quinta-feira, 30 de abril de 2015
PM guineense considera "corajosas" medidas fiscais e controla de despesas
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, considerou "corajosas" as medidas tomadas pelo seu Governo para controlar as despesas do Estado e a fiscalidade no país, fazendo aumentar as receitas tributárias.
"As receitas fiscais têm vindo a aumentar de forma significativa em relação aos anos anteriores, devido a medidas corajosas adotadas pelo Governo, nomeadamente o controle das faturas e a drástica redução das despesas não tituladas", referiu, num encontro, na quarta-feira, com dirigentes da Nações Unidas, citado num comunicado do Governo guineense.
Domingos Simões Pereira falava através de videoconferência com o grupo de conselheiros do Fundo para a Consolidação da Paz da ONU, numa ligação estabelecida entre o escritório da missão das Nações Unidas em Bissau e Nova Iorque. Na conversa, o primeiro-ministro admitiu que "tais medidas [ao nível do controlo de despesas] têm, no entanto, provocado algum mal-estar, por hábitos consolidados e interesses vários".
A Guiné-Bissau tem vivido ciclos de instabilidade crónica em 40 anos de independência, tornando difícil o combate à corrupção e a regularização da economia, feita quase na totalidade de forma informal, sem registos. As eleições de 2014 puseram fim ao período de transição provocado pelo golpe de Estado de 2012 e o lema do executivo liderado por Domingos Simões Pereira é de que, desta vez, "a terra arranca".
De acordo com o comunicado do Governo, o primeiro-ministro referiu no encontro com dirigentes da ONU que "apesar do resultado das eleições ter ditado uma maioria absoluta para o PAIGC, hoje o momento não é de afirmar legitimidades, mas de estabelecer compromissos e assegurar que todos se sintam relevantes e envolvidos".
O Fundo para Consolidação da Paz da ONU é uma das entidades que pretende apoiar financeiramente projetos de apoio que devem culminar no desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Nesse sentido, Simões Pereira realçou que "a Guiné-Bissau vive um momento especial em que existe um alinhamento das principais autoridades do país, e da sociedade civil, a favor da criação de um ambiente de confiança". A conjuntura "é favorável à receção das ajudas prometidas e capazes de produzir os resultados preconizados" no seguimento da mesa redonda de doadores realizada em março, em Bruxelas, concluiu o primeiro-ministro. Lusa
OPINIÃO AAS: Disfunção Pública e Outras Histórias de Encantar
Os funcionários públicos da Guiné-Bissau são a classe mais favorecida - ainda que completamente inútil - do País. São gordos e reluzentes (ganhando miseravelmente) e passam todas as manhãs nos tristes cafés de Bissau. Numa palavra: a CORRUPÇÃO continua, talvez até mais desavergonhadamente.
É claro que o 'governo de ladrões da transição' pilhou o País, sugou-o até ao tutano. Fez o que quis e até hoje ninguém foi chamado á razão. Foram construídas em pouco mais de dois anos centenas de residências, em Bor e em Safim, cada uma maior e mais espampanante que a outra. Alguém, até hoje, mais de um ano depois de empossado um Governo legítimo foi RESPONSABILIZADO? Não me parece...
Um destes dias, perguntei a um amigo, por sinal funcionário público: "Diz-me, não trabalhas hoje?" A resposta foi pronta e seca: "O ministro não está, viajou." Não desarmei. "Mas o ministério está fechado?" Ele."Não, não está." Depois, como quem não entendeu, mudou simplesmente de mesa...
Isto prova que o guineense, o funcionário público, é irresponsável e está-se nas tintas para o público que é suposto servir. O Governo da Guiné-Bissau sabe isso muito bem, mas fecha os olhos. Compromissos no PAIGC estão a dar cabo do Estado da Guiné-Bissau!
Besame mucho
Bissau é a capital mundial da compaixão: com os assassinos, com os ladrões do Estado (do Povo), com os pedófilos; Nunca vi, nos países de língua portuguesa que conheci, cidade como esta: (quase) tudo escrito em francês - os nossos novos colonizadores. Bissau, a sua economia informal e o que mais houver, estão nas mãos dos senegaleses e guineenses da Guinée.
Perguntei um dia a um engraxador de palmo e meio:
"De onde és?"
- De Conacry, respondeu.
Insisti: "Mas em Conacry não há sapatos? É que são todos de lá."
Sorriu.
Não há esquina em Bissau sem um mecânico, e mesmo ao lado tem de haver um barraco sujo para remendo de pneus e venda dos mesmos. Esquina sem um cubículo transformado em 'boutique', então, será um sacrilégio. A cidade tornou-se suja, porca mesmo. As pessoas parecem zombies, arrastam-se e levam com elas o peso da angústia, e toda a poeira.
O guineense copia tudo pela negativa. Exemplo recente? As obras de asfaltagem das estradas de Bissau. A empresa Arezky coloca tabuletas com sinal de proibição de passagem? O guineense TEM de passar para mostrar que é ALGUÉM (mas para mim, para muitos que assistem a estas exibições baratas não passam de esbirros fanfarrões!). Anós i sombra di kuku. Nô ta sonbria utrus...
Desmembrar é a solução
Há membros do Governo que nada acrescentam e que o País dispensava neste momento. (farei o retrato de cada um). Hoje mesmo (quinta feira) o Presidente da República tomou o Governo de ponta. Chamou os sindicatos e, visivelmente desconfortável, questionou se, perante a função pública que temos "devemos mesmo festejar o 1º de maio?" Um recado para o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira e para o tutelar da pasta.
O Chefe de Estado condenou o aumento dos preços nos produtos de primeira necessidade, e perguntou: "Perante isto, o que fez o Governo?", e disse que esteve todo este tempo calado porque "quem fica calado está à procura da razão."
Para além do simbolismo do acto (vespera do 1º de maio), o Presidente quis dar um sinal: não está contente, e pode agir a qualquer momento. Falou da corrupção que grassa no País, e, mais do que tudo, quer que o Governo faça alguma coisa, que dê pelo menos a mão ao guineense comum que se sente cada dia mais sufocado.
Os donos disto tudo
Outra coisa que me irrita: a empresa Santy Comercial - os novos donos disto tudo. Até conseguiram construir um centro comercial...dentro de um quartel!!! A obra, que devia ser embargada, continua feliz e contente! Negociaram, sabe-se lá com quem, e como, a construção, nas barbas da ANP - e no terreno desta!!! - de um hotel de seis/sete andares.
A Santy Comercial, segundo fontes do DC, investiu já cerca de 45 milhões de dólares na Guiné-Bissau, e quase todo este investimento foi negociado durante - claro! - o período de banditismo e da roubalheira da 'transição'. CONSTRUÍRAM um enorme estaleiro na avenida dos Combatentes, por cima da estrada, com filas de contentores empilhados com altura de 6/7 metros: AQUELA NÃO É UMA ZONA INDUSTRIAL!!! Mas alguém se ralou? Que nada...pagam toda a gente!!!
Os vizinhos da Santy Comercial estão perdidos. Hoje memo fui até lá e vi as casa rachadas, os pilares a cair, os tectos também. Dia e noite máquinas a operar: de fazer blocos, de fazer cimento, camiões a buzinar pela noite dentro. Mas pior mesmo, só isto: colado aos enormes armazéns, está um JARDIM DE INFÂNCIA!!! No dia em que, por causa da trepidação, uma viga cair e matar uma criança talvez as autoridades se preocupem...
Tirei fotografias, falei com as pessoas e na próxima semana serei eu ou a Santy Comercial - não abrem a porta aos juízes - ACONTECEU! - ignoram as decisões dos tribunais - TAMBÉM ACONTECEU. Disseram até uma vez que NÃO FALAM COM SECRETÁRIOS DE ESTADO, SÓ COM MINISTROS!
Agora pergunto: quem é a Santy Comercial para, NA MINHA TERRA, fazer gato sapato do meu Povo? O tanas!, só mesmo por cima do meu cadáver! Este assunto das casas chegará ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA, pois sei que lá, no palácio, andam, desde janeiro, a bloquear uma audiência dos moradores do bairro Plack-2.
