domingo, 30 de novembro de 2014

Nuno Nabian lançou partido político




O ex-candidato à presidência da Guiné-Bissau Nuno Nabian lançou hoje um novo partido, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que diz destinar-se a "provocar mudanças de que o povo precisa" no país.

Nabian apresentou publicamente o seu partido em Gabu, a 200 quilómetros a leste de Bissau, mas avisou os militantes e simpatizantes para se prepararem para intimidações e perseguições de que poderão vir a ser alvo, sobretudo nos locais de trabalho.

"Toda a luta política tem um risco e o partido não foi fundado contra ninguém, mas sim para provocar mudanças de que o povo precisa", declarou o candidato derrotado na segunda volta das presidenciais guineenses por José Mário Vaz, o atual chefe de Estado. Lusa

VULCÃO DO FOGO:


Por: José Sousa Dias
Delegado da Agência Lusa em Cabo Verde
Expresso – Especial

Medo e confiança à sombra do vulcão do Fogo

Sentada na encosta da localidade de Portela, Maria Teixeira está muito mais velha do que os seus 42 anos. A lava do vulcão do Fogo, que ferve há vários dias na ilha cabo-verdiana a que lhe dá nome, está a dezenas de metros de Maria Teixeira, agasalhada e com pele enrugada pelo frio e nevoeiro que se sente na zona, a 2.300 metros de altitude. "Aqui não houve ninguém que não perdesse nada. Não sei o que vou fazer da minha vida”, diz, resignada, ao lado de um monte de bens, retirados da sua casa, no centro de uma Portela, ameaçada pelas chamas.

A casa, à semelhança de muitas outras, foi esvaziada de tudo, desde janelas, colchões, eletrodomésticos, mesas ou portas. Agora, os pertences de uma vida estão amontoados num monte sobre o solo à espera que os serviços de proteção civil de Cabo Verde os venham retirar. “A minha casa está vazia. Vivia da agricultura e agora vou perder tudo”, desabafa a mãe de quatro filhos que já foram transferidos para casa de familiares.

Desde a semana passada que o vulcão nervoso tem assustado a população e a lava já destruiu dezena e meia de casas. Na quinta, o cenário agravou-se com novas erupções de magma, criando novas bocas do vulcão. De visita à ilha, o primeiro-ministro, José Maria Neves, admitiu a falta de recursos para lidar com a situação. "Neste momento estamos numa situação de catástrofe”, disse o governante, que se mostrou particularmente preocupado com a situação dos mais frágeis. "Há muitas crianças. Temos de lhes reforçar a dieta alimentar”, exemplificou.

Mas Maria Teixeira espera pelo fim deste calvário. “Quero poder voltar um dia e espero que o vulcão acabe rapidamente”. A Portela está hoje fantasmagórica, apenas os esqueletos das casas e a quase totalidade dos seus habitantes já saiu para outros sítios mais seguros da ilha.

Por todo o arquipélago há uma onda de solidariedade. A lava que descia em direção à Portela parece ter mudado de direção, o que acalmou muitos dos desalojados mas obriga as autoridades a alterarem permanente os planos de atuação. Agora, a zona central da ilha cobre-se de um manto de magma que escorre pelas encostas a um ritmo lento mas imparável e com rumo imprevisível.

As autoridades apenas podem retirar as pessoas e os bens que estiverem no caminho da lava. "Vamos ter de monitorizar cientificamente o vulcão para estabelecer cenários numa base diária”, afirmou o primeiro-ministro. Hélio Semedo, do Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC) de Cabo Verde, confirma que as várias bocas do vulcão ficaram unidas numa única cratera, aumentando a quantidade de lava que escorre do monte.

As câmaras cabo-verdianas juntaram-se na recolha de donativos. Também a sociedade civil se juntou à causa e até a seleção de futebol vai avançar com uma campanha de angariação de fundos. De Portugal já partiu a fragata Álvares Cabral - com “medicamentos, equipamentos para a proteção civil e meios de comunicação”, segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano -, mas também os alunos cabo-verdianos nas universidades portuguesas já se juntaram para recolher apoios, a que se juntam iniciativas de operadores turísticos e de organizações vocacionadas para o espaço lusófono.

A maior parte da ajuda está a ser coordenada por um grupo autodenominado "Amigos do Fogo", que constituiu uma comissão de trabalho, abriu contas bancárias e contactou a diáspora. João Miguel Alves, um dos elementos da comissão, diz que o primeiro sinal de apoio vem da Holanda, um dos países onde existem mais emigrantes cabo-verdianos, estando prevista a chegada de um contentor já no início da próxima semana.

Em Chã das Caldeiras, a maior cooperativa vinícola da ilha esteve em risco de ser destruída. David Gomes Monteiro, diretor da instituição, mostra-se agora mais confiante porque a lava está a seguir por outros caminhos. “O susto passou. Depois dos primeiros três dias, estávamos muito aflitos, mas hoje a coisa acalmou”, diz. As autoridades também abriram uma nova estrada e agora a cooperativa até pondera repor o equipamento industrial que havia retirado do local, como medida de segurança. “Vamos manter aqui parte da produção de 2013 e toda a produção de 2014. Já regressou tudo à normalidade e pensamos manter para já as coisas”, explica.

Por isso, há quem esteja otimista e queira já regressar antes de outros terem partido da Portela. É o caso de Manu Teixeira, 24 anos, que insiste em manter-se na terra onde vive há 18 anos e porque acredita que já conhece o vulcão. “A lava já está a parar e agora queremos continuar na nossa casa. Já não a vamos abandonar e vamos ficar aqui”, afirma, enquanto carrega os seus bens, que estavam em São Filipe, principal cidade da ilha do Fogo. “Se acontecer outra vez apanhamos novamente as nossas coisas e colocamo-las aqui”, diz. Mas agora, “não tenho medo e não vai acontecer mais erupções”, diz o jovem confiante, sob a sombra do monte do vulcão. “Já sabemos o que é isto”.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

EXCLUSIVO DC/POR QUE CAIU O BOTCHE CANDÉ?

ESMAGADO PELO PILAR 111

A história que conduziu ao pedido de demissão do ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau, Botche Candé, podia ter um título: "esmagado pelo pilar 111".

Há pouco tempo, o Presidente da República, José Mário Vaz, foi alertado pela presença sistemática, na zona de fronteira - pilar 111, de rebeldes do MFDC. Enquanto comandante-chefe das forças armadas, JOMAV convocou o CEMGFA Biague Na Ntam e passou-lhe a informação. Este mandou averiguar, mas nada se apurou (ou talvez se tenha apurado e preparava-se uma operação idêntica à levada a cabo pelo ex-CEMGFA Tagme na Waie).

Até que Botche Candé se insurgiu, insistindo que sim, que "havia rebeldes nessa área" e que podia prová-lo. Primeiro erro: não é a todos os sítios que se vai e se leva a imprensa atrás. Botché foi de facto, levou um batalhão de jornalistas e, pasme-se, deu de caras e viu-se até rodeado de um grupo de indisciplinados rebeldes armados com AK 47 e RPG-7!

Segundo erro: Então, por que razão, sendo rebeldes e encontrando-se no nosso território, o ministro da Administração Interna, não deu/mandou dar ordem de prisão ao grupo que trava uma luta armada contra um regime legal e com a qual a Guiné-Bissau tem fronteiras e relações diplomáticas? Mistério.

Ou seja, houve outro erro, o terceiro, o chamado pecado capital: uma fonte garantiu ao DC "existir a sensação" de que a operação em que Botche Cande se envolveu "foi mal preparada e fez mais estragos para a imagem do país do que os beneficios pretendidos." Ou seja, diplomaticamente, foi como que um tiro no próprio pé.

JOMAV 'desrespeitado'

Quem não gostou mesmo nada do modus facendi do agora ex-ministro Botche Cande foi o Presidente da República José Mário Vaz. "Embora tenha compreendido a motivação, sentiu se um pouco desrespeitado enquanto Comandante em Chefe das Forcas Armadas", disse a fonte do DC. Jomav não gostou e foi aos arames. "Ou Botche, ou nada mais importará", terá dito um presidente furioso - e com razão.

O caldo entornar-se-ia na reunião de hoje do Conselho Superior de Defesa. Logo a seguir à reunião houve uma concertação restrita, quase rápida, entre o Presidente da República, o Presidente da ANP e o Governo. O destino de Botche ficou traçado: demita-se o minsitro. Botche Candé pede a demissão a contragosto.

Agora os guineenses podem questionar-se: mas pode o PR exonerar um ministro sem aval do primeiro-ministro? Poder, pode, mas geralmente procura o consenso com o chefe do Governo. Até porque para nomear o subsituto, tem que haver consenso entre os dois: um propõe e outro nomeia. AAS

ÚLTIMA HORA: Botche Candé terá, a seu pedido, sido exonerado. AAS


Ministro da Administração Interna será substituído por um dos secretários de Estado; da Segurança e Ordem Pública, Domenico Sanca, ou por Abu Camara, do Ordenamento do Território.

OPINIÃO: Na Guiné-Bissau a vida é um teatro


"Caro Aly,

Seguidor assíduo do teu blog, deu-me a constatar a troca de galhardetes, entre ti e um outro Vaz. Desta vez, Carlos de seu nome. Parece praga dessa gente mesquinha e ruim, pois uma primeira vez foi um Vaz, o Nando, que partiu discreta e impunemente, sem prestar contas após um lote de trafulhices, gatunices e roubalheiras sob a égide de um Estado Ladrão.

Hoje vem de novo um outro Vaz, o Carlos, atazanar-nos a vida armando-se em jornalista de pacotilha, num reino de parvinhos que brincam ao Estado. É mesmo para dizer, na Guiné-Bissau, a vida é mesmo um teatro. Mas pergunto: não será demais da tua parte dar e dispensar muita importância a tanta insignificância de pessoa que não passam de um teatro de vida ambulante? Aliás, o único papel em que este fulano atípico se sente realmente confortável, exprimindo-se na sua plena infantilidade, é o palco da teatralidade.

Tal é o seu estado fictício de vida, que vai ao ponto de exibir um cartão emitido pela CNE, querendo com ele arrogar-se ao título e estatuto de jornalista profissional. Que absurdidade de pensamento, que pobre e desrespeitada homenagem presta esse fulano à nobre e respeitada profissão de jornalista!

Sei que em resposta aos seus impropérios desvairados, bem podias apelidá-lo, de pedófilo, tarado sexual (bafadur), usuário de droga dura, esquizofrénico etc, etc, sendo certo que todos esses adjectivos lhe fariam devida honra de personalidade e assentar-lhe-iam, como uma luva, mas não vale a pena, pois a evidência comportamental e os factos conhecidos do sujeito em questão diz tudo da sua perversa personalidade.

