"Penso que não vão deixar o José Ramos-Horta fazer nada. Para começar, já lhe tiraram as medidas. Depois, vão tentar desgastá-lo, vão levá-lo naquele eterno jogo de intrigas que se espalhou como um cancro na vida política e social Bissau-guineense. Vai ser um diz que diz, portanto. E, sobretudo, vão enganá-lo. O Ramos-Horta que não se deixe impressionar com o que ouve da parte dos políticos matreiros.
Para já, não haverá eleições este ano, e foi precisamente por isso que andaram a arrastar a formação de um governo inclusivo - termo pomposo usado por traidores e golpistas. O Ramos Horta, posso muito bem dizê-lo assim, caiu que nem patinho. Ninguém quer eleições, mas ninguém o diz publicamente. E para agradar à comunidade internacional, vão dizendo que sim, mas toda a gente sabe que se estão nas tintas. Os militares disseram que queriam uma transição de 3 anos, depois passou para 2... Ou seja, ninguém percebe a Guiné-Bissau, ninguém quer saber da Guiné-Bissau para nada!!!
Só os ingénuos é que acreditam noutra coisa. E isto é igual tanto para o PAIGC como para o PRS. Está tudo metido na mesma onda de trapaça e de manipulação a que a comunidade internacional, passados 40 anos, finge não perceber. O que é triste, muito triste mesmo. Políticos e militares no activo com ligação ao tráfico de drogas, nha mãe!!! Gente com mandado internacional! Estes gajos não valem nada, e todos, mas mesmo todos, estão apenas a olhar para os bolsos e a cagar completamente para o Povo guineense. Este é um governo pária!!! Dezanove ministros e quinze secretarias de Estado? Gatunagem, é o que é. Assim, vão à merda!
A União Europeia, a CPLP, a ONU não devem deixar-se enganar e que não tenham ilusões - não haverá eleições na Guiné-Bissau este ano, e, na melhor das hipóteses, só em meados de 2014. Agora, o terço será...época das chuvas, o novo governo só entrou em funções em junho, não há dinheiro - para construir casas e comprar carros de luxo para as comadres - e mais atoardas. A filha da putice do costume e que conheço de cor e salteado! Um governo com foras da lei não devia ter lugar numa democracia!
E eu disse mais ao Ramos Horta
Não digo isto a rir. Digo-o com enormes doses de desânimo e de tristeza e, um dia, dar-me-ão razão. Em termos pessoais, nada a apontar ao político timorense. E, para facilitar as coisas, Ramos-Horta fala a mesma língua. É triste, muito triste mesmo, ver um prémio Nobel da Paz entrar no purgatório." António Aly Slva
NOTA: Texto escrito em 2013 - até parece que sou adivinho. AAS
sexta-feira, 30 de maio de 2014
ANP: PAIGC x 3 = 1
Três dirigentes do PAIGC perfilam-se para a presidência da Assembleia Nacional Popular (ANP), o Parlamento da Guiné-Bissau, e um deverá ser escolhido hoje em votação do Comité Central, disse à Lusa fonte partidária.
O antigo ministro do Interior Cipriano Cassamá, o empresário Braima Camará e o atual primeiro vice-presidente do Parlamento, Augusto Olivais, são os candidatos que se apresentaram na reunião do "bureau" político (órgão diretivo) realizada na quinta-feira. Além destes três dirigentes, outros tantos também se tinham manifestado, mas acabaram por desistir da corrida: Mário Dias Sami, Rui Diã de Sousa e Abel da Silva. Lusa
O antigo ministro do Interior Cipriano Cassamá, o empresário Braima Camará e o atual primeiro vice-presidente do Parlamento, Augusto Olivais, são os candidatos que se apresentaram na reunião do "bureau" político (órgão diretivo) realizada na quinta-feira. Além destes três dirigentes, outros tantos também se tinham manifestado, mas acabaram por desistir da corrida: Mário Dias Sami, Rui Diã de Sousa e Abel da Silva. Lusa
RIP: Faleceu ontem, às 20h, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, o general Umaro Djalo. Foi chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e combatente da liberdade da Pátria. Umaro Djaló foi apoiado pela fundação Ricardo Sanha depois de deixar Dakar. Que a sua alma descanse em paz. AAS
quinta-feira, 29 de maio de 2014
ESTUDO/OBESIDADE: Somos pobres, mas somos gordinhos e reluzentes...
A Guiné-Bissau é o país da África Ocidental subsaariana com maiores taxas de obesidade, revela um estudo hoje publicado pela revista Lancet. Liderada por Emmanuela Gakidou, do Instituto para a Avaliação e a Métrica da Saúde na Universidade de Washington, nos EUA, a equipa de investigadores diz ter feito a análise mais exaustiva de sempre, com base em dados recolhidos em estudos, relatórios e na literatura científica sobre a prevalência de excesso de peso e obesidade em 188 países entre 1980 e 2013.
Entre os 19 países incluídos pelos investigadores na região África Ocidental subsaariana -- onde também se incluem Cabo Verde e São Tomé e Príncipe -- a Guiné-Bissau tem a taxa mais elevada de obesidade em adultos e crianças e em ambos os sexos (8,1% nos rapazes, 16,8 % nos homens, 8,3% nas raparigas e 24,2% nas mulheres).
A taxa média de obesidade na região é de 4,3 nos rapazes, 9,4 nos homens, 3,2 nas raparigas e 11,9 nas mulheres. Quando se inclui as pessoas com excesso de peso, a Guiné-Bissau continua a ser o primeiro país nos homens (44%) e nas meninas (20,4), mas passa para segundo lugar nos rapazes (15,8) e para quinto nas mulheres (47,8).
Entre os outros países lusófonos, segue-se Angola, que está entre os três países com mais obesidade e excesso de peso na região da África Central subsaariana. Com efeito, 15,5% dos rapazes e 20,9% das raparigas em Angola têm excesso de peso ou obesidade, taxas que sobem para 42,9 nos homens e 49,1 nas mulheres.
Já a obesidade afeta 5,7% dos rapazes, 6% das meninas, 12% dos homens e 18,7% das mulheres. Em São Tomé e Príncipe as taxas de excesso de peso e de obesidade são de 12,3% nos rapazes, 18,9% nas raparigas, 30,6% nos homens e 45,7% nas mulheres.
Moçambique tem 12,3% de rapazes com excesso de peso e obesidade, taxa que sobe para 14,1% nos homens, 14,4 nas raparigas e 26,5% nas mulheres. Entre os Cabo-verdianos, o excesso de peso e a obesidade afeta 11,5% dos rapazes, 18,3% das meninas, 31,8% dos homens e 44% das mulheres.
Timor-Leste tem 7% de rapazes e 5,7% de raparigas com excesso de peso e obesidade, assim como 3,2% de homens e 6,6% de mulheres. O Brasil é o segundo país lusófono com maiores taxas de excesso de peso e obesidade, a seguir a Portugal, com 22,1% dos rapazes, 24,3% das raparigas, 52,5% dos homens e 58,4% das mulheres afetados pelo problema.
Entre os 19 países incluídos pelos investigadores na região África Ocidental subsaariana -- onde também se incluem Cabo Verde e São Tomé e Príncipe -- a Guiné-Bissau tem a taxa mais elevada de obesidade em adultos e crianças e em ambos os sexos (8,1% nos rapazes, 16,8 % nos homens, 8,3% nas raparigas e 24,2% nas mulheres).
A taxa média de obesidade na região é de 4,3 nos rapazes, 9,4 nos homens, 3,2 nas raparigas e 11,9 nas mulheres. Quando se inclui as pessoas com excesso de peso, a Guiné-Bissau continua a ser o primeiro país nos homens (44%) e nas meninas (20,4), mas passa para segundo lugar nos rapazes (15,8) e para quinto nas mulheres (47,8).
Entre os outros países lusófonos, segue-se Angola, que está entre os três países com mais obesidade e excesso de peso na região da África Central subsaariana. Com efeito, 15,5% dos rapazes e 20,9% das raparigas em Angola têm excesso de peso ou obesidade, taxas que sobem para 42,9 nos homens e 49,1 nas mulheres.
Já a obesidade afeta 5,7% dos rapazes, 6% das meninas, 12% dos homens e 18,7% das mulheres. Em São Tomé e Príncipe as taxas de excesso de peso e de obesidade são de 12,3% nos rapazes, 18,9% nas raparigas, 30,6% nos homens e 45,7% nas mulheres.
Moçambique tem 12,3% de rapazes com excesso de peso e obesidade, taxa que sobe para 14,1% nos homens, 14,4 nas raparigas e 26,5% nas mulheres. Entre os Cabo-verdianos, o excesso de peso e a obesidade afeta 11,5% dos rapazes, 18,3% das meninas, 31,8% dos homens e 44% das mulheres.
Timor-Leste tem 7% de rapazes e 5,7% de raparigas com excesso de peso e obesidade, assim como 3,2% de homens e 6,6% de mulheres. O Brasil é o segundo país lusófono com maiores taxas de excesso de peso e obesidade, a seguir a Portugal, com 22,1% dos rapazes, 24,3% das raparigas, 52,5% dos homens e 58,4% das mulheres afetados pelo problema.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Forças Armadas: Brasil coopera na formação militar de Guiné-Bissau
O Brasil está disposto a cooperar no treinamento e na formação dos militares de Guiné-Bissau para auxiliar o país a prover a segurança necessária à sua estabilidade política e a seu desenvolvimento socioeconômico. A afirmação foi feita nessa segunda-feira (26) pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, durante reunião da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, Portugal.