Projecto planeia construir cerca de 75 salas de aula
O projeto Parceria Mundial para a Educação planeia construir 75 salas de aula durante este ano na Guiné-Bissau, anunciou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), entidade gestora da iniciativa no país.
"Está previsto o início da construção de mais 75 salas de aula, 25 latrinas e 3 centros de formação de professores, ainda no decurso de 2015", a acrescentar a 55 salas já edificadas, refere o UNICEF num comunicado conjunto com o Governo da Guiné-Bissau.
No âmbito do projeto, o UNICEF vai entregar hoje equipamento informático e viaturas ao Ministério da Educação guineense. Este material vai servir sobretudo para o Ministério poder fazer "recolha de dados fiáveis sobre a situação do ensino em geral", explicou a Ministra da Educação Nacional, Maria Odete Semedo.
"O UNICEF está a articular a implementação deste projeto em linha com as prioridades do Ministério da Educação, juntamente com o Grupo Local de Parceiros de Educação, que funciona como equipa de referência para a planificação, monitorização e supervisão das atividades", explicou o representante do UNICEF na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan.
A iniciativa tem um ciclo de duração de três anos (2013-2016) e está orçada em 10,8 milhões de euros. Até agora já foram construídas e equipadas 55 salas de aula e 17 latrinas nas regiões de Oio e Gabu com vista a "ampliar o acesso ao ensino primário, especialmente nas áreas rurais", acrescentou o UNICEF em comunicado.
Foram igualmente "reproduzidos e distribuídos livros escolares para cerca de 370.000 alunos das escolas públicas, comunitárias e privadas do 1.º ao 6.º ano, para além de apoio institucional e de capacitação de pessoal prestado ao Ministério da Educação".
A Parceria Mundial para a Educação junta diferentes tipos de organismos, bancos e setor privado, visando mobilizar recursos e articular a sua distribuição de forma a apoiar a realização dos objetivos de planos nacionais de educação em cerca de 60 países. Lusa
quarta-feira, 29 de abril de 2015
GTPIE-COMUNICADO
Comunicado de imprensa
Nos últimos anos, os recursos naturais do país, nomeadamente os recursos florestais têm sido alvo de uma destruição abusiva por parte de grupos de interesse privado, em detrimento das necessidades vitais das populações locais e em flagrante violação da lei da terra, lei de base do Ambiente, lei florestal, lei-quadro das áreas protegidas e da lei da avaliação do impacto ambiental.
A destruição a que se tem assistido no país tem um impacto altamente negativo na conservação do património genético florestal e da capacidade produtiva dos recursos naturais. São assim postas gravemente em causa, a segurança alimentar e nutricional do país, o fornecimento de um grande número de serviços do eco-sistema assim como a proteção da saúde pública das populações.
A gravidade deste crime ambiental levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas numa sessão especial em Maio de 2014 a denunciar a destruição das reservas florestais na Guiné-Bissau, lançando um apelo a uma assunção de responsabilidades políticas e sociais por parte dos órgãos da soberania do país por forma a pôr cobro a situação.
Perante as inúmeras denúncias da parte de músicos, de activistas ambientais, de cidadãos anónimos e de organizações de desenvolvimento nos últimos anos 5 anos a esta parte, o Governo da República da Guiné-Bissau decretou uma moratória de 5 anos de interdição de corte de árvores e a reflorestação.
Com o intuito de analisar esta medida do Governo à luz da polémica que se instalou à volta da exploração de madeira o GTPIE composto pelas organizações abaixo descriminadas, reuniu-se no dia 27 de abril de 2015 para afirmar a sua posição em relação à moratória e elaborar propostas gerais de intervenção durante os próximos anos. O grupo considera que, globalmente, esse período devia servir para criar uma visão e um consenso nacionais sobre a exploração racional das florestas no nosso país e a formulação e implementação das respetivas políticas e estratégias.
O grupo delibera o seguinte:
1. Exortar o Governo da Guiné-Bissau a exigir ao Ministério Público a intervir no sentido de apurar a responsabilidade criminal e judicial do negócio de madeira.
2. Exigir o reforço e o funcionamento independente, competente, eficaz e eficiente dos órgãos da Justiça perante este crime ambiental, sem interferências ou influências políticas nem de quaisquer grupos de pressão de qualquer natureza.
3. Exigir aos órgãos de soberania do país, ao sector privado e a sociedade em geral o respeito escrupuloso pelas leis da República e, em particular, pelas leis, regulamentos e procedimentos em matéria de exploração florestal.
4. Exortar o Governo a ordenar a avaliação dos prejuízos ambientais causados nos últimos 5 anos.
5. Exortar o Governo para instituir a realização de auditorias anuais a empresas madeireiras (cerrações), como recomenda o Plano Director Florestal Nacional, e apostar na promoção das florestas comunitárias, um processo dinâmico de responsabilização da população local, para a preservação e gestão racional dos recursos florestais.
6. Apelar ao Governo para a criação de mecanismos eficazes de consulta com a Sociedade Civil em matéria de formulação, reforma, implementação, seguimento e avaliação de políticas florestais e em sectores afins.
7. Recomendar que se proceda a um inventário florestal completo e preciso, tendo em consideração que o último foi realizado há 10 anos.
8. Propor a elaboração de um Plano Florestal Nacional numa perspectiva de enquadrar a gestão florestal numa visão nacional dos recursos naturais, enquanto valor económico, social e cultural.
9. Incentivar o Governo a iniciar um processo de formulação de políticas e estratégias de transformação industrial local da madeira, evitando a exportação de troncos conforme recomenda a lei florestal e contribuindo para criação e captação de valor acrescentado, criação de emprego, sobretudo para jovens e o desenvolvimento da economia nacional.
10. Recomendar a procura de alternativas económicas e tecnológicas às práticas de exploração das florestas pelas populações que põem em causa a sua produtividade e sustentabilidade a curto e longo prazo.
11. Capitalizar as experiências positivas das florestas comunitárias, apoiar a sua consolidação e alargamento enquanto componente essencial de políticas florestais eficazes.
12. Exortar o Governo a proceder a uma refundação da Comissão Interministerial para a questão da madeira e integrar no seu seio apenas personalidades que não têm interesses pessoais em relação a madeira assim como elementos da sociedade civil dando-lhe um carácter mais transparente e objectivo no cumprimento das suas tarefas.
Feito em Bissau aos 27 dias de mês de Abril de 2015
Federação Kafo
Acção para o Desenvolvimento-AD
Tiniguena
SWISSAID
UICN
IBAP
Cobiana Comunicação
Liga Guineense dos Direitos Humanos
Movimento Nacional da sociedade Civil
terça-feira, 28 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
UE reabilita maternidade do leste da Guiné-Bissau para aliviar sofrimento das mulheres
A maternidade da principal cidade do leste da Guiné-Bissau vai contar com novas salas e equipamento para "aliviar o sofrimento das mulheres" que recorrem aos serviços de saúde reprodutiva, anunciou a delegação da União Europeia (UE) no país.
"O objetivo deste projeto é contribuir para aliviar o sofrimento das mulheres em relação à saúde sexual e reprodutiva na região de Gabu, apostando numa maternidade sem riscos e no acesso aos serviços sanitários de qualidade", refere a UE, financiadora maioritária, em comunicado. O investimento vai ser inaugurado na terça-feira.
As melhorias vão abranger "o atendimento das mulheres nas consultas externas durante a gravidez, a fase do parto e o puerpério" e incluem formação dada aos profissionais de saúde nos últimos meses. De acordo como os mais recentes inquéritos à população, a taxa de mortalidade infantil desceu na Guiné-Bissau, nos últimos anos, mas registou-se um aumento da taxa de mortalidade materna.
Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes por dez mil mulheres, segundo os dados recolhidos em 2014 e publicados este mês pelo Instituto Nacional de Estatística guineense e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) no Inquérito aos Indicadores Múltiplos (MICS 5).
A reabilitação da Maternidade do Hospital Regional de Gabú foi realizada no âmbito do projeto "Reforço das ações de saúde sexual e reprodutiva" naquela região, em parceria com o Ministério da Saúde da Guiné-Bissau. O investimento ronda 1,1 milhões de euros, cofinanciado a 80% pela UE e a 20% pela ONG italiana Associazione Italiana Amici di Raoul Follereau (AIFO), também responsável pela sua execução, em parceria com a ONG ADIC-Nafaia.
