segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ONU: O discurso de DSP


"Sr. Presidente
Sr. secretário-geral
Honoráveis chefes de Estado e de Governo
Senhoras e senhores

Permitam que dirija felicitações, em nome do Presidente da República José Mário Vaz, em meu próprio nome e em nome do Estado e do Povo guineenses, à Sua Excelência Sr. SAM KUTESSA, pelo cargo honroso e distinto de Presidente desta Sexagésima Nona Sessão da Assembleia Geral.

A eleição de Vossa Excelência, na mais representativa instituição do Sistema Internacional, é dignificante não só para o Uganda, vosso país, mas também para todo o continente africano. Por isso, constato com agrado e redobro os votos de sucessos na condução dos trabalhos desta magna e augusta assembleia.

Agradecer as Nações Unidas, particularmente ao Secretário-geral, Senhor Ban Ki Moon, pela atenção que tem dedicado a Guiné-Bissau e pela importante contribuição do Gabinete Integrado das NU no nosso país para o processo de normalização política. Uma palavra de especial apreço ao antigo Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas, presidente Ramos Horta pela amizade demonstrada para com o povo guineense e todo o empenho consagrado a sua missão.

Saudamos e agradecemos a República Democrática de Timor-Leste, cujo governo e povo, apercebendo-se da necessidade do povo irmão da Guiné-Bissau, estendeu sua mão amiga e concedeu preciosos apoios, que representaram uma extraordinária contribuição na superação da crise Guineense. Por isso, os agradecimentos do povo da Guiné-Bissau.

A sub-região foi incontornável na manutenção financeira para o funcionamento do aparelho do Estado, factor determinante para chegarmos ao ponto em que nos encontramos hoje.

Queremos endereçar uma palavra de apreço e de profundo reconhecimento as forças de ECOMIB que, graças ao seu desempenho e profissionalismo garantiram uma transição pacífica e ordeira. Da mesma forma, saudamos os esforços de todos os actores políticos nacionais e dos parceiros externos no sentido de produzir o consenso necessário a favor da continuidade de uma força internacional de estabilização após o período do presente mandato.

Quero expressar o reconhecimento e agradecimento a todos os países da CEDEAO, em especial ao meu amigo e irmão presidente Goodluck Jonhatan da Nigéria, pelo apoio, não só na qualidade de presidente do grupo de contacto da Guiné-Bissau como também por todos os outros preciosos apoios autorgados ao meu país. Faço votos, que Deus todo-poderoso lhe dê paz e tranquilidade no seu país para o bem-estar do seu povo. E ao presidente Alfa Condé, na qualidade de mediador da crise Guineense.

Manifestamos finalmente o nosso profundo reconhecimento e gratidão a todos os parceiros internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana, a CEDEAO, a CPLP, União Europeia, UEMOA, OIF cujo apoio foi importante no acompanhamento e gestão do processo de transição política, assim como na realização, no nosso país, de eleições gerais livres, transparentes e justas.

Senhor Presidente,

Igualmente gostaria de partilhar a esperança renovada da sociedade guineense em relação a este novo ciclo político e dar-vos conta da nossa vontade política e profundo empenho nos processos de consolidação da estabilidade política, revitalização e reforço da capacidade do Estado e criação de premissas essenciais para a prossecução dos desígnios dos guineenses.

A condição de Estado institucionalmente frágil, pós-conflito e com parcos recursos financeiros, acrescida das consequências políticas, económicas, ambientais e sociais gravosas, colocam a Guiné-Bissau perante uma situação complexa e difícil para a qual a assistência internacional é chamada a exercer o papel fundamental de estabilizador, neste período pós-eleições, com vista a reforçar a capacidade institucional do Estado, reduzir a pobreza e as vulnerabilidades das populações, garantir a estabilidade social, assegurar a legitimação social da governação e relançar a economia.

Esta abordagem da assistência internacional, colocada no centro do diálogo com os parceiros externos, decorre da agenda da governação que se articula em três componentes essenciais: Programa de Urgência, Programa de Contingência e Programa de Desenvolvimento a médio prazo.

O Programa de Urgência contempla a garantia de segurança alimentar e estabilidade social, através do apoio à produção e comercialização de produtos agrícolas, melhor acesso aos alimentos e rendimentos por parte das populações, prestação de serviços básicos de educação, saúde e fornecimento de água potável e energia elétrica às populações, bem como a regularização de atrasados salariais dos agentes públicos. Um plano de ação de emergência sanitária, direcionado para a prevenção e resposta à ameaça da epidemia de ébola, está adicionado a este Programa.

O Programa de Contingência visa essencialmente assegurar a transparência e prestação de contas em todos os contratos de concessão e de exploração de recursos naturais, e estancar os procedimentos nefastos que levaram à pilhagem dos recursos florestais e haliêuticos do país durante os últimos dois anos.

O Programa de Desenvolvimento, a médio prazo, será submetido aos parceiros internacionais numa Conferência de Doadores a realizar entre finais deste e início do próximo ano e para o qual solicitamos o indispensável apoio das Nações Unidas e de todos os parceiros multilaterais e bilaterais.

Partimos para o desafio de reconstruir uma nova Guiné-Bissau com consciência clara dos problemas, mas imbuídos de um espírito patriótico de mobilização coletiva e união entre os guineenses e em particular, da classe política e dos órgãos da soberania com uma sólida base de confiança, baseada na formação de um governo inclusivo, integrando todos os partidos políticos com representação parlamentar e ainda a Sociedade Civil e a Diáspora. Essa confiança ficou particularmente reforçada, com a recente aprovação do programa de Governo por unanimidade no Parlamento nacional, algo inédito na tradição da nossa história democrática.

No entanto, se é verdade que o processo da estabilização política do nosso país e da normalização do funcionamento das instituições democráticas em curso na Guiné-Bissau dependem de um grande esforço nacional, implicará também necessariamente um apoio inequívoco e urgente dos nossos parceiros regionais e internacionais, através de uma articulação e coordenação das intervenções, sempre baseada nas metas do programa do governo, de modo a que possamos construir bases para mudar de rumo e viabilizar o país.

Neste quadro, três situações se configuram exemplares do quão imperativo é a conjugação desses esforços:

1 – processo de Reforma do Sector de Defesa e Segurança que vimos desenvolvendo e que nos últimos dias foi marcado por medidas profundas, visando uma reorganização para cuja sustentabilidade e irreversibilidade precisamos do concurso internacional; 2 – extensão da presença do Estado ao nível do espaço nacional de forma efetiva e organizada, através nomeadamente da descentralização e realização das eleições autárquicas, para o qual o governo irá lançar as bases para a operacionalizar o funcionamento dos municípios nos setores administrativos e deste modo adotar a Política Nacional do Ordenamento do Território; 3 – a extrema complexidade do combate ao narcotráfico e o crime organizado no qual os esforços nacionais só serão alcançados através de a uma abordagem coletiva e objetiva.

Senhor Presidente,

O nosso país precisa pois, de uma intervenção robusta e impactante dos parceiros de desenvolvimento para a consolidação como um caso de sucesso de transição política, mas também para alavancar os pressupostos de uma transição para o desenvolvimento. A reativação do Grupo Internacional de Contacto para a Guiné-Bissau, que aqui reiteramos, sob a égide das Nações Unidas, cujas atribuições, focadas no acompanhamento da situação interna no país e no apoio na mobilização da ajuda externa, revela-se importante face aos desafios que o país tem pela frente nos próximos tempos.

Excelências,

As novas autoridades da Guiné-Bissau, o Parlamento, a Presidência da República e o Governo, elegeram o diálogo inclusivo e a concertação política como instrumentos privilegiados nos esforços de consolidação da estabilidade política e criação de largos consensos sobre os principais eixos da governação.

Com isto, para além de pretendermos reforçar a legitimidade democrática das instituições políticas, queremos de uma forma clara e inequívoca dar o passo decisivo para a construção de consensos alargados sobre os principais assuntos na nossa sociedade, ancorado num Protocolo político que definiu as grandes linhas de atuação legislativa e governativa, incluindo questões que se prendem com as reformas do Estado, a revisão constitucional e a reconstrução económica. Sinal desta visão da partilha de poder para a resolução dos nossos principais problemas, é aqui demonstrada pela presença do líder da oposição que integra esta comitiva, para juntos demonstrar ao mundo que é possível a Guiné-Bissau enveredar pela concórdia e a estabilidade.

Excelências,

A nossa sub-região, a África Ocidental, está confrontada com a epidemia do ébola, colocando sob ameaça direta vários países da nossa Comunidade – a CEDEAO. Permitam-me manifestar a solidariedade da Guiné-Bissau para com todos esses povos irmãos a onde já se registaram casos de contaminação.

Igualmente, manifesto o nosso reconhecimento pelos esforços internacionais consentidos em matéria de assistência sanitária de urgência e apelamos a Comunidade Internacional para reforçar o seu empenho no apoio ao combate e prevenção desta epidemia, e para que seja constituída uma verdadeira coligação internacional para fazer face a esta grave ameaça à segurança internacional, conforme acaba de ser reconhecida pelo Conselho de Segurança.

Aqui chegado, gostaria de reiterar a posição do meu país sobre a reforma do Conselho de Segurança. O alargamento deste importante órgão das Nações Unidas impõe-se para o reforço da sua legitimidade representativa e para o novo ordenamento internacional em gestação.

Nesta ótica e conforme a posição da União Africana, a Guiné-Bissau advoga a atribuição de dois assentos permanentes, com direito de veto, e cinco assentos não-permanentes no Conselho de Segurança para o continente africano. Igualmente, manifestamos o nosso apoio para a atribuição de assentos permanentes no Conselho de Segurança para o Brasil, o Japão, a Alemanha e a Índia.

Gostaria de expressar a nossa solidariedade aos povos e países vítimas do terrorismo internacional e renovar o empenho do governo guineense em dar o nosso contributo para combater este flagelo, no quadro de ações conjuntas concertadas com os parceiros regionais e internacionais, conforme a natureza específica deste combate.

Constatamos com preocupação que, o embargo económico e financeiro imposto a Cuba, a mais de 50 anos, constitui um sério obstáculo para o desenvolvimento económico e social deste país, pelo que reiteramos o nosso apelo para o seu levantamento.

Senhor Presidente,

Gostaríamos de saudar e encorajar os esforços redobrados das Nações Unidas, em particular do seu Secretário-geral, pela visão e sensatez com que vem encarrando o problema das mudanças climáticas e seus efeitos na vida no planeta. A Cimeira sobre o clima, realizada aqui no passado dia 23 do corrente é testemunha eloquente disso.

Os eixos básicos que possam consubstanciar a viabilização de um desenvolvimento durável foram aflorados e parecem poder desencadear os consensos necessários ao estabelecimento de um regime climático global pós-Kyoto a bem de todos.