Guiné-Bissau realizou, em abril deste ano, as primeiras eleições presidenciais após o golpe de Estado que levou os militares ao poder, em 2012. O pleito foi acompanhado por observadores internacionais, entre eles integrantes da CPLP, que o consideraram válido, tendo ocorrido em clima de liberdade e transparência. Diante da perspectiva de retorno à normalidade democrática, Amorim manifestou o apoio brasileiro ao país da costa ocidental africana. “O Brasil está muito empenhado em ajudar assim que as condições permitirem”, disse ele.
O ministro brasileiro lembrou que, antes do golpe de Estado de 2012, o Brasil havia destacado oficiais de suas Forças Armadas para auxiliar o processo de formação das polícias e das forças armadas guineenses, ação que foi interrompida em razão dos acontecimentos de então. Ele defendeu que a CPLP realize ações conjuntas na área de segurança para auxiliar Guiné-Bissau, mas ponderou que isso deve ser feito levando em conta o ponto de vista dos países situados no entorno geográfico da nação africana.
Segundo Amorim, também é necessário realizar a desmobilização dos atuais militares de Guiné-Bissau. “É algo que tem que ocorrer progressivamente, de maneira negociada”, afirmou. “E tem que ser adequadamente financiada porque isso tem um custo”, completou. Para o ministro, o país africano requer a formação de forças armadas profissionais, organizadas e modernas, capazes de desempenhar funções essenciais como a defesa da pátria, além de combater ilícitos.
As eleições guineenses e a perspectiva de retomada da normalidade institucional no país dominaram as discussões ocorridas na XV Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP. Durante o encontro, o ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, destacou a importância da manifestação conjunta dos países-membros da CPLP sobre Guiné-Bissau, algo que, segundo ele, deverá levar a ações concretas no sentido de auxiliar o país a consolidar o resultado das eleições livres. “Os sinais que vem do país são encorajadores”, afirmou.
O assunto também foi objeto de manifestações de todos os demais ministros da Defesa presentes à reunião: Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Fonte: Ministério da Defesa do Brasil
Guiné-Bissau realizou, em abril deste ano, as primeiras eleições presidenciais após o golpe de Estado que levou os militares ao poder, em 2012. O pleito foi acompanhado por observadores internacionais, entre eles integrantes da CPLP, que o consideraram válido, tendo ocorrido em clima de liberdade e transparência. Diante da perspectiva de retorno à normalidade democrática, Amorim manifestou o apoio brasileiro ao país da costa ocidental africana. “O Brasil está muito empenhado em ajudar assim que as condições permitirem”, disse ele.
O ministro brasileiro lembrou que, antes do golpe de Estado de 2012, o Brasil havia destacado oficiais de suas Forças Armadas para auxiliar o processo de formação das polícias e das forças armadas guineenses, ação que foi interrompida em razão dos acontecimentos de então. Ele defendeu que a CPLP realize ações conjuntas na área de segurança para auxiliar Guiné-Bissau, mas ponderou que isso deve ser feito levando em conta o ponto de vista dos países situados no entorno geográfico da nação africana.
Segundo Amorim, também é necessário realizar a desmobilização dos atuais militares de Guiné-Bissau. “É algo que tem que ocorrer progressivamente, de maneira negociada”, afirmou. “E tem que ser adequadamente financiada porque isso tem um custo”, completou. Para o ministro, o país africano requer a formação de forças armadas profissionais, organizadas e modernas, capazes de desempenhar funções essenciais como a defesa da pátria, além de combater ilícitos.
As eleições guineenses e a perspectiva de retomada da normalidade institucional no país dominaram as discussões ocorridas na XV Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP. Durante o encontro, o ministro da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, destacou a importância da manifestação conjunta dos países-membros da CPLP sobre Guiné-Bissau, algo que, segundo ele, deverá levar a ações concretas no sentido de auxiliar o país a consolidar o resultado das eleições livres. “Os sinais que vem do país são encorajadores”, afirmou.
O assunto também foi objeto de manifestações de todos os demais ministros da Defesa presentes à reunião: Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Fonte: Ministério da Defesa do Brasil
JOMAV mostra músculos
O Presidente eleito da Guiné-Bissau promete rever exploração de recursos naturais "doa a quem doer". José Mário Vaz falava em crioulo numa reunião promovida na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e que juntou individualidades, movimentos e outras forças partidárias que o apoiara na candidatura à presidência.
José Mário Vaz diz que vai rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país. "Vamos trazer para a secretária todos os contratos com o que constitui a economia do país: areia pesada, petróleo, pescas, fosfato, doa a quem doer", referiu ao enumerar alguns dos recursos negociados no país e que pretende reanalisar depois da posse, prevista para junho.
José Mário Vaz diz que vai rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país. "Vamos trazer para a secretária todos os contratos com o que constitui a economia do país: areia pesada, petróleo, pescas, fosfato, doa a quem doer", referiu ao enumerar alguns dos recursos negociados no país e que pretende reanalisar depois da posse, prevista para junho.
Mari 'Piripiri' a tentar 'justificar' o injustificável - ou a sacanagem
O antigo primeiro-ministro timorense Mari Alkatiri, defendeu hoje o apoio de Timor-Leste à Guiné-Bissau, "Começo por uma questão polémica. O ano passado quando Timor-Leste decidiu apoiar a Guiné-Bissau fê-lo contra vontade da CPLP e as pessoas não entendiam porque Timor-Leste decidiu apoiar um povo irmão", afirmou Mari Alkatiri.
O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) falava na conferência "África/Timor-Leste: passado, presente e futuro", que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Díli, no âmbito da celebração do Dia de África, assinalado no domingo.
"Fizemo-lo conscientes das relações históricas e culturais que unem num passado longínquo e recente. Fizemo-lo porque tivemos a perceção de que era a nossa vez de mostrar a solidariedade", afirmou Mari Alkatiri, lembrando que a Guiné-Bissau foi o primeiro país a reconhecer a independência de Timor-Leste.
"Um dirigente de outro país disse que não devíamos ter feito isso porque o governo era ilegítimo. Respondi que a comunidade era de países e não de governos", acrescentou. Timor-Leste apoiou o processo eleitoral na Guiné-Bissau, que conduziu à realização das eleições legislativas e presidenciais, com mais de quatro milhões de euros.
Na sua intervenção, Mari Alkatiri recordou também o apoio dado pelos Países Africanos de Língua Portuguesa à frente diplomática durante a ocupação indonésia de Timor-Leste afirmando: "Partilharam a sua própria pobreza para nos ajudarem a fazer o nosso trabalho".
Em declarações à Lusa no final da sua intervenção, Mari Alkatiri defendeu também uma CPLP mais ativa nas relações económicas internacionais para deixar de ficar limitada a uma organização para "matar saudades". "Não nos limitemos só a fazer da CPLP uma organização para matar saudades, falar do passado, é preciso que seja uma CPLP que possa intervir nas relações internacionais de forma sistemática e coerente e fundamentalmente nas relações económicas internacionais", afirmou Mari Alkatiri.
Timor-Leste assume pela primeira vez durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para 23 de julho em Díli, a presidência da organização.após o golpe de Estado de 2012, decidido contra a vontade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) falava na conferência "África/Timor-Leste: passado, presente e futuro", que decorreu no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Díli, no âmbito da celebração do Dia de África, assinalado no domingo.
"Fizemo-lo conscientes das relações históricas e culturais que unem num passado longínquo e recente. Fizemo-lo porque tivemos a perceção de que era a nossa vez de mostrar a solidariedade", afirmou Mari Alkatiri, lembrando que a Guiné-Bissau foi o primeiro país a reconhecer a independência de Timor-Leste.
"Um dirigente de outro país disse que não devíamos ter feito isso porque o governo era ilegítimo. Respondi que a comunidade era de países e não de governos", acrescentou. Timor-Leste apoiou o processo eleitoral na Guiné-Bissau, que conduziu à realização das eleições legislativas e presidenciais, com mais de quatro milhões de euros.
Na sua intervenção, Mari Alkatiri recordou também o apoio dado pelos Países Africanos de Língua Portuguesa à frente diplomática durante a ocupação indonésia de Timor-Leste afirmando: "Partilharam a sua própria pobreza para nos ajudarem a fazer o nosso trabalho".
Em declarações à Lusa no final da sua intervenção, Mari Alkatiri defendeu também uma CPLP mais ativa nas relações económicas internacionais para deixar de ficar limitada a uma organização para "matar saudades". "Não nos limitemos só a fazer da CPLP uma organização para matar saudades, falar do passado, é preciso que seja uma CPLP que possa intervir nas relações internacionais de forma sistemática e coerente e fundamentalmente nas relações económicas internacionais", afirmou Mari Alkatiri.