No âmbito do mesmo projeto, vai ser apresentado o livro "Mulheres de Gabu. Saúde e Mobilização no Leste da Guiné-Bissau". O lançamento está marcado para segunda-feira, na Casa dos Direitos, em Bissau. Lusa
OPINIÃO AAS: Mon na lama, pé na pot-pot
O principal problema da Guiné-Bissau é o guineense.
Fiz todos os planos para chegar a Bissau no dia 1 de abril de 2015 e graças a uma companhia aérea chamada Air Senegal, consegui!!! A ideia era deixar as pessoas na dúvida. Veio mesmo, ou será mais uma mentirinha do 1º de abril (fiz o mesmo no ano passado, e recebi dezenas de chamadas e mensagens. Entretanto, eu estava em Cabo Verde).
A Air Senegal - que deveria chegar a Bissau às 16 h e poucos do dia 31 - voltou a fazer das suas. Depois de quase 12 longas horas no aeroporto da Praia, com as lojas free-shop todas fechadas, mostraram finalmente quanto respeitam os guineenses. E não é que aterrei mesmo na minha terra no dia 1, depois de quase meio dia num aeroporto? O destino tem destas coisas, e o destino tem sempre a razão do seu lado.
Não sei se será Bissau a consumir-me num ápice ou o contrário. O que sei, e não me escapa, e continua a irritar-me é a má educação que se instalou nesta cidade avermelhada, perdida no tempo, húmida e poeirenta: as pessoas parece que regrediram no tempo. Eis Bissau, a capital decadente da escancarada Guiné-Bissau que já foi - presumo que nem isto supunham - a primogénita do Reino!
Viver em Bissau requer dois pressupostos fundamentais: estar preparado para tudo, para tudo mesmo, e ter paciência de chinês. São, aliás, virtudes mais do que necessárias para se sobreviver nesta utopia, onde tudo é organizadamente desorganizada.
Bissau, a cidade, está cansada e a rebentar pelas costuras. Esventrada por tudo quanto é lado, simplesmente implodiu. Não tem praticamente esgotos e os que tem estão perfeitamente entupidos e nalguns casos solidificados (a Arezky que o diga). Bissau, e não é segredo para ninguém, tem sofrido de ano para ano com a incúria dos Homens; depois, como que numa de vingança, tornou-se numa perfeita madrasta, com mais de quatrocentas mil almas - cada uma com a sua dor.
Os seus melhores terrenos e algumas casas foram sucessivamente ocupadas, algumas vendidas ao desbarato ou ocupadas pelos djintons di aonti ku di aós numa teia de interesses dúbios que ninguém no seu juízo perfeito entende. E no fim, ficará tudo por esclarecer. As usual.
No mercado do Bandim, os vendedores ambulantes queixam-se de uma Câmara Municipal que num minuto diz que os quer ver fora dos passeios, e no minuto a seguir lhes vende as senhas que lhes permitem exercer a sua actividade de chatos ao sol. Extravagâncias nossas. Desde dezembro até hoje, vão uns mesitos. Eles lá continuam, vendendo tudo no passeio. Tudo quer dizer mesmo tudo, e tudo é falso, como Judas. Como nós.
Os policias de trânsito continuam com as manhas de sempre. Estão quase sempre sujos e mal fardados, pedem dinheiro aos condutores, manga e amendoim aos vendedores. Agora, quando nada mais podem exigir a um incauto condutor, perguntam: "tem catana? Sabe, é pela sua segurança!". O tom é normalmente grave. Ah, Santa Imaculada!
Os toca-toca são um mal, ainda que necessário. Os seus condutores são dos mais mal educados e menos formados que eu conhecerei numa vida. Estão sempre sujos, conduzem de chinelos e outros estão simplesmente descalços. Ocupam três faixas, em perfeita sintonia mas em clara competição, e são eles que praticamente alimentam diariamente os polícias de trânsito. Assim, quem os multará? Ninguém. Andam nas vias que lhes estão vedadas, e, se confrontados, insultam e partem para as vias de facto.
Os ajudantes dos toca-toca serão uma espécie que terá existido na terra há milhares, talvez dezenas de milhões de anos e que nunca chegaram a evoluir. A sua especialidade? Em plena via, abrem de repente a porta, sem sequer encostar, para o passageiro entrar. Este, sem sequer pensar que o carro de trás o pode facilmente entalar, estragando-lhe o dia, alinha...
Esses ajudantes (diz-se que são eles que mandam no carro), escarram e cospem na nossa cara, bebem água e atiram depois o saquinho para a via pública numa perfeita indiferença; insultam os passageiros, quase sempre mulheres e até batem nos catraios. Não respeitam as regras de condução, não conhecem os sinais de trânsito sequer.
Enfim, nós os guineenses escolhemos a mediocridade e, perdoar-me-ão a filha da putice, mas essa merda fica-nos a matar! A pirâmide está invertida. O País precisa de ORDEM!!!
Os citadinos de Bissau, na sua maioria coitados, é que não têm para onde fugir. Estão cercados por todos os lados. Fogem mas regressam numa quase doidice e vagueiam na poeira procurando sabe-se lá que tralha. É-me bastante doloroso assitir a esta decadência em dominó.
Aqueles que se especializaram em roubar este Estado idiota, continuam por aqui. Agora, roubarão noutra freguesia: são tirados daqui e colocados além. É fartar, vilanagem! Gente que nunca teve nada na vida, de repente entra para o Estado e começa a exibir sinais de riqueza tais, que uma pessoa fica de queixo caído.
Tenho provas...e isto vai rebentar!
Onde já se viu uma via rápida, e falo da av. dos Combatentes da Liberdade da Pátria, sem uma passadeira aérea ou mesmo subterrânea na Chapa de Bissau? Sair do Alto-Crim e chegar à Chapa de Bissau é um inferno por causa dos toca-toca e dos táxis. Mas passar a rotunda da Chapa é como correr a ultra maratona no deserto do Saara!
Aqui, em plena via rápida, para além dos carros, temos de ter atenção a tudo: carrinhos de mão com carga de mais de 1 tonelada, putos de patins em linha completamente alheios aos perigos por acontecer (si bu madjan...), vendedores a cada esquina, gente a mijar nas barbas dos transeuntes e da polícia que também verte as águas onde calha.
Centenas de contentores que deixam a cidade mais suja e muito mais quente, estão plantados em tudo que é esquina ou aberta, sem qualquer preocupação de segurança. Para compor o ramalhete, ainda temos os cães - quase todos coxos, atropelados na via pública - os porcos, as manadas de vacas e de bois, os patos e toda a prole - normalmente muitos patinhos. Bissau é uma cidade suja - e não é de hoje mas também não se pode esconder; mas Bissau podia ser diferente.
Cercada por água, podia ser uma capital belíssima. Está estrategicamente implantada nesta costa. Projecta-se agora uma marginal que começará no Pindjiguiti (a praça será completamente reformulada) e desaguará na praia de Suru. Planos são uma coisa. Veremos.
Bissau é uma cidade onde a má educação dos seus munícipes e a desordem, imperam. Quem tem mais estudos mostra ser o mais bruto dos ordinários! Faz mesmo por isso, o que é uma coisa extraordinária! É a matemática da coisa.
Resumindo: Parece que nós, os africanos, temos o sexo nas mãos. Pois onde metemos a mão, fodemos sempre tudo! António Aly Silva
domingo, 26 de abril de 2015
CAJU: Preço em alta, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau
O preço do caju está em alta em todo o mundo, mas ainda há muitos pomares sem fruto na Guiné-Bissau, numa altura em que os produtores já deviam estar a encher camiões para exportação.
Tal como noutros anos, "deviam estar a entrar em Bissau os primeiros camiões com carregamentos a sério", mas basta circular fora da capital "para ver que há pomares sem fruto", descreve Henrique Mendes, presidente da Agência Nacional do Caju (ANCA) da Guiné-Bissau e investigador na área.
