly (Rodrigues da Silva) e de Carlos Alberto Rodrigues da Silva.

Nasceu porreiro da vida, é jornalista, revolucionário, altamente perigoso e inflamável, e por causa disso, mas mais ainda por causa do analfabetismo, do ódio e da intolerância que grassam na Guiné-Bissau,

espera morrer de forma violenta. AAS


STJ: Visita de cortesia ao Primeiro-ministro


O Primeiro-ministro, Carlos Correia, recebeu em audiência as Suas Excelências, o Presidente do Supremo Tribunal - STJ, Paulo Sanha e o Vice-Presidente, Rui Nené, com quem trocou impressões, entre outras coisas, sobre o funcionamento dos tribunais.



Este encontro, que segundo o Presidente da STJ enquadra-se “no âmbito das relações institucionais dos órgãos de soberania. Por isso hoje estamos cá para fazer essa visita de cortesia ao Primeiro-ministro,” foi testemunhado pelo Ministro da Presidência, Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares, Malal Sane.

O Chefe do Governo regozijou-se pelo encontro, que considerou ser de extrema importância a manutenção desse tipo de relacionamento, entre os dois órgãos de soberania do país.

DC: Voz di Povo




NOTA: Favor ampliar 1000 vezes para ver outros resultados, ou usar uma lupa...AAS

(IN)JUSTIÇA: Zamora Induta continua detido apesar da ordem de libertação


Ex-CEMGF Armadas da Guiné-Bissau, Zamora Induta, continua detido apesar de existir um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça a ordenou a libertação, disse hoje fonte da defesa do militar à agência Lusa.

De acordo com a advogada Ruth Monteiro, Induta ainda não foi libertado por alegada falta de combustível para uma viatura do Tribunal Militar conduzir o mandado de soltura até ao quartel de Mansoa, a 60 quilómetros da capital, onde o vice-almirante está detido.

A advogada considera inaceitável esta justificação do Tribunal Militar, na medida em que, segundo refere, sempre houve combustível para as movimentações dos guardas militares que vigiavam Zamora Induta.

"Durante um mês em que o vice-almirante esteve em casa e impedido de sair por ordens da Promotoria Militar, houve sempre combustível para levar militares e revezar o grupo que estava a guardá-lo, (...) houve combustível para levá-lo para a prisão de Mansoa, só não há combustível para restitui-lo à liberdade", afirmou.

O coletivo de advogados que defende Zamora Induta acredita na justiça para o esclarecimento de todas as acusações que recaem sobre o militar, mas diz já não saber o que fazer para que a ordem do Supremo seja cumprida.

Por outro lado, Ruth Monteiro disse ter recebido, na quinta-feira, uma mensagem por telefone em que os advogados de Induta são ameaçados de morte. A advogada já deu a conhecer às autoridades judiciais do país o teor da mensagem que disse ser a segunda no espaço de três meses.

Da primeira vez, em setembro, uma outra mensagem ameaçava os advogados de Zamora Induta de que poderiam ser esquartejados e na segunda, agora, diz-se que se devem preparar para morrer. Na quinta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (civil) aceitou um pedido de 'habeas corpus' interposto pelo coletivo de advogados de Induta, ordenando a sua libertação imediata.

O militar foi indiciado pela promotoria militar, entre outros, de crimes de homicídio, terrorismo contra o Estado e tentativa de subversão da ordem constitucional, na qualidade de alegado mentor de uma suposta tentativa de contragolpe militar ocorrido a 21 de outubro de 2012.

O alegado golpe teria como objetivo destituir os autores de um outro golpe que tinha ocorrido no país no mês de abril do mesmo ano, esse outro liderado pelo então adjunto de Zamora Induta na chefia das Forças Armadas guineenses, general António Indjai. Lusa

Diplomas para novos médicos


No Salão Victor Saúde Maria do Palácio do Governo, está manhã teve lugar a Cerimónia de Entrega de Diplomas a 30 novos Médicos e 7 Especialistas da Medicina Geral, recém-formados na Faculdade de Medicina “General Raúl Diaz Arguelles”, foi presidida pela Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.



A Cooperação Técnico-Científica entre Guiné-Bissau e Cuba, cujas sementes foram lançadas desde os primórdios da luta de libertação nacional e foram cimentados nos primórdios da nossa independência, dando origem em Outubro de 1976, a Faculdade de Medicina de Bissau, tem produzido resultados bastante frutuosos para o nosso país.

Mas, “tem sido na área da saúde onde ela mais se faz sentir e as nossas populações em geral e os nossos Combatentes da Liberdade da Pátria em particular, podem muito bem testemunhar o grande apreço que o nosso país tem por esta cooperação”, frisou o Chefe do Governo.