Timor-Leste assume pela primeira vez durante a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, marcada para 23 de julho em Díli, a presidência da organização.após o golpe de Estado de 2012, decidido contra a vontade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
LGDH: Declaração de repúdio contra o Boko Haram
MEMBRO DE:
FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
Fundador do Movimento da Sociedade Civil
PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
Defender os direitos humanos das mulheres na Nigéria é lutar contra o obscurantismo de Boko Haram
No dia 15 de Abril de 2014, o mundo foi confrontado com o sequestro de 223 alunas da escola secundária de Chibok no Estado de Borno, nordeste da Nigéria cuja autoria foi reivindicada pela organização extremista, Boko Haram.
Tendo em consideração que o direito à educação constitui um direito fundamental assegurado pelas convenções internacionais assinadas e ratificadas pelo estado nigeriano;
Profundamente chocados com o sequestro e consequente privação ilegal do direito à educação das raparigas vitimas de sequestro;
Considerando as inadmissíveis declarações dos dirigentes do grupo extremista Boko Haram segundo as quais, as raparigas sequestradas serão submetidas à escravatura ou vendidas, pondo em evidencia a desconsideração total pela dignidade inerente a qualquer pessoa;
Conscientes da responsabilidade primária do estado da República Federativa de Nigéria em defender e proteger eficazmente os direitos humanos em especial das mulheres e crianças;
Tendo em conta a responsabilidade da comunidade internacional nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana, a CEDEAO em promover e proteger os direitos humanos das mulheres à luz da Convenção das Nações Para a Eliminação de todas as Formas de Descriminação Contras as Mulheres, o Protocolo à Carta da União Africana Relativo aos Direitos das Mulheres, a Convenção Internacional para a Proteção de todas as Pessoas Contra o Desaparecimento Forçado, a Convenção Contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos e Degradantes, as Resoluções 1325 e 1820 e seguintes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, entre outros instrumentos fundamentais.
A Liga Guineense Direitos Humanos e demais organizações femininas e da sociedade civil em geral da Guiné-Bissau, decidem os seguintes:
1. Condenar veementemente e sem reservas o sequestro massivo de 223 raparigas perpetrado pelo grupo terrorista Boko Haram na Nigeria;
2. Exigir a libertação imediata e incondicional das raparigas sequestradas por forma a permitir a retoma às suas atividades escolares;
3. Apelar firmemente as autoridades nigerianas para assumirem as suas responsabilidades em todo o território nacional, tendente à adopção de medidas adequadas para proteger os cidadãos nacionais e estrangeiros das atrocidades do grupo extremista Boko Haram, e punir de forma severa os autores morais e materiais de tais atos hediondos;
4. Apelar à comunidade internacional nomeadamente às Nações Unidas, a União Africana, a União Europeia e a CEDEAO, no sentido de articular os esforços com vista a classificação do Boko Haram como organização terrorista e consequente erradicação das suas células na Nigéria e noutros países da subregião;
5. Exortar ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para a abertura de uma investigação sobre os crimes graves que afrontam a consciência da humanidade, cometidos pelo Boko Haram na Nigéria, e consequente responsabilização criminal dos seus autores;
6. Apelar a mobilização das organizações da sociedade civil da África Ocidental por forma a fazer face às ameaças e crueldades da organização terrorista Boko Haram as quais se traduzem em obstáculos à paz, a convivência pacifica e tolerância religiosa na sub-região;
Feita em Bissau aos 23 dias do mês Maio 2014
Subscritores
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Guiné-Bissau: Xanana defende "intervenção concertada" a nível da CPLP
O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, defendeu hoje que uma "intervenção concertada de todos os membros da CPLP na Guiné-Bissau "seria o ideal". Na conferência de imprensa que se seguiu à XV reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje se realizou no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, Xanana Gusmão frisou que só uma intervenção concertada "responderia às necessidades de reforma do setor de segurança" guineense.
O chefe de Governo timorense assinalou que Timor-Leste está em posição de ajudar, já que tem "uma certa experiência", por ter vivido um "conflito prolongado" a seguir ao qual foi necessário "desmobilizar as forças armadas". Porém, reconheceu, a Guiné-Bissau tem "a particularidade" de manter "ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje”.
Recordando que as forças armadas guineenses tiveram "um papel relevante" no "desrespeito pela ordem constitucional", Xanana aplaudiu, por outro lado, "a coragem dos atuais líderes" militares e policiais, que, acredita, "estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos".
Por seu lado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, renovou "o compromisso" em apoiar a Guiné na "profissionalização" e "modernização" das forças armadas, no sentido de as habilitar "para combater as ameaças globais", como o narcotráfico.
Sem descartar a importância, também, da reforma do setor de segurança e defesa, incluindo a desmobilização dos atuais militares, garantiu que "o Brasil está muito empenhado em ajudar", reconhecendo que tal reforma exige "financiamento, porque tem um custo". Já uma eventual ação conjunta da CPLP tem de "levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais", sublinhou.
"A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás", assegurou. Por seu lado, o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, foi mais cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, sublinhando que a reunião de hoje foi "uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir" e "ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto", que será realizado "em momento oportuno".
Aguiar-Branco disse apenas que a organização lusófona "renovou o compromisso" de "contribuir para a consolidação do sistema democrático” na Guiné-Bissau. Recordando que, no quadro da CPLP, "não existe uma acão de intervenção conjunta na área da defesa", Aguiar-Branco assegurou "empenho, colaboração e cooperação em ações que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo" em curso na Guiné-Bissau.
Considerando que as eleições foram "um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade", o ministro transmitiu ainda "o desejo" de que a Guiné-Bissau "regresse o mais depressa possível" à área de intervenção de defesa na CPLP. Moçambique transferiu hoje a presidência do setor da Defesa da CPLP para Portugal e São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano, adiantou.
Diário Digital/Lusa
O chefe de Governo timorense assinalou que Timor-Leste está em posição de ajudar, já que tem "uma certa experiência", por ter vivido um "conflito prolongado" a seguir ao qual foi necessário "desmobilizar as forças armadas". Porém, reconheceu, a Guiné-Bissau tem "a particularidade" de manter "ex-guerrilheiros nas forças armadas de hoje”.
Recordando que as forças armadas guineenses tiveram "um papel relevante" no "desrespeito pela ordem constitucional", Xanana aplaudiu, por outro lado, "a coragem dos atuais líderes" militares e policiais, que, acredita, "estão agora imbuidos de vontade de mudar o rumo dos acontecimentos".
Por seu lado, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, renovou "o compromisso" em apoiar a Guiné na "profissionalização" e "modernização" das forças armadas, no sentido de as habilitar "para combater as ameaças globais", como o narcotráfico.
Sem descartar a importância, também, da reforma do setor de segurança e defesa, incluindo a desmobilização dos atuais militares, garantiu que "o Brasil está muito empenhado em ajudar", reconhecendo que tal reforma exige "financiamento, porque tem um custo". Já uma eventual ação conjunta da CPLP tem de "levar muito em conta o que pensam os países da região e as organizações regionais", sublinhou.
"A situação na Guiné-Bissau nos preocupa a todos, e muito, há muito tempo aliás", assegurou. Por seu lado, o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, foi mais cauteloso nas declarações sobre a situação na Guiné-Bissau, sublinhando que a reunião de hoje foi "uma reflexão sobre os resultados eleitorais e o caminho a seguir" e "ainda não foi o fórum para tratar de medidas em concreto", que será realizado "em momento oportuno".
Aguiar-Branco disse apenas que a organização lusófona "renovou o compromisso" de "contribuir para a consolidação do sistema democrático” na Guiné-Bissau. Recordando que, no quadro da CPLP, "não existe uma acão de intervenção conjunta na área da defesa", Aguiar-Branco assegurou "empenho, colaboração e cooperação em ações que se possam vir a desenvolver para consolidar o processo" em curso na Guiné-Bissau.
Considerando que as eleições foram "um passo sustentado e duradouro para o regresso à normalidade", o ministro transmitiu ainda "o desejo" de que a Guiné-Bissau "regresse o mais depressa possível" à área de intervenção de defesa na CPLP. Moçambique transferiu hoje a presidência do setor da Defesa da CPLP para Portugal e São Tomé e Príncipe vai acolher a próxima reunião de ministros da Defesa daqui a um ano, adiantou.
Diário Digital/Lusa
Nuno Nabiam desmente PM cabo-verdiano
O candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné Bissau desmente ter colocado quaisquer condições para aceitar os resultados. Segundo o primeiro-ministro cabo-verdiano - José Maria Neves, durante uma aula magna sobre 'Democracia e Governação' em África, Nuno Nabiam - candidato independente apoiado pelo PRS exigiu ser vice-primeiro-ministro e a tutela da reforma das forças de defesa e segurança, bem como dos recursos naturais.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exigia que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções.
Em declarações prestadas ao jornalista Lamine Marna, em serviço-especial para a RDP África, Nuno Nabiam desmente essas intenções e diz mesmo que as declarações de José Maria Neves são "levianas". Quanto ao futuro, diz estar disponivel para ajudar a Guiné Bissau.
LGDH organiza vigília contra rapto de raparigas na Nigéria
Comunicado de Imprensa
Na sequência do sequestro massivo de 223 raparigas na escola secundária de Chibok, nordeste da República Federativa de Nigéria, perpetrado no dia 15 de Abril de 2014 pela organização extremista radical Boko Haram, a Liga Guineense dos Direitos Humanos em parceria com as organizações da sociedade civil, pretende juntar a voz do povo guineense ao protesto mundial contra aquele ato que constitui uma afronta à consciência da humanidade.