Por isso, deves permanecer noutros patamares, não lhe dando azo para se elevar ao teu nível. Baixa as cortinas do teatro e apague as luzes, ponha fim à recriação, pabia "si kusa murri, kusa ku natal". Quanto ao seu empregador, o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, é bom que saiba tirar ilações de comportamentos pouco profissionais dos seus colaboradores, pois muitas vezes, querendo agradar gregos e troianos na sua cata de "amplos consensos", pode bem ter que lidar-se com pedras incómodas no seu sapato governativo em declínio de popularidade e crença. Foi uma vez um VAZ...

Abraços Aly, na certeza de que estaremos juntos para o que der e vier, para mais diversão, caso o recado não tenha sido bem assimilado.

Quebo 66
"

NOTA: Ouviu bem, senhor doutor e prémio Nobel da Fantochada, Carlos Vaz? AAS

Cuba linda


A Embaixada da República da Guiné-Bissau, em Cuba, já dispõe de um sítio na internet:

LINK

NOTA: A página web está activa, mas ainda em construção. AAS

ERUPÇÃO DO VULCÃO DO FOGO: "É uma catástrofe", diz PM José Maria Neves


O primeiro-ministro de Cabo Verde considerou que a ilha do Fogo já vive uma situação de catástrofe, na sequência das sucessivas erupções vulcânicas que ocorrem desde domingo na conhecida precisamente por "ilha do vulcão".

Falando aos jornalistas após uma reunião com responsáveis municipais, forças de segurança e proteção civil em São Filipe, "capital" foguense, José Maria Neves indicou que o vulcão do Fogo, que "acordou" após 19 anos de "adormecimento", continua "imprevisível", tantos são os altos e baixos das atividades sísmicas e magmáticas. Lusa

Discriminação da mulher: Estamos no 67º lugar


A Guiné-Bissau ocupa o 67.º lugar do Índice de Género e Instituições Sociais divulgado ontem pela OCDE, que nota a falta de legislação que ponha em prática os compromissos nacionais e internacionais de combate à discriminação das mulheres.

O documento, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), expõe a prevalência de discriminação em instituições sociais e promove a importância de normas sociais convencionais na defesa da igualdade de género. Lusa

Reforço do controlo das contas públicas


A União Europeia vai investir 555 mil euros na Guiné-Bissau, ao longo dos próximos anos, para reforçar o controlo das contas públicas, num projeto executado pelas Nações Unidas, anunciou na quinta-feira a UE em comunicado.

O país vai beneficiar de ações de capacitação profissional no setor público para que o Tribunal de Contas possa pronunciar-se "sobre a Conta Geral do Estado e levar a cabo auditorias financeiras e de desempenho noutros domínios relevantes". Lusa

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Era uma Vaz...


"Caro amigo Aly,

Estou a acompanhar as vossas trocas de conversas com o sr. Vaz, e vejo que tens muita razão, também com humildade... Essa fechou o ano, irmão.

Um Abraço do teu irmão de Angola.

Albano J."

TEATRALIZANDO: Escreve-me um 'conselheiro' do primeiro-ministro. Assim:




O Carlos Vaz levou a conversa para a baixeza e para o insulto. Compro. Um 'conselheiro' de um primeiro-ministro, a insultar alguém? Se os colaboradores de Domingos Simões Pereira não querem ser criticados - neste caso DESMENTIDO - então a porta da rua recomenda-se. O infeliz do Carlos Vaz provou, aqui, ser uma pessoa incompetente, que andou a surfar na maionese enquanto director do Instituto Nacional de Cinema: não fez nada de relevante, não produziu um único documento digno de registo. Nada. Zero. Niente. Rien du tout!

O Carlos Vaz sempre foi um fura vidas. Conhecemo-nos bem em Bissau. Eu, TOXICODEPENDENTE? Com que provas? Bom, terá a sua oportunidade de explicar isso em tribunal... O Carlos Vaz, e eu não queria entrar por aí (será que não queria mesmo?...), para além de obtuso (provou-o no email que aqui reproduzo) tem muito má reputação: a de pedófilo - a mais abjecta de todas.

Leiam o email do 'jornalista', contem os erros, os insultos e a difamação e depois digam-me se isto é próprio de um jornalista. De facto, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau está muito bem servido de assessores e conselheiros. Quanto aos alunos de jornalismo do 'docente universitário' DR. Carlos Vaz, nem quero ver! Assim se vê, por alguns dos nossos docentes, a razão de a Guiné-Bissau estar neste poço sem fundo.

Um professor universitário - de JORNALISMO, com este português de merda? Ah, não!!! António Aly Silva


O ladrão do meio está a caminho...




O Governo de Timor-Leste anunciou que propôs a nomeação de José Ramos-Horta como enviado especial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné-Bissau e Guiné Equatorial.

TEATRANDO




Carlos Vaz, 'conselheiro', entre tantos outros títulos que se espera sejam póstumos, veio agora meter a pata na poça e revelar que não percebeu nada. Eu disse, digo e repito: o Carlos Vaz não é, nem nunca foi jornalista. O Carlos Vaz nem jornaleiro é. Ai, agora, o cartão que orgulhosamente envia aos 'caros colegas', passado pela suspeita CNE, é que vem PROVAR que o homem é jornalista? Poupem-me a atalhos.

Pois bem, eu mesmo estive nessas eleições (aliás, à minha maneira, acabei com duas conferências de imprensa num único dia: a do malogrado Desejado Lima da Costa, na sede da CNE e a do então primeiro-ministro Artur Sanha, na primatura, frente à sede da UDIB).

Credenciei-me, para trabalhar, com o meu cartão de imprensa português Nr. 5219, para pendurar ao pescoço essa coisa pirosa que chamam de credencial. Assim, desafio o (doutor?) Carlos Vaz a:

1 - APRESENTAR o seu cartão de imprensa, aquele com que se credenciou nas eleições de 2005;
2 - Calar-se para sempre, ou,

Preparar-se para um grande djamu ku djambadon... Disse. AAS


DSP/Visita a Cabo Verde


O Ministério das Relações Exteriores (MIREX) informa que uma Delegação Governamental da Guiné Bissau, Chefiada por S.E. Senhor Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, estará de visita a Cabo Verde a partir do dia 1 de dezembro.

O programa da visita prevê um encontro empresarial com empresários Cabo-verdianos e Guineenses, pelo que, em colaboração com o MIREX a CCISS convida os associados e a classe empresarial a participar no Encontro com a delegação governamental da Guiné Bissau, que se realizará na próxima segunda-feira, 01 de Dezembro, na Sala de Conferências da Câmara de Comércio de Sotavento, com início às 15:00H.

O Sr. Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, visitará Cabo Verde, acompanhado dos principais Membros do Governo e Representantes da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços da Guiné Bissau.

Aos interessados solicitamos a confirmação de presença até às 12h00 do dia 1 de Dezembro.

Para tanto disponibilizamos o seguinte Formulário para a inscrição das empresas interessadas e respectivos representantes.

Câmara de Comércio Industria e Serviços de Sotavento

Av. OUA, 39 – C.P. 105 – ASA, Cidade da Praia, Cabo Verde

Tel. 00238 261 5352 - Fax. 00238 261 7235
email: info@cciss.cv; www.cciss.cv

OPINIÃO DO EDITOR: Si kussa murri, kussa ku matal


Do homem do teatro:

A propósito do simpático editorial difamatória do Sr. Ali Silva no blog: Ditadura do Consenso contra a minha pessoa, em anexo, seguem alguns documentos prova de trabalho, para a vossa consulta, nos quais se pode constatar, que iniciei a minha carreira na informação desde 1983, em TV Cabo-verdiana. Igualmente, ao longo deste percurso tive ligado várias vezes a produção cinematográfica, fui consultor de comunicação de vários projectos e nestes últimos anos tenho sido docente universitário para érea de comunicação e jornalismo.

Modestamente e humildemente, queiram aceitar os meus melhores cumprimentos e respeitos

Carlos Vaz
/Coordenador do Gabinete de Comunicação e Informação, junto ao Primeiro-Ministro/


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Nkontra ku nha ermons ku Aka na kosta
Ma cinema populaçon na Biorna
Pubis na koi koi
Ahhhhh é na koi koi
Kê, sim murri gossi
Nha alma ka na durmi

Do JORNALISTA:

Ó Carlos Vaz, deixa-te lá de coisas. Para já, começas mal: alguém que se diz humilde NÃO toma como seu algo que não lhe pertence - esse é o princípio de ser-se humilde. Mas há mais. Lá por, no cartão da CNE ou noutro qualquer, terem escrito jornalista não faz de ti jornalista. Ponto. E o teu português...ui!

Só mesmo na Guiné-Bissau, nesse atoleiro à beira lodo plantado, que alguém diz 'sou isto e aquilo', e, pasme-se, passa mesmo a ser aquilo que quiser. Só no nosso País é que ser ministro é tomado como um título. Carlos Vaz: a propósito, o meu apelido é ALY e não Ali...

É a chamada integridade da merda, e graças a ela temos a perfeita noção do estado do nosso País e, em certa medida, do resto do mundo. Deviam devolver o Carlos Vaz à procedência: ao Instituto Nacional de Cinema. Precisamos de filmes, é a verdade, mas também não temos um cinema para amostra. E o Carlos Vaz, um 'jornalista dos tempos modernos', estava mesmo à mão...paxenxa.

Também com humildade, AAS

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Domínio de topo da Guiné-Bissau já está online


Já está online o domínio de topo da Guiné Bissau. O DNS.pt ajudou a preparar a chegada do .gw, que identifica as páginas de Internet locais.

No apoio ao lançamento do ccTLD da Guiné Bissau, o DNS.pt assegurou o desenho e a estrutura do site de suporte ao serviço, no âmbito de uma parceria assinada com a Autoridade Reguladora Nacional - Tecnologias de Informação e Comunicação da Guiné-Bissau.

No âmbito do mesmo acordo, a entidade responsável pela gestão do domínio nacional de topo em Portugal preparou ainda a regulamento aplicável ao TLD nacional da Guiné Bissau e deu apoio na definição de parâmetros para a gestão diária do domínio, explica uma nota divulgada hoje pelo DNS.pt. Assegurou igualmente o apoio técnico de alojamento do servidor de nomes de .gw

Em 2012, ainda o registry de .pt era a FCCN, já tinha sido assinado um primeiro protocolo com a ARN para a prestação de apoio técnico à gestão do .gw, que nessa altura já estava em perspetiva. O processo acabou por avançar apenas agora, depois da delegação em julho pela IANA das competências necessárias na ARN.

Há entretanto três empresas portuguesas que já garantiram o estatuto de registar para .gw, que são a Amen, Ptisp e Domínios. O DNS.pt já presta apoio ao mesmo nível a outros países africanos de língua oficial portuguesa, como Angola e Cabo Verde.

DENÚNCIA


"Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural

Decreto Nº12/04/2014
Todos os Reformados tem Direito um Viatura dupla cabine

Ministério da Agricultura (rabata, rabata, asumbu lele)

Todos os Ministros que passaram levaram consigo uma viatura desde Maria Evarista levou 1 (Prado) Cinzento, Barros Bacar Bandjai levou (Toyota Hilux) Branca, Malam Mané levou (Prado) cor de lama, Nicolau dos Santos levou (Toyota Hilux) Azul e alguns aposentados (reformados) levaram um dupla-cabine e os técnicos que vão para o terreno vão nos transportes públicos, e essas viaturas estão parqueadas nas casas desses senhores/senhoras.