O Objectivos do Desenvolvimento Durável, novo paradigma global do desenvolvimento a estabelecer para o pós-2015, deve ser alicerçada nas culturas e realidades objectivas dos povos e sem dúvidas, inspirar-se nas lições dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio.

Importa sublinhar que as mudanças climáticas deixaram de ser uma ameaça para o futuro, tornando-se numa inequívoca ameaça para o presente. A incidência das mudanças que marcam o clima e determinam a vulnerabilidade das sociedades já se faz sentir com envergaduras cada vez mais imprevisíveis.

As perdas humanas, económicas e ecológicas que envolvem uma simples sociedade exposta como a do meu país, portanto, vulnerável, se expandem e ameaçam a sua sobrevivência e a possibilidade de prosseguir o desenvolvimento.

A elevação do nível do mar poderá afetar irreversivelmente as zonas costeiras, ilhas inteiras, vilas e cidades e outros assentamentos do litoral. Esta situação é particularmente preocupante para o meu país, enquanto país costeiro e arquipelágico, sofre com os impactos climáticos e poderá ver comprometidos os seus esforços de combate a pobreza e demais objetivos de desenvolvimento.

Apesar de todas as dificuldades que têm desafiado os esforços do meu país, na abordagem holística dos compromissos internacionais, atualmente constatamos com satisfação que 12% do território nacional se reputa de áreas protegidas e se prevê o dobro desta cifra no horizonte 2020.

Infelizmente, nos países florestais em vias de desenvolvimento como é o caso da Guiné-Bissau, meu país, a maior parte das populações continuam a ser tributária desses recursos naturais, como sendo quase que o único meio para a sua sobrevivência. Por isso, para compensar esses esforços, alternativas tecnológicas e financeiras consequentes devem ser colocadas a disposição destas populações.

Senhor Presidente,

Termino a minha intervenção agradecendo às Nações Unidas, e expressando o nosso elevado apreço pelo significativo papel que a Comissão da Consolidação da Paz tem desempenhado no apoio ao processo de consolidação da estabilidade política e governativa.

Às instituições do Sistema das Nações Unidas, PNUD, UNICEF, PAM, FAO, FNUAP, OMS, que colaboram quotidianamente com o governo, coletividades de base e organizações não-governamentais no combate à pobreza e às vulnerabilidades das nossas populações e pelo respeito da dignidade humana, deixo aqui o nosso reconhecimento.

O povo guineense espera da vossa instituição um engajamento forte nesta nova fase, para acelerarmos as ações e nos aproximarmos das metas do desenvolvimento do milénio. A Guiné-Bissau, está mobilizada para fazer do seu território, um espaço de paz, de segurança humana e de acolhimento para todos os povos do mundo que com ela pretendam construir uma sociedade mais fraterna, segura, acolhedora e de progresso com todos os povos e culturas.

Muito Obrigado!"

ÚLTIMA HORA: DSP diz que prioridade do País é a reforma do sector de defesa e segurança


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou hoje à Lusa, à margem da 69.ª Assembleia-geral das Nações Unidas, que o programa de reformas do sector de defesa e segurança é a prioridade atual do país.

"Temos vários problemas, um dos principais é a necessidade de lançar o programa de reforma do sector de defesa e segurança, enquadrado na reforma de todo a administração pública, que é o grande desígnio do país", explicou o representante à agência Lusa.

Desde maio, a Guiné-Bissau tem um Presidente e um Governo eleitos, após um golpe de estado militar em 2012 que havia colocado no poder um executivo não reconhecido por grande parte da comunidade internacional, em particular pela CPLP. Lusa

ÚLTIMA HORA: DEPUTADOS APROVAM OGE POR UANIMIDADE


A Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau aprovou hoje por unanimidade, com 91 votos, o Orçamento Geral de Estado para o que resta de 2014, no valor de 120 mil milhões de francos CFA (183 milhões de euros).

Os deputados presentes da força maioritária, Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e dos restantes partidos (também representados no governo) votaram a favor do único documento orientador das contas públicas para este ano. O anterior governo de transição, que esteve em funções desde o golpe de Estado de 2012 até início de julho, não chegou a sujeitar qualquer orçamento à aprovação do parlamento. Lusa

OPINIÃO: "PAIGC em Portugal está à venda!"


"Estas linhas servem para denunciar uma situação caricata que testemunhei numa reunião do P.A.I.G.C. em Portugal: Fui convidado por um amigo para assistir a reunião e quem me convidou conhecia o meu passado político e sabia do meu interesse em retomar a minha militância ativa, após um longo período de inatividade e pediu-me para levar mais gente comigo, alegando que essa reunião era muito importante.

No decurso da reunião percebi que o pedido do meu amigo previa as possibilidades de haver votações para eleger alguém. Mas não houve necessidade de tal, porque a decisão final acabou por ser tomada pessoalmente pelo presidente do partido em Portugal que também é membro do comité central e deputado do P.A.I.G.C., sem se importar com a opinião dos presentes, fazendo lembrar o P.A.I.G.C. dos tempos da ditadura de partido único, alegando ter recebido luz verde do presidente do partido e do presidente da república para actuar daquela forma, indignando todos os que já tiveram oportunidade de conviver com a intransigência destes dois estadistas. O meu amigo saiu beneficiado com esta situação que para mim não dignifica o partido.

A decisão consistia em colocar um simples militante a frente de uma direção democraticamente eleita, ignorando os estatutos e a posição dos restantes membros da direção, como se isso fosse possível num partido com a dimensão do P.A.I.G.C., onde hoje em dia, que eu saiba, todos os órgãos e todas as estruturas (da base ao topo) são sufragados.

Os oponentes reagiram, exigindo o cumprimento dos estatutos que nesta situação prevê a delegação automática de poderes para o 1º vice-presidente (art.º 70) e em caso de ausência ou na impossibilidade deste último exercer o cargo (o que não era o caso, porque ele estava presente e na minha percepção não existia nenhuma deliberação do conselho de jurisdição que lhe impedia de exercer o cargo), os poderes do presidente seriam delegados à um outro membro da direção e nunca à alguém alheio a direção, como previsto no art.º 69 dos Estatutos que o Presidente do Partido em Portugal como membro do comité central jurou respeitar e cumprir.

Durante as conversas que mantive nos bastidores, deu para perceber que entre o presidente e seu vice-presidente existem questões pessoais mal resolvidas no passado e que o presidente agora com poderes reforçados com a sua eleição como membro do comité central e deputado, utiliza as estruturas do partido como arma de arremesso contra o vice-presidente que no último congresso não apoiou o projeto liderado pelo actual presidente do partido.

Para justificar a sua decisão o presidente do P.A.I.G.C. em Portugal realçou as ajudas financeiras atribuídas ao partido pelo referido militante que ele pretende projetar, fazendo lembrar um Ex-Alto Dirigente do partido que afirmava que “para dirigir o P.A.I.G.C. é preciso ter muito dinheiro”. O beneficiário desta situação atípica é médico e pela sua intervenção ressalta a vista que politicamente está muito aquém do vice-presidente que durante a sua explanação cativou a audiência, deixando entender que veio das fileiras da Juventude Africana Amílcar Cabral.

Do meu ponto de vista, a ajuda financeira atribuída por um militante ao seu partido não deve ser o fator primordial para a sua ascensão política, sobretudo a margem dos estatutos, como se o partido estivesse a ser leiloado. E neste caso em concreto parece que o referido militante, sendo médico num País como Portugal onde reina a crise e o desemprego está a fazer bom uso dos seus recursos financeiros para se projetar no mundo da politica, comprando consciências e subornando os mais carenciados, sobretudo nos comités de base, muitos dos quais vieram formatados para o apoiar sem terem noção do que realmente estava em causa.

Parece que têm razão os que afirmam que os graves problemas sociopolíticos que fustigam a Guiné-Bissau têm a sua génese na forma como os problemas são resolvidos no seio do maior Partido político do País (o P.A.I.G.C.), que tirando proveito de ser o partido libertador e de ter governado sozinho o País durante vinte e cinco anos desde a independência, para se implantar em todo o território nacional sem conseguir imprimir qualidade às suas estruturas.

Senão como é que se explica que para ajudar um amigo, altos responsáveis do partido não hesitam em violar os estatutos, como neste caso em que o presidente do P.A.I.G.C. em Portugal, cria uma situação tão ambígua em que o vice-presidente continua a ser vice-presidente (nada lhe priva desse direito conquistado nas urnas) e o presidente delega os seus poderes a um militante que não faz parte da direção.

O facto de a Guiné-Bissau nunca ter sido um Estado de Direito e a justiça nunca funcionou para proteger os cidadãos, aliado a apatia ou até mesmo a conivência dos nossos dirigentes com os crimes e as constantes violações da lei na nossa sociedade, contribuíram para o patentear do espírito de medo e passividade da nossa população face aos males que afetam o nosso País. Chegou o momento de todos contribuírem para erradicar esses males e combater os malfeitores, denunciando-os na esperança de que as instituições saberão levar em conta os nossos esforços e cumprir os seus deveres, pois só desta forma a população ganhará coragem para se envolver nesta luta.

Quanto ao meu regresso para as fileiras do P.A.I.G.C., vai depender da forma como esta questão for resolvida pela direção superior do partido, que certamente não vai permitir um precedente tão perigoso como este num momento em que a luta pela justiça, transparência e democratização da nossa sociedade em geral e do P.A.I.G.C. em particular, constitui a principal prioridade o novo Poder instituído na Guiné-Bissau, porque nenhum militante que se preza concorda com uma ascensão desta, assim como não concorda com o facto da sua carreira política ser prejudicado de forma tão arbitraria, depois de ter percorrido um longo caminho para chegar onde chegou. Espero sinceramente que este mal seja cortado pela raiz.

ANTÓNIO SEQUEIRA JÚNIOR"

DIREITOS HUMANOS: UE e Instituto Camões financiam observatório


A União Europeia (UE) e o instituto Camões vão financiar um observatório de direitos humanos na Guiné-Bissau cujo lançamento está marcado para terça-feira, anunciou a delegação da UE no país. O projeto tem a duração de 36 meses e pretende contribuir para "desenvolver uma cultura de respeito pelos direitos humanos no país com base numa iniciativa cidadã de advocacia e monitorização" da vida pública, refere a UE em comunicado.

O financiamento é atribuído através do Instrumento Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos com cerca de 300 mil euros e pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua num montante de 45 mil euros.

A execução está confiada à Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), em parceria com a organização não-governamental (ONG) portuguesa Associação para a Cooperação entre os Povos (ACEP) e com o Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina (CEsA) da Universidade de Lisboa. Entre outras atividades, está previsto que o observatório venha a atribuir um prémio anual de jornalismo na vertente dos direitos humanos.

De acordo com o embaixador da UE na Guiné-Bissau, Joaquín González-Ducay, "o observatório dos direitos chega num período crucial da história do país" e poderá ajudar a definir "medidas adequadas de proteção dos cidadãos mais vulneráveis". Para o presidente da LGDH, Luís Vaz Martins, trata-se de "uma luz de esperança num contexto de negação de direitos e de falta de informação consistente sobre essa realidade".