Nesta perspectiva vai ser realizada, amanhâ dia 27 de Maio 2014, às 9h00, uma vigília de protesto no Jardim Titina Silá, em Bissau sob o lema, Defender os Direitos Humanos das Mulheres na Nigéria é Lutar Contra o Obscurantismo de Boko Haram.
Este evento tem como objectivo, solidarizar-se para com as familías das vítimas e o povo nigeriano e exigir por outro lado, a libertaçâo imediata e incondicional das referidas raparigas. Esta vigília culminará com a entrega de uma declaração de repúdio contra o sequestro maissivo de 223 das raparadas nigerianas ao Embaixador da República Federativa da Nigéria e ao Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau. A organização apela a participação massiva de todas as organizações da sociedade civil neste evento.
Pela paz, Justiça e Direitos Humanos
Bissau, 26 dias do mês de maio 2014
A Direcção Nacional
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Na sequência do sequestro massivo de 223 raparigas na escola secundária de Chibok, nordeste da República Federativa de Nigéria, perpetrado no dia 15 de Abril de 2014 pela organização extremista radical Boko Haram, a Liga Guineense dos Direitos Humanos em parceria com as organizações da sociedade civil, pretende juntar a voz do povo guineense ao protesto mundial contra aquele ato que constitui uma afronta à consciência da humanidade.
Nesta perspectiva vai ser realizada, amanhâ dia 27 de Maio 2014, às 9h00, uma vigília de protesto no Jardim Titina Silá, em Bissau sob o lema, Defender os Direitos Humanos das Mulheres na Nigéria é Lutar Contra o Obscurantismo de Boko Haram.
Este evento tem como objectivo, solidarizar-se para com as familías das vítimas e o povo nigeriano e exigir por outro lado, a libertaçâo imediata e incondicional das referidas raparigas. Esta vigília culminará com a entrega de uma declaração de repúdio contra o sequestro maissivo de 223 das raparadas nigerianas ao Embaixador da República Federativa da Nigéria e ao Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau. A organização apela a participação massiva de todas as organizações da sociedade civil neste evento.
Pela paz, Justiça e Direitos Humanos
Bissau, 26 dias do mês de maio 2014
A Direcção Nacional
____________________
Dias felizes
O não fazer está a dar cabo de mim. Mas lá está: "A dignidade uma pessoa pode ser atacada, vandalizada, cruelmente posta a rídiculo, mas não pode ser-lhe tirada, a menos que a ela renuncie." E eu não renuncio à minha dignidade. Antes a morte.
Agora estou fechado sobre mim mesmo, frequentemente de mal com a minha pessoa e com todos. Lá fora, talvez seja um homem novo, sem país, sem destino, sem passado nem futuro. Não conto com mais nada. Não espero nada de ninguém, apenas o prazer de viajarmos juntos no pensamento.
Tudo foi genuíno na minha vida, sem máscaras. Com forte personalidade - claro!. Os que não morrem, encontram-se - é o que se costuma pensar nas despedidas. E, a julgar pelas lápides nos cemitérios, todo aquele que já morreu era boa pessoa...já leram bem as lápides? Tudo belo. Mas apenas na morte, claro. Mentira. Quando muito, os que um dia se encontraram nunca mais morrem na nossa memória.
Mesmo que apareçam tão-somente assim, esporadicamente, do fundo de uma gaveta, onde vive, arquivada, a luz dos dias felizes. AAS
Bissau marcha hoje pela África
No quadro de cumprimento cabal do nosso programa traçado em Comemoração a 56 anos de “Dia de Libertação Africana” (DLA), pretendemos realizar uma Marcha Silenciosa alusiva à data no dia 26/05/14 (2ª feira).
A Concentração no Tchapa de Bissau pelos 16H00 min, com inicio de 17H00 min. A marcha terminara com um Comício na Praça de Che Guevara, (ao lado de Baiana), pelos 18h00 min.
Pelo que convidamos todos Africanos na Guine-Bissau e amigos da Africa, independente de idade, religião, cor partidário ou origem com a mais elevada estima e honra à tomar parte neste acto que revela o espírito e a determinação dos Africanos na luta coordenada pela Unificação, Libertação e o Progresso do continente. O Comício vai ter representantes de Governo Eleito de Guine-Bissau, Corpo Diplomático residente, Associações Juvenis / Mulheres, estudantes e os cidadãos sob o lema:
«O Pan-Africanismo; Nô Dibidi Ósa e Nô Faci Nô Futuro!»
Queremos todos vestir roupas brancas e trazer uma garrafa de água de beber. Vamos todos para Tchapa de Bissau pelos 16H00 min no dia 26 de Maio (segunda-feira) de ano em curso.
Imani Na Umoja
Coordenador de Subcomissão Preparatória para Comunicações Sociais
domingo, 25 de maio de 2014
POLÉMICA: PM de Cabo Verde revela exigências de Nuno Nabiam
O candidato derrotado nas eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau exigiu, como condição para aceitar os resultados, ser vice-primeiro-ministro e a tutela da reforma das forças de defesa e segurança, bem como dos recursos naturais.
A revelação foi feita esta sexta-feira, 23, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que, numa aula magna sobre "Democracia e Governação" em África, recorreu ao exemplo de Nuno Nabiam para sublinhar que, no continente, e em democracia, as minorias não podem impor condições às maiorias.
Segundo o chefe do executivo de Cabo Verde, foram, essas as exigências que Nuno Nabiam, candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e que perdeu a segunda das presidenciais volta para José Mário Vaz, suportado pelo Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez para aceitar os resultados.
No final, e questionado pelos jornalistas sobre o que acabara de dizer aos estudantes, José Maria Neves escusou-se a avançar mais pormenores, sobretudo sobre se as condições impostas por Nuno Nabiam foram aceites.
"Não vou fazer nenhum comentário em relação a esta matéria. Acho que, enquanto primeiro-ministro, não devo fazer comentários sobre essa questão", respondeu o chefe do executivo, que, momentos antes, dera conta aos estudantes do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde do que se passara na Guiné-Bissau.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exige que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções. As eleições legislativas guineenses de 13 de abril foram ganhas pelo PAIGC, cujo líder, Domingos Simões Pereira, irá formar Governo em breve.
Nas presidenciais do mesmo dia, os dois candidatos mais votados passaram à segunda volta, disputada domingo, em que José Mário Vaz obteve 61,9% dos votos, contra 38,1% de Nuno Nabiam, segundo os resultados provisórios divulgados terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau. Fonte: Lusa
A revelação foi feita esta sexta-feira, 23, pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que, numa aula magna sobre "Democracia e Governação" em África, recorreu ao exemplo de Nuno Nabiam para sublinhar que, no continente, e em democracia, as minorias não podem impor condições às maiorias.
Segundo o chefe do executivo de Cabo Verde, foram, essas as exigências que Nuno Nabiam, candidato independente apoiado pelo Partido da Renovação Social (PRS) e que perdeu a segunda das presidenciais volta para José Mário Vaz, suportado pelo Partido Africano das Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), fez para aceitar os resultados.
No final, e questionado pelos jornalistas sobre o que acabara de dizer aos estudantes, José Maria Neves escusou-se a avançar mais pormenores, sobretudo sobre se as condições impostas por Nuno Nabiam foram aceites.
"Não vou fazer nenhum comentário em relação a esta matéria. Acho que, enquanto primeiro-ministro, não devo fazer comentários sobre essa questão", respondeu o chefe do executivo, que, momentos antes, dera conta aos estudantes do curso de jornalismo da Universidade de Cabo Verde do que se passara na Guiné-Bissau.
Além das três exigências ilustradas por José Maria Neves para dar conta de que as minorias não podem impor condições às minorias, Nuno Nabiam exige que, no caso do cargo de vice-primeiro-ministro, não previsto na Constituição guineense, se crie uma comissão "ad hoc" para a rever e possibilitar a instituição dessas funções. As eleições legislativas guineenses de 13 de abril foram ganhas pelo PAIGC, cujo líder, Domingos Simões Pereira, irá formar Governo em breve.
Nas presidenciais do mesmo dia, os dois candidatos mais votados passaram à segunda volta, disputada domingo, em que José Mário Vaz obteve 61,9% dos votos, contra 38,1% de Nuno Nabiam, segundo os resultados provisórios divulgados terça-feira pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau. Fonte: Lusa
sábado, 24 de maio de 2014
Madeira: O embaixador da China é um brincalhão...
O embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua, pretende "aclarar" o alegado envolvimento de chineses na comercialização de madeira guineense, ao mesmo tempo que condena o abate "indiscriminado" das florestas do país.
"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.
O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto". "Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.
A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata". O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.
"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu. "Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.
Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".
A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.
Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos". A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.
No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos". O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.
"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.
O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto". "Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.
A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata". O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.
"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu. "Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.
Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".
A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.
Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos". A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.
No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos". O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.
A ambiguidade norte-americana
"DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS EUA
Gabinete do Porta-Voz
DECLARAÇÃO POR JEN PSAKI, PORTA-VOZ
Eleições Presidenciais na Guiné-Bissau
Os Estados Unidos congratulam com o povo da Guiné-Bissau pelo êxito nas eleições presidenciais pacíficas e ordeiras de 18 de maio, e felicitam o Presidente eleito, S.Exa. José Mário Vaz pela sua vitória.