PRESAR é uma Empresa privada de Kaussou Dion Bera, não é um projeto do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural? Perguntam este Senhor proprietário desta empresa e do mistério dos 4 (Carros) 3 Toyota Dupla-cabine e 1 Toyota Prado de cor azul que estavam sob custódia da Guarda-Nacional - onde está esta viatura? A circular com consultores do BAD mas que é propriedade do Kaussou. Ouvi a dizer que já o comprou. Duvido… há há há, se canua ca ncadja no tchiga.

Próxima edição se este assunto não for resolvido: vou ser mais duro, Autocarro de cor castanho que estava no Ministério não funciona. Saiu do Ministério depois de 2 dias começou a trabalhar. Agricultura tem pessoas intocáveis. Apelamos a quem de direito a tomar medidas contra estas pessoas corruptos, o Gabinete de Luta contra a Corrupção, entidade competente, acreditamos em vocês. Já chega, por favor. (Se ramo quebra suguta na tchon qui na caba ampus).

Não há lugar para a concertação é por isso optamos por este meio.

Assinado:

Engº Casseque"

Afectos com Letras


No âmbito da XIV Missão Solidária, a AFECTOS COM LETRAS ONGD envia hoje para a Guiné-Bissau, por via marítima, um contentor contendo cerca de 8 toneladas de medicamentos, essencialmente antibióticos, destinados aos doentes mais carenciados das unidades de saúde daquele País.

Este donativo, com um valor de 121 000 euros, surge da parceria entre a AFECTOS COM LETRAS ONGD e os Laboratórios Basi, SA, com sede em Mortágua. Estes medicamentos irão suprir, nos próximos 12 meses, as necessidades dos doentes sem recursos dos Hospitais da Região de Bissau, designadamente do Hospital Nacional Simão Mendes e do Hospital Militar) e ainda do Hospital da Ilha de Bolama, do Hospital de Cumura assim como dos Hospitais de Bula e Ingoré e dos Centros de Saúde de Varela e da Ilha de Pecixe.

Recorde-se que a AFECTOS COM LETRAS ONGD assinou muito recentemente um Memorando de Entendimento com o Ministério da Saúde Guineense e a ONG AIDA, a nossa parceira no terreno responsável pela distribuição dos medicamentos doados, no sentido de garantir a gratuitidade e transparência na gestão da distribuição e entrega destes medicamentos a quem realmente mais necessita.

O sector da saúde na Guiné-Bissau padece de grandes carências e os medicamentos, essencialmente os antibióticos, muitas vezes rareiam ou atingem preços inacessíveis para uma grande parte da população que se abstém de tomar a medicação prescrita por falta de recursos financeiros. Esta nossa doação visa colmatar as necessidades mais evidentes e contribuir para a melhoria das condições básicas de vida e da dignidade humana dos guineenses.

O contentor chega à Guiné-Bissau na época Natalícia e será aberto e entregue por elementos da AFECTOS COM LETRAS ONGD que se deslocam ao País nessa altura para o efeito.

Pombal, 26 de novembro de 2014.

Para mais informações: Joana Benzinho - (+351) 91 87 86 792

CONFIRMADO: Rebeldes de Casamança com base no território da Guiné-Bissau


O porta-voz do Ministério da Administração Interna (MAI) da Guiné-Bissau confirmou hoje que foram encontrados acampados em território guineense rebeldes que lutam pela independência de Casamança (região do sul do Senegal) armados com metralhadoras e lança-granadas.

"Tratando-se de uma força estrangeira no território nacional, é de facto preocupante e não podemos permitir que isso continue", referiu Samuel Fernandes, tenente-coronel da Guarda Nacional e porta-voz do ministério. Samuel Fernandes adiantou que o Presidente guineense já foi hoje informado do sucedido pelo ministro da Administração Interna, Botche Candé, e que vai ser criada uma comissão de alto nível para lidar com o assunto.

Os rebeldes foram encontrados por uma comitiva governamental liderada por Botche Candé que durante o fim-de-semana esteve em visita oficial a uma região no norte da Guiné-Bissau, perto de Farim, junto à fronteira com o Senegal. Na altura, o governante foi informado que haveria "movimentações estranhas" na zona, situação que a comitiva de que fazia parte resolveu averiguar, explicou Samuel Fernandes, que também integrava a equipa.

"Constatou-se que estavam elementos das forças do Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC) dentro do território nacional. Isto é muito grave", considerou o porta-voz do MAI, adiantando que se tratava de "um grupo armado com metralhadoras e lança-granadas". Apesar de não ter havido nenhuma ameaça à segurança da comitiva, "é uma situação delicada que pode comprometer a segurança nacional", disse Samuel Fernandes.

"Conversámos com eles" e "confessaram que estavam em território nacional. Têm a base do outro lado [da fronteira, em Casamança], mas estão numa zona de matas cerradas" e onde foram enterradas minas antipessoais, condições que fazem com que os agentes de segurança guineenses não avancem, dando-lhes espaço, segundo referiram.

Da comitiva que se deparou com os rebeldes faziam ainda parte o secretário de estado da Ordem Pública, o governador da região de Oio, o comissário nacional da Polícia de Ordem Pública e o comandante para o país da Guarda Nacional.

As ações do Movimento das Forças Democráticas de Casamança são cada vez mais raras, mas, oficialmente, os rebeldes ainda não depuseram as armas e estão divididos em diversas alas políticas e militares. O movimento luta desde 1982 pela secessão de uma província que já fez parte de Portugal, integrada no território da então Guiné Portuguesa, e que é agora parte do sul do Senegal. Lusa

Erupção do vulcão da ilha do Fogo



A enorme coluna de fumo e de cinzas da erupção do vulcão da ilha do Fogo. A vista é da varanda minha casa, na ilha de Santiago, a cerca de 50 km de distância. Foto AAS/DC/2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

LGDH/ Nota de Condolências

Liga Guineense dos Direitos Humanos

NOTA DE CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda consternação que a Liga Guineense dos Direitos Humanos tomou conhecimento da morte de Nicolácia Maria Gomes, membro do Conselho Nacional e Presidente desta organização na região de Gabu.

A malograda que no dia 25 de Novembro de 2014, deixou por força do destino, o mundo dos vivos, foi uma figura de destaque na luta pelos direitos humanos, em especial na região de Gabu.

Nicolacia Maria Gomes sempre foi uma activista incansável e corajosa, tendo dedicado toda a sua vida enquanto voluntária, pela defesa dos valores estruturantes do Estado de Direito.

Em virtude das suas qualidades profissionais e determinação na defesa dos direitos humanos, a LGDH gotaria de recohecer publicamente que sofreu uma perda irreparável com o desaparecimento físico da Senhora Nicolacia Maria Gomes que em muito contribuiu para a promoção e protecção dos direitos humanos no país.

Neste momento de dor e de angústia, a LGDH apresenta as suas mais sentidas condolências à familia enlutada e a todos os activistas dos direitos humanos.

Que a sua alma descance em paz e na Gloria para sempre.

Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos

Feito em Bissau aos 25 de Novembro de 2014
A Direcção Nacional
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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

OPINIÃO DO EDITOR: Só uma coisinha...


Quando o Carlos Vaz me trata por "caro colega", nos email's que envia a vários órgãos de comunicação - e blogues, refere-se a:

1. Termos andado juntos na escola (não corresponde à verdade);
2. Termos feito a recruta juntos (isso certamente não aconteceu);

Das duas, nada.

Carlos Vaz, 'sente-se' agora um jornalista de mão cheia e até me trata por tu. Parece, pois, e com o pomposo título de Conselheiro/Coordenador do Gabinete de Comunicação e Informação, junto ao Primeiro-Ministro, não me admira nada. Carlos Vaz não manda apenas informação. Manda um jornal de parede. Letras garrafais, frases que acabam com reticências, enfim tudo coisas tipo manchetes do Daily Mirror, do Sun, etc. TÍtulos escritos a vermelho - onde já se viu uma coisa destas num gabinete de comunicação de um Primeiro-Ministro? Teatralidade à parte, estamos a falar de coisas sérias...:




Mas o Carlos Vaz não é jornalista, nem coordena 'jornalistas' num gabinete que mal existe.

O Carlos Vaz, todos sabemos isso, é um actor - um grande actor de teatro, diga-se de passagem - e até já se aventurou no cinema. Isto lembra-me um fulano pantomineiro de quem não tenho saudade: de comercial numa revista em Lisboa (vendia publicidade), passou rapidamente de besta a bestial: passou a ser 'jornalista' assim que chegou a Bissau. Até se arvorava em 'consultor'... Lá está, aos papéis, encafuado num partido político sem norte, enganando este e aquele - a propósito, até ficou com o dinheiro de uma casa que acolhe crianças desfavorecidas... AAS

GIC-GB: Discurso do Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira


Excelência, Senhor Embaixador Gary QUINLAN, Representante Permanenete da Australia, Presidente do Conselho de Segurança;

Excelência Senhor Secretário Geral das Nações Unidas;

Excelências Senhores Representantes de Estados Membros do Conselho de Segurança;

Excelência Senhor Presidente da Comissão da Consolidação da Paz;

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Excelencias

Agradeço a honra que me é concedida de, enquanto convidado, marcar presenca e tomar a palavra neste importante Órgão das Nações Unidas.

A Guiné-Bissau e um país que, na arena internacional, está a emergir de um ambiente de relacionamento com a Comunidade Internacional marcado por múltiplas condicionalidades e sanções. Esta presença e participação nos trabalhos deste órgão nuclear para a Preservação de Paz e da Segurança Internacionais, mais que o simbolismo, se reveste de importancia capital para o meu pais e para todo o povo guineense.

A Guine-Bissau volta a este palco de diálogo e concertação política se apresentando como um país em renovação, com novas autoridades políticas, novos compromissos e a esperança na construção de um Estado e uma sociedade cada vez mais mobilizados para a prossecução dos grandes desígnios nacionais.

Este regresso assinala ainda o cumprimento de mais uma etapa na restauração dos quadros de diálogo e cooperação com o exterior e de afirmação progressiva da Guiné-Bissau como parceiro estável e credível no sistema de segurança regional e global.

Finalmente, a minha presença neste fórum é tambem uma oportunidade singular para, em nome de S. Excia o Sr. Presidente da Republica Jose Mario Vaz, de todos os actores politicos nacionais e da sociedade em geral, agradecer ao Conselho de Segurança e a todo o sistema das Nacoes Unidas, o abnegado esforço que t^em consentido, há mais de uma década, no apoio ao processo de estabilização do nosso país.

Apesar da persistente instabilidade política, a ONU manteve sempre a Guiné-Bissau na sua agenda, procurando as melhores vias para a promoção do diálogo político e fortalecimento institucional do Estado de Direito.