Carlos Sangreman, investigador do CEsA que dinamizou o processo de construção metodológica do observatório e a formação dos interlocutores regionais, refere que "o projeto constitui uma inovação na forma da obtenção de dados fiáveis e credíveis sobre os direitos humanos em todo o país".

A informação será recolhida diretamente por inquiridores residentes em cada área geográfica e tratada centralmente, em Bissau, de forma a ser comparável. O lançamento está previsto para terça-feira, às 09:00, na Casa dos Direitos, em Bissau. Diário Digital com Lusa

ONU: DSP manifesta apreço à comunidade internacional

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, manifestou apreço à comunidade internacional, pelo apoio ao processo de estabilização do país, quando discursava, nesta segunda-feira, na 69ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.


Domingos Simões Pereira discursando na ONU
Foto: Pedro Parente

Na sua intervenção, salientou que o apoio desta representou uma extraordinária contribuição na resolução do processo de transição política do país, daí os agradecimentos de todo o povo guineense.

Domingos Simões Pereira disse ainda que a sub-região foi incontornável na manutenção financeira para o funcionamento de todo aparelho de estado, factor determinante para que se chegasse ao ponto actual.

Disse que a sociedade guineense está esperançada em relação ao novo ciclo político e deu conta da vontade política das autoridades e profundo empenho no processo de consolidação da estabilidade, revitalização e reforço da capacidade do Estado, criação de premissas essenciais na prossecução e desígnios dos guineenses.

Para Domingos Simões Pereira, a condição de Estado institucionalmente frágil, pós-conflito e com parcos recursos financeiros, acrescida às consequências políticas, económicas, ambientais e sociais gravosas, colocam a Guiné-Bissau perante uma situação complexa e difícil para qual a assistência internacional é chamada a exercer um papel fundamental de estabilizador neste período pós-eleições.

Argumentou que isso visa reforçar a capacidade institucional do Estado, reduzir a pobreza e as vulnerabilidades das populações, garantir a estabilidade social, assegurar a legitimação social da governação e relançar a economia. Portalangop

BOA GOVERNAÇÃO: Guiné-Bissau está pior...


A Guiné-Bissau foi um dos países que mais piorou desde nos últimos cinco anos no Índice Ibrahim de Boa Governação Africana (IIGA) 2014, hoje publicado, caindo para grupo dos cinco piores entre os 52 países avaliados. Desde 2009, a Guiné-Bissau já perdeu 6,8 pontos e cinco posições na tabela, somando atualmente apenas 33,2 pontos. Além da falta de oportunidades económicas que oferece, a participação cívica é considerada muito baixa, bem como o funcionamento da lei.

A Guiné-Bissau recuou em todas as quatro categorias cujos critérios são usados para elaborar o índice: Segurança e Estado de Direito; Participação e Direitos Humanos; Oportunidade Económica Sustentável; e Desenvolvimento Humano.
O melhor entre os países lusófonos é Cabo Verde (2.º), à frente de São Tomé e Príncipe (12.º), Moçambique (22.º), Angola (44.º) e Guiné-Bissau (48.º).

O IIGA visa informar e ajudar os cidadãos, sociedade civil, parlamentos e governos africanos a medir o progresso, sendo produzido desde 2007 pela Fundação Mo Ibrahim, homónima do milionário sudanês e que foi criada em 2006. Lusa

Tráfico de fígado: Detalhes


Um cidadão da Guiné-Conakry, suspeito de trafico de orgãos de crianças, foi detido, sexta feira na Guiné-Bissau, segundo fontes policiais. Mama Saliu Djalo, 30 ans, agia na região de Oio, no norte da Guiné-Bissau e vendia os orgãos extraidos das crianças.

Segundo o porta-voz da policia, Samuel Fernandes, o suspeito agia em cumplicidade com uma rede composta de cidadãos guineenses que raptavam crianças os quais vendiam posteriormente a 2.000.000 (dois milhões) de FCFA (3.050Euros).
Um dos cumplices, Dan Nsaam, um guineense, foi detido. Ele reconheceu ter raptado uma criança no ano de 2012 na localidade (Tabanca) de Tchalana, no norte do pais, e de tê-lo vendido à Mama Saliu Djalo.

"Eu matei a minha sobrinha numa floresta e dei os orgãos à esposa de Saliu Djalo", admitiu Dan Nsaam, segundo os inqueridores. O porta-voz da policia solicitou a colaboração de todos e reconheceu que esse fenomeno do trafico de orgãos humanos é uma realidade na Guiné-Bissau.

Em 2013, a denuncia de uma presumida rede de trafico de orgãos humanos tinha provocado ira da população que originou a morte de um cidadão da Nigeria dado como suspeito pelos populares. Durante estes ultimos anos, o desaparecimento de crianças de menos de quinze anos tendo sido frequente na Guiné-Bissau.

domingo, 28 de setembro de 2014

Pata na Poça: Do entrevistado, sobre a 'entrevista'...


O premiado hostoriador guineense, Leopoldo Amado, deu uma entrevista ao jornal 'O Democrata', mas parece que tudo saiu ao contrário. Agora, na sua página pessoal do Facebook, o historiador conta a sua versão que DC reproduz com a devida vénia:



Aqui estão o 'jornalista', Assana Sambú, e o entrevistado Leopoldo Amado

Escreve então o jornal no fim da entrevista "Nb: todas as entrevistas do jornal O Democrata sao gravadas e bem conservadas."

NOTA: Isto deve ser para chorar, não? Ou será para meter medo?...abós bó ka panha pé!... AAS

CRIMES SANGRENTOS: Guineense no meio...

Fonte: Correio da Manhã

Um português emigrado em Nice, França, foi encontrado morto dentro do elevador de um prédio daquela cidade. O homem, de 28 anos, apresentava vários golpes de arma branca – ao que tudo indica uma faca de grandes dimensões – na zona do peito, braços e cabeça. A polícia tenta perceber se o homicídio está relacionado com um crime perto daquele local, apenas duas horas antes, em que um guineense foi baleado e sobreviveu.

O corpo do emigrante foi descoberto pelas 07h00 de quarta-feira, num prédio da rua das Mahonias. Foi um morador que deu com o cadáver dentro do elevador, envolto numa poça de sangue. As autoridades de socorro e a polícia foram chamadas, tendo o óbito sido declarado ainda no local.

Feitas as primeiras diligências, a polícia descobriu que a vítima já tinha um vasto cadastro por crimes de furto e roubo (alguns deles cometidos de forma violenta), tráfico de droga e posse ilegal de arma.

Nessa madrugada, a escassos 100 metros de distância, um guineense de 25 anos foi, em circunstâncias desconhecidas, baleado diversas vezes. Contudo, conseguiu sobreviver e está internado no hospital. Será conhecido do português e também tem cadastro.

AMADORISMO: No comments




D. Duarte, perdoa-me... AAS

ONU: Portugal pede apoio técnico e financeiro para Guiné-Bissau, e defende "força de estabilização alargada"


Portugal defendeu hoje nas Nações Unidas o apoio dos parceiros internacionais na capacitação técnica e assistência financeira à Guiné-Bissau, aproveitando o "virar de página" que representaram as eleições recentes naquele país lusófono.

Na sua intervenção na 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, saudou "a reposição da ordem constitucional, a realização de eleições livres e a tomada de posse de instituições democráticas legítimas, dois anos após o golpe de Estado de 2012, são uma nota de esperança".

Para o governante, está em causa um "efetivo 'virar de página' que deve ser aproveitado e apoiado". "Os parceiros internacionais podem e devem desempenhar um papel determinante em áreas como a capacitação técnica e a assistência financeira, apoiando as prioridades indicadas pela Guiné-Bissau", defendeu o chefe da diplomacia portuguesa.

Portugal sugeriu ainda que "seria adequada" uma força de estabilização baseada na ECOMIB (missão militar internacional na Guiné-Bissau), "possivelmente alargada a novos parceiros africanos e mandatada pelas Nações Unidas". Lusa

DROGA: Polícia confirma aumento do narcotráfico na Guiné-Bissau


O aviso foi feito pela polícia judiciária deste país africano usado como plataforma pelo narcotráfico colombiano. O número de pessoas a passar pela Guiné-Bissau como correio de droga está a aumentar, denunciou ontem o director nacional adjunto da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau.

Apesar de a PJ ter feito apenas dez apreensões desde o início do ano a pessoas que transportavam estupefacientes no aeroporto de Bissau, para Faustino Aires dos Reis, citado pela Lusa, as evidências apontam para uma tendência.

"Com a dificuldade de transporte de droga de outras partes do mundo para chegar ao destino real", em grandes quantidades e passando pela Guiné-Bissau, "aumentou a percentagem dos correios" que levam quantidades mais reduzidas, referiu.

Segundo explicou, o narcotráfico de grande escala está inibido devido à vigilância crescente, que envolve autoridades internacionais e ganhou mediatismo em 2013, com a detenção do antigo chefe da marinha guineense, Bubo na Tchuto, apanhado ao largo de Cabo Verde por uma brigada de combate ao tráfico de droga dos Estados Unidos.

O contra-almirante era considerado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos como o principal narcotraficante na Guiné-Bissau. Em Abril de 2010, os EUA congelaram os bens de Bubo Na Tchuto e do chefe de Estado-Maior da Força Aérea da Guiné-Bissau, Ibrahima Papa Camará, por "desempenharem um papel significativo no tráfico de drogas".

"Se houvesse" grandes quantidades traficadas, a PJ já teria actuado, reforça Faustino Aires dos Reis. "Nós estamos atentos, embora com imensas dificuldades" ao nível dos recursos disponíveis, reconheceu o director nacional adjunto. A Polícia Judiciária mostrou hoje mais de um quilo de cocaína apreendida a três jovens que, na terça-feira, entraram no país pelo aeroporto de Bissau.

A droga estava enrolada em pequenos casulos de plástico: um dos suspeitos ingeriu 29, os outros dois traziam no corpo cerca de 80 cada um. Também esta semana, uma outra pessoa foi detida com 27 quilos de liamba em plena capital, com a erva carregada em fardos também hoje exibidos. O mesmo homem, oriundo do sul do país, para além de negociar liamba, levava cocaína para a área de residência. Os três estão sujeitos a prisão preventiva, anunciou a PJ.

Já esta semana, o Ministério da Administração Interna (MAI) da Guiné-Bissau anunciou a detenção de uma pessoa e a apreensão de 47 quilos de liamba e viaturas pertencentes a uma rede de tráfico de droga que operava por terra. Há meses que as autoridades norte-americanas de luta antidroga vêm advertindo que a guerrilha colombiana está envolvida no narcotráfico na Guiné-Bissau.