A Administração Americana aguarda com expectativa trabalhar com S.Exa. Presidente Mário Vaz e o Governo da Guiné-Bissau nos seus esforços para retornar ao regime democrático e alcançar uma paz duradoura na região.
Os Estados Unidos instam as forças vivas do país, tanto civis como militares, para ouvirem a voz do povo e concluírem o período de transição política com êxito.
Estas eleições oferecem a oportunidade para reformas abrangentes para quebrar com o ciclo da corrupção na Guiné-Bissau, e avançar com o fornecimento de serviços públicos e o desenvolvimento do país."
NOTA: Eu respondi a este email do Governo norte-americano, assim:
"E sobre as acusações contra o Antonio Indjai? Por que razao é que o embaixador norte-americano reúne com alguém considerado CRIMINOSO pela administração norte-americana???
Gostava de saber a vossa opinião sobre estes assuntos.
Obrigado,
Aly "
Gabinete do Porta-Voz
DECLARAÇÃO POR JEN PSAKI, PORTA-VOZ
Eleições Presidenciais na Guiné-Bissau
Os Estados Unidos congratulam com o povo da Guiné-Bissau pelo êxito nas eleições presidenciais pacíficas e ordeiras de 18 de maio, e felicitam o Presidente eleito, S.Exa. José Mário Vaz pela sua vitória.
A Administração Americana aguarda com expectativa trabalhar com S.Exa. Presidente Mário Vaz e o Governo da Guiné-Bissau nos seus esforços para retornar ao regime democrático e alcançar uma paz duradoura na região.
Os Estados Unidos instam as forças vivas do país, tanto civis como militares, para ouvirem a voz do povo e concluírem o período de transição política com êxito.
Estas eleições oferecem a oportunidade para reformas abrangentes para quebrar com o ciclo da corrupção na Guiné-Bissau, e avançar com o fornecimento de serviços públicos e o desenvolvimento do país."
NOTA: Eu respondi a este email do Governo norte-americano, assim:
"E sobre as acusações contra o Antonio Indjai? Por que razao é que o embaixador norte-americano reúne com alguém considerado CRIMINOSO pela administração norte-americana???
Gostava de saber a vossa opinião sobre estes assuntos.
Obrigado,
Aly "
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Pós-Eleições: Deputados são os primeiros a tomar posse
A Assembleia Nacional Popular (ANP) vai ser o primeiro órgão eleito da Guiné-Bissau a tomar posse no regresso à ordem constitucional, afirmou à agência Lusa fonte da área jurídica.
Dois anos depois do último golpe de Estado militar, o povo votou e devolveu as rédeas à força política que tinha sido deposta: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou a presidência e a maioria absoluta no parlamento.
Os 102 deputados eleitos reúnem-se e tomam posse "nos 30 dias subsequentes à publicação dos resultados finais das eleições no Boletim Oficial [da República da Guiné-Bissau]", refere o regimento do órgão. Lusa
Dois anos depois do último golpe de Estado militar, o povo votou e devolveu as rédeas à força política que tinha sido deposta: o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) conquistou a presidência e a maioria absoluta no parlamento.
Os 102 deputados eleitos reúnem-se e tomam posse "nos 30 dias subsequentes à publicação dos resultados finais das eleições no Boletim Oficial [da República da Guiné-Bissau]", refere o regimento do órgão. Lusa
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Obrigado, Nuno Nabiam
Num País onde cegos guiam cegos, a atitude do candidato Nuno Nabiam é a prova de que a Guiné-Bissau pode contar com ele e com os ganhos que obteve nestas eleições presidenciais. Parabéns ao Nuno Nabiam pela coerência e grande sentido de responsabilidade. E de Estado. Os mais velhos que aprendam...A democracia agradece, e a mamã Guiné, também! AAS
Maioria PAIGC e oposição PRS na Guiné-Bissau vão procurar "entendimentos"
A maioria parlamentar do PAIGC e a oposição do PRS na Guiné-Bissau vão procurar entendimentos políticos e valorizar a amnistia "a favor da reconciliação" para garantir "estabilidade", anunciaram hoje os dois maiores partidos do país.
Ambos decidiram "manter e reforçar as relações de proximidade, tendo em vista futuros entendimentos políticos estruturantes, nomeadamente de incidência parlamentar, a fim de garantir a estabilidade governativa e social", refere-se num comunicado conjunto de quarta-feira, hoje divulgado.
Depois do golpe de Estado militar de abril de 2012 e de um período de transição, a nação prepara-se para dar posse a novos órgãos eleitos (Parlamento e Presidente da República) nas próximas semanas.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu as eleições legislativas de 13 de abril com maioria absoluta, elegendo 57 deputados, enquanto o Partido da Renovação Social (PRS) terá 41 lugares na nova assembleia a ser empossada nas próximas semanas.
No comunicado subscrito pelos presidentes dos dois partidos - sendo que o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, será o novo primeiro-ministro - estabelece-se como objetivo "trabalhar no sentido da criação de consensos a favor de um verdadeiro programa de Reconciliação Nacional" com militares, políticos e civis.
Para trás fica um historial de instabilidade político-militar, que inclui homicídios nunca julgados, mas o comunicado não entra em detalhes. PAIGC e PRS prometem de uma forma genérica "ter em atenção e valorizar a observância do princípio do `perdão a favor da reconciliação` e da concessão de amnistia pelos órgãos competentes do Estado".
No documento são também prometidos "entendimentos que assegurem às Forças de Defesa e Segurança um tratamento de respeito e dignidade, mormente no quadro da implementação do Programa de Reforma do Setor". Para romper com a história, os líderes dos dois partidos garantem ainda mutuamente por escrito que não haverá "perseguições" nem "ameaças", por forma a "tranquilizar a classe política e todos os atores sociais guineenses".
Segundo o comunicado, os objetivos comuns estabelecidos foram acordados durante encontros realizados desde terça-feira e em que também participaram José Mário Vaz, candidato vencedor das presidenciais, apoiado pelo PAIGC, Nuno Nabian, candidato derrotado, e António Indjai, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. Lusa
Ambos decidiram "manter e reforçar as relações de proximidade, tendo em vista futuros entendimentos políticos estruturantes, nomeadamente de incidência parlamentar, a fim de garantir a estabilidade governativa e social", refere-se num comunicado conjunto de quarta-feira, hoje divulgado.
Depois do golpe de Estado militar de abril de 2012 e de um período de transição, a nação prepara-se para dar posse a novos órgãos eleitos (Parlamento e Presidente da República) nas próximas semanas.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu as eleições legislativas de 13 de abril com maioria absoluta, elegendo 57 deputados, enquanto o Partido da Renovação Social (PRS) terá 41 lugares na nova assembleia a ser empossada nas próximas semanas.
No comunicado subscrito pelos presidentes dos dois partidos - sendo que o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, será o novo primeiro-ministro - estabelece-se como objetivo "trabalhar no sentido da criação de consensos a favor de um verdadeiro programa de Reconciliação Nacional" com militares, políticos e civis.
Para trás fica um historial de instabilidade político-militar, que inclui homicídios nunca julgados, mas o comunicado não entra em detalhes. PAIGC e PRS prometem de uma forma genérica "ter em atenção e valorizar a observância do princípio do `perdão a favor da reconciliação` e da concessão de amnistia pelos órgãos competentes do Estado".
No documento são também prometidos "entendimentos que assegurem às Forças de Defesa e Segurança um tratamento de respeito e dignidade, mormente no quadro da implementação do Programa de Reforma do Setor". Para romper com a história, os líderes dos dois partidos garantem ainda mutuamente por escrito que não haverá "perseguições" nem "ameaças", por forma a "tranquilizar a classe política e todos os atores sociais guineenses".
Segundo o comunicado, os objetivos comuns estabelecidos foram acordados durante encontros realizados desde terça-feira e em que também participaram José Mário Vaz, candidato vencedor das presidenciais, apoiado pelo PAIGC, Nuno Nabian, candidato derrotado, e António Indjai, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. Lusa
quarta-feira, 21 de maio de 2014
12: "Marca admirável"
Caro Aly Silva,
Venho por este meio, dar-lhe os parabéns pela marca admirável de 12 milhões de visitas ao seu blog. É verdadeiramente admirável e faz jus ao seu lema: “Uma pessoa com convicção…”.
Acompanho quase diariamente o seu blog, à cerca de 5 anos, por influência do malogrado Mamadú Baldé, que foi meu colega de Curso na Universidade do Algarve.
Espero que desta vez, a Guiné-Bissau entre numa fase de paz e estabilidade, caso contrário, pessoas como o Aly irão ficar desoladas de vez e sem qualquer esperança no futuro.
Também me apercebi, ao longo destes 5 anos, que por diversas vezes pensou em desistir, mas resistiu sempre, por isso, expresso-lhe aqui, o reconhecimento da sua coragem e persistência. Apenas pretendo prestar-lhe uma humilde homenagem e que continue como sempre: frontal e honesto.
Um abraço,
Luís Abreu
Venho por este meio, dar-lhe os parabéns pela marca admirável de 12 milhões de visitas ao seu blog. É verdadeiramente admirável e faz jus ao seu lema: “Uma pessoa com convicção…”.