Excelencias, minhas Senhoras e meus Senhores

Gostaria de trazer à vossa consideração os aspectos que, no entendimento do Governo, devem moldar o novo quadro de diálogo e cooperação com os parceiros internacionais, e de forma particular com as Nações Unidas:

A Guiné-Bissau está a viver um novo ciclo político, cheio de esperança e expectativa, que sustentam o sonho dos guineenses na reconstrução de um Estado à altura das exigências internas e externas da boa governação e do desenvolvimento.

O entendimento entre as principais formações políticas nacionais, sobretudo entre o PAIGC e o PRS, os dois partidos maioritários no Parlamento, constitui o pilar da governação inclusiva e o suporte das reformas e ajustamentos das instituições basilares do Estado e do ordenamento jurídico–constitucional, fundamentais para a consolidação da estabilidade e o reforço das premissas do desenvolvimento.

A legitimação da governação, a estabilidade social e a reconstrução económica são elementos incontornáveis para a estabilidade política e governativa no nosso país. Para chegar a esses resultados, a Guiné-Bissau necessita no imediato, de ajuda externa robusta por forma a alterar as condicionantes de um Estado frágil, com escassos recursos e uma instabilidade social persistente, com cicatrizes ainda vivas nos sectores sociais básicos como a Educação e a Saúde, dentre outros.

Apesar dos passos significativos, para alguns ate corajosos, que o país já deu no quadro das reformas, o Governo assume com realismo que ainda existem importantes riscos e fragilidades que devem merecer atenção e respostas adequadas.

Aplaudimos a importante missao de manutencao da seguranca das instituicoes e dos titulares dos cargos de soberania, que tem sido desempenhada de forma superior e exemplar pela ECOMIB. Manifestamos por isso a vontade inequivoca das autoridades guineenses em ver prosseguir o seu mandato, apresentando a este Conselho de Seguranca e a todos os parceiros internacionais, a solicitacao para o correspondente apoio financeiro.

A fase em que os processos de estabilização e reconstrução do Estado e da economia se encontram requer a continuidade da Guiné-Bissau na agenda das Nações Unidas e um firme e contínuo acompanhamento, apoio político e assistência das Nações Unidas.

Por esse facto, assumimos para o imediato, a continuidade da UNIOGBIS e o apoio das Nações Unidas, alicerçado na colaboração estratégica entre o Conselho de Segurança e a Comissão da Consolidação da Paz. Esta preocupacao foi alias manifestada a missao de avaliacao das nacoes Unidas na sua recente visita ao nosso pais.

Igualmente, a Guiné-Bissau precisa do apoio das Nações Unidas para a Organização da Conferência de Doadores, agendada para Fevereiro de 2015, em Bruxelas.

A realização com sucesso da Mesa Redonda de parceiros de desenvolvimento constituiria uma conquista estruturante para a acção e dinâmicas governativas de médio prazo.

Senhoras e Senhores

A nova Guiné-Bissau, em construção, pretende estabelecer com as Nações Unidas uma parceria estratégica renovada focada no sucesso como plataforma da sua sustentabilidade. Este novo quadro ira beneficiar do completo e inequivoco envolvimento dasautoridades políticas, dos compromissos políticos estabelecidos, bem como o empenho de toda a sociedade civil.

Sa’udo ainda de forma efusiva, a reactivação do Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau, criado sobre a égide das Nações Unidas em 2006, e que ainda hoje registou a sua primeira reunião, após dois anos de interregno. Para n’os, esse espaco constitui um quadro interativo de primordial importancia para agilizar o diálogo com os parceiros internacionais e apoiar o Governo nos esforços de mobilização da assistência internacional.

Por isso, faco registar os nossos profundos agradecimentos pela presenca e participação de Representantes dos Estados Membros do Conselho de Segurança nesse fórum.

Termino, reiterando o nosso agradecimento às Nações Unidas, aos seus órgãos e às suas agências, pela atenção e assistência que têm fornecido à Guiné-Bissau.


Muito obrigado

Rebeldes de Casamança 'emboscam' comitiva governamental guineense

Uma comitiva governamental liderada pelo ministro guineense da Administração Interna, Botché Candé, de visita à zona norte do país durante este fim-de semana, 22 e 23 de Novembro, concretamente nas imediações de Farim, foi emboscada e interceptada por um dos grupos rebeldes de uma das facções do MFDC, que opera naquela zona.

O incidente confirma relatos de há muitos anos, em como o território da Guiné-Bissau, pela sua fragilidade em termos de segurança, tem sido usado pelas diferentes facções do Movimento da Frente Democrática de Casamance (MFDC) como base das suas operações militares contra a República do Senegal.

O grupo armado opera dentro do território da Guiné-Bissau, justamente na secção de Djumbébe, entre as tabancas de Sintchã Aladje e Sintchã Béle, duas povoações próximas da fronteira norte com a vizinha República do Senegal, mas situadas dentro do espaço territorial guineense.

A comitiva do ministro da Administração Interna, composta por oficiais paramilitares e da Guarda Nacional, seu corpo de segurança, foi surpreendida por homens armados que se identificaram como rebeldes de Casamance, mas com base em operações na Guiné-Bissau, enquanto o governante visitava a zona.

O local é considerado de difícil acesso e com patrulhamento por parte das tropas guineenses, considerando a sua complexa localização geográfica.

Dominada por comércio inter-fronteiriço, Farim, que actualmente detêm uma mina de fosfato em fase adiantada de exploração, tem constituído ao longo de várias décadas baluarte das forças do MFDC, tanto que em 2002 a área tinha sido alvo de muitas investidas militares das Forças Armadas da Guiné-Bissau contra tais bases rebeldes.

Sabe-se que, recentemente, depois de informações da inteligência guineense em como a zona estava a ser ocupada pelos rebeldes, uma equipa disfarçada da contra-inteligência militar, das Forças Armadas, tinha sido despachada para a zona. Mas, de regresso, como resultado da missão, comunicaram ao actual Chefe de Estado-Maior, Biaguê Natam, que nada foi encontrado. E agora, com estes novos dados registados logo após esta missão militar, resta esperar pelos novos desenvolvimentos.

Contudo, últimas informações indicam que o Chefe rebelde que opera a partir de Farim, cujas forças emboscaram este Domingo a comitiva governamental guineense, avistou-se esta manhã com o ministro da Administração Interna, na cidade de Farim, a quem apresentou desculpas pelo incidente. E a resposta de Botche Candé é para que abandonem a área imediatamente.

Uma imposição política, segundo fontes governamentais, poderá não acontecer tão rápido, já que irá implicar desdobramentos operacionais perigosos por parte das forças rebeldes de Casamance. PNN

Fogo, lava e cinza



Erupção do vulcão da Ilha do Fogo, 23.11.2014
Foto: DR

domingo, 23 de novembro de 2014

ERUPÇÃO DO VULCÃO DA ILHA DO FOGO: 'Evolução tem sido muito rápida, mas apelamos à calma' - Marisa Morais, ministra da Administração Interna


A intensidade da erupção do vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo, cujos primeiros sinais foram sentidos às 20:00 de sábado, subiu do nível 1 para 3, numa escala de 5, disse a ministra da Administração Interna. Marisa Morais, em declarações à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV), confirmou que a evolução da intensidade "tem sido muito rápida", mas apelou à "calma", assegurando que já está em curso o plano de emergência com todas as instituições ligadas ao Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC).

A governante cabo-verdiana confirmou também as previsões avançadas à RCV pelo vulcanólogo cabo-verdiano Bruno Faria, admitindo que a erupção é superior à registada pela última vez, em 1995, e aproxima-se da de 1951, uma das maiores registadas na ilha. Em curso está também o processo de evacuação dos cerca de mil habitantes de Chã das Caldeiras, que se situa no sopé das principais crateras do vulcão, acrescentou Marisa Morais, admitindo que há pessoas daquela localidade que começaram por se recusar a abandonar as suas casas e pertences, mas que, aos poucos, estão a seguir as ordens da polícia para o fazer.

A governante cabo-verdiana admitiu também a "imprevisibilidade" da força do vulcão, garantindo, porém, que, cerca das 13:00 locais (14:00 em Lisboa), uma equipa de técnicos e especialistas seguirá de avião para o aeroporto de São Filipe, que foi entretanto encerrado e viu cancelado o voo matinal dos TACV.

Uma hora mais tarde, um barco, com mais equipas de reforço, seguirá também para São Filipe, a "capital" do Fogo situada na parte oeste da ilha e que, aparentemente, não está a ser afetada. A governante disse estar reunida de emergência com a direção do SNPC, encontro que à tarde será alargado a todas as instituições ligadas a calamidades naturais.

Para já, nenhuma das autoridades cabo-verdianas falou de vítimas ou danos materiais e, mesmo no terreno, a RCV, que ativou um conjunto de jornalistas em vários pontos da ilha, também não avançou com qualquer informação a esse respeito.

sábado, 22 de novembro de 2014

Guiné-Bissau quer CPLP, UA e UE na força de estabilização


As autoridades da Guiné-Bissau querem que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Africana (UA) e a União Europeia (UE) integrem a força de estabilização estacionada no país, anunciou esta quinta-feira o governo.

O pedido foi feito por uma comitiva guineense liderada pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, que se reuniu com representantes das Nações Unidas e outros parceiros internacionais entre 16 e 20 de novembro, em Nova Iorque. Lusa

Guineenses entre detidos que tentavam entrar em Angola


A Polícia de Guarda Fronteiras deteve ontem, 15 pessoas provenientes de vários países africanos, nomeadamente da Guiné-Bissau, que tentavam entrar ilegalmente por via marítima, a sul de Luanda.

A informação foi divulgada pelo porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional de Angola, comissário, acrescentando que a intervenção resultou de uma denúncia anónima. Lusa

UE/GB: Laboratório de análise de drogas entregue


Um laboratório de análise de drogas e seis postos de polícia pré-fabricados fazem parte do conjunto de materiais e equipamentos que a União Europeia (UE) entregou ontem, sexta-feira, às autoridades da Guiné-Bissau, anunciou a delegação local em comunicado. Aqueles materiais foram entregues à Polícia Judiciária guineense, que recebeu ainda 44 coletes à prova de bala e uma viatura. Lusa

ACIDENTE FATAL mata criança


Foi uma tragédia, aquilo que hoje aconteceu, implicando uma viatura da ONU e que resultou na morte de uma criança por atropelamento. Segundo apurou o DC junto de uma fonte das Nações Unidas, a viatura, um Nissan Patrol, "seguia dentro do limite permitido por lei, ou seja 80km por hora." O acidente deu-se hoje de manhã em Bantandjan, antes de Bafatá e Banbadinca, no Leste da Guiné-Bissau.

"Os miúdos estavam a brincar à apanhada, quando se deu o embate que acabou por ceifar a vida a um deles", disse a fonte. O condutor do jeep, bem como todos os ocupantes da viatura, fazem parte do chamado 'staff nacional' da ONU. AAS

PETRÓLEO: Polarcus faz novo levantamento


O "interesse da indústria" ligada à prospeção de petróleo vai levar a empresa de serviços geofísicos marinhos Polarcus a fazer um "novo levantamento" do fundo do mar ao largo da Guiné-Bissau, anunciou a firma em comunicado.