Estas acusações foram reiteradas recentemente por responsáveis norte-americanos durante uma audiência na Comissão de Negócios Estrangeiros do Senado dos Estados Unidos. Durante uma audiência sobre este tema, diversos peritos afirmaram haver a necessidade de os países europeus darem uma maior contribuição para o combate a esse tráfico.

Michael Braun, que até recentemente foi director de operações da Agência de Combate à Droga (DEA), disse que a Europa "está à beira de uma catástrofe de abuso e tráfico de drogas semelhante àquela que os Estados Unidos sofreram há 30 anos atrás".

Braun e outros peritos que compareceram perante a comissão disseram que a situação se deverá deteriorar. Os riscos de traficar cocaína para Europa são agora menores do que para os Estados Unidos, os lucros maiores e a procura futura deverá aumentar, acrescentaram.

O actual chefe de operações da DEA, Thomas Harrigan, declarou que "traficantes colombianos e venezuelanos" estão "enraizados" na África ocidental e cultivaram relações de longo prazo com redes criminosas africanas para facilitar as suas actividades na região. Ionline com Agência Lusa

OPINIÃO: É outono na minha alma


"A cantata era: "eh, pa fulano pediu-me que intercedesse junto de ti para que parasses...", ou "beltrano disse-me 'eh, ma ami n'ka tene sorti'...". Tudo isto deixa-me, obviamente, bastante reconfortado. E aos pulos!

Numa mesa de café, alguém da Segurança do Estado pedia-me quase de joelhos no chão que "parasse" um pouco, que os "deixasse respirar". A minha resposta? Um sorriso maroto. E uma provocação: 'amigo, lala quema!'. E depois ainda, o troco: "ainda bem que esses palermas têm medo de alguma coisa"...

Digo o que quero. E di-lo-ei as vezes que tiver de o dizer. Não tenho medo de assumir as responsabilidades - de que todos fogem - que houver que assumir. Não estou para aqui com meias tintas. Que me ataquem, que me critiquem. Sei que muitos devem estar um pouco combalidos com o ditadura do consenso...devemos atrever-nos, devemos ter a coragem de dizer as verdades.

Não importa o que digam aqueles que nada sabem, ou, aqueles que, ainda sabendo, pouco ou nada acrescentam. Pouco me importa o que dizem os 'cumentadores' ou os 'paineleiros' de certos meios... O último a rir é quem ri melhor, já se dizia!

No ditadura do consenso, abordam-se problemas, casos pertinentes, luta-se pela melhoria da governação, e, por tabela, pelo bem-estar deste Povo humilde. Devemos ser capazes de reconhecer os nossos próprios erros precisamente por isso - porque só assim se alcança o objectivo que se pretende atingir.

Quem me dera ver os meus governantes com: entusiasmo, seriedade, dignidade, orgulho, consciência do bem! Ah, quem me dera!!! AAS
"

TRAGÉDIA COM MINA: Hospital Simão Mendes não está preparado; o País simplesmente não consegue


Segundo a RTP, que filmou a chegada dos feridos ao hospital Simão Mendes, "instalou-se a confusão" porque "não havia condições" para tratar dos sobreviventes. Doeu fundo. Engoli em seco.

Caros amigos, isto é extremamente preocupante: como é que o maior hospital do País NÃO consegue sequer lidar com a pressão de receber dezenas de cadáveres (com os quais, infelizmente, nada se pode fazer) e menos ainda tratar as quinze pessoas que ficaram feridas no acidente e precisavam urgentemente de cuidados? Sim, quinze feridos?! Enterrar os mortos, cuidar dos feridos - alguém se lembrou? Não me parece.

A confusão que se instalou no corredor do hospital - eu vi as imagens - com médicos, enfermeiros, gente anónima, talvez alguns familiares, e, até de curiosos torna impossível, desastroso mesmo qualquer hipótese de sucesso. É a desorganização total, à moda da Guiné-Bissau. Confusão total. É triste, deixem que vos diga, é triste continuar a ver irmãos nossos, do mesmo sangue a serem tratados como números.

Às autoridades:
Ponham ordem na Guiné-Bissau! Ponham ordem nesse caos.

E, não, aquela mina não estava lá desde a luta da nossa independência. Ou foi 'plantada' por alturas da guerra civil de 1998/99 ou então alguém - as autoridades - vão ter muito que explicar. Para já, fica o balanço deste acidente ímpar na nossa hitória recente: morreram 22 pessoas, quase todas da mesma família.

Esta fatalidade vem apenas comprovar isto: Guiné-Bissau é mais frágil, muito mais frágil do que aparenta. O guineense quer apenas chegar ao poder, ainda que sem saber como chegou. Depois, bem depois é deixar estar...tipo: i ka ami ku danal, i ka ami ku na kumpul. Tristeza de merda! AAS


Suspeitos de matar bebé para vender o fígado

A polícia da Guiné-Bissau anunciou hoje a detenção de dois homens suspeitos de terem matado uma criança de dois anos a quem extraíram o fígado para o venderem por cerca de três mil euros.

Os dois irmãos encontram-se detidos no centro penitenciário de Mansoa, disse o tenente-coronel Samuel Fernandes, porta-voz do Ministério da Administração Interna (MAI) guineense.

O caso remonta a 2013, mas a polícia só agora conseguiu descobrir os autores do crime, acrescentou Fernandes, explicando que o alegado "comprador do fígado" da criança ainda está a monte. Lusa

Nova Iorque fora de horas



New York, New York

P.S.: Podiam era aproveitar e começar a tratar do visto de turismo para o tio Ntony...AAS

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

BOM NATAL/Ordenados: Guiné-Bissau promete pagar até ao final do ano salários atrasados


Os ordenados em atraso na função pública da Guiné-Bissau relativos a 2014 e 2013 vão ser pagos até final do ano, anunciou hoje o ministro das Finanças, que prometeu uma estratégia para os casos mais antigos, que remontam a 2000.

"O nosso objetivo é fecharmos o ano sem [vencimentos] atrasados de 2013 e 2014 e com uma pequena margem para efetuar despesa no início de 2015", referiu hoje Geraldo Martins, numa conferência de imprensa conjunta em Bissau com uma missão do Fundo Monetário Internacional.

Segundo o governante, está também a ser preparada uma estratégia para pagar vencimentos ainda mais antigos, desde o ano 2000. O governo quer ainda rever a auditoria já feita sobre os ordenados em atraso entre 2000 e 2007 e verificar o que ficou por pagar depois disso, para também proceder a esses pagamentos.

"Quando tivermos os números em cima da mesa vamos adotar uma estratégia para resolver os atrasados mais antigos. Pode passar pela inclusão gradual [de uma verba] nos orçamentos de Estado dos próximos anos", explicou. Os ordenados em atraso na função pública são um problema crónico na Guiné-Bissau que acarreta outros problemas: escolas que não funcionam ou serviços de saúde que não tratam doentes.

O novo governo promete impor disciplina fiscal, garantindo mais receitas de impostos para mudar o cenário de uma vez por todas. O ministro das Finanças quer ainda dar prioridade a alguma da dívida externa. Segundo referiu, há entidades que ainda não estão a desbloquear apoios para a Guiné-Bissau por causa de dívidas antigas que o novo governo quer resolver.

"Algumas instituições que estão a financiar projetos de desenvolvimento não estão neste momento a desembolsar precisamente porque há situações de dívida acumulada", explicou Geraldo Martins. Liquidar as contas que estão por pagar "pode dar alento à economia", destacou.

VERGONHA/Quotas: Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe impedidos de votar na ONU


Cinco países, entre os quais a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, estão impedidos de votar na 69.ª sessão anual da Assembleia-Geral da ONU por terem contribuições financeiras em atraso.

A lista dos países em falta, completada por Somália, República Centro-Africana e Comores, bem como o texto do artigo 19 da Carta das Nações Unidas que consagra a norma, encontram-se no site da organização, cujo órgão plenário se encontra reunido em Nova Iorque até 30 de setembro.

"Nos termos do Artigo 19 da Carta, um estado-membro com atrasos no pagamento das suas obrigações num montante igual ou superior às contribuições dos dois anos anteriores pode perder o seu direito de voto na Assembleia-Geral", lê-se na página da internet.

Embora o mesmo texto preveja uma exceção ("Poderá ser autorizada uma exceção se o Estado-membro puder provar que circunstâncias fora do seu controlo contribuíram para a sua impossibilidade de pagar"), neste caso, a proibição de voto já foi decidida e comunicada ao presidente da Assembleia-Geral da ONU.

"A 09 de setembro de 2014, o secretário-geral informou o presidente da Assembleia-Geral de que os seguintes cinco Estados membros têm pagamentos em atraso, nos termos do Artigo 19 da Carta das Nações Unidas e, por isso, não têm direito de voto na Assembleia-Geral durante a sua 69.ª sessão: República Centro-Africana, Comores, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Somália", indica a organização.

Os dois países lusófonos têm sido palco de tensão interna nos últimos dois anos. Na Guiné-Bissau, um golpe militar em 2012 colocou no poder um governo de transição, não reconhecido pela maior parte da comunidade internacional, um processo que só ficou concluído após eleições gerais, já este ano. Em São Tomé e Príncipe, o partido que havia vencido as eleições foi afastado numa moção de censura parlamentar, extremando a tensão política entre as partes. Lusa

OPINIÃO: Passarelle

"Desta vez, ao que deixam transparecer pelo ultimos acontecimentos, o nosso querido pais parece decididamente apostado a projectar-se nos trilhos do apaziguamento socio-politico. Efectivamente, assiste-se ultimamente a verificação de factos e actos positivos que nos impelem a assim pensar, levando-nos a nos projectarmo-nos num querer de esperanças sem fim.

Na verdade, muita coisa positiva tem acontecido no nosso pais, entre elas, as eleições presidenciais e legislativas que se realizaram da melhor maneira possivel, pondo fim a um periodo macabro e desastroso de transição. A ANP retomou a sua legitimidade e funcionalidade democratica.

O Presidente da Republica (PR) empossado, tem exercido até agora, a sua magistratura com zelo e pragmatismo que se têm pautado por acções e iniciativas de grande alcance e sobriedade, cujo exemplo pontuante, foi o seu discurso abrangente e catalizador endereçado aos guineenses aquando da celebração dos 41 anos de independência.

O Primeiro Ministro, depois de um certo desnorte, parece enfm acertar a bussola e acordar-se do seu narcisismo de comunicação/imagem, para pegar em mãos, a dura realidade da governação pratica, a qual sabemos, esta para além do show da empatia comunicacional, pois ao dobrar da esquina, o Povo vai exigir-lhe resultados praticos e imediatos.

E, como que a homenagear os Herois da independência, o programa do Governo passou por unanimidade na ANP, idem supõem-se para o OGE e demais actos a submeter a essa magna instituição. Igualmente, outro factor positivo, contrariamente em outras situações precedentes, um bom sinal de apaziguamento politico-institucional, prende-se com o facto de o PR ter "delegado" no PM a representatividade do pais na AG das NU.