Acompanho quase diariamente o seu blog, à cerca de 5 anos, por influência do malogrado Mamadú Baldé, que foi meu colega de Curso na Universidade do Algarve.
Espero que desta vez, a Guiné-Bissau entre numa fase de paz e estabilidade, caso contrário, pessoas como o Aly irão ficar desoladas de vez e sem qualquer esperança no futuro.
Também me apercebi, ao longo destes 5 anos, que por diversas vezes pensou em desistir, mas resistiu sempre, por isso, expresso-lhe aqui, o reconhecimento da sua coragem e persistência. Apenas pretendo prestar-lhe uma humilde homenagem e que continue como sempre: frontal e honesto.
Um abraço,
Luís Abreu
ELEIÇÕES(?)2014: Xanana apela para que resultados sejam aceites
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, apelou hoje a todos os cidadãos da Guiné-Bissau para aceitarem os resultados da segunda volta das eleições presidenciais realizadas no domingo naquele país africano.
«As eleições são eleições e espero que todos respeitem os resultados», afirmou Xanana Gusmão, em declarações à Agência Lusa, no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, momentos antes de iniciar uma visita de trabalho a vários países, incluindo à Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro timorense afirmou estar «confiante» e disse que antes do escrutínio falou pessoalmente com o chefe das Forças Armadas guineense, general Indjai. «Eu falei pessoalmente com o general Indjai, que assumiu o compromisso de as Forças Armadas respeitarem os resultados», disse, acrescentando que também pediu à sociedade civil para continuar a influenciar a restauração da ordem constitucional no país.
«As eleições são eleições e espero que todos respeitem os resultados», afirmou Xanana Gusmão, em declarações à Agência Lusa, no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, momentos antes de iniciar uma visita de trabalho a vários países, incluindo à Guiné-Bissau.
O primeiro-ministro timorense afirmou estar «confiante» e disse que antes do escrutínio falou pessoalmente com o chefe das Forças Armadas guineense, general Indjai. «Eu falei pessoalmente com o general Indjai, que assumiu o compromisso de as Forças Armadas respeitarem os resultados», disse, acrescentando que também pediu à sociedade civil para continuar a influenciar a restauração da ordem constitucional no país.
ELEIÇÕES(?)2014: Presidente de Cabo Verde saúda vitória do JOMAV
O Presidente da República endereçou ao Dr. José Mário Vaz, Presidente eleito da República da Guiné-Bissau, as mais vivas felicitações, em nome do Povo de Cabo Verde e em seu nome próprio, formulando, ao mesmo tempo, votos de sucessos no desempenho das altas funções para que foi escolhido pelo Povo da Guiné-Bissau, através de eleições livres e democráticas.
O Presidente da República, firmemente esperançado de que o Povo da Guiné-Bissau acaba de inaugurar uma nova fase da sua vida, desejou que a mesma seja balizada pelo reforço da Democracia, do Estado de Direito e do Desenvolvimento e aproveitou a oportunidade para reafirmar o firme propósito de trabalhar para o estreitamento das relações de amizade , de entendimento e de cooperação que existem entre os nossos dois países e povos e para a estabilidade e progresso político, económico, social e cultural
O Presidente da República, firmemente esperançado de que o Povo da Guiné-Bissau acaba de inaugurar uma nova fase da sua vida, desejou que a mesma seja balizada pelo reforço da Democracia, do Estado de Direito e do Desenvolvimento e aproveitou a oportunidade para reafirmar o firme propósito de trabalhar para o estreitamento das relações de amizade , de entendimento e de cooperação que existem entre os nossos dois países e povos e para a estabilidade e progresso político, económico, social e cultural
terça-feira, 20 de maio de 2014
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: Candidatura de Nuno NABIAM diz "não reconhecer os resultados anunciados pela CNE" porque a sua candidatura "recolheu dados diferentes". Assim, haverá impugnação das eleições. AAS
A incerteza e as preocupações voltaram à Guiné-Bissau, depois de Nuno Nabiam ter rejeitado os resultados das eleições presidenciais que o dão como derrotado e atribuem a vitória a José Mário Vaz, candidato do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde).
“Não vou aceitar o resultado, porque os números recolhidos pela minha campanha em quatro de oito regiões são diferentes dos que foram anunciados pela Comissão Nacional de Eleições”, disse, citado pela Reuters.
Os resultados divulgados na tarde desta terça-feira atribuem 61,9% a José Mário Vaz e 38,1% a Nabiam. O candidato derrotado, um independente apoiado pelo PRS (Partido da Renovação Social), é o favorito da chefia militar que protagonizou o golpe de Estado de há dois anos. Na campanha eleitoral prometeu “aceitar os resultados”.
“Não vou aceitar o resultado, porque os números recolhidos pela minha campanha em quatro de oito regiões são diferentes dos que foram anunciados pela Comissão Nacional de Eleições”, disse, citado pela Reuters.
Os resultados divulgados na tarde desta terça-feira atribuem 61,9% a José Mário Vaz e 38,1% a Nabiam. O candidato derrotado, um independente apoiado pelo PRS (Partido da Renovação Social), é o favorito da chefia militar que protagonizou o golpe de Estado de há dois anos. Na campanha eleitoral prometeu “aceitar os resultados”.
ELEIÇÕES(?)2014: Vitória do JOMAV: Portugal felicita
"O Governo Português felicita o povo da Guiné-Bissau pela conclusão, com sucesso, do processo eleitoral dos últimos dois meses, considerado livre, justo e transparente pela comunidade internacional. Portugal apela a que todos os candidatos e atores do processo guineense, civis e militares, aceitem os resultados como expressão livre da vontade soberana e democrática do povo e a que quaisquer eventuais disputas sejam resolvidas exclusivamente através dos procedimentos legais adequados.
O Governo Português felicita o candidato vencedor, José Mário Vaz, manifestando sinceros desejos dos maiores sucessos no desempenho do cargo de Presidente da República da Guiné-Bissau. Saúda igualmente todos os candidatos que participaram nestas eleições, pelo seu contributo para a estabilização da democracia guineense, e entidades guineenses e internacionais que ajudaram a organizar e a conduzir o processo eleitoral.
Com a nomeação das novas autoridades, nos termos da lei fundamental guineense e de acordo com a vontade expressa nas urnas, estarão criadas as condições para o retorno à ordem constitucional, para a integração de todos os seus cidadãos na vida democrática e para a normalização das relações da Guiné-Bissau com a comunidade internacional, incluindo Portugal.
A Guiné-Bissau inicia assim, graças à determinação do seu povo, um novo período da sua história, que se espera ser de estabilidade, desenvolvimento e respeito pela Democracia, pelos Direitos Humanos e pelo Estado de Direito.
Portugal reafirma o seu compromisso com a Guiné-Bissau e reitera a sua total disponibilidade para contribuir, através da cooperação bilateral e multilateral, para o fortalecimento das instituições políticas, de justiça e de segurança, no quadro do reforço do Estado de Direito e do combate à impunidade, assim como para o progresso económico e o desenvolvimento social do país, indo ao encontro dos legítimos direitos e anseios da sua população.
O Governo Português continuará também a envidar todos os esforços para que, nos termos que venham a ser solicitados pelas futuras autoridades guineenses, e através de coordenação entre as Nações Unidas, a União Europeia, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e os Estados amigos da Guiné-Bissau, a comunidade internacional desenvolva ações de apoio concertadas para atingir aqueles objetivos."
Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Ai, a tropa...
De um comunicado do EMGFA, assinado pelo CEMGFA en passant, António Indjai:
1. Apelo à calma...;
2. Respeito pelas regras democráticas (que os mesmos violaram...)
3. Submissão dos militares ao poder político (esta é a reinvenção da roda...)
4. NOTA DC - Agora pergunto eu: o que tem a tropa a ver com as eleições a ponto de emitir um comunicado? Não me lixem, pá! AAS
EXCLUSIVO DC/ ELEIÇÕES (? ) 2014 / HORA DA VERDADE/ Resultados Provisórios (fonte oficial)
Biombo: Jomav 27.644/ 71% Nuno 11.267' Gabu: Jomav: 33.843 - 53%. Nuno-29.149 Bafatá': Jomav- 44839 Nuno: 26.753/ Cacheu- Jomav:. 44.624 63,85%:, Nuno: 25.257, Oio: Jomav: 41.000, Nuno- 46.000/ Tombali: Jomav: 14.540
, Nuno- 18.000/ Quinara: Jomav- 14.665:, Nuno: 10.937. Bissnau: Joma(.....)
Bissau , JOMAV 119.194. Nuno 47,603
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ELEITO: JOSÉ MÁRIO VAZ - JOMAV
, Nuno- 18.000/ Quinara: Jomav- 14.665:, Nuno: 10.937. Bissnau: Joma(.....)
Bissau , JOMAV 119.194. Nuno 47,603
PRESIDENTE DA REPÚBLICA ELEITO: JOSÉ MÁRIO VAZ - JOMAV
E agora, algo completamente diferente
A Guiné-Bissau e Angola estão entre os dez países mais perigosos para se nascer, com taxas de mortalidade neonatal superiores a 45 recém-nascidos por cada mil nascimentos, revela um estudo publicado esta terça-feira pela revista The Lancet.