"Em resposta ao crescente interesse da indústria, a Polarcus garantiu verbas para realizar um novo levantamento 3D (a três dimensões) ao largo da Guiné-Bissau, para diferentes clientes", declarou a empresa, que tem sede no Dubai. Lusa

UE apoia luta contra crime transnacional


A União Europeia (UE) vai financiar com 620 mil euros um projeto de luta contra o crime transnacional na Guiné-Bissau, em particular "contra o tráfico de droga e de pessoas", anunciou a delegação da organização.

O projeto Eutranscrim "terá início no primeiro semestre de 2015, após a aprovação pelo Ministério da Justiça da Guiné-Bissau, com duração de 18 meses e será implementado pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, siga inglesa)", refere a UE em comunicado. Lusa

Guiné-Bissau na ONU


Uma importante missão do governo da Guiné-Bissau esteve durante 4 dias em Nova Iorque a convite das Nações Unidas. Conduzida e chefiada pelo próprio Chefe do Governo, Primeiro ministro Domingos Simões Pereira, integrou os titulares dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, Mário Lopes da Rosa, da Defesa, Cadi Seidi e o Deputado do PRS N’Bunha Ncada.

Foram quatro dias intensos em que a guineense se desdobrou em apresentações, reuniões e contactos.

Primeiro a nível do “Grupo Internacional de Contacto”, co-presidido pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros do Ghana e de Timor Leste, respectivamente Presidentes do Conselho de Ministros da CEDEAO e da CPLP, a que assistiram ainda o Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, Presidente Miguel Trovoada, o Presidente da Comissão da Consolidação da Paz - configuração Guiné-Bissau, Embaixador Miguel Trovoada e mais de 50 países e organizações que se assumem como parceiras internacionais da Guiné Bissau.

Depois no Conselho de Segurança, presidido pelo Representante Permanente da Austrália a que assistiram todos os membros permanentes e não permanentes.

Finalmente na Comissão da Consolidação da paz - configuração Guiné-Bissau com outra presença missiva dos parceiros.

Em todas estas ocasiões, o Primeiro ministro Guineense fez uma apresentação da actual situação política do país e traçou a visão estratégica para o futuro imediato e a médio prazo.

Dos vários assuntos então abordados e que tiveram pronta reação de apoio dos parceiros, destacam-se:

• necessidade de apoio na organização da mesa redonda de doadores, anunciada para Fevereiro de 2015 em Bruxelas;
• o acordo das autoridades guineenses para a prorrogação do mandato da UNIOGBIS, apesar dos avanços já registados em matéria da estabilidade e da restauração do Estado de Direito Democrático;
• o pedido das autoridades guineenses para a manutenção da força de estabilização da CEDEAO, a ECOMIB, devendo a sua missão de segurança às instituições e individualidades, ser complementada com outras como a formação e estruturação das forças da defesa e segurança, a criação e efectivação do fundo de pensões e a reinserção dos oficiais entretanto desmobilizados. Para este efeito, os demais parceiros multi-laterais devem ser integrados, a CPLP, a UA, a UE, sob a coordenação das Nações Unidas;
• a necessidade do reforço de capacidade do sistema de saúde da Guiné-Bissau para estar em condições de manter a prevenção contra o Ebola e se alinhar com a resolução recente da Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO sobre essa matéria;
• o alerta sobre os riscos da escassez de alimentos e mesmo de situações de fome devido ao mau ano agrícola causado pelas alterações climáticas que já estão produzindo efeitos directos no território da Guiné-Bissau, tais como, o aumento do nível médio das águas do mar e a escassez das chuvas;
• necessidade de reforço da capacidade institucional dos órgãos de soberania nacional e a facilitação do diálogo interno, por forma a produzir consensos sobre as grandes linhas de reforma a implementar;
À margem de todos estes encontros, o Primeiro ministro, em companhia do Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama e dos lideres das bancadas parlamentares do PAIGC e do PRS, respectivamente Califa Seidi e Certório Biote, foi recebido pelo Secretário-geral das Nações Unidas, Ban-Ki-Moon num gesto de perfeita demonstração de confiança nas actuais autoridades do país. Fonte presente a este encontro confirma que o Secretario Geral teve palavras de elogios pelos passos já dados e muitos encorajamentos para além de renovar o compromisso de manter-se atento ao desenvolvimento da situação política e económica no país. Contudo, não deixou de recomendar contenção e permanente ponderação por parte das entidades governativas do país, porquanto qualquer derrapagem neste momento poderá significar um grande revés nos propósitos que todos ambicionam com o futuro da Guiné-Bissau.

Ainda na companhia de Cipriano Cassama, Domingos Simões Pereira recebeu elementos da Comunidade Guineense residente em Nova Iorque. Foi um encontro breve que serviu para os conterrâneos guineenses matarem saudades e expressarem orgulho e esperança para com as autoridades e no futuro do país.

A Delegação do Primeiro-ministro deixou Nova Iorque na manhã do dia 20 de Novembro rumando para Cuba para uma visita oficial de 3 dias, com o sentimento de ter marcado importantes pontos e transmitido à comunidade internacional parceira da Guiné-Bissau a certeza de que este país será um grande caso de sucesso nos próximos tempos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

LIVRO: 'Ntin' chega aos leitores



Lançamento do livro, dia 21 de novembro 2014 pelas 18 horas, no Centro Cultural Brasil Guiné-Bissau.

CE-CPLP/Reunião da Praia aponta caminhos e objectivos



O Presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula, reeleito por unanimidade pelos membros da organização presentes na Assembleia-Geral de Cabo Verde, aqui na companhia da ministra cabo-verdiana do Turismo, comprometeu-se a criar "um secretariado exequível capaz de dar conta de recado de forma a ter uma confederação mais sustentável"

Salimo Abdula, Presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), salienta que a dinamização do ambiente de negócios na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a criação de um Banco de Desenvolvimento, constam das prioridades do novo mandato que terá à frente da instituição.

O dirigente moçambicano afirma que neste momento já estão criadas as condições para o desenvolvimento dos projectos da organização, através de uma equipa que terá um mandato de quatros anos, em declarações à imprensa, no final da eleição dos novos órgãos sociais da CE-CPLP.

Segundo Salimo Abdula, uma das prioridades durante o mandato é a aposta num Banco de Desenvolvimento que terá como missão alavancar iniciativas dos empresários lusófonos.A criação de uma plataforma de comunicação de forma a sensibilizar os empresários da lusofonia, a melhoria de oportunidades de negócios dentro da comunidade explorando da melhor forma os recursos humanos e naturais, são outras prioridades.


O presidente da CCIAS, Braima Camará, foi eleito vice-presidente e representante da Guiné-Bissau na CE-CPLP

A nova equipa da CE-CPLP promete trabalhar para que os países da comunidade sejam “estáveis económica e socialmente, e para que as pessoas possam ter trabalho digno, investir e atrair os investimentos de outros quadrantes do mundo” e Salimo Abdula defende a necessidade de a Confederação «juntar as mãos», trabalhar com os Governos da CPLP para transformar este sonho em realidade: “Com os recursos minerais que temos ao nível dos nossos países, queremos gerar muitos negócios, criar muitos postos de trabalho e fazer circular as pessoas dentro do nosso mercado”, sublinha.

Estratégia 2015-2020

A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) esteve reunida na Cidade da Praia, em Assembleia-Geral para aprovar a estratégia para os próximos cinco anos, visando mais negócios no espaço da lusofonia.

A estratégia a médio prazo (2015-2020) da CE-CPLP visa promover e acompanhar a transformação do sector privado na CPLP, com base em três pilares: melhorar o ambiente de negócios e o clima de investimento, alargar o acesso às infra-estruturas sociais e económicas e promover o desenvolvimento das empresas. A CE-CPLP deve avançar com uma rota de investimentos dentro da comunidade lusófona, estimulando a cooperação e parceria entre instituições.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

ÉBOLA/FALSO ALARME x 16


A Guiné-Bissau registou até hoje 16 casos suspeitos de Ébola, mas nenhum deles confirmado, anunciou hoje uma missão da Organização Mundial de Saúde (OMS) que visitou o país durante uma semana. Das 16 situações comunicadas e investigadas, foi pedida a intervenção adicional da equipa dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) em oito delas, mas sem que o vírus tenha sido encontrado.

Os números foram apresentados hoje nas instalações do Ministério da Saúde, em Bissau, durante uma apresentação em que participaram os nove membros da comitiva da OMS para fazer o balanço da visita destinada a avaliar a prevenção do Ébola no país. Lusa

GB/ONU: País em "fase crítica", diz Trovoada


O representante Especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, defendeu hoje nas Nações Unidas que o país "finalizou o seu regresso à ordem constitucional." Numa reunião do Conselho de Segurança, o responsável defendeu que o país está "numa fase crítica, em que não se pode conformar com o 'status quo', sob pena de perder todos os ganhos conquistados para a democracia."

Miguel Trovoada disse que a Missão de Avaliação Estratégica das Nações Unidas, pedida pelo secretário-geral, terminou a 14 de novembro e que o relatório deverá ser divulgado em janeiro, antes da mesa redonda com parceiros internacionais que o país realizará no início do ano e cujos resultados provisórios considerou "animadores". Lusa

Sangue bom


Quando os responsáveis portugueses por um projeto de saúde pediram aos habitantes da Guiné-Bissau para dar sangue, ninguém esperava que tantas pessoas se inscrevessem, referiu à Lusa um dos responsáveis pela campanha em curso até final do mês.

"Os guineenses surpreenderam-nos muito", disse Mário Machado, coordenador do Programa Integrado para a Redução da Mortalidade Materno-Infantil (PIMI) - iniciativa do Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), governo guineense, União Europeia e Cooperação Portuguesa. Lusa

Desenvolvimento humano: Ferramenta informática melhora gestão de dados


Guiné-Bissau passa a partir de terça-feira a dispor de uma ferramenta informática para melhorar a gestão dos dados relacionados com o desenvolvimento humano do país, anunciou o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF).

Intitulada Guiné-BissauINFO, a plataforma de gestão de dados para monitorizar o desenvolvimento humano na Guiné-Bissau foi hoje lançada pelo Ministério da Economia e Finanças com o apoio do UNICEF. Lusa

terça-feira, 18 de novembro de 2014

PENTE FINO: Guiné-Bisssau alvo de reuniões internacionais em Nova Iorque


Em Nova Iorque a situação na Guiné-Bissau é passada a pente fino numa reunião do Conselho de Segurança da ONU e do Grupo de contacto internacional para aquele país da África ocidental. A preparação da mesa redonda a ter lugar em Fevereiro de 2015 em Bruxelas é uma das tónicas dominantes.

O Grupo de contacto internacional para a Guiné-Bissau é co-presidido pela CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, e pela CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental, respectivamente representadas por Timor Leste e pelo Gana.