Esta cedência, reveste-se de um alto sentido de exercicio democratico por parte do PR. Por um lado, poupa-nos a um desnecessario confronto de ego-representatividades repetidamente pleitado no nosso colégio de poderes e, por outro lado, permitira ao PM, ser equacionar-se sobre o seu arcaboiço politico, num palco geo-estratégico de excelência, onde a exigência de maturidade e pragmatismo politico é condição sine qua non para se conseguir bons resultados e plataformas de entendimento futuros para o pais.

Todos nos sabemos de que, os bastidores da AG das NU, é um palco onde as valências se disputam e, quando bem orientado, é o cenario ideal e proficuo para vender as necessidades de um pais carente como o nosso, a começar pela mobilização de uma Mesa Redonda Pos-crise para a Guiné-Bissau.

Porém, é bom contudo que se saiba, que para obter bons resultados nessas cimeiras, quem necessita, não se deve ressumir à panaceia de um vaso comunicante vendedor da propria imagem em disprimor de "vender" as necessidades prementes do pais. Para que o PM venha a conseguir algo para o pais, primeiramente, ha que-se desformatar desses complexos superfluos de imagem e pôr o pais à frente das prioridades.

Para essa viagem à AG das NU, cujos resultados, decerto pesarão na sua contabilidade num amanhã proximo, é justo assinalar de que o PM, jogou uma cartada interessante ao convidar e fazer-se acompanhar do presidente do PRS, o surpreendente politico conciliador, Alberto Nambeia.

De certeza, um bom argumento para "vender" e arvorar a reconciliação e a paz social que reclama a Comunidade Internacional (CI) para a Guiné-Bissau, porém, deve o PM entender de que, para além de uma boa "dama de companhia", deve essencialmente munir-se de outros argumentos com substancialidade para fazer face à cata de resultados probantes de que o pais tanto necessita e dele esperam a curto termo.

Esses argumentos, devem estar permanentemente presentes, muito para além dos mediatismos de cartola que, embora não negando o seu impacto, podem ser polvora seca, se se, não-se souber argumentar no terreno com argumentos de necessidade governativa validos e coerentes.

O tapete vermelho da estabilidade esta decidamente estendido aparentemente na Guiné-Bissau : a reposição da legalidade democratica é uma realidade incontornavel; por providência divina o "ébola politico" guineense jazz na eternidade; ha fortes sinais de coragem quanto ao reenquadramento e submissão da classe castrense ao poder politico; ha manifesta vontade politica do maior partido da oposição de quebrar com as amarras da violência e da conspiração politico-tribal e integrar decididamente o processo de soluções viaveis para o pais. Enfim ha um élan de vontades nunca antes visto da CI em ajudar a Guiné-Bissau.

O que resta, é meter mãos à obra.

O Poeta"

EXECUÇÃO PELA POLÍCIA - LGDH reage

MEMBRO DE:
 FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
 UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
 FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
 Fundador do Movimento da Sociedade Civil
 PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
 CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos


Comunicado de Imprensa

No âmbito da sua missão de monitorização permanante da situação dos direitos humanos no país, a Liga Guineense dos Direitos Humanos recebeu com bastante preocupação a denúncia que dá conta da execução sumária e gratuita de um cidadão guineense de nome Etchem Mendes, perpetrada pelos agentes da Policia de Ordem Pública.

Tudo aconteceu na noite do dia 19 de Setembro 2014, quando o malogrado que se encontrava num restaurante sito no bairro de Sāo Paulo, em Bissau, foi interpelado com a ordem de detenção por um grupo de agentes armados e afectos à Polícia de Ordem Pública, sem qualquer mandado emitido pelas autoridades competentes.

Na tentativa de questionar as razões da sua detenção, Etchem Mendes foi barbaramente espancado pelos mesmo, tendo acabado por falecer no mesmo dia em consequência das agressões infligidas. Igualmente, os supostos autores deste macabro acto tentaram ocultar o cadaver aos familiares da vítima, os quais só tiveram acesso ao corpo dois dias depois do sucedido.

Esta conduta criminosa e inaceitavel num Estado de Direito em particular no momento sensível que o país atravessa, vem somar aos tantos outros casos de assassinatos e de brutalidades perpetrados pelos agentes da Polícia de Ordem Pública nos últimos anos, os quais nunca foram conclusivamente investigados devido à cumplicidade dos superiores hierárquicos desta corporação policial.

Em face do acima exposto, a Direcção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos delibera os seguintes:

1. Condenar severamente este acto cruel e intolerável que ceifou mais uma vez a vida de um cidadão guineense num contexto em que as aspirações do povo se direciona para a reconciliação nacional e mudança de comportamentos susceptiveis de pôr em causa a frágil establidade no país;

2. Exigir a abertura de um inquérito sério, responsável, transparente e conclusívo com vista a punição exemplar dos autores morais e materiais deste crime hediondo.

3. Exigir a transferência imediata do processo de investigação deste caso para a Polícia Judiciária por forma a assegurar maior transparência, independência e credibilidade do mesmo.

4. Apresentar as suas mais sentidas condolências à família enlutada e rogando a Deus que a sua alma descanse em paz eterna.

Pela Paz, Justiça e Direitos Humanos

Feito em Bissau aos 25 dias do mês de setembro de 2014
A Direcção Nacional

ÉBOLA: Banco Mundial doa 750 mil USD para combater a propagação do vírus na Guiné-Bissau.


"Dakar, le 25 Septembre 2014 - La Banque mondiale a approuvé un appui au Gouvernement de Guinée-Bissau pour la mise en œuvre d’un plan d’urgence destiné à prévenir la propagation dans le pays de l’épidémie d’Ebola. Bien qu’aucun cas d’Ebola n’ait été enregistré en Guinée-Bissau à ce jour, ce nouveau financement de 750.000 dollars (environ 385 millions de FCFA) répond à une demande urgente du Gouvernement bissau-guinéen visant à mettre en œuvre un plan élaboré par le ministère de la Santé publique, en collaboration avec l'Organisation mondiale de la Santé (OMS).

«Cet appui est destiné à financer une campagne d'information à travers le projet de développement communautaire mis en œuvre par le gouvernement et à appuyer des initiatives sanitaires, y compris la formation du personnel de santé», explique Philippe Auffret, chargé du projet à la Banque mondiale.

«La Guinée-Bissau est un pays fragile qui est dans un processus de reconstruction après des élections réussies. Dans ce contexte, une épidémie d'Ebola constituerait une grave crise pour un système de santé qui a été affaibli et une économie encore en voie de redressement », souligne Mme Vera Songwe, directrice des opérations de la Banque mondiale pour la Guinée-Bissau.

Mme Songwe et M. Auffret ont mis en exergue la collaboration entre la Banque mondiale et l’OMS pour fournir un appui coordonné à la Guinée-Bissau afin d’atteindre les résultats escomptés dans le cadre de ce financement spécial."

Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau confirma apoio à ANP, com destaque para a Comissão de Ética


No mesmo dia em que a Guiné-Bissau celebra a data da sua independência, o Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau anunciou hoje que irá empreender um extenso programa de apoio e de desenvolvimento de meios para a Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau. Foi igualmente revelado que ajudar a recentemente formada Comissão de Ética para a presente legislatura é a “principal prioridade” para o Parlamento Britânico.

Peter Thompson, Coordenador deste Grupo Parlamentar, confimou a partir de Londres, que esta comissão do Parlamento Britânico propôs-se a treinar “cada deputado e cada dirigente da Assembleia Nacional Popular” num programa que será executado em conjunto pela União Inter-Parlamentar, a organização internacional para os Parlamentos.

Este programa, que será iniciado em Bissau, irá envolver parlamentares do Reino Unido e “alguns deputados lusófonos”, e irá incluir áres como o papel e responsabilidade dos deputados, a fiscalização do Governo, o envolvimento com o povo, o sistema das comissões especiais e direitos humanos.

Um programa especial será ainda ministrado aos membros e dirigentes da Comissão de Ética, recentemente formada na Assembleia e fortemente suportada pelo Parlamento Britânico. Thompson confirmou que os membros desta Comissão irão receber treino específico em como “introduzir altos níveis de responsabilidade na vida pública, que irão abranger todos os dirigentes públicos”.

Este grupo deverá ainda viajar para Londres para ser objecto de uma formação intensa e experiência prática em como gerir a Comissão, em conjunto com os seus homólogos em Londres. Thompson acrescentou que a Comissão de Ética tem o apoio da “maioria dos parceiros internacionais em todo o mundo” e que muita esperança foi colocada na sua criação. Peter Thompson deverá regressar a Bissau em menos de um mês, acompanhado por uma delegação.

24, um dia depois: Presidente Guiné-Bissau defende aposta na agricultura no 41º aniversário da independência


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, elegeu o desenvolvimento da agricultura como o principal desafio pelo qual os guineenses devem lutar, no dia em que celebram 41 anos da independência do país.

Dirigindo-se aos deputados numa sessão comemorativa no parlamento, Vaz afirmou que, se no passado alguns guineenses pegaram em armas para acabar com a dominação colonial, hoje o desafio é desenvolver a agricultura e acabar com a insuficiência alimentar.

O cultivo do arroz, base da dieta alimentar dos guineenses, deve ser o centro das atenções de todos os guineenses, defendeu José Mário Vaz. Uma vez combatida a insuficiência alimentar, muitos problemas políticos serão debelados na sociedade guineenses, sublinhou.

"A instabilidade politica não é a causa dos nossos problemas, é uma mera consequência dos nossos insucessos. A insuficiência alimentar também contribui significativamente para a instabilidade", destacou José Mário Vaz. O Presidente guineense disse estar pronto "e na linha de frente" para desencadear um vasto programa de produção do arroz no país, tendo para o efeito convidado todos os guineenses, sobretudo os jovens.

No discurso de hoje, o Presidente disse que valeu a pena conquistar a independência, notando que o país tem hoje mais pontes, mais escolas, médicos, engenheiros e outros profissionais qualificados, ainda que tenha ficado muita coisa por fazer.

José Mário Vaz pediu aos guineenses para olharem para o futuro do país com confiança, projetar o futuro coletivo com ambição, mas evitando as fraturas de um passado por vezes sombrio, referiu. O líder guineense disse ser necessário "abrir novos caminhos e encurtar a distância" que separa a Guiné-Bissau do resto do mundo.

Avisou que vai haver mudanças nas estruturas do poder do Estado, nas Forças Armadas, e que não visarão pessoas em concreto, mas sim dotar o país de meios para se desenvolver. Vaz elegeu também a paz, a estabilização e o crescimento económico como os grandes desígnios nacionais.

Segundo o Progresso Nacional:


"Bardadi reconciliação nacional tem bô!!! Vão ambos (o PM Domingos Simões Pereira e o presidente do PRS Alberto Nambeia) assistir de mãos dadas a Assembleia Geral das Nações Unidas. He Deus obrigado bô!"