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: Tensão em Bissau
Fonte: AQUI
"Guiné Bissau: tensão antes do anúncio da vitória de Jomav
A demora no anúncio dos resultados provisórios da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné Bissau estará a ser provocada por pressões sobre o presidente da Comissão Nacional de Eleições. De acordo com várias fontes, os dados obtidos pela missão de observadores da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa indicam que o candidato do PAIGC, José Mário Vaz, conhecido por Jomav, terá ganho em todas as províncias, excepto em Tombali e Oio. No total, Jomav terá batido o candidato independente Nuno Nabiam (que teve o apoio de Kumba Ialá) por mais de 120 mil votos.
Ao longo da campanha, foram apontadas várias ligações de Nuno Nabiam à cúpula militar responsável pelo golpe de Estado de 12 de Abril. A incerteza em relação ao que se estará a passar em Bissau – com relatos de algumas movimentações militares – terá mesmo levado o governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a atrasar a divulgação de um comunicado a saudar o povo guineense pela forma serena e livre como votou na segunda volta das presidenciais, indiferente a intimidações.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE/2ª VOLTA: Fontes independentes citam Bafatá, Gabu, Oio, Tombali, como sendo regiões, de momento confortáveis para o independente Nuno NABIAM. Entretanto, continua a contagem dos votos nas CRE's. A CNE divulga, amanhã, os resultados provisórios desta 2ª volta das eleições presidenciais entre José Mário Vaz, do PAIGC, e o independente e surpresa Nuno Gomes NABIAM. AAS
domingo, 18 de maio de 2014
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: LGDH sobre incidentes em Bafata
COMUNICADO DE IMPRENSA
A Direção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos acompanha com muita preocupação actos de intimidação e de agressões fisicas ocorridos ontem à noite, dia 17 de Maio de 2014 em Bissau e na cidade de Bafatá contra alguns dirigentes políticos do PAIGC, numa vã tentativa de instalar um clima de medo susceptivel de comprometer o processo eleitoral em curso.
De acordo com as informações recolhidas no terreno através das celulas de acompanhamento do processo de votação da LGDH, no quadro do projecto UE-PANNE, vários dirigentes politicos, entre os quais, o 3° Vice Presidente do PAIGC e 3 deputados recentemente eleitos foram ameaçados e alguns brutalmente espancados por um grupo de individuos armados. Ainda, segundo a mesma fonte, as vítimas dos espancamentos encontram-se neste momento sob fortes cuidados médicos, em consequência dos ferimentos graves contraídos.
Neste contexto a Direcção Nacional da LGDH reunida com caracter de urgência para analisar os factos acima discritos, delibera os seguintes:
Condenar sem reservas actos de agressões fisicas e ameaças de que foram vítimas os dirigentes do PAIGC, nomeadamente: Baciro Dja, Fofana Queita, Enfamara Sonco, Matilde Indeque, deputados da nação recentemente eleitos e Mamadu Boi Djaló, Danca Dundé, Negui Bangura, Bubacar Sani, José Rui, Cadidjatu Djaló, Filomena Danif e Paulo Alvarenga.
Exigir das autoridades de segurança, em especial do Comando Conjunto para o Asseguramento do Processo Eleitoral a identificação e consequente responsabilização criminal deste grupo de malfeitores que visa acima de tudo, pôr em causa o sucesso do processo eleitoral;
Apelar mais uma vez, às autoridades de segurança em colaboração com a CNE para reforçar as medidas de segurança nas assembleias de voto para garantir um desfecho pacífico do processo de votação, em particular no momento de apuramento dos resultados e transportes de urnas para as respectivas Comissões Regionais de Eleições.
Feito em Bissau aos 18 dias do mês de Maio de 2014
Pela paz, justiça e direitos humanos
A DIRECÇAO NACIONAL
A Direção Nacional da Liga Guineense dos Direitos Humanos acompanha com muita preocupação actos de intimidação e de agressões fisicas ocorridos ontem à noite, dia 17 de Maio de 2014 em Bissau e na cidade de Bafatá contra alguns dirigentes políticos do PAIGC, numa vã tentativa de instalar um clima de medo susceptivel de comprometer o processo eleitoral em curso.
De acordo com as informações recolhidas no terreno através das celulas de acompanhamento do processo de votação da LGDH, no quadro do projecto UE-PANNE, vários dirigentes politicos, entre os quais, o 3° Vice Presidente do PAIGC e 3 deputados recentemente eleitos foram ameaçados e alguns brutalmente espancados por um grupo de individuos armados. Ainda, segundo a mesma fonte, as vítimas dos espancamentos encontram-se neste momento sob fortes cuidados médicos, em consequência dos ferimentos graves contraídos.
Neste contexto a Direcção Nacional da LGDH reunida com caracter de urgência para analisar os factos acima discritos, delibera os seguintes:
Condenar sem reservas actos de agressões fisicas e ameaças de que foram vítimas os dirigentes do PAIGC, nomeadamente: Baciro Dja, Fofana Queita, Enfamara Sonco, Matilde Indeque, deputados da nação recentemente eleitos e Mamadu Boi Djaló, Danca Dundé, Negui Bangura, Bubacar Sani, José Rui, Cadidjatu Djaló, Filomena Danif e Paulo Alvarenga.
Exigir das autoridades de segurança, em especial do Comando Conjunto para o Asseguramento do Processo Eleitoral a identificação e consequente responsabilização criminal deste grupo de malfeitores que visa acima de tudo, pôr em causa o sucesso do processo eleitoral;
Apelar mais uma vez, às autoridades de segurança em colaboração com a CNE para reforçar as medidas de segurança nas assembleias de voto para garantir um desfecho pacífico do processo de votação, em particular no momento de apuramento dos resultados e transportes de urnas para as respectivas Comissões Regionais de Eleições.
Feito em Bissau aos 18 dias do mês de Maio de 2014
Pela paz, justiça e direitos humanos
A DIRECÇAO NACIONAL
sábado, 17 de maio de 2014
sexta-feira, 16 de maio de 2014
Desejos
Domingo, 18 de maio, os guineenses voltam às urnas para escolher um Presidente da República na 2ª volta das eleições presidenciais. José Mário Vaz ou Nuno Gomes Nabiam, caberá ao Povo eleitor da Guiné-Bissau a escolha, e seja ela qual for deve ser aceite.
Eu vou novamente cumprir o meu dever de cidadão, aqui na cidade da Praia, votando em consciência. Guiné-Bissau em primeiro lugar, sempre! Desejo que tudo corra pelo melhor, sem sobressaltos de maior. Aos políticos em disputa pede-se contenção verbal; ao Povo, a serenidade e o civismo de sempre. Aos militares, quanto mais longe da vista, melhor! António Aly Silva
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: Carlos Lopes saúda "sucesso" do processo eleitoral
André Amaral
Expresso das Ilhas
O Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas e Secretário Executivo da UNECA, disse hoje que está a seguir o processo eleitoral na Guiné Bissau "com entusiasmo".
Carlos Lopes disse hoje estar satisfeito com a forma como tem decorrido o processo eleitoral na Guiné Bissau.
Para Carlos Lopes é de salientar “a forma pacífica como decorreram as eleições legislativas e a primeira volta das presidenciais”. Relativamente à segunda volta, que acontece no próximo domingo, Carlos Lopes mostrou-se esperançado que “este continue a ser um processo pacífico e sem a intervenção de actores que tem interrompido alguns dos processos eleitorais na Guiné Bissau”.
O Secretário Geral Adjunto da ONU vê este acto eleitoral como uma “janela, uma oportunidade que os guineenses estão as aproveitar “. “Todos estamos cansados de conflitos”, reforçou, continuando de imediato “neste momento a Guiné Bissau é a economia mais pequena do continente em termos de PIB e isso é resultado destes conflitos e décadas perdidas”.
Mostrando-se convicto que a comunidade internacional está a seguir o acto eleitoral guineense “com entusiasmo”, Carlos Lopes concluiu afirmando que a comunidade internacional vê com bons olhos a estabilização política do país, uma vez que “todos estão interessados em participar na reconstrução” da Guiné Bissau e que espera que desta vez não haja intervenções de actores estranhos ao processo eleitoral.
Expresso das Ilhas
O Secretário-Geral Adjunto das Nações Unidas e Secretário Executivo da UNECA, disse hoje que está a seguir o processo eleitoral na Guiné Bissau "com entusiasmo".
Carlos Lopes disse hoje estar satisfeito com a forma como tem decorrido o processo eleitoral na Guiné Bissau.
Para Carlos Lopes é de salientar “a forma pacífica como decorreram as eleições legislativas e a primeira volta das presidenciais”. Relativamente à segunda volta, que acontece no próximo domingo, Carlos Lopes mostrou-se esperançado que “este continue a ser um processo pacífico e sem a intervenção de actores que tem interrompido alguns dos processos eleitorais na Guiné Bissau”.
O Secretário Geral Adjunto da ONU vê este acto eleitoral como uma “janela, uma oportunidade que os guineenses estão as aproveitar “. “Todos estamos cansados de conflitos”, reforçou, continuando de imediato “neste momento a Guiné Bissau é a economia mais pequena do continente em termos de PIB e isso é resultado destes conflitos e décadas perdidas”.