Este órgão foi criado em 2006, à margem da 61a Assembleia Geral da ONU, trata-se de uma plataforma visando coordenar e harmonizar a intervenção dos parceiros da Guiné-Bissau, por forma a garantir-se a estabilidade política e o desenvolvimento económico do país.

Trata-se já da décima reunião desta estrutura à qual assiste também o antigo presidente são-tomense Miguel Trovoada, representante do secretário-geral da Organização das Nações Unidas em Bissau. E isto numa altura em que o país lusófono já conta plenamente com instituições democráticas, nomeadamente um novo chefe de Estado, José Mário Vaz, empossaado em Junho, e um novo executivo, investido em Julho último, sob a batuta de Domingos Simões Pereira.

Mais de dois anos volvidos após o último de uma longa série de golpes de Estado, em Abril de 2012, a Guiné-Bissau normalizava, desta feita, as suas instituições como pediam os seus parceiros internacionais, caso da CPLP. O diplomata moçambicano Isaac Murade Murargy, secretário-executivo da organização lusófona, é um dos presentes em Nova Iorque. Em entrevista a Liliana Henriques ele alega que o ambiente institucional é propício para a resolução dos problemas guineenses. RFI

Confederação Empresarial da CPLP pode passar a Banco de Desenvolvimento


A Confederação Empresarial da CPLP quer transformar-se num Banco de Desenvolvimento da comunidade para unir os bancos e alavancar iniciativas dos empresários lusófonos, afirmou o presidente da atual instituição.

"Isto significa que, com os recursos minerais que temos nos nossos países, possamos gerar muitos negócios, muitas empresas, muitos postos de trabalho e também fazer circular as pessoas dentro do nosso mercado", traçou Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial da CPLP, após ser eleito, por unanimidade, na assembleia geral da confederação lusófona, que aconteceu na Cidade da Praia.

50 Anos das Forças Armadas da Guiné-Bissau: "Instabilidade" em dia de festa


Na Guiné-Bissau, as Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP) celebraram ontem 50 anos de existência debaixo de contestação da população pelas "atrocidades e instabilidade" de que são mentores, reconheceu o chefe da instituição, general Biaguê Nan Tan.

Na hora de fazer o balanço da existência dos cinquenta anos das Forças Armadas, o chefe da instituição, o general Biaguê Nan Tan, disse que apesar de um passado glorioso, hoje os militares guineenses são vistos como "criadores de instabilidade e gente que até mete medo à população". Segundo o chefe de Estado Maior as Forças Armadas da Guiné Bissau transformaram-se numa instituição que em vez de proteger o povo "espancam e amedrontam a população" e em vez de se submeterem ao poder político criam instabilidade ao governo.

O general Biaguê Nan Tan recordou ainda que no passado o militares eram um exemplo para os países africanos de língua portuguesa, tendo mesmo ajudado muitos a conquistar a independência e a manter a paz, mas hoje são os militares desses países que aconselham a Guiné-Bissau sobre como encontrar a estabilidade.

Para o chefe das Forças Armadas tudo isso tem de ser mudado e "defendo por isso a formação para os mais jovens que terão de substituir os veteranos no âmbito da reforma das Forças Armadas." Brevemente será aberta uma escola de estudos militares em São Vicente e a partir da qual serão feitas as promoções e graduações de soldados e oficiais.

O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas aproveitou as comemorações do quinquagésimo aniversário da criação da instituição militar para reafirmar o seu compromisso de subordinação total ao poder político democraticamente eleito. As Forças Armadas foram criadas pelo PAIGC a 16 de Novembro de 1964 na localidade de Cassaca, no sul da Guiné-Bissau. RFI

domingo, 16 de novembro de 2014

TRIBUTO AO LUGAR ONDE NASCI




Foi aqui que desaguei para enfrentar este mundo injusto e perigoso, há precisamente 48 anos. Nasci na Aldeia Formosa, hoje Quebo. Uma terra de merda, aquela onde nasci. Nasci algures, nem sei. Aqui, o verde foi sempre de uma exuberância estúpida. Lá em cima, vastos e limpos céus azuis dão depois lugar a noites intermináveis de estrelas, de milhões delas, todas elas reflectindo-se no curso dos seus mil rios. Obrigado, Quebo. Obrigado a todos pelas mensagens. Este é um preito de singela homenagem. António Aly Silva

CE-CPLP reúne em Cabo Verde


Braima Camara, presidente da CCIAS da Guiné-Bissau, chega hoje à cidade da Praia na companhia do presidente da Direção de CE-CPLP, Salimo Abdulla, do presidente da AIP, Comendador Jorge Rocha de Matos, de Francisco Mantero da ELO e do vice-presidente da CCIAS, Abel Iamedi Incada. Para a mesma reunião estão ainda Fernando Flamengo, José Lobato e Fernando Lobato. Os Trabalhos iniciam na segunda feira e terminam quarta feira com a inauguração da FEIRA INTERNACIONAL DE CABO VERDE. AAS

SALÁRIOS DOS DEPUTADOS/ NOTÍCIA DC: Epílogo


Deputados guineenses vão finalmente receber os seus salários do mês de outubro. Chegou assim ao fim o braço de ferro entre a ANP e o Governo, que manteve a sua posição e pagará apenas os 185 milhões de FCFA que habitualmente paga de remuneração mensal aos deputados e não os 300 milhões de FCFA que o Presidente da ANP, Cipriano Cassama, exigia. De momento o aumento dos subsidios dos deputados está fora de questão.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

OPINIÃO: O crime compensa


"Carissimo Aly,

Permita-me através do teu blog juntar-me ao contentamento de larga maioria de guineenses, tanto os residentes no pais, como os da diaspora, fruto do "acontecimento nacional" do dia, que é a retoma das ligações aereas da Guiné-Bissau com o resto da europa, através de Portugal. Parabéns SET do governo, obrigado EuroAtlantic por esse momento de rara felicidade.

Como bem frisaste num dos teus posts do dia, tal jubilo mostra acima de tudo, quanto é a pobreza/carência de um pais como a Guiné-Bissau, tal a ansiedade pelo acontecimentos, ao ponto de, um voo comercial em direcção à europa ser comemorado como um acontecimento nacional com fanfara musical e folclore à mistura. E verdade, temos que admitir, de que, esta reacção de alegria, mostra o quanto efectivamente o nosso pais esta carente e ansioso de realizações, os quais sucessivamente lhe têm sido negadas por comportamentos irresponsaveis e criminosa de gente sem escrupulos que banalizaram e vandalizaram o pais durante estes dois anos e meio que recentemente findou.

Porém, o que me doi em tudo isto, é que, por esta situação de prolongado isolamento, mais do que a posição dubia da TAP desculpando-se nas entrelinhas com a paranoia da ébola, contribuiu acima de tudo, um regime de bandidos que geriram o pais durante a transição da forma mais criminosa e mafiosa nunca visto na historia da Guiné-Bissau.

Não vos escondo que, doi-me imenso, ver e cruzar-me, quase diariamente, com pessoas que foram responsaveis morais e materiais desse acto criminoso que despoletou o embargo dos voos para Bissau, circularem livre e impunemente pelas ruas de Bissau, em carrões e com sinais exteriores de riqueza, sem que sejam minimamente importunado por quem quer que seja até a presente data, como se de nada se tivesse passado...incrivel. Custa-me imenso, ver e sentir que a impunidade e a cultura de não prestar contas continua a ser infelizmente a regra e tende a enraizar-se na Guiné-Bissau, em detrimento da responsabilização e da justiça.

Não vem a TAP, veio a Euro Atlantic e, tudo volta a normalidade como se nada de nada se tivesse passado. E, mesmo o facto do pais ter sido fortemente penalizado pelo isolamendo provocado por esse grupo de energumenos da transição devido o embarco forçado de emigrantes sirios rumo a Lisboa a troco de centenas de euros, cobardemente, não assalta a consciência de quem de direito para se constituir, como se supunha, no exercicio publico de activar os mecanismos da responsabilização penal dos seus actores.

Por este andar a que se acostuma o povo guineense, de assobiar para o lado fingindo, de que tudo esta bem e ninguém querer assumir a responsabilidade de exercer o ius imperium do Estado e a defesa da res publica, não tarda muito, o ex-Ministro da Administração Interna do regime de transição, embarcara tranquilamente como um dos passageiros do voo da EuroAtlantic rumo a Lisboa... é assim quando o crime compensa.

Questium"

O Boeing chegou



Boeing da EuroAtlantic na placa do aeroporto de Bissau. Foto DR/AAS

Assim se vê o atraso de um País




Tudo por causa de um voo...nha mãe! Espero que a placa e a aerogare aguentem...AAS

É hoje, é hoje


Lisboa e Bissau passam hoje a estar ligados por via aérea directa com o voo inaugural da EuroAtlantic. Ligação que acontece praticamente um ano após a suspensão do único voo directo entre Bissau e uma capital europeia, que era assegurado pela TAP.

O avião, um Boeing 737-800, tem saída prevista de Lisboa às 09:00 horas para chegar à Bissau às 13:25 horas e volta a partir da capital guineense às 15:45 horas para chegar a Lisboa às 20:00 horas. Relativamente à ligação aérea anterior, esta será feita durante o dia, o que aumenta a comodidade dos passageiros e facilita o respectivo controlo.

O Boeing da EuroAtlantic destinado à rota Lisboa/Bissau/Lisboa tem para já capacidade para transportar 160 passageiros - 144 na classe económica e 16 na executiva -, mas caso a procura o justifique a empresa disponibilizará um aparelho com 200 lugares.

AREIAS PESADAS: O regreso dos russos


O ministro dos Recursos Naturais guineense, Daniel Gomes, mandou readmitir a empresa russa Potô Sarl a exploração de areia pesada em Varela, norte da Guiné-Bissau, por considerar que já cumpriu com as imposições legais sobre a preservação do ambiente.

Em julho passado o novo Governo guineense suspendeu o contrato de exploração das areias pesadas de Varela sob alegação de que a Potô Sarl não cumpria as normas previstas na lei de inertes. Lusa

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

POÇO SEM FUNDO: E que tal dicionários em vez de "fatos e gravatas"? Ao que chegamos na Guiné-Bissau...


Segundo o Progresso Nacional:



NOTA: Esta é uma das melhores medidas tomadas pela Presidência da República!!! Meter ordem no caos desenfreado. Trata-se do local de trabalho - e residência oficial do Chefe de Estado - do Chefi di chefi di chefi!!! Fato, gravata, sapatinho a brilhar!!! - tudo limpinho, limpinho, limpinho!!! Olhem para as indumentárias que os jornalistas que cobrem o dia a dia nos palácios por esse mundo fora usam...kuma subsídio...podemos ser pobres (quanto a isso não parece que não temos remédio...) mas, que raio!, não temos de ser porcos! AAS

OPINIÃO/SALÁRIO DOS DEPUTADOS: Tenham vergonha na cara


"Caro Aly,

As minhas saudações patrióticas. Permita-me o privilégio de juntar a minha voz à tua na luta contra essa pouca vergonha que são as exigências de salariais e mordomias de pachas reclamados pelo presidente da ANP e o seu (pouco) séquito de deputados.