A meteorologia parece estar a tramar os produtores: este ano houve temperaturas mais altas que o habitual em janeiro, que comprometeram a floração, e abril está mais fresco do que é costume, refere Henrique Mendes. O atraso verifica-se também nos restantes países produtores de caju da África Ocidental. Na Guiné-Bissau estima-se que haja um desvio de cerca de três semanas.
"No ano passado fizemos a abertura oficial da época de colheita de caju a 30 de março com os pomares quase cobertos. Este ano abrimos a 18 e ainda há árvores sem fruto", ilustra Henrique Mendes. Apesar de tudo, o presidente da ANCA mantém as expetativas em alta relativamente às receitas deste ano.
A Índia, principal comprador de caju, fechou o ano anterior sem excedente, pelo que precisa de comprar mais para encher os armazéns -- o que é também sinal de que "o consumo de caju está a aumentar", referiu. A variação do dólar americano também favorece a Guiné-Bissau, cuja moeda (Franco CFA Ocidental) está indexada ao Euro. Até o atraso na produção está a "puxar pelo preço", ou seja, quem conseguir vender a castanha de caju poderá fazer grandes negócios.
Todos os fatores conjugados levaram o Governo, em concertação com a ANCA, a anunciar um preço de referência de 300 francos CFA (48 cêntimos de euro) por quilo para compra ao produtor -- quando em 2014 foi de 250 francos CFA. Mas olhando ao andamento do mercado, "a tendência é para ainda ir além dos 300", sublinha Henrique Mendes.
Combinando a conjuntura com um combate mais forte ao contrabando de caju, já anunciado pelo Governo com reforço de vigilância nas fronteiras, o presidente da ANCA acredita que será possível à Guiné-Bissau exportar 200 mil toneladas de caju este ano com um rendimento por quilo acrescido para os agricultores.
Do sucesso da venda de caju ao longo da campanha depende a capacidade da maioria da famílias para comprar arroz (base da alimentação) ao longo do ano. Lusa
sábado, 25 de abril de 2015
NOTÍCIA DC: OTONIEL BADJANA é o 5º melhor a nível africano
O atleta guineense Otoniel Badjana ficou esta tarde em 5º lugar na prova de lançamento de peso, nos campeonatos de África de Atletismo (Juvenis). Dois Sul Africanos, um Egípcio e um Marroquino assumiram as primeiras 4 posições e não deram quaisquer hipóteses ao nosso atleta.
Otoniel Badjana, mantém-se assim como o 5º melhor nível Africano.
NOTA: Todos estes quatro primeiros classificados foram levados para o controlo antidoping. Se houver razões, depois saberemos. AAS
CCIAS: Presidente cessante Braima Camará entregou hoje a sua candidatura e garante que sairá "vitorioso"
O presidente da CCIAS, Braima Camara, depositou hoje nas instalações da Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau a sua candidatura. Rodeado de várias associações filiadas e de apoiantes anónimos, o presidente cessante garantiu estar "convicto na vitória, pois a esmagadora maioria dos associados confiam na sua direcção."
Braima Camara sublinha que este desafio é "um acto de exercício da cidadania. Estou bastante orgulhoso, e estou aqui como presidente cessante que está disponível para a renovação do mandato à frente dos destinos da CCIAS."
Para o presidente cessante da CCIAS, "o balanço é extremamente positivo, embora tenhamos ainda uma cultura de mentalidade do não pagamento das quotas e vamos trabalhar neste segundo mandato para que os associados se habituem a este princípio, porque qualquer organização vive da contribuição dos seus associados."
Haverá, por isso, "uma campanha de sensibilização nesse sentido. Temos direitos e deveres, consagrados nos estatutos nos artigos 13 e 14. Ninguém pode reclamar nada na CCIAS se não cumpre estes deveres."
Este segundo mandato será "uma mudança na continuidade", assegura. Quanto ao sector privado, Braima Camara garantiu que "a CCIAS conseguiu a coesão interna e tornou-se numa das instituições mais respeitadas no País. Tem maior visibilidade, demos saltos quer quantitativos quer qualitativos, conseguimos elevar o nível salarial dos nossos funcionários, temos autonomia energética, conseguimos fundar a revista Nova Dinâmica, construímos duas grandes infra-estruturas que poderá tornar-se num porto seco, formamos mais de 750 jovens que hoje assumem um papel muito importante no desenvolvimento da Guiné-Bissau."
Fala de seguida dos feitos conseguidos pela sua direcção: "Conseguimos pagar a dívida interna num total de 7 biliões de Fcfa que disponibilizamos ao sector privado, fundamos o FUNPI graças aos apoios do ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Jr, do seu ministro do Comércio Botche Candé e do das Finanças José Mário Vaz (hoje Presidente da República). A CCIAS fez um conjunto de realizações que nem consigo dizer assim de cabeça, isto para não falar de inúmeras iniciativas no exterior. Agora que marcamos a nossa presença em Bissau, vamos entrar forte nas delegacias da CCIAS nas regiões."
Sobre a conferência da CE-CPLP que decorreu na semana passada em Bissau, Braima Camara não tem dúvidas: "superou todas as expectativas, não é todos os dias que conseguimos mobilizar nove países, além dos países observadores. Conseguimos resolver um grande problema: vamos instalar um laboratório para a certificação de qualidade dos produtos que respeitarão todas as normativas da UE, permitindo assim que os nossos exportadores cheguem além fronteiras, com a qualidade que ali é exigida." AAS
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Guiné-Bissau representado nos Campeonatos de África de Juvenis
Otoniel Badjana, atleta Guineense do Sporting Clube de Portugal, irá representar o País nos Campeonatos de África de Juvenis, nas Ilhas Maurícias de 23 a 27 de Abril. Otoniel que já se encontra nas Ilhas Maurícias, irá competir na prova de lançamento de peso, hoje, dia 24, às 17h20m.
O jovem talento que completou 17 anos em Dezembro, é o atual Campeão de Portugal na sua categoria, ficou em 5º lugar no Ranking Africano em 2014 após os Jogos Africanos de Juvenis no Botswana, e classificou-se a nível Mundial, nos Jogos Olímpicos da Juventude (Juvenis) na China, também em 2014 (em Agosto) na 11ª posição com um lançamento de 17m71 cm, o que desde já é mais que promissor para estes Campeonatos de África , garantindo-lhe esta mesma marca, a presença dos Campeonatos do Mundo de Juvenis no próximo mês de Julho em Cali, na Colômbia.
Temos mais que razões para acreditar numa boa prestação do Otoniel em representação de todos nós nestes Campeonatos de África.
ENERGIA: Crime organizado ataca rede eléctrica
Os cortes de energia elétrica nos últimos dias na capital da Guiné-Bissau devem-se à ação de "organizações criminosas", acusou o diretor da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), René Barros.
Em comunicado, Barros afirmou na quarta-feira que "organizações criminosas" estarão a interferir na rede elétrica da EAGB para "parar o sucesso" que a empresa tem tido nos últimos meses com o fornecimento durante 24 horas aos habitantes de Bissau.
"O sucesso verificado na reposição de energia em todos os lares de Bissau terá incomodado muita gente, o que leva a empresa a acreditar que estas avarias constantes e inexplicáveis estejam mesmo ligadas a organizações criminosas ainda não identificadas", referiu René Barros.
O fornecimento regular de energia elétrica e água canalizada na maioria dos bairros de Bissau passou a ser garantido em permanência desde o mês de dezembro, depois de mais de uma década de escuridão. Nas últimas três semanas, porém, tem havido cortes repentinos no fornecimento da eletricidade, chegando em muitos dos casos a deixar toda a cidade de Bissau às escuras durante largos períodos.
No passado, quando a EAGB estava sem capacidade para fornecer os serviços, praticamente toda cidade de Bissau era iluminada através de energia produzida por pequenos grupos eletrógenos de particulares ou empresas.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
CE-CPLP/REUNIÃO DE BISSAU: Guiné-Bissau apela a governos da CPLP para reforço de sinergias
O líder da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, Braima Camará, apelou ontem aos empresários da comunidade lusófona ao reforço das parcerias estratégicas a partir das “mais-valias” de cada um dos países e assim ajudarem os seus Governos.