NOTA: Só espero é que não se entusiasmem com o calor das mãos e passem à fase dos beijinhos e carinhos...AAS

24 vira grande 31: Ora cá está um belo exemplo



Uma obra de arte com 20 metros de comprimento, que já leva dois (2!) meses...e nem há uma previsão para a sua conclusão! Deixem de brincar com a Guiné-Bissau!!! Foto: A.B.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

24 de Setembro: EUA felicitam Guiné-Bissau


COMUNICADO DE IMPRENSA

John Kerry

Secretário de Estado
Washington, DC

23 de Setembro de 2014

Dia da Independência da República da Guiné-Bissau

Em nome do Presidente Obama e do povo dos Estados Unidos da América, felicito todos os Bissau-Guineenses pelo 41º aniversário de sua independência em 24 de Setembro.

A Guiné-Bissau tem feito enormes progressos nos últimos tempos. O povo Bissau-Guineense foi às urnas em massa para eleger um novo presidente e retornar o país para o regime democrático.

Os Estados Unidos estão com o governo e o povo da Guiné-Bissau na medida em que trabalham juntos para solidificar o seu progresso democrático, promover o estado de direito e incentivar um maior crescimento económico e a prosperidade.

Desejo prosperidade e felicidade para todos os povos da Guiné-Bissau, enquanto celebram
este dia especial.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ÉBOLA: Jornalista e dois técnicos assassinados na Guinée


Dois jornalistas foram assassinados no passado dia 16, na Guiné Conacry enquanto faziam a cobertura de uma campanha da educação sobre o Ébola. Facély Camara, jornalista, e Sidiki Sidibé e Molou Chérif, técnicos de rádio foram as vítimas, denunciou o Comité de Protecção de Jornalistas - CPJ. Saiba mais AQUI

TESTEMUNHO


(...) "Falar do António Aly Silva e da sua maneira de estar na vida é homenagear todos aqueles que transgridem, que fazem tantas vezes aquilo que nós pensamos mas não temos a coragem de fazer ou de dizer. Depois de tanto se ter escrito nos últimos anos sobre uma pátria ainda a dar como que os primeiros passos, pois que 36 anos pouco são na vida de uma nação, é bom ter uma matéria nova para falar, que não seja o peso dos militares ou as influências do narcotráfico.

Aly é um artista e um poeta, que nos sabe bem ler, pois dele transcende o mais puro espírito libertário. E aqui o gostaria de colocar ao lado de muitas das outras figuras africanas que já tenho abordado ao longo da vida, pessoas com maneiras diferentes de estar na vida, mas que de algum modo não podemos ignorar: o José Vicente Lopes, o Tony Tcheka, o José Eduardo Agualusa, o Ondkaji, o João Paulo Borges Coelho, o Mia Couto, o Nelson Saúte e tantos outros."

(...) "António Aly Silva, é talvez a figura mais controversa, mas porventura incontornável, da blogosfera guineense."

Jorge Heitor, Jornalista


sábado, 20 de setembro de 2014

Goleada das antigas


PERGUNTA: Você é a favor da AMNISTIA para golpistas e Crimes de Sangue?

RESPOSTAS:

Sim = 114 votos (9%)

Não = 417 votos (36%)

Não, nunca = 591 votos (51%)

Não sei/Não respondo = 30 votos (2%)

Votos apurados: 1152

INVESTIGAÇÃO DC: Como os EUA chegaram até Bubo através do Indjai


Investigação AAS/DC/2012

"O que faz correr Russel e Indjai?

Russel Hanks, o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Dakar, tem sido presença assídua na Guiné-Bissau nos últimos tempos. Essa presença, tornou-se particularmente mais visivel e intensa no periodo que antecedeu o golpe de estado de 12 de abril prolongando-se até a esta data. Russel esteve de novo em Bissau na semana passada.

O último episódio do forte envolvimento desse diplomata de causas pouco claras a favor do regime golpista de Bissau, foi o seu forte engajamento conjuntamente com senador Carson no lobby pro-regime para tentar fazer representar a Guiné-Bissau pelo actual presidente nomeado pela CEDEAO na última Assembleia Geral das Nações Unidas em detrimento das autoridades guineenses legitimamente eleitas e reconhecidas pela esmagadora maioria da comunidade internacional com destaque para a ONU, organização anfitriã do evento. O referido lobby contou até com a estranha e inusitada adesão do governo dos EUA ao lado das pretensões dos golpistas, mas deu em nada, pois foram humilhados, não chegando sequer a ter acesso às instalações da ONU.

Na verdade, existem efectivamente razões de interesse muito fortes nesse alinhamento de posições com o regime golpista de Bissau. Segundo fontes seguras e dignas de crédito, a razão de ser da presença dessa polémica figura da diplomacia americana ao lado dos militares golpistas da Guiné-Bissau, particularmente do general Antonio Injai, tem um alvo muito particular: o acossado Contra Almirante, José Américo Bubo Na Tchuto, ex-chefe do estado-maior da armada guineense. Depois, caçam o Indjai.

De acordo com a mesma fonte, os EUA tem um particular interesse em ajustar contas com o José Américo Bubo Na Tchuto, pois além de ser reconhecido (e acusado) pelo governo dos Estados Unidos como um perigoso barão da droga da Costa Ocidental africana, os EUA acusam-no ainda de ter também ligações com algumas celulas da AQMI instaladas na Mauritânia, na Guiné-Conakry, no Mali e na Gâmbia, onde, recorde-se, Bubo refugiou quase um ano para depois regressar clandestinamente e preparar o golpe, entretanto falhado, de 1 de abril.

Sobre este facto, convém lembrar o episódio dos três mauritanianos, entre eles Sidi Ould S., perigosos terroristas islâmicos que assassinaram barbaramente um grupo de turistas franceses na Mauritânia. Depois de detidos pelas autoridades do seu pais, esses terroristas consiguiram evadir-se procurando o território guineense como refúgio, fiando-se na desestruturação, inoperância e estado de corrupção que mina toda a estrutura securitária desse pequeno mas instável país da África Ocidental. Porém, contrariamente ao que pensaram os fugitivos, eles foram identificados e detidos pelas autoridades guineenses, com a colaboração dos serviços secretos americanos, franceses, senegaleses e também guineenses, sendo entregues à custodia das autoridades nacionais de então.

Posteriormente esses três terroristas islâmicos sumiram misteriosamente das celas guineenses, sem que as autoridades de então pudessem dar uma resposta convincente sobre esse misterioso "desparecimento". Hoje, sabe-se que esses terroristas foram retirados das celas a mando e pelos homens de Bubo Na Tchuto de quem passaram a ter protecção e garantia de segurança. Essa operação valeu a Bubo Na Tchuto um ganho de quase 3 milhões de dólares, aos quais se juntariam mais 2 milhões caso os conseguisse tirar da Guiné-Bissau.

Contudo, o mais grave nessa história vem depois. O governo norte-americano, ciente da perigosidade desses elementos, envia um dos seus elementos mais valiosos e cotados da sua estrutura da DEA em África para seguir de perto e investigar esse caso. Na sua acção de seguimento aproximado ao chefe do grupo, Sidi Ould S., o agente da DEA foi surpreendido pelos homens de Américo Bubo Na Tchuto. Detido na própria casa do Contra Almirante, foi espancado tentando tirar-lhe informações sobre a razão da sua presença nessas paragens, mas não cedeu. Mais tarde, convencido da desatenção dos guardas, tenta a fuga, mas teve pouca sorte: foi recapturado e morto a catanada pelos homens de Na Tchuto.

Mas, em tudo isso, uma marca estranha nessa morte chama a atenção dos norte-americanos. O seu agente foi agredido à catanada e, depois, degolado... um sinal de vingança arabo-islamico contra os infiéis... É a marca da AQMI, sinal de que Sidi Ould S. estava com os homens do Almirante aquando da terrivel morte do seu agente (nota: depois de colocados em Uaque - a cerca de 40 km de Bissau e a menos de 20 de Mansoa - por Bubo Na Tchuto, eles foram recapturados com a ajuda dos serviços secretos norte-americanos e reenviados para a Mauritânia).

Perante estes factos, o governo norte-americano por um lado vê Bubo Na Tchuto como um reconhecido e temido barão da droga, e por outro como um perigoso colaborador da AQMI. Enfim, os EUA estão convencidos da participação de Bubo Na Tchuto, dos seus homens e de um dos terroristas da AQMI na morte de um dos seus melhores agentes na África Ocidental (omite-se deliberadamente o nome do agente do DEA morto na Guiné-Bissau).

Em resumo, a conivência e empatia que alimenta a relação Russel/Antonio Injai, tem uma razão clara e perfeitamente perceptivel: conseguir, por conta e risco dos EUA, a detenção e entrega ao seu governo do Almirante Bubo Na Tchuto.

A apresentação dessa razão importará naturalmente uma outra questão quase por instinto: porque razão é que o governo dos EUA está a colaborar com o golpista António Injai, se publicamente já foi afirmado pelas próprias autoridades dos Estado Unidos de que Antonio Injai é, também hoje, um poderoso e influente barão da droga de toda a África Ocidental, isto, para além de estar intrinsicamente ligado ao assassinato do antigo Presidente João Bernardo Vieira (Nino) - segundo afirmações públicas recentes da própria Secretaria de Estado americana Hillary Clinton. Assim afirmou Hillary, dizendo que os EUA não poderiam aceitar nunca a nomeação de Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, uma pessoa que matou o Presidente do seu país. Essa declaração foi suficientemente difundida em toda a imprensa internacional.

A resposta é simples para o governo norte-americano: o Contra Almirante José Américo Bubo Na Tchuto, para além de ser um narcotraficante à escala mundial (a acusação é deles) e sob alçada das suas autoridades judiciárias, participou com os seus homens na morte de um dos seus agentes em missão do governo americano, e para eles, Antonio Injai, o senhor de Bissau, é a unica pessoa que poderá ajudar na captura de Bubo Na Tchuto e entregá-lo à justiça norte-americana para ser julgado pelos crimes de que é acusado.

E pergunta-se: será que Antonio Injai ficará por lá sem que nada lhe aconteça ? Não. Pensam os americanos que Antonio Injai será levado pelos acontecimentos que criou e pelos que inevitavelmente se seguirão, ou que, em momento oportuno, ultrapassado a fase Bubo Na Tchuto, terão o tempo de lhe fazer a folha. António Aly Silva"

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Palmatória di Tio Bernal: Uma frase, três erros


Mesmo copiando, os erros são aos pontapés. Ninguém merece...





Não me lixem, pá! AAS

PAIGC festeja 58 anos com pompa


A reintegração e adesão de 88 novos militantes e o lançamento de um livro intitulado “o Engenheiro nó Camarada” e a ascensão de 347 jovens da JAAC (Juventude Africana Amílcar Cabral) à militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) marcaram hoje as celebrações do 58º aniversario desta formação politica.