Com todo o respeito que lhe devemos merecer, os deputados não se devem considerar acima das dificuldades e interesses do pais, expondo ao governo e ao povo guineense exigências incomportaveis com os magros recursos do pais. A situação é, ainda mais agravante quando o pais é praticamente sustendado pela ajuda externa que cobre mais de 80% do OGE. E preciso ter decoro e sentido da decência, para evitar expôr o pais a reprimendas e chacota internacional, favorecendo apreciações despreziveis a nossa cultura de governabilidade.

Uma pouca vergonha e um atentado à estabilidade e ao exercicio democratico recentemente conseguido com muito sacrifio, mercê ao desvairio governativo de uma transição de ma memoria para o pais.

Como é que se pode entender, que deputados a maior parte improdutivos, alguns semi-letrados que aparvalhadamente se exibem em redes sociais e, mesmo alguns analfabetos, possam exigir mordomias salariais dessa envergadura, quando, aos técnicos formados da saude, da educação, da agricultura e outras estruturas contribuitivas da produção social se dão migalhas de salarios como se de mendigos se tratassem. Se o salario fosse equitativo as valências e produtividade de cada cidadão, decerto os deputados seriam os ultimos do ranking salarial do pais.

E preciso que toda a sociedade civil e todos os nucleos trabalhadores da Guiné-Bissau se unam em torno do teu corajoso e incessante protesto e digam um NAO ROTUNDO a ambição desmedida dos deputados guineenses a esse salario faraonico que reclamam, instando-lhes a trabalhar e dar provas de produtividade e de sentido de responsabilidade face aos que os elegeram, sob pena de serem considerados à par das forças armadas, um instrumento de instabilidade e de deriva democratica.

Habemus"

AGRESSÃO POLICIAL/NOTÍCIA DC: Assim ficou um cidadão guineense...




Esta fotografia chocante retrata a agressão brutal de um cidadão nacional de nome Ambrósio Mendes Martins, e terá sido perpetrado por um agente da polícia de Intervenção Rápida de nome Manuel A. Segundo informações do DC, o agente em causa deambula impunemente por Bissau. Trata-se de um dos casos denunciados ontem pela Liga Guineense dos Direitos Humanos, numa conferência de imprensa. Foto: AAS/DC/DR

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Bu tem ki tem fé


A ministra da Defesa da Guiné-Bissau, Cadi Seidi, afirmou hoje que tem fé que os militares do país "nunca mais" se vão deixar envolver por políticos em situações que possam criar instabilidade. A governante defendeu esta convicção no seu discurso de abertura de uma conferência sobre o passado, presente e o futuro das Forças Armadas guineenses, promovida pelo Instituto Nacional de Defesa, no âmbito do 50.º aniversário da instituição que se assinala no próximo dia 16. Lusa

PORTUGAL: Cooperação com Guiné-Bissau será para «três ou quatro anos»


Fonte: TVI

Portugal vai preparar um programa estratégico de cooperação com a Guiné-Bissau para três ou quatro anos. Quer responder aos «objetivos e prioridades de médio-longo prazo» do Governo guineense, anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.

«No início de 2015 estaremos em condições de preparar um programa estratégico de cooperação com um horizonte temporal de três ou quatro anos, em resposta aos objetivos e prioridades de médio-longo prazo do Governo da Guiné-Bissau», afirmou o ministro Rui Machete, durante a audição conjunta das comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros e de Finanças, a propósito da proposta do Governo sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano.

Lisboa e Bissau estão «a entrar numa nova fase no relacionamento bilateral, com a retoma de programas de cooperação institucional», disse, recordando que na semana passada os dois governos assinaram um plano de ação para os próximos oito meses, no valor de 6.825.000 euros. Portugal «colabora ativamente na elaboração e concretização da rota que foi traçada para a recuperação da Guiné-Bissau», nomeadamente nas áreas da governação, Estado de Direito e direitos humanos, reforçou.

Machete considerou que, com a realização de eleições presidenciais e legislativas, a Guiné-Bissau conheceu «uma reviravolta importante», após dois anos de governo de transição na sequência do golpe de Estado militar de 2012. «Todos os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP] querem veementemente que a Guiné-Bissau esteja hoje legitimada do ponto de vista democrático, como já se encontra hoje, e que volte ao desenvolvimento económico necessário para que o seu povo tenha condições de vida aceitáveis».

Questionado pela deputada Paula Gonçalves (PSD) sobre o combate ao vírus do Ébola, Rui Machete salientou que nos países africanos de língua portuguesa da região atingida pela epidemia - São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Guiné-Bissau - «não houve ainda casos e afigura-se possível que venham a ser poupados».

«Estamos a estabelecer um plano concreto de ações meramente preventivas", mencionou, acrescentando que "há um esforço grande que se traduz numa afetação de verbas para a eventualidade de uma intervenção, no caso de alguém que esteja infetado pela doença possa ter o tratamento adequado», com atenção particular para o pessoal médico.

E já que estamos numa de ladrões...


...cá vai disto: Sabia que muitas MANSÕES multi-milionárias, em Nova Iorque, pertencem aos países 'MAIS POBRES' do mundo? LEIA AQUI

ÚLTIMA HORA/NOTÍCIA DC: Conclave sobre o salário dos deputados


O presidente da ANP, o Primeiro-Ministro, o Ministro da Presidencia e do Conselho de Ministros, o ministro das Finanças e a Secretária de Estado do Orçamento, estão reunidos neste momento à porta fechada.

Em discussão, um tema apenas: o aumento - ou não - do salário dos Deputados. Uma fonte garantiu ao DC que um putativo acordo poderá passar pela libertação de algumas benesses para os deputados, mas longe dos 3 mil euros propostos pela ANP, lugar onde, de resto, decorre este encontro. AAS

COMPETÊNCIA FORA DE PORTAS: Guineense ganha prémio de Excelência do PIDA



DONALD KABERUKA, Presidente do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento, entrega a EPIFÂNIO CARVALHO DE MELO, Engenheiro e especialista principal em infra-estruturas/Departamento NEPAD - Integração Regional e Comércio/Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Prémio de Excelência, que reconhece a liderança do agraciado nas suas contribuições inovadoras na concepção e desenvolvimento do Programa de Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA).

Afectos com Letras seleccionada pela embaixada da Austrália em Portugal




A ONGD Portuguesa Afectos com Letras, empenhada na melhoria das condições de vida da população da Guiné-Bissau, viu ser seleccionado para financiamento pelo Programa de Apoio Directo Australiano (PAD) 2014-2015 da Embaixada de Austrália em Portugal, o projecto de instalação de uma descascadora de arroz na Tabanca de Barambe, Região do Biombo, na Guiné-Bissau.

Com a máquina descascadora de arroz em funcionamento, os habitantes da Tabanca de Barambe vão passar a dispor diariamente de um utensilio essencial que lhes permitirá descascar o arroz de forma célere e moderna, obter também um produto com uma qualidade superior

A máquina para descascar o arroz processa cerca de 430 Kg de arroz/hora o que liberta a população, essencialmente as mulheres, para outras actividades domésticas ou não, geradoras de rendimento suplementar para o agregado familiar, isto num País de manifestas carências alimentares, nutricionais, socioeconómicas e financeiras, como é o caso da Guiné-Bissau.

Pombal, 12 de Novembro de 2014.

Secretário de Estado da Cooperação visita Aguinenso


O Secretário de Estado da Cooperação Internacional e das Comunidades, Idelfrídes Gomes Fernandes, efectuou no dia 12/11/2014, uma visita à Associação Guineense de Solidariedade Social AGUINENSO, no âmbito da sua agenda de trabalho para uma governação próxima da Diáspora “acompanhado” pelo Senhor Encarregado de Negócios, Mbala Fernandes.



Fernando Ká, Decano dos dirigentes associativos, enalteceu e agradeceu o gesto atento deste governante, por se ter deslocado à Aguineenso com o objectivo de se inteirar do trabalho da organização que dirige em prol da comunidade há mais de duas décadas e de referência da solidariedade social em Portugal.

Por sua vez, o Secretário de Estado considerou que o terceiro sector tem que ser instrumento para a integração da comunidade guineense em Portugal; acentuando ainda, que dentre as cinco dezenas de associações existentes, escolheu a Aguinenso para a sua primeira visita, tendo em conta a antiguidade da mesma e a própria dinâmica do seu dirigente, Fernando Ká, que tem desenvolvido um trabalho de reconhecido mérito, quer pelo Governo português, como pela comunidade guineense e emigrante em geral.

No decorrer da sua visita, o governante e a comitiva, assistiram à entrega de cabaz de alimentos às famílias mais carenciadas, que segundo dados da Aguineenso são cerca de 150 (cento e cinquenta), as que beneficiam desta ajuda.

Salário dos deputados: Cassama diz que nunca exigiu o amento dos salários...


O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, desmentiu ontem que tenha exigido ao Governo o aumento dos salários dos deputados, afirmando que se trata de “informações caluniosas e falsas".

Falando na abertura de mais uma sessão do parlamento, Cassamá disse que nunca abordou com nenhum membro do Governo a questão de qualquer aumento salarial mas que tinha tido um compromisso do ministro das Finanças, Geraldo Martins, para um acréscimo nos subsídios dos parlamentares. lusa

terça-feira, 11 de novembro de 2014

OPINIÃO: Populismo barato


"Decorridos pouco mais de quatro meses da restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, infelizmente os políticos guineenses estão a dar razão àqueles que afirmam que o problema das constantes convulsões que o pais atravessa, não são da exclusiva responsabilidade dos militares.

Embora se queira negar, o cenario de mal estar entre os três principais principais titulares dos orgãos de soberania do Estado é latente e torna-se até perceptivel, entrelendo certas atitudes e desencontros de egos e pontos de vistas entre eles. Tais sensibilidades antagonicas, deixam antever agendas politicas diferentes desses principais protagonistas, quando, o saudavel e normal, seria a convergência de agendas e sinergias de acções com vista à consolidação do poder do campo politico a que pertencem.

Assim, nada de bom se augura para a ainda periclitante e fragil situação politico-militar emergente de um periodo de transição nefasto, cujas centelhas de instabilidade continuam activas e perigosamente expectantes e, como tal, não devem ser minimamente negligenciadas como factores de rupturas suicidas.

A esta parodia de puro narcisismo politico que, caso não ser freado a tempo, pode levar o pais a um novo descalabro de consequências imprevisiveis, junta-se mais uma acha à fogueira das vaidades. Estes dias, o populismo barato e extremamente perigoso do presidente da ANP, tem inflamado a situação de desavença institucional vigente, mercê de intervenções desenquadradas e exigências despropositadas e descabidas para o pais.

Este excesso de protagonismo mal medidos, deixam-no muito mal na fotografia, tendo em conta o papel que devia desempenhar no quadro do equilibrio e entendimento entre esses dois outros orgãos de soberania, ja de si, desavindos e desencontrados em toda a linha.