Braima Camará acredita que a partir de alianças entre os empresários dos países lusófonos, o espaço da lusofonia poderá conquistar “mais mercados” e potenciar produtos de cada um dos Estados-membros.
O presidente da Câmara do Comércio guineense deu como exemplo a somatória entre “a tecnologia brasileira e o capital angolano” que daria para transformar o caju da Guiné-Bissau. Braima Camará notou que dessa sinergia poderia sair “um produto final de excelente qualidade em qualquer parte do mundo”, o que, reforçou, podia ser feito também com o atum de Cabo Verde ou com o camarão de Moçambique.
“Temos é de ter consciência da riqueza que representamos e dos espaços em que estamos inseridos para, de forma inteligente, aproveitarmos a pertença de todos e de cada um de nós”, declarou.
O presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau defendeu a ideia na abertura de uma conferência sobre eventos empresariais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre em Bissau até quinta-feira.
O encontro é coorganizado pela Confederação Empresarial da CPLP e a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau. Lusa
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Guiné-Bissau quer que profissionais na diáspora reforcem especialidades
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, pretende que os profissionais de saúde guineenses que trabalham em Portugal ou noutros países possam acudir à falta de especialistas no seu país de origem.
A ideia foi apresentada na última semana ao primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, referiu hoje o chefe de Governo guineense na chegada ao aeroporto internacional de Bissau, após encontros com diferentes autoridades em Portugal e Espanha.
Domingos Simões Pereira referiu que a medida pode traduzir-se "num mecanismo de cooperação setorial" de maneira a permitir que os profissionais guineenses "residentes e trabalhadores em Portugal e noutros países possam ir em residência temporária" para a Guiné-Bissau.
O objetivo é apoiar os serviços de saúde nas especialidades em que há défice. Por outro lado, poderão ser esses médicos "a fazer os rastreios necessários e a decidir quem deve ser transferido" de Bissau para Lisboa, ao abrigo dos acordos de cooperação médica entre os dois países.
"O Governo vai dedicar uma atenção especial à segurança social", nomeadamente "à assistência médica e medicamentosa", acrescentou. De acordo com o primeiro-ministro guineense, a cooperação com a classe médica na diáspora é um exemplo das colaborações que pretende ver estendidas a outros setores de atividade com profissionais guineenses no estrangeiro.
Segundo Domingos Simões Pereira, as visitas a Portugal e Espanha permitiram ainda apresentar a diferentes parceiros estratégicos o documento estratégico do Governo para desenvolver a Guiné-Bissau na próxima década. Lusa
terça-feira, 21 de abril de 2015
ONU reconhece "momento de extraordinária oportunidade" para a Guiné-Bissau
O embaixador brasileiro António Patriota, reconheceu hoje que o país africano vive "um momento de extraordinária oportunidade" que deve ser aproveitado. Responsável pela estrutura das Nações Unidas para consolidação da paz na Guiné-Bissau, António Patriota reuniu-se em audiência com o Presidente guineense, José Mário Vaz, no âmbito de uma visita de trabalho a Bissau.
"Trago uma mensagem de confiança da comunidade internacional na Guiné-Bissau, agora que tem um Governo democraticamente eleito e uma liderança muito comprometida com o futuro do país", assinalou Patriota. O também embaixador do Brasil nas Nações Unidas reconheceu que a Guiné-Bissau, a partir dos resultados da mesa redonda de Bruxelas, terá "recursos significativos" para implementar projetos.
O diplomata brasileiro notou também que o atual Presidente guineense tem "exercido uma liderança forte" no país, fator que, destacou, poderá trazer "aos poucos" a prosperidade e estabilidade "dentro da democracia e do progresso institucional".
António Patriota disse ter aproveitado a audiência com o chefe de Estado guineense para abordar aspetos gerais da cooperação entre Bissau e Brasília. Lusa
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Reforma Defesa e Segurança
"Boas novas "REFORMA FORÇAS ARMADAS E SEGURANÇA", obrigado e bom te ver de volta à Guiné.
"SEM UMA FORMAÇÃO E PREPARAÇÃO POLÍTICA, UM SOLDADO É UM POTENCIAL CRIMINOSO" - Thomas Sankara
Cumprimentos,
Alves"
domingo, 19 de abril de 2015
sábado, 18 de abril de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
ESTUDO: Interior da Guiné-Bissau tem "maior acesso a direitos humanos"
As regiões de Gabu e Oio, no interior da Guiné-Bissau, são aquelas em que há "maior acesso a direitos humanos", segundo um índice hoje divulgado como parte de um estudo do Observatório dos Direitos Humanos do país.
O índice conjuga dados recolhidos ao longo do último ano nas áreas da educação, saúde, habitação e justiça, por dez inquiridores, um em cada região, com exceção da capital que contou com três.
"Estes indicadores dizem que as condições nas cidades são piores que noutros sítios e há que ter, em termos de políticas públicas, uma atenção especial às grandes cidades", refere Carlos Sangreman, docente na Universidade de Aveiro.
Sangreman é o autor do estudo intitulado "Observando Direitos na Guiné-Bissau", hoje apresentado em Bissau, onde os dados são compilados e em que é calculado o Índice de Acesso a Direitos Humanos na Guiné-Bissau.
Cada inquiridor recolheu dados sobre a distância média entre habitações e escolas em cada região, contaram quantas são as casas iluminadas durante a noite numa determinada zona e avaliaram as condições de estabelecimentos de detenção, entre outras informações.
Os inquiridores definiram as amostras, "salvaguardando alguma dispersão pelos setores dentro de cada região, tendo sido dada a indicação de inquirir, pelo menos, 10% de escolas e centros de saúde - em todos os casos tal percentagem foi excedida", refere o estudo.
O trabalho "é um ensaio sobre os dados recolhidos" que vai ter continuidade com novas edições, referiu à agência Lusa, Fátima Proença, diretora da Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP), uma das entidades promotoras do Observatório dos Direitos Humanos - juntamente com a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e o Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina (CESA).
O projeto é financiado por Portugal, através do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, e conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Presente no lançamento do estudo, a ministra da Justiça da Guiné-Bissau, Carmelita Pires, fez um apelo a todos os cidadãos guineenses para que denunciem, através da justiça ou até "das redes sociais", quaisquer "atropelos aos direitos humanos".
Tanto Fátima Proença como Carlos Sangreman acreditam que o índice pode ajudar a classe política a "priorizar" e "melhorar as políticas públicas" que garantam a aplicação dos direitos humanos.
A próxima edição do levantamento sobre a aplicação dos direitos humanos na Guiné-Bissau vai começar a ser trabalhada a partir de maio e deverá incluir indicadores económicos, acrescentou Fátima Proença.
Índice de acesso a direitos humanos na Guiné-Bissau (escala de zero a 20 pontos)
Ordenado por ordem alfabética de região:
Região valor
Bafatá 8
Biombo 10,5
Cacheu 11,5
Gabu 14,8
Oio 18,4
Quinara 11,3
Tombali 10,5
SAB 9,1
quarta-feira, 15 de abril de 2015
KORÁ - Aquele som
O Centro Cultural Português promove um curso de iniciação em Kora com o professor Demba Galissá. As aulas decorrerão durante a semana, entre as 14h e as 16h ou noutro horário conveniente para o maior número de interessados.
Originário do Reino de Gabú, o Kora é um dos mais antigos veículos de expressão musical guineense e um ícone da sofisticação cultural nacional. No entanto, é limitada a difusão do instrumento no país e pequeno o número de novos especialistas.
Os interessados poderão inscrever-se e comunicar a sua preferência de horário, até 30 de abril, através do seguinte e-mail: atchoexpress@gmail.com. O curso terá um custo de 15.000 FCFA/ mês (a pagar ao professor).
Saudações cordiais!
CCP
1/4 da população da Guiné-Bissau não tem acesso a água potável
Um quarto da população da Guiné-Bissau continua sem acesso a água potável, de acordo com o mais recente inquérito às condições de vida dos agregados familiares do país promovido pelo Governo e agências internacionais. Os dados divulgados na última semana estão a ser discutidos até quinta-feira, em Bissau, num encontro destinado a analisar os principais estrangulamentos nos setores da água, higiene e saneamento.