Referindo, que em pleno século XXI, o país tem vindo a debater-se, ao longo dos anos, com à falta de técnicos, tanto em quantidade como em qualidade, para a Saúde para fazer face aos inúmeros desafios que se colocam ao nosso país disse: “Constitui sempre um enorme prazer participar em actos que marcam a entrega de diplomas aos quadros formados para dar a sua contribuição nesta grandiosa tarefa em que nos encontramos todos engajados: o de edificar uma nação saudável e economicamente forte visando o bem-estar do seu povo.”

Também, não se esqueceu de lembrar aos recém-formados, que constitui preocupação do Governo, em seu Programa, trabalhar com os seus parceiros para a criação das “melhores condições que permitam aos técnicos cumprir da melhor forma as delicadas tarefas de que são incumbidas, e velar para que beneficiem de formações contínuas a fim de melhor poderem dar respostas aos desafios que têm pela frente” para que possam “combater à mais variadas doenças tanto nos centros urbanos, como nos mais longínquos cantos da nossa terra, onde se sente cada vez mais a necessidade de técnicos qualificados para cuidar da saúde das nossas populações.”

No fim desejou aos “recém-formados o melhor desempenho na difícil, delicada mas nobre e reconfortante missão de proteger a saúde e salvar vidas humanas.”

Tomaram parte nesta cerimónia a Ministra da Saúde Pública, Sra. Cadi Seidi; a Ministra da Defesa Nacional, Sra. Adiatu Nandigna; a Ministra da Mulher, Família e Coesão Social, Sra. Valentina Mendes; o Secretário de Estado da Gestão Hospitalar, Sr. Martilene Fernandes dos Santos; o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cuba na Guiné-Bissau e no Senegal, Sr. Elis Alberto Gonzalez Polanco, os docentes da Faculdade de Medicina, alunos e familiares dos médicos recém-formados.

VITÓRIA: 1 ano de EuroAtlantic


Numa entrevista à RTP, no aeroporto de Bissau, o Secretário de Estado dos Transportes e Telecomunicações da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, realçou as vantagens que foram 1 ano de operações da EuroAtlantic na rota Lisboa/Bissau/Lisboa.


João Bernardo Vieira

"Muitos criticavam dizendo que a EuroAtlantic não iria durar mais do que três meses, felizmente hoje as pessoas viram que foi extremamente
positivo a vinda da transportadora a Bissau
" - disse orgulhoso o governante guineense. AAS

ADVOGADOS DE ZAMORA INDUTA AMEAÇADOS DE MORTE


A equipa de advogados de defesa do Contra-Almirante Zamora Induta, veio a público reagir sobre os últimos desenvolvimentos, nomeadamente a da libertação do seu constituinte que foi ditada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

E denunciaram que estão TODOS sob ameaça de morte. Ruth Monteiro, advogada, disse que recebeu uma mensagem no seu telemóvel advertindo-a de que "seriam mortos." As ameaças foram já participadas à Polícia Judiciária. AAS

Uma coisa é saber ler; outra, mais difícil, é compreender o que se leu


A Secretária de Estado da Cooperação Internacional e Comunidades guineense, Suzi Barbosa, considerou positiva a participação da Guiné-Bissau na Cimeira de La Valeta, em Malta, que representou um novo marco nas relações de Cooperação entre a UE e os Estados Africanos.

A Guiné-Bissau participou nesta Cimeira enquanto país membro do processo de Rabat e prevê vir a ser beneficiária do Fundo Fiduciário constituído pela UE no valor inicial de 1.8 mil milhões de euros, valor que será reforçado e espera-se que duplique, com as contribuições dos países signatários.

Este Fundo vem juntar-se aos 20 biliões anuais de Ajuda Europeia ao Desenvolvimento que a EU destina para a Cooperação com os países africanos. Durante esta Cimeira a Secretária de Estado pôde ter encontros bilaterais com os parceiros da Guiné-Bissau e conta vir a beneficiar de projectos regionais de Cooperação, no âmbito da formação profissional a jovens, projectos agrícolas e créditos a mulheres nas zonas rurais.

De destacar o contributo da França para o Fundo, no valor de 15 milhões de euros, e Portugal com 250 mil euros. Questionada sobre a situação política de Portugal , a Secretária de Estado referiu que tratando-se de uma questão de política interna, cabe aos portugueses decidir o melhor para si, não deixando de estar triste pelo imbróglio político do país que foi a potência colonizadora da Guiné Bissau.

Porém, e convém sublinhar, Portugal sempre teve uma excelente Cooperação com a Guiné -Bissau independentemente do partido político no poder e Suzi Barbosa espera que assim continue a ser. Também no referente à Guiné Bissau disse esperar que se respeite a decisāo do povo que fez a sua escolha na urnas e espera que se aprove a o programa de governo a ser apresentado em breve no parlamento.

Difícil? Bom talvez um desenho ajude...AAS