O acto de reintegração foi presidido pelo presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira e decorreu na sede do partido em Bissau.

Simões Pereira referiu que o PAIGC enquanto movimento popular de libertação elegeu três objectivos para a mobilização do povo, que são a independência, o desenvolvimento e a unidade de todos os que viviam no território colonizado pelo regime fascista português.

Segundo o presidente do PAIGC, o terceiro objectivo constitui uma visão progressista única e diferenciadora de todos os movimentes de libertação em África.

Domingos Simões Pereira acrescentou que a construção dos estados sociais através de comités de tabancas, bairros, zonas e organizações sectoriais e sub- regionais após a independência, integrando homens e mulheres de forma equitativa, promovendo a saúde, segurança, a educação, são elementos que servirão de embrião para a modernização da vida política, económica e social.

“O momento político que hoje vivemos desafia-nos e mobiliza-mos e cultivar o espírito de união e coesão interna com os parceiros de governação, o sector privado, sociedade civil, a comunidade internacional e partidos políticos com vista a vencermos a maldição da instabilidade e enveredarmos para o desenvolvimento”, destacou.

Simões Pereira sublinhou que a estabilidade é uma necessidade imperiosa, razão pela qual na abertura das comemorações do Setembro vitorioso apelou a adesão e reintegração de camaradas ao partido facto que hoje aconteceu.

“ O nosso exercício governativo deve ser capaz de alcançar resultados concretos, em termos de melhoria das condições de vida. Devemos agir de forma comprometida com a promoção de investimentos públicos nos sectores básicos como a saúde, educação, segurança alimentar, energia, e promover uma governação coordenada e disciplinada que passa pela valoração dos nossos recursos humanos”, referiu o presidente do PAIGC. ANG

DROGA: EUA ainda querem deitar a mão ao Indjai

Washington aplaude a exoneração de António Indjai e escolha de Biaguê Nan Tan para CEMGFA. Tribunal de Nova Iorque tem processo aberto e coloca hipótese de extradição do general. A justiça dos Estados Unidos ainda procura julgar por tráfico de droga e armas o general António Indjai, exonerado esta semana do cargo de chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau.

"O caso de António Indjai ainda está pendente no nosso tribunal", adiantou uma assessora de imprensa da procuradoria do Distrito Sul de Nova Iorque à agência Lusa, confirmando que o mandado de captura norte-americano se mantém. A mesma representante disse que "o tribunal não comenta qualquer outro aspeto do caso", inclusive a hipótese de extradição, agora que o general não ocupa um cargo oficial.

Indjai era vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e passou a liderar os militares guineenses quando a 1 de abril de 2010 destituiu o então CEMGFA - Zamora Induta, tendo também detido, por algumas horas, o primeiro-ministro - Carlos Gomes Júnior. A 12 de abril de 2012 e após vários momentos de tensão com o Governo, o general liderou os militares num golpe de Estado, que acabaria por interromper a segunda volta das eleições presidenciais.

A 18 de abril de 2013, foi acusado pela justiça dos EUA de participação numa operação internacional de tráfico de drogas e armas. A acusação surgiu depois de um antigo líder da Marinha guineense - Bubo Na Tchuto, ter sido detido dias antes, a 4 de abril, em águas internacionais, perto de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga americana, juntamente com outros quatro guineenses. Na Tchuto e dois dos seus ajudantes já confessaram os seus crimes. Um dos ajudantes - Papis Djeme, foi condenado este mês a seis anos e meio de prisão. Quanto ao segundo adjunto - Tchamy Yala, a sentença será lida a 17 de novembro.

Depois da confissão de Na Tchuto, acontecem agora as negociações entre a acusação e defesa. O guineense arriscava uma pena de prisão perpétua. "Desde o início que este caso tem mostrado que as forcas da lei dos EUA vão fazer justiça com todos os traficantes que tragam drogas ilegais para o país, mesmo quando os seus atos criminosos acontecem noutros continentes", disse o procurador do estado de Nova Iorque - Preet Bharara, no início do mês, quando leu a sentença de Papis Djeme.

Numa nota distribuída à comunicação social esta quinta-feira, a administração Obama congratula-se com a exoneração de Indjai e a nomeação de um novo CEMGFA, que mostra que "as novas autoridades de Bissau estão a fazer progressos notáveis no restabelecimento de um Estado democrático". RDP

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

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EUA elogiam novas autoridades da Guiné-Bissau


Os Estados Unidos da América (EUA) declararam hoje que o novo Governo da Guiné-Bissau está a fazer "progressos consideráveis" no restabelecimento de um Estado de direito, de acordo com uma nota enviada à agência Lusa.

"Soubemos pela comunicação social que o Presidente (José Mário) Vaz dispensou formalmente o general Indjai da sua posição de chefe militar", refere a nota da embaixada dos EUA em Dacar, Senegal, em resposta a questões colocadas pela Lusa sobre a exoneração do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).

"O novo Governo eleito da Guiné-Bissau está a passar por um processo de restabelecimento de um estado de direito num país que há apenas dois anos sofreu um golpe militar. [O Governo] tem feito progressos consideráveis", refere a representação norte-americana.

Segundo a nota, as "mudanças de pessoal são uma parte do processo de consolidação democrática". "Tencionamos continuar a trabalhar e a apoiar o novo Governo da Guiné-Bissau à medida que constrói um Estado de direito democrático", conclui.

Sobre o ex-CEMGFA António Indjai recai um mandado de captura da justiça norte-americana que o acusa de participação em tráfico internacional de droga e armas - mas sobre o qual a representação diplomática dos EUA não fez qualquer comentário. Indjai entregou hoje o gabinete e dossiês ao sucessor, Biaguê Nan Tan, nomeado na quarta-feira pelo Presidente da República para chefiar os militares guineenses. Lusa

AGRADECIMENTO


"Aly

Só pra agradecer ao senhor Carlos "okis" pelo elogio que fez ao meu falecido Pai Mumine Embalo no seu blog pela coragem que teve na altura enquanto Ministro do Interior. É sempre um orgulho para qualquer filho e familia ver o nome do Pai ser elogiado por um ato tao nobre corajoso, honesto e publico.

Em nome da familia Embaló transmita-lhe os meus sinceros agradecimentos.

Um aplauso tambem para Botche Candé.

Saico Umaro Embalo"

PONTOS NOS D's: Cada macaco no seu galho


Eu estou lá em cima e não desço.

Agora, rekadus ku ntem pa konta:

E não, não discuto - nem tenho nadinha para discutir - com quem escreve "hêis" nem "acessôr" e muito menos ainda "denúnciante". Se escrever "assássinos" então...fujo a sete pés. "Escrevestes", "dissestes"? E...eu é que sou "deshumano"? Onde está o "caractér"??

Larga computador bu kontinua ku casquete na porta...AAS

OPINIÃO: Botche Candé - uma vedeta


"Os meus cumprimentos Aly,

Muito te agradecia a amabilidade de me fazer publicar esta minha contribuição no teu blog. Antecipadamente grato. O ministro do interior Botché Candé guineense, tornou-se vedeta de noticia pelos bons e elogiosos motivos de, ter devolvido ao Tesouro Publico mais de trinta milhões de francos cfa's, valor esse, resultante do excedente de supostos pagamentos lançados na folha salarial da sua tutela ministerial.

Na verdade, pelos momentos que passa o pais, prolixo de maus exemplos, um gesto dessa evergadura, é sempre de louvar e aplaudir.

Porém, é bom que se saiba que este gesto não é inédito nesse ministério versado e doutorado nessas praticas. Isto porque, dos tempos do falecido Mumine Embalo (paz à sua alma) à frente dessa instituição, precisamente em 2005, ele ja tinha descoberto essa acção fraudulenta, tendo denunciado o caso ao PM de então, Carlos Gomes Jr.

O dinheiro na altura, acima de 28 milhões endividamente locupletado perante anos a fio por pessoas identificadas no ministério (pessoas graudas, incluindo militares que tinham um pé no MI e outro nas FA), foi recuperado e, com devida autorização superior foi canalizado para outras necessidades logisticas prementes do ministério. A partir dessa data, supôs-se que a situação da folha salarial foi reposta nos valores reais e os agentes infractores do ministério afastados sumariamente. Isto foi, em 2005.

Portanto, correram mais nove anos desta data e hoje, o mesmo fenomeno é detectado e o caso é denunciado ganhando inquestionavelmente louros de campeão da "transparência" o ministro zeloso Botché Candé. Tudo bem, ele bem merece e, não nos resta mais do que, encoraja-lo a prosseguir com essa missão de serviço publico meritorio e instar o governo actual a seguir esse assunto de muito perto e em permanência para evitar o retorno da pratica.

Digo seguir de muito perto, porquanto dos tempos atras citado, o proprio ministro foi pressionado e até "ameaçado" de morte com praticas misticas, caso teima-se em levar esse caso ao conhecimento do PM, sabendo-se que, este tomaria naturalmente medidas drasticas sobre o assunto e poria fim a essa roubalheira indecente que ja tinha muitos anos de pratica. Conhecendo-se o caracter de Munine Embalo, temeroso avançou...mas não tardou.

Outro estigma. Neste momento, no MAI existem os piores "ratos" das Direcção de Administração e Finanças (DAF) que se conhecem na Guiné-Bissau, eles rodam-o-po, entre M. Pescas, MAI, M. Defesa e M. Finanças... e, são ricos como Cresus).

So por este alerta estamos conversados, pois diz um ditado popular "pô ku kustuma bulbuli, nim ku bento ka tém, alal".

Carlos "Okis" – ex-funcionario do MAI"

PAIGC/NÚCLEO CABO VERDE


CONVOCATÓRIA

Núcleo do P.A.I.G.C em Cabo Verde
Coord: Pedro Barbosa Mendonça
Contacto: 9232215/ 9175068/ 9959866
Correio electrónico: pedromadona@gmail.com

Convocatória

Na perspectiva de realizar um colóquio alusivo ao dia 19 de Setembro, data da fundação do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde, sob o lema, a Importância dos jovens na Reconciliação do Partido P. O Núcleo do P.A.I.G.C em Cabo-Verde, representado pela sua excelência Dr. Pedro Barbosa Mendonça, no cumprimento do seu plano anual de actividade vem por este meio convidar a todos os militantes, simpatizantes e amigos do partido em Cabo-verde a participarem no referido colóquio, que será presidido pelo Dr. Jaime Sampa.
Este colóquio, terá lugar no dia 20 de Setembro do corrente ano pelas 16h30min na Assembleia Nacional Popular de Cabo-Verde, Cidade da Praia.

Sem mais assunto de momento queira aceitar os nossos melhores cumprimentos,

O núcleo do P.A.I.G.C.