"Os resultados serão incluídos na legislação atual como medidas que concorrem para o aumento da eficácia, eficiência e sustentabilidade" dos setores, referiu em comunicado, Antero de Pina, representante adjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) - que coorganiza o debate com o Governo.
O encontro conta com o apoio de técnicos especializados da sede mundial da UNICEF em Nova Iorque, do escritório regional de Dacar e do Instituto Internacional da Água de Estocolmo (Suécia). De acordo com o Inquérito aos Indicadores Múltiplos da Guiné-Bissau de 2014 (MICS-5), existem grandes disparidades no acesso a água potável entre áreas urbanas e rurais da Guiné-Bissau.
Nas zonas urbanas, 92% da população disse ter acesso a água potável, enquanto no espaço rural só 61% dispõe desse benefício. O MICS-5 foi desenvolvido em 2014 pelo Ministério da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, através da Direção-Geral do Plano e Instituto Nacional de Estatística (INE).
A UNICEF forneceu apoio técnico e financeiro e outras contribuições financeiras e logísticas adicionais foram dadas por outras agências das Nações Unidas, PLAN Internacional e IPHD - Parcerias para o desenvolvimento. Lusa
VERGONHA NACIONAL: A Universidade Lusófona da Guiné-Bissau inaugurou a sua biblioteca há cerca de dois meses, e equipou-a com cerca de 3 mil volumes (livros). Sabem quantos livros foram requisitados? - e estamos a falar, está claro!, de livros técnicos? 50... Sim, isso mesmo: CINQUENTA LIVROS!!! É de bradar aos céus! AAS
terça-feira, 14 de abril de 2015
Trovoada pede que Bissau defina passos a seguir após reunião com dadores
O Representante do secretário-geral pede comunidade internacional que cumpra rapidamente as promessas após Mesa Redonda de Bruxelas; chefe da Uniogbis realça confiança nas autoridades democraticamente instituídas. O chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, pediu ao governo que defina as prioridades imediatas para implementar resultados da Mesa Redonda de Bruxelas.
Em entrevista à Rádio ONU, em Bissau, Miguel Trovoada disse que a ideia é que tais ações sejam acompanhadas e apoiadas pelo Sistema das Nações Unidas em coordenação com outros parceiros de cooperação. Trovoada disse que os resultados do encontro com doadores mostram não só a confiança internacional nas autoridades democraticamente instituídas na Guiné-Bissau, mas a aposta em apoiar o país a lidar com os desafios. Cerca de € 1,3 milhão foram mobilizados no encontro de final de março.
"Esperamos que o governo se sinta suficientemente reconfortado para prosseguir com as reformas que são fundamentais para a criação do novo quadro de promoção de ações de desenvolvimento económico e do progresso social. Estamos disponíveis para continuar a apoiar o governo no quadro do mandato que nos é incumbido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas."
Trovoada disse esperar que as promessas sejam rapidamente cumpridas, para dotar o governo de meios que o permitam implementar o programa de governação com vista a criar condições para estabelecer e consolidar a paz. A mobilização da sociedade guineense em torno da Mesa Redonda e a presença do presidente da Guiné-Bissau no ato são para o representante especial do secretário-geral da ONU uma manifestação de grande coesão nacional e “sinal inequívoco de estabilidade politica no país”.
"Quero realçar a presença da sua excelência o Presidente da República em Bruxelas dia 25 de março que manifestou o seu apoio claro e inequívoco ao governo nesta ação onde fez uma comunicação extremamente importante e mobilizadora." Há uma semana, o governo guineense assinou um acordo de financiamento de US$ 19 milhões com o Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola, de acordo com uma nota de imprensa do Gabinete de comunicação do primeiro-ministro.
O chefe do Gabinete da ONU para a Consolidação da paz na Guiné-Bissau ressaltou a participação da comunidade internacional que qualificou de maciça, ao realçar o “caráter forte e convicto das mensagens veiculadas pelas instituições, países e organizações participantes”. Rádio ONU
domingo, 12 de abril de 2015
CE-CPLP
PROGRAMA Missão Guiné-Bissau | 21-23 Abril 2015
21 abril – terça-feira
13h00 Chegada da delegação da CE-CPLP e dos participantes dos países da CPLP
Acolhimento do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira e instalação nos hotéis
15h00 Reunião CE-PALOP – Malaika Hotel (Sala de Reunião)
17h00 Reunião Direção da CCIAS & delegação da CE-CPLP – Malaika Hotel
18h30 Encontro Empresarial – Malaika Hotel (Salão Nobre)
Dirigentes de entidades associativas e empresariais de Guiné-Bissau
22 abril – quarta-feira

09h00 Cerimónia de abertura das reuniões e eventos da CE-CPLP na Guiné-Bissau – Hotel Azalaï Presidida por Sua Ex.a o Sr. Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz
10h00 Reunião Ordinária da Direção da CE-CPLP – Hotel Azalaï (Sala de Reunião) 13h00 Almoço
14h30 Reunião Ordinária de Assembleia Geral da CE-CPLP – Hotel Azalaï (Sala de Reunião)
23 abril – quinta-feira

09h00
13h00
Audiências
Audiência com Sua Ex.a o Sr. Ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins
Audiência com Sua Ex.a o Sr. Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira
Audiência com Sua Ex.a o Sr. Presidente da República, José Mário Vaz
Almoço de Trabalho – Malaika Hotel
Delegação da CE-CPLP, convidados e Presidente da CCIAS
Confederação Empresarial da CPLP secretariadogeral@cecplp.org
18h30
PROGRAMA
Missão Guiné-Bissau | 21-23 Abril 2015
Conferência de Bissau - CPLP e o Futuro – Hotel Azalaï
Abertura da Mostra Saberes e Sabores da CPLP;
Apresentação da Mesa de Honra;
Discurso de Abertura;
Presidente da CCIAS, Braima Camará
Entrega da bandeira da CE-CPLP ao delegado da CE-CPLP na Guiné-Bissau;
Apresentações;
Apresentação da CE-CPLP e projeção do vídeo 10 anos de CE-CPLP
Apresentação da Estratégia da CE-CPLP e projeção do vídeo CPLP rumo ao futuro Apresentação da União de Exportadores da CPLP e projeção de vídeo institucional
Assinatura de Protocolos de Parcerias Institucionais; CCIAS / CE-CPLP / UE-CPLP / Governo da Guiné-Bissau
Discursos de Encerramento.
Presidente da CCIAS, Braima Camará
Presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula
Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira
Jantar de Gala da CCIAS – Hotel Azalaï
Entrega de diplomas a personalidades e instituições distinguidas pela CCIAS
20h00

EUA querem construir «relacionamento forte e duradouro»
Em editorial divulgado neste sábado, o Governo dos Estados Unidos da América (EUA) fala sobre a recente conferência de Doadores Internacionais para a Guiné-Bissau, que decorreu em Bruxelas, na Bélgica. Garante que quer continuar a construir um relacionamento forte e duradouro com o executivo de Bissau.
Comunicado do Governo dos Estados Unidos da América:
«A Guiné-Bissau, uma pequena e conturbada nação da Africa Ocidental, tem enfrentado muitos desafios, nos últimos anos.
Golpes militares frequentes abalaram o regime democrático e com o vácuo de um governo eficaz, criminosos internacionais utilizaram áreas remotas da sua costa marítima para transbordo de drogas ilegais da América do Sul para a Europa.
Assistiu-se, todavia, a um sinal de esperança, quando os doadores internacionais encorajados pela recente estabilidade política prometeram mais de 1000 milhões de euros para apoiar um programa de desenvolvimento de 10 anos.
Os doadores que participaram numa conferência de Doadores Internacionais realizada, o mês passado, em Bruxelas, e patrocinada pela União Europeia aprovaram um plano ambicioso preparado pelo governo para promover o crescimento, o desenvolvimento e melhorar os serviços governamentais, e assim reforçar as instituições democráticas.