É bom serenar-se os ânimos e e procurar-se o bom senso, pois não so a comunidade internacional ja não tem paciência para aturar a nossa sadica auto-flagelação, nem tão pouco, desta vez, o povo deixara de dizer uma palavra à sua maneira. O exemplo do Burkina, é um sinal de que é o "povo quem mais ordena".

Infimus"

OPINIÃO: Ébola, agente de cooperação



Francisco Pavão, Médico Interno de Saúde Pública
Fonte: Público

Portugal deveria ter sido, a meu ver, o primeiro dos primeiros a mostrar as suas credenciais ao povo irmão da Guiné-Bissau

Há gestos que pela sua grandeza ética e pelo seu conteúdo político, valem bem a pena serem dados a conhecer ao grande público e não permanecerem no fundo da gaveta quando deviam servir de exemplo e contagiar os demais. Especialmente aos agentes políticos que aos microfones ou do alto da tribuna se multiplicam em mil palavras encantatórias exaltando o sentido histórico e fraterno com os Países Africanos de Língua Portuguesa, sem que se vejam quaisquer acções concretas neste domínio.

Vem isto a propósito da ameaçadora epidemia de ébola que grassa em três países da costa ocidental africana (Libéria, Serra-Leoa e Guiné-Conacri) e dos perigos que daí podem resultar para a pequena Guiné-Bissau e, como se compreenderá, também para Portugal dado o fluente intercâmbio de viajantes.

De facto, não fora o gesto decidido e clarividente do Director-Geral da Saúde Francisco George, de viajar para Bissau em testemunho de uma presença responsável e confiável de Portugal, e a representatividade do Governo teria ficado comprometida, se não mesmo silenciada, pondo em causa a tão badalada fraternidade sem que fossem até ao momento em que escrevo divulgadas quaisquer medidas de colaboração com as autoridades sanitárias Guineenses no combate a tão grave ameaça e que tanto tem preocupado a comunidade internacional.

Se bem que entre nós, tudo leva a crer, tenham já sido tomadas as medidas preventivas com alertas e informações seguras para todas as unidades médicas, bem como dado a conhecer quais os Hospitais escalados para diagnóstico e tratamento dos casos suspeitos, era desejável e por demais justificado que este país irmão africano recebesse a ajuda que necessita, tanto mais que o seu Governo saído recentemente de eleições democráticas e aceite pela comunidade internacional, ainda agora dá os primeiros passos e enfrenta carências de toda a ordem.

Burocracia

De resto, é com alguma esperança que assistimos agora através dos noticiários, que a comunidade internacional se move já decididamente enviando para esta região do continente africano as competentes e bem preparadas equipas de combate à epidemia e até mesmo forças militares encarregadas de zelar pela ordem e segurança dos corajosos intervenientes.

Ao invés e como de costume, a União Europeia enredada em mil processos burocráticos, demora a despertar e por enquanto ainda ninguém sabe quais as medidas preventivas nem sequer quais as ajudas no combate à referida ameaça.

Na verdade, poucos dos que nos lêem saberão das reais dificuldades com que as equipas sanitárias se defrontam no terreno, dado o choque de culturas com consequências desagradáveis algumas vezes. Recentemente e em conversa mantida com o Dr. Luís Sambo, Director Regional da OMS para Africa, ficamos a saber dos riscos que algumas equipas, correram em regiões remotas da região centro africana.

Seja como for e num mundo globalizado como o nosso, com o progressivo desaparecimento de fronteiras e a facilidade de comunicações, é dever dos Estados prestarem assistência a países em dificuldades, sendo certo que no caso presente por um imperativo histórico e de secular convivência, Portugal deveria ter sido, a meu ver, o primeiro dos primeiros a mostrar as suas credenciais ao povo irmão da Guiné-Bissau.

DO EDITOR: Cipriano, orgulhosamente só


Cipriano Cassamá foi 'aconselhado' a deixar, por agora, cair o tão propalado aumento do salário dos deputados. O próprio Presidente da República, José Mário Vaz, juntou-se ao coro de protestos por esta medida que ninguém pode entender. Segundo conseguiu apurar o DC, tanto o Banco Mundial como o Fundo Monetário Internacional, nos corredores, "desconfiam" do timing escolhido por Cassamá e alguns, poucos, parlamentares.

Ditadura do Consenso sabe ainda que algumas associações de jovens preparam, em conjunto, uma manifestação de descontentamento para os próximos dias. No parlamento, apurou o DC, a divisão pende para o não. Aliás, as declarações dos dois maiores partidos - PAIGC e PRS, indicam que querem caminhar juntos nesse sentido. Foi muito barulho para nada, portanto.

No PRS, a maioria dos deputados quer que se adie mesmo o aumento do salário dos deputados "uma vez que não faz sentido nenhum" neste momento; no PAIGC, partido que suporta o Governo, tem a maioria no parlamento e um Presidente da República estão em uníssono - assim, dificilmente Cipriano Cassamá levara a sua adiante. "Conhecendo o PAIGC, talvez até venha a ser o próprio Cipriano Cassamá o sacrificado", arriscou um reputado analista político, em Bissau.

"Este assunto praticamente nasceu morto", garante um político do próprio PAIGC. E adianta: "Como explicar esta atitude do presidente do parlamento? E se a maioria dos deputados alinhassem, "o que pensariam ou fariam outras classes da função pública?"

Para já, Cipriano Cassamá está orgulhosamente só. Sobre o pedido de demissão do ministro das Finanças, o nosso interlocutor desfaz todas as dúvidas: "Geraldo Martins foi nomeado não apenas porque pertence ao PCD mas também pela sua competência, para além de ser uma quase escolha de confiança do próprio primeiro-ministro", garante. E assegura que Geraldo Martins tem a solidariedade de todo o Governo e do primeiro-ministro.

Agora, aguarda-se pelo Conselho de Ministros da próxima 5ª feira, onde deverá ficar tudo esclarecido. Uma coisa é certa, 1 milhão e oitocentos e oitenta mil francos CFA x 102 deputados, mensalmente, é um peso enorme para o orçamento do Estado, que é financiado a 100% pelos nossos parceiros de desenvolvimento. AAS

OPINIÃO/Salário dos deputados


"Não da para manter em silêncio...este é o grito de um guineense indignado pela forma como uns oportunistas que querem enriquecer-se às custas dos que trabalham!

DEPS DA PRÓPRIA AMBIÇÃO

Numa altura crucial para plantação de alicerce da democracia, da estabilidade e do desenvolvimento na pátria de Amílcar Cabral, os senhores DEPS decidiram TIRAR A MASCARA …defendendo, em vez do interesse do Povo, razão pela qual existem, os próprios interesses, as suas ambições e seus bolsos cheios…

Será que pelo fato de um órgão ser de soberania, é legítimo que ele mude de noite para dia a sua tabela salarial, sem consenso do Governo e sem prévia previsão no Orçamento de Estado?

Será que ser soberano dá o direito de intimidar, chantagear membros de Governo?

Afinal são legitimadores e defensores da lei, representantes do povo ou desrespeitadores da lei e representantes da própria ambição?

Os atuais DEPS pretendem aumentar a sua massa salarial mensal em mais de 60% sem qualquer que seja fundamento lógico…e até recusaram receber o salário do mês de Outubro…NA BOM KRIOL, É NDJANTA DINHEIRO NA MON DE ESTADO, NA TESOURO…PA PAGA PON KU SÊ DINHERO KOITADIS PROFESSORES KUTA NGULI POERAS DI GIZ TUDU DIA PA 100 MIL…se calhar estes sim merecem esse dinheiro.

Excelências, Senhor Presidente, senhor Primeiro Ministro e Membros de Governo salvador da Guiné-Bissau não permitam essa anarquia, caso contrário o povo martirizado guineense pode desacreditar em vós e sabeis que vós sois a ESPERANÇA, A LUZ DA PAZ E DO DESENVOLVIMENTO DESSE POVO. Permitir isso, seria trair a confiança do povo…

Não é e nunca será justo pagar um grupinho de pessoas, que nem sequer não trabalham 1/3 de um més, uma fortuna, seja quem forem, e deixar a outra camada de funcionários públicos a morrer morte lenta, pois uma pessoa idónea, licenciada,… que produz para o Estado e recebe um ordenado mensal de 56 mil f.cfa é um condenado a morte lenta.

Pelo que seria exemplar reanalisar a questão salarial de todos os que prestam serviço ao Estado, sem exclusão e nem discriminação e consequentemente, fixar salário a todos os funcionários públicos por nível académico e de acordo com a função que exerce e particularidade de cada caso adotar um subsídio equivalente.

Todos sabemos, e se alguém não sabe, que fique sabendo que o Estado paga, despendia o que arrecada, DE UTRU MANERA, o Estado realiza despesas com base nas receitas que arrecada…

Tendo a Guiné o sistema fiscal que tem, caduco, viciado, monótono e constante, o que não proporciona um crescimento sustentável das receitas…é sensato de que o país não está em condições de pagar despesas exorbitantes que nada de bem traz ao próprio.

Seria pensar em povo e no país, que os DEPS proporcionem umas sessões destinadas ao reflexo sobre possíveis mecanismos, estratégias de aumento e controlo de receitas para que o Estado esteja apto para cumprir com a sua missão: garantir condições de vida apropriadas para os seus concidadãos no presente, projetar o seu bem-estar no futuro imediato e longínquo.

Deixem de ser egoístas, oportunistas e impiedosos para com a vossa própria NAÇÃO, se é que, no fundo de vossos corações, se sentem Guineenses mesmos.

Pertencer a um órgão soberano não tira e nem deve tirar de nós o humanismo, a pureza, a honestidade e o amor aos conterrâneos e a nação a que pertencemos.

EH, DI MAMA GUINÉ I PÉNA…SÓ 1% DI SI FIDJUS KU PARA NA KAMINHU…!

The patriot"

LGDH denuncia mais agressões pela polícia


A Liga Guineense dos Direitos Humanos, apresenta os seus melhores cumprimentos e serve-se da presente para convidar o vosso órgão de comunicacao social para proceder a cobertura jornalística da conferencia de imprensa, a ser dada pelos familiares de Ambrósio Mendes Martins e Inusa Djalo, ambos vítimas de agressões físicas pelos agentes policiai, que serão assistidos pela LGDH.

Na expectativa de poder contar com a vossa presença, reiteramos com elevada consideração.

Bissau, 11 – 11 – 2014

O Presidente do SAB
Edmar Nhaga

ÚLTIMA HORA/NOTÍCIA DC


Foi aprovada agora pela ANP, por 77 votos a favor, a reactivação da comissão da revisão da Constituição da República.

A comissão será constituída por:

1. Presidente e vice-presidente da ANP
2. 4 deputados do PAIGC
3. 3 do PRS
4. 1 do PCD
5. 1 da UM
6. Faculdade de Direito de Bissau
7. Sector privado
8. Sociedade Civil
9. Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos
10. Régulos