___________________________________
Dr. Pedro Barbosa Mendonça

OPINIÃO: O Pinóquio da verdade


"Carissimo Aly,

Tenho seguido as tuas trocas de posts relativamente a um pretenso envolvimento do nome do general Emilio Costa ex Vice-CEMGFA agora em missão na CEDEAO.

Sobre isso, apenas gostaria de te dizer para não ligares alguma aos caprichos e sensibilidades de "generais", sejam eles quem forem, no activo ou na reserva e, muito menos dares credo e respostas aos seus esbirros de "mininus di mandados".

Eu penso que a tua preocupação deve ser outra e deve-se virar para as pessoas que apreciam o teu valioso trabalho e não perderes tempo com querelas banais e sem interesse para os teus fins de servir o publico guineense.

Creio que a explicação dada ao general Emilio Costa, é mais do que elucidativo, e ao que parece ele compreendeu o alcance do teu post. E, mesmo que ele não tivesse assim compreendido, o problema seria sempre dele para se fazer bem compreender porque em algum momento o ofendestes ou rebaixado e, por outro lado, nos que te seguimos, comprendemos, e bem o alcance da tua mensagem e intenção de informar sobre os varios cenarios que se perspectivavam sobre esse melindroso caso.

Agora, estares-te a se enervar com "pardais" mensageiros à expensas de generais e golpista, é perder e desmerecer o teu precioso tempo, que nos tanto apreciamos e prezamos merecer. Enfim, para acabar com a recreção, mande-os os todos, mais é... dar uma volta, tal como o Injai foi mandado.

Abraços,
Pinoquio"

OPINIÃO DO EDITOR: RESPONSABILIZAR O EXONERADO




"Tenho dito:

António Indjai foi exonerado e bem. Eis alguns dos motivos:

Indjai deu um golpe de Estado e depôs o CEMGFA Zamora Induta. Nesse dia 1 de abril (é a verdade), mandou prender ainda o Primeiro-Ministro Carlos Gomes Jr. - apenas o melhor da história da Guiné-Bissau, e o seu ministro Oliveira Sanca foi agredido durante essa detenção pela canalha;

António Indjai, já dono e senhor de Bissau, 'ibertou' Bubo Na Tchuto da sede da ONU. Depois, manteve o ex-CEMGFA na cadeia e depois em prisão domiciliária cercado por dezenas de militares.

Fez refém um Primeiro-Ministro eleito democraticamente e 'negociou' depois com um Carlos Gomes Jr que tinha uma espada apontada à cabeça a sua permanência no cargo.

A 12 de abril, contratou um grupo de civis desordeiros e prontos para a confusão. Dá um golpe de Estado, prende o Presidente da República, o Primeiro-Ministro, dezenas de cidadãos entre governantes, políticos, todos que se manifestaram tiveram o seu quinhão...

Planeou de seguida uma espécie de tentativa de golpe de Estado (completamente desmontado pelo DC) que resultou em perto de 20 assassinatos, raptos, espancamentos, fugas de cidadãos, assaltos a residências de ex-governantes. Pansau Ntchama representou o crónico e pestilento papel de carne para canhão.

Sobre a exoneração em si:

Na verdade, António Indjai devia ter sido exonerado há que séculos! Estava legal apenas porque metia medo a qualquer um. Se esses energúmenos da transição o mantiveram...foi porque o Indjai os meteu lá como governantes. Simples. António Indjai era um CEMGFA ilegal - mas a prazo. Era uma questão de tempo.

O Presidente da República, José Mário Vaz, não precisava sequer CONSULTAR um governo legítimo para meter na rua um CEMGFA que estava na mais completa ilegalidade e fora de prazo. Ou seja, acabada a transição, todos as cabeças, independentemente do tamanho, devem ser postas a rolar ribanceira abaixo em direcção ao Geba...

Agora, para completar o ramalhete (isso, sim, seria reconciliação) António Indjai deve ser responsabilizado judicialmente por todos os crimes de sangue que ocorreram durante o seu reinado de puro terror (isto para não falar dos crimes de que é acusado pela administração Obama: Droga, armas, FARC).

Qual Presidente legalmente eleito tomaria outra decisão que não esta? As pessoas - paineleiros e cumentadores - querem novamente o diz-que-disse apenas para arranjar motivos para problemas. Não será nas vossas costas.

O próprio Indjai sabe que deve permanecer calado e longe dos holofotes. É a melhor coisa que pode/deve fazer. Aqueles que agora estão a empurrá-lo para dar o peito, serão os primeiros a meter o rabo entre as pernas e a fugir, assobiando para o lado.

Indjai sabe que nem sequer é querido pela tropa...foi durante o seu reinado que a MISSANG, vendo a miséria e a tropa a passar fome, resolveu subsidiar a sua alimentação. O Indjai que não nos lixe e se mantenha quieto e calado. Permaneça imóvel - nada mais.

E que fique claro: Eu, ANTÓNIO ALY SILVA, vou intentar acções judiciais contra o António Indjai, e contra a pessoa que me prendeu, agrediu com uma coronhada de pistola e me cortou a orelha. Se houver um ADVOGADO em Bissau para me representar, eis o meu email: aaly.silva@gmail.com

António Aly Silva"

Novo CEMGFA promete "submissão ao poder político"




Tenente General Biaguê Nan Tan reconhece "tarefa difícil", mas promete tranquilidade aos guineenses. Vai promover a reforma do setor e a formação de jovens militares. O novo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau - Biaguê Nan Tan, garante que, sob o seu comando, os militares vão submeter-se ao poder político democraticamente eleito.

Nas primeiras declarações enquanto CEMGFA, após a posse conferida pelo Presidente da República e expressando-se em português, Nan Tan disse que a submissão dos militares ao poder político faz parte das suas prioridades - contrariando o histórico registo de insurreição. "Temos que respeitar a Constituição da República e as leis, subordinar as Forças Armadas ao poder político democraticamente eleito, organizar e dar formação aos jovens que nos vão substituir".

Parco em palavras, no discurso de posse no Palácio da Presidência, esta quarta-feira, reconheceu ter pela frente "uma tarefa muito difícil", mas prometeu tranquilidade ao povo da Guiné-Bissau. "Vivemos num período muito conturbado, mas acho que esse período já findou. Temos que pensar em criar as melhores condições para o povo da Guiné-Bissau" defendeu Nan Tan.

Após a investidura no cargo, o novo CEMGFA recebeu cumprimentos por parte de todos os embaixadores e representantes de organismos internacionais presentes na cerimónia. Nascido na aldeia de Finete, na região de Bambadinca, no leste da Guiné-Bissau, há 64 anos, Nan Tan é um militar de carreira que participou na luta armada pela independência do país.

De etnia Balanta (tal como o antecessor - António Indjai), recebeu formação militar em academias na antiga União Soviética e Cuba e ainda junto da Guarda Fiscal em Portugal. Foi chefe da Brigada Operativa das Alfândegas, quando José Mário Vaz era ministro das Finanças, no Governo de Carlos Gomes Jr. RTP

NOVO CEMGFA: Presidente da Guiné-Bissau pede "força armada republicana" a novo chefe militar


O novo chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Biaguê Nan Tan, foi ontem empossado numa cerimónia presidida pelo chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, que lhe pediu para dotar o país de uma "força armada republicana". "Queremos uma força armada republicana em obediência ao poder político democraticamente eleito", defendeu José Mário Vaz ao dirigir-se ao novo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).

Antes de ser empossado no cargo, Biaguê Nan Tan foi graduado pelo presidente guineense, passando da patente de brigadeiro-general para a de tenente-general, isto é, de general de duas para três estrelas. O presidente guineense alertou o novo responsável militar para as suas responsabilidades, realçando que o povo e a comunidade internacional "esperam muito" de Biaguê Nan Tan.

"Sobretudo na criação de um bom ambiente nos quartéis, na pacificação das nossas forças armadas e na boa condução das reformas", observou José Mário Vaz, sublinhando que a reforma é a principal missão de Nan Tan. José Mário Vaz disse acreditar que, pelo perfil do novo chefe militar, enquanto "homem de Estado", antigo combatente, militar de carreira e profundo conhecedor das Forças Armadas guineenses, saberá vencer o "desafio".

O Presidente guineense esclareceu ainda que a mudança na chefia das Forças Armadas foi decidida de forma normal pelas autoridades eleitas, enaltecendo que "para lá das funções, existe o país" e defendeu que o novo chefe do Estado-Maior "tem o perfil que se adapta ao momento difícil" por que passam os ramos militares do país, sobretudo com falta de recursos.

Ausente na cerimónia, o ex-chefe das Forças Armadas, António Indjai, mereceu palavras de apreço por parte de José Mário Vaz, tendo destacado o "precioso contributo" durante o "momento crítico da história recente" do país em que jogou toda sua influência para o bem do povo, referiu.

António Indjai "tem as portas da presidência abertas para tudo" aquilo em que achar "que ela poderá ser-lhe útil", disse José Mário Vaz.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Orgulhoso


"Amigo Aly;

Fiquei orgulhoso por si!

Bastava o seu educado esclarecimento ao General para que, como já lhe disse, nós os leitores tirássemos as devidas ilações!

O grande sábio Salomão escrevia há muitos anos antes de Cristo, que "quem é direito serve de guia para o seu companheiro, porém os maus se perdem pelo caminho".

Quero com isso dizer que, usando a simplicidade como principal arma, o amigo Aly seria capaz de construir a sua própria ponte que lhe conduz a qualquer alvo que pretenda atingir!

Abraço

A. D."

ESCLARECIMENTO DC




Estava já tudo esclarecido com o general Emílio Costa - tratou-se apenas de uma questão de interpretação, coisa que nos acontece a todos. Se, ainda assim, o general decidiu manter o texto, aí nada posso fazer. Por mim, este assunto morre aqui e agora. AAS

Dos Santos, o pacificador


A embaixadora dos Estados Unidos da América com creditações em Angola, Helena Ruth La Lime, valorizou os esforços desenvolvidos por José Eduardo dos Santos, Presidente angolano, na busca de uma via de paz e segurança para o continente africano.

«O meu país reconhece a liderança que Angola tem demonstrado para alcançar a paz e a segurança no continente africano e, através do diálogo com as autoridades angolanas, vamos avançar e apoiar as iniciativas do Presidente José Eduardo dos Santos e do seu Executivo para questões em África», afirmou a diplomata, à saída de um encontro com o ministro da Defesa angolano, João Lourenço.

EXONERAÇÃO: Para MNE português, Rui Machete, a substituição de António Indjai se insere "dentro de rota prevista"


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, considerou hoje que a substituição do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau se insere numa "rota que já estava prevista". "Insere-se dentro de um plano, de uma rota que já estava prevista", disse o chefe da diplomacia a jornalistas portugueses em Madrid, à margem de uma conferência ministerial sobre a Líbia.

"É muito importante que a reestruturação do setor das forças armadas e da segurança seja feita. Isso passa pela substituição, que é natural, das autoridades antigas que resultaram de um golpe militar", afirmou. Lusa