Como amigo e parceiro do povo da Guiné Bissau, os EUA elogiaram a visão do plano apresentado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e Presidente da República José Mário Vaz.
Articularam, claramente tanto a aspiração como as propostas específicas exigidas para uma Guiné-Bissau, forte, vibrante e prospera dentro da comunidade das nações da África Ocidental.
Agradecemos à União Europeia, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e ao governo da Guiné-Bissau terem organizado a conferência.
Os EUA, em parceria com a comunidade internacional, vai ajudar a construir um relacionamento forte e duradouro com a Guiné-Bissau que irá ajudar a concretizar os objetivos definidos na conferência: estabelecer uma economia forte e diversificada que forneça oportunidades para os jovens; a reforma e o reforço das instituições democráticas; combate à corrupção e promoção de boa governação e a erradicação da pobreza.
Pela nossa parte estamos comprometidos na continuação da cooperação bilateral no setor da segurança, no setor militar, e na reforma judicial, para além da nossa assistência técnica ao setor da saúde.
Os habitantes da Guiné-Bissau devem estar orgulhosos do progresso que ocorreu nos últimos 10 meses desde as eleições e podem contar com a continuidade do apoio dos EUA.»
sábado, 11 de abril de 2015
Confederação Empresarial da CPLP organiza reuniões em Bissau
A CE-CPLP organiza as próximas reuniões ordinárias de Direção e Assembleia Geral na Guiné-Bissau no dia 22 de Abril de 2015. As reuniões serão apoiadas pela Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau, que irá facultar aos membros da delegação da CE-CPLP todas as infraestruturas necessárias para a realização das reuniões.
A cerimónia de abertura das reuniões e dos eventos empresariais da CE-CPLP na Guiné-Bissau será presidida por Sua Ex.ª o Presidente da República da Guiné-Bissau, Mário Vaz. AAS
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Excelente notícia: Mortalidade infantil diminuiu
A taxa de mortalidade infantil diminuiu acentuadamente na Guiné-Bissau, passando de 200 por mil, em 2007, para os atuais 55 por mil nados-vivos, anunciou hoje em Bissau o ministro da Economia e Finanças, classificando o feito como "extraordinário".
Este é um resultado extraordinário. Penso que devemos continuar a trabalhar para baixar esta taxa, mas há uns anos atrás a Guiné-Bissau registava uma taxa de mortalidade infantil bastante elevada. Estávamos em qualquer coisa como 200 por mil", salientou Geraldo Martins.
O ministro fez o anúncio durante a apresentação dos resultados preliminares do MICS 5 (Inquéritos aos Indicadores Múltiplos) relativos à situação das crianças e mulheres da Guiné-Bissau em 2014, numa iniciativa com o apoio do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef).
Numa breve análise aos resultados, Geraldo Martins, que tutela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), organismo que conduziu os inquéritos, congratulou-se com a redução da taxa de mortalidade infantil mas manifestou-se preocupado com o aumento da taxa da mortalidade materna.
Aquela taxa situa-se agora em 900 mortes por dez mil mulheres. A Guiné-Bissau "apresenta uma das taxas de mortalidade materna mais elevadas do mundo. De acordo com os dados disponíveis penso que a Guiné-Bissau tem a segunda pior taxa de mortalidade materna no mundo", sublinhou.
O governante pediu que sejam estudados os motivos pelos quais as mulheres ainda continuam a morrer no momento do parto para que o Governo possa propor soluções.
Geraldo Martins acrescentou que o país já recebeu uma promessa de empréstimo do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) de 30 milhões de dólares (28 milhões de euros), "para serem utilizados em setores determinados pelo Governo" os quais, disse, poderiam ser canalizados para luta contra a mortalidade materna.
O responsável guineense adiantou que se vai deslocar aos Estados Unidos na próxima semana para se encontrar com os dirigentes do BID e dos Fundos Soberanos do Koweit e da Arabia Saudita, instituições que, afirmou, tinham cortado toda cooperação com a Guiné-Bissau aquando do golpe de estado de abril de 2012, mas que agora estão a retomar, na sequência das eleições de 2014, que repuseram a normalidade constitucional. Lusa
O volta de página na Guiné-Bissau
Fonte: VOA
A Guiné Bissau, uma pequena e conturbada nação da Africa Ocidental, tem enfrentado muitos desafios, nos últimos anos.
Golpes militares frequentes abalaram o regime democrático e com o vácuo de um governo eficaz, criminosos internacionais utilizaram áreas remotas da sua costa marítima para transbordo de drogas ilegais da América do Sul para a Europa.
Assistiu-se a um sinal de esperança, quando os doadores internacionais encorajados pela recente estabilidade politica prometeram mais de mil milhoes de euros para apoiar um programa de desenvolvimento de dez anos.
Os doadores que participaram numa conferencia realizada, o mês passado, em Bruxelas, patrocinada pela União Europeia aprovaram um plano ambicioso preparado pelo governo para promover o crescimento, o desenvolvimento e melhorar os serviços governamentais, e assim reforçar as instituições democráticas.
Como amigo e parceiro do povo da Guiné Bissau, os Estados unidos elogiaram a visão do plano apresentado pelo Primeiro Ministro Domingos Simões Pereira e o Presidente José Mário Vaz.
Articularam claramente tanto a aspiração como as propostas especificas exigidas para uma Guiné Bissau forte, vibrante e prospera dentro da comunidade das nações da África Ocidental.
Agradecemos à União Europeia, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e ao Governo da Guiné Bissau terem organizado a conferencia.
Os Estados Unidos em parceria com a comunidade internacional vamos construir um relacionamento forte e duradouro com a Guiné Bissau que ira ajudar a concretizar os objectivos definidos na conferencia: estabelecer uma economia forte e diversificada que forneça oportunidades para os jovens; a reforma e o reforço das instituições democráticas; combate à corrupção e promoção de boa governação e a erradicação da pobreza.
Pela nossa parte estamos comprometidos na continuação da cooperação bilateral no sector da segurança, no sector militar, e na reforma judicial, para alem da nossa assistência técnica ao sector da saúde.
Os habitantes da Guine Bissau devem estar orgulhosos do progresso que ocorreu nos últimos dez meses desde as eleições e podem contar com a continuidade do apoio dos Estados Unidos. (Foi um editorial reflectindo os pontos de vista do governo dos Estados Unidos)
Venham já!!!
Hoje, vim jantar com mais dois amigos, ao renovado restaurante Almagui, no bairro de Háfia (frente à Lenox). Tem nova gerência - portuguesa - e tem uns petiscos ou não fosse português. Queijo de cabra meio seco, pipis, gambas e o que mais houver.
As caras de bacalhau, conta quem a degustou, são divinais. Nós apostamos numa sopa rica de peixe da terra (a nossa, que, vá lá, é um bocadinho vossa, portuguesa), mista de peixe com chocos panados. Para acompanhar, uma Adega de Borba branco, bem gelado. Dito isto, depois do jantar vou mas é dormir o sono dos justos. AAS
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Hoje, no X-KLUB
Informação
Chill Out! Cultural Tributo a Bidinte
O Movimento Cultural UBUNTU, em parceria com a ARTISSAL/CABAZ DI TERRA e Associação Pé Na Tchon, organizam um Chill Out! Cultural, com o objectivo de homenagear de Bidinte, multifacetado músico e cantor, pela extraordinária contribuição na divulgação e interpretação dos valores da cultura guineense.
A iniciativa, que contou com o consentimento da viúva Dina Adão e da filha Awinnie, terá lugar no dia 9 de Abril do corrente, na Esplanada do X-Club e contará com a contribuição de diversos artistas nacionais.
Chill Out! Cultural Tributo a Bidinte
Data: 9 de Abril de 2015
Local: Esplanada do X-Club
Início: 19h00
Entrada gratuita
Chamamento: 19h00-05
Introdução musical
Awinnie
Ivan & Eliseu
Bidinte para além da música
Jailson Cuino
Awinnie
Dina Adão
Jam session
Awinnie
Kimi Diabate
Ivan & Eliseu
Teatro: otcha mundu i eraba mel pa min alinaça ka tem balur
Agrupamento Cultural UBUNTU
Música Mandjuandade
N’djolande
Poesia
Tony Tcheka
Attchos Express
Mandjuandade Jam session
Awinnie
N’djolande
Ivan & Eliseu
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quarta-feira, 8 de abril de 2015
Bruno Vaz: Julgamento começou em Dacar
Realizou-se ontem em Dakar, dia 7 do corrente em instância do Tribunal correccional, quando normalmente devia ser em juizo criminal, o julgamento do guineense Camilo da Costa, que assassinou barbaramente um jovem compatriota na flor da idade, que dava pelo nome de Bruno Vaz.
A decisão do Tribunal sera conhecida no dia 19 de maio podendo o assassino, que reconheceu os factos, mas mentindo sobre a ocorrência e o mobil, pode incorrer numa pena de 3 anos efectivos. O autor confesso do assassinato, é conhecido como belicioso, agressivo e propenso a actos violentos e mortais. é conhecido sob o sobrenome de "Maquiavel" e tem ja uma longa historia de violência e, segundo consta, da pratica de varios crimes, sendo procurado pelas autoridades policiais do pais de origem.
Um crime de tal natureza devia, segundo os especialistas forenses senegaleses, ser julgado em Tribunal Criminal (em françês, «Cour d 'Assisses», mas paradoxalmente o que os deixou estupefactos, foi encaminhado para o tribunal correcional... é como dizer, o crime compensa.
Chip nos automóveis para caçar chicos espertos
A secretária de Estado dos Transportes e Comunicações da Guiné-Bissau apresentou hoje um projeto para colocar em todos os veículos 'chips' de identificação, para "melhorar o controlo" das autoridades. A iniciativa da introdução do equipamento, denominado 'chip´ de controlo de veículos, é da direção-geral de Viação e Transportes Terrestres mas foi bastante elogiada pelo secretário de Estado, Joao Bernardo Vieira.
"É a modernidade. Estamos contentes com o trabalho da Direção-geral da Viação, apenas apelamos que continue a nos presentear com iniciativas como estas que trazem a inovação", disse o governante. O diretor-geral da Viação e Transportes e Terrestres, Bubacar Paralta, considerou que com o equipamento o país passará a saber o número de viaturas que tem, a marca, o ano de fabrico, tipo de combustíveis e ainda detetar a sua situação em termos da documentação.
"Numa operação de rotina os agentes da ordem vão saber se a viatura está legal, se tem tudo regularizado com o fisco, quem é o dono, se a chapa de matrícula é autêntica" entre outros procedimentos, notou Paralta. Até aqui os agentes da fiscalização e controlo das viaturas mandavam parar os carros nas estradas e pediam a documentação ao motorista.
Em muitas ocasiões era preciso consultar os computadores ou arquivos em papel na Direcção-geral da Viação e Transportes para confirmar as informações. "Agora o agente em operação na estrada tem um pequeno computador na mão e pede o ´chip´ de registo ao motorista e a partir daí colhe todas as informações", defendeu Bubacar Paralta. O governo acredita que, com esta medida, será possível verificar a qualidade do parque automóvel, esperando ainda uma subida das receitas do Estado.
DSP agradecido à comunidade internacional
O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, viajou ontem para Portugal para uma visita privada de uma semana mas, antes de deixar Bissau, reuniu-se com alguns elementos da comunidade internacional a quem agradeceu pelas promessas de apoio ao país. Domingos Simões Pereira voltou a agradecer à comunidade internacional as promessas de apoios financeiros para a Guiné-Bissau, feitas numa mesa redonda na Bélgica no dia 25 de Março deste ano .
O chefe do Governo de Bissau afirmou que as promessas de apoio anunciadas, mais de mil milhão de euros, "não são, contudo, um cheque em branco" ao país ainda que a comunidade internacional tenha mostrado "confiança no trabalho em curso" na Guiné-Bissau. Prometeu que o Governo se vai sujeitar ao controlo dos recursos mobilizados na mesa redonda, bem como os gerados a partir das receitas internas, num esforço de demonstrar transparência.
"Não haverá zona sombra", defendeu Domingos Simões Pereira, notando também que não pode haver situações de controlo para que a parte guineense possa invocar a soberania nacional para não se sujeitar a fiscalização das suas contas e acções públicas. O governante referiu ainda que vai iniciar consultas directas com as organizações e países que anunciaram apoios financeiros ao país para determinar os mecanismos de desbloqueamento dos fundos e as modalidades de implementação dos projectos.
Domingos Simões Pereira adiantou ter solicitado a todos os departamentos governamentais planos de acções sectoriais para absorção dos fundos prometidos em Bruxelas.
terça-feira, 7 de abril de 2015
ATENÇÃO: NÃO comprem o cartão de internet da MTN. É só roubalheira, com o FRED a ver...AAS
NOTA: Eu já fui recuperar os 15.000 Fcfa que paguei...para NÃO ter internet!
PROTESTO: Pouco passava das onze horas quando fui comprar um cartão para o Ipad para ter internet...e ainda nem uma página consegui abrir. A MTN que prepare os 15.000 Fcfa que paguei, porque vou lá buscá-los. Eu não admito ser roubado! AAS
P.S.: Este texto foi escrito no hotel Ancar. A MTN que vá roubar lá para os lados de Safim, que há lá muito bandido com dinheiro para gastar... AAS
segunda-feira, 6 de abril de 2015
FACTO: Quando se fala de internet, nós estamos na idade do bronze. O 4G está já a chegar a todos os países - e nós? Nim 1, kuanto mas 2 ku fadi 3G. MTN, Orange, Guinetel? Son nguliduris (obrigado, tio Ntony). AAS
NOTA: Levei 15 segundos a escrever esta mensagem...e 5 minutos apenas para a meter online...AAS
domingo, 5 de abril de 2015
CCIAS: Assembleia geral aprovou relatório de contas e actividades
A CCIAS - Câmara do Comércio, Industria, Agricultura e Serviços, realizou no passado dia 4 a sua assembleia geral num dos hotéis de Bissau. O relatório de contas e actividades foi aprovado com 512 votos (unanimidade). O próximo passo passa pelo empossamento da comissão eleitoral para o escrutínio que terá lugar no próximo dia 26 do corrente, e que será constituído por:
Carlos Pinto Pereira, presidente
Armando Mango, vice-presidente
Pedro Rosa Có, secretário
Abdu Mané, vogal
Jorge Aníbal, vogal
Botche Candé homenageado
O ex-ministro do Comércio no governo de Carlos Gomes Jr., Botché Candé, foi homenageado com diploma de mérito pela CCIAS na assembleia geral. Uma fonte da CCIAS assegurou ao DC que o gesto "pretendeu fazer justiça a um ex-ministro que ajudou muito a CCIAS na implementação do projecto FUNPI."
Entretanto, DC conta entrevistar o presidente da CCIAS oportunamente para que se faça luz sobre alguns assuntos da actualidade. AAS
sábado, 4 de abril de 2015
TUSTUMUNHO DI AÓS: Na próxima 2ª feira, no Ditadura do Consenso
Depois do que vi em Safim, a pouco mais de uma dezena de quilómetros da capital, Bissau, estou mais certo do que nunca disto: os membros do (des)governo de 'transição', os administradores de empresas públicas durante esse período nefasto, deviam ser simplesmente JULGADOS, CONDENADOS E...FUZILADOS na praça pública, com banda de música e fanfarra!!! Tudo a bem da Nação e da limpeza e moralização da nossa vida pública.
Cambada de ladrões!
Vou escrever um texto à ditadura na próxima semana sobre o que vi em Bissau, a cidade com nome e toques de mulher: Vão ser asfaltados 43 km de estradas, o bairro Mindará vai desaparecer (serão construídas 200 casas para realojar os seus habitantes) e no seu lugar nascerá uma espécie de capital financeira; o projecto da nova praça Pindjiguiti é um must.
Bissau, uma cidade com mais de 400 mil habitantes, é um enorme estaleiro, com dezenas de máquinas pesadas e poeira a condizer. Por todos os lados. Avenidas inteiras estão a ser esventradas: vem aí alcatrão novinho em folha. Veremos quanto tempo durará...
Um abraço a todos e feliz Páscoa. AAS