Mostrando-se convicto que a comunidade internacional está a seguir o acto eleitoral guineense “com entusiasmo”, Carlos Lopes concluiu afirmando que a comunidade internacional vê com bons olhos a estabilização política do país, uma vez que “todos estão interessados em participar na reconstrução” da Guiné Bissau e que espera que desta vez não haja intervenções de actores estranhos ao processo eleitoral.
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: Debate Jomav vs Nuno Nabiam
«Bom dia, caríssimo, Aly!
Ontem a noite (depois do telejornal) teve lugar, por iniciativa da Televisão da Guiné-Bissau, um debate televisivo entre os dois candidatos que se apresentam para a segunda volta das eleições presidenciais, marcada para o dia 18 de Maio (Domingo). Foram abordados diversos temas da atualidade nacional e internacional, tendo-se, nomeadamente, colocado o enfoque em questões relativas:
1 - As atribuições e competências do Presidente da Republica face ao Governo. Aqui, os jornalistas quiseram saber dos candidatos como encararão o próximo Governo que será formado pelo PAIGC, enquanto partido vencedor das eleições legislativas de 13 de Abril passado. O candidato apoiado pelo PAIGC tentou colar ao candidato independente Nuno Nabiam, a predisposição para exonerar o próximo Governo, seis meses depois de tomar posse como presidente da republica, caso for eleito.
Em contrapartida sustentou que ele e quem, por ser do mesmo partido que o do próximo Governo, assegurara a estabilidade governativa. O candidato independente, Nuno Gomes Nabiam, provou no debate ser quem, como presidente da republica garantira melhor a estabilidade governativa porquanto a historia da nossa democracia já provou a impossibilidade de coabitação entre governos e presidentes da republica do mesmo partido.
Deu exemplo dos governos do Carlos Gomes Junior, com Nino Vieira e com Malam Bacai Sanha, assim como do Governo de Saturnino da Costa com Nino Vieira. Chamou a atenção para que o problema não esta no sistema semi-presidencialista, mas no caráter das pessoas que assumem cargos políticos e públicos. Apontou então que o JOMAV pelo seu caráter e também por ser muito contestado no seio do próprio PAIGC, não lhe permitira coabitar com o Domingos Simões Pereira.
2 - Quanto às questões relativas a atos ilícitos porventura cometidos por cada um dos candidatos, já na parte final do debate, o candidato Nuno Gomes Nabiam arrasou, completamente o seu adversário JOMAV exibindo-lhe documentos comprovativos de fortes suspeitas de pratica de crimes de corrupção substanciados no desvio de cerca de 12 milhões de Dólares Americanos alocados pelo Governo de Angola, em apoio ao orçamento geral do Estado da Guiné-Bissau. dentre esses documentos, Nuno Nabiam exibiu ao JOMAV e ao publico telespectador, cheques avulsos, sacados ao Banco da África Ocidental (do qual, o ex-primeiro ministro Carlos Gomes Junior e acionista), muitos deles assinados unicamente pelo JOMAV, enquanto Ministro das Finanças.
Quando, na verdade, pelas regras da UEMOA, o Ministro das Finanças não pode assinar quaisquer cheques do tesouro a movimentar as respetivas contas, de um lado, e, do outro, existe uma instrução do Governo que ordena dever esse dinheiro ser movimentado por três responsáveis máximos do Ministério das Finanças, sendo que as assinaturas de dois deles seriam obrigatórias. Mais caricato ainda, os cheques avulsos do BAO apenas permitem movimentar somas nao superiors a um milhão de FCFA. mas o JOMAV, enquanto Ministro, assinou e movimentou cheques avulsos em valores equivalentes a centenas de milhões de FCFA, cada (houve casos de cheques de mais de 400 milhões de FCFA).
O JOMAV, em relação a essa parte, ficou completamente bloqueado perante as evidencias dessas e outras fraudes e apenas tentou justificar a utilização de parte desse dinheiro na compra de dois navios (o Baria e o Pecixe). O candidato Nuno Nabiam provou-lhe que isso era falso, uma vez que o Governo de então apenas simulou a utilização desse dinheiro na compra de tais navios, mas que na verdade, foi com as receitas da Administração dos Portos de Bissau (APGB) que esses barcos foram adquiridos.
O candidato Nuno Gomes Nabiam apontou ainda ao JOMAV uma falsa declaração que este fez em publico a dizer que quando deixou o Ministério das Finanças, deixou nos cofres do Estado e contas do Tesouro, mais de 20 biliões de FCFA. O Nuno Nabiam exibiu ao JOMAV um comunicado do Ministro das Finanças atual em que este da conta de que o JOMAV deixou nas contas do Estado apenas cerca de dois biliões de FCFA (dez vezes menos do que ele anda a propalar)...
Perante todos estes factos, Nuno Nabiam disse ao JOMAV que este não tem nem moral, nem ética para se apresentar ao eleitorado a pedir para ser eleito presidente da republica. disse-lhe que ele quer ser presidente da republica para poder evitar ser julgado, uma vez que já foi acusado definitivamente pelo Ministério Publico e esta apenas a aguardar julgamento. se for presidente da republica, esconder-se atrás da imunidade para não ser julgado. Caso venha a ser reeleito, corre-se o risco de termos um presidente corrupto e impune durante dez anos.
Portanto, em jeito de balance, a opinião publica tem reagido considerando que Nuno Nabiam venceu o debate com larga maioria, na ordem de 80% contra 20%.
Um abraço»
Schwarzenegger à moda da Guiné-Bissau
Lusa
Num país onde a pobreza é generalizada, treinar com ferro-velho é o luxo de Gregório da Silva e amigos que querem ficar em forma, parecidos com Arnold Schwarzenegger. "Gosto disto. Sou fã do Arnold". Desde que o viu na televisão e nas revistas, Gregório, 44 anos, quer ser como ele e meteu na cabeça que morar na Guiné-Bissau, uma das nações mais necessitadas do mundo, não haveria de ser obstáculo.
Pegou em jantes enferrujadas, encheu-as de cimento, soldou mais meia-dúzia de peças na oficina de um amigo e em 1989 criou um ginásio a céu aberto na terra batida de Bissau - numa travessa do bairro de Reno, tão estreita que ninguém ali cabe quando o grupo treina. "Há sempre problemas" porque os halteres partem-se, as tábuas de apoio desfazem-se e há sempre alguém a roubar material.
Em maio começa a estação das chuvas que transforma todo o bairro num lamaçal e deita abaixo algumas casas feitas em adobe (tijolo de argila). Nessa altura é mais fácil correr como já fazem muitos guineenses, todos os dias, ao longo da única avenida larga e asfaltada do país que liga o aeroporto de Bissau ao centro da capital. Ser como o Arnold Schwarzenegger é importante para Gregório à porta de uma das discotecas de Bissau, onde trabalha como segurança.
A poucos metros dali, mas em horário diurno, está destrancado o portão de outro espaço improvisado para puxar pelo físico e que também nasceu do sonho de um guineense. Eduardo Alves, 59 anos, emigrou para Cuba com a família quando ainda era uma criança e tornou-se adepto do boxe: "tinham grandes lutadores, ganhavam muitas medalhas e eu encaixei na modalidade".
Subiu ao ringue nos confrontos entre escolas cubanas antes de regressar à Guiné-Bissau na década de 1980 para ingressar na carreira de professor de educação física. Há dois anos, um outro adepto de boxe cedeu-lhe o último andar de um prédio inacabado em Bissau onde entre placas de betão sem acabamentos estão aparafusados sacos de boxe, alguns oferecidos - um assinado pela Académica de Coimbra -, outros comprados graças a uma quota de 5.000 francos CFA (cerca de 7,5 euros) por mês.
Só quem sabe é que descobre o portão numa das esquinas do estádio Lino Correia e depois a escadaria para chegar a uma espécie de local de culto, sem ringue, portas ou janelas. É divulgado pelo passa-a-palavra e é ali que Eduardo puxa pelos treinos, três vezes por semana, durante a tarde. "Aqui só há boxe educativo, amador, isto não é violento", garante.
Tanto Eduardo Alves como Gregório da Silva têm esperança de um dia o país se endireitar para terem melhores condições. Nem pedem lucro, apenas imaginam instalações condignas e melhor equipamento para cumprir o sonho de estar em forma num país de rastos após anos de golpes de Estado e instabilidade política.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Adeus, Faustino: O Presidente do partido Manifesto do Povo (MP), Faustino Fudut Imbali, demitiu-se do cargo de responsável máximo desta formação politica da oposição. Em causa está o diferendo entre os seus militantes quanto ao candidato que o MP deve apoiar na segunda volta das eleições de 18 de Maio.
terça-feira, 13 de maio de 2014
RIP
De seu nome completo Marciano Paulo Marques Vieira, foi professor na Escola Técnica em Bissau. Vivia em Cabo Verde há 14 anos sem nunca ter voltado à Guiné Bissau. Esteve internado no serviço de medicina do Hospital Central da Praia durante 14 dias.
Tem quatro irmãos a viver em Cabo Verde e estavam todos reunidos ontem onde recebiam os pêsames após o funeral no cemitério da Várzea da Companhia. Dezenas de amigos e conterrâneos do bairro da Várzea e arredores estiveram reunidos para se despedirem do compatriota Marciano que deixa uma filha menor aparentando 10 anos.
Que sua alma descanse em paz. Marciano vivia no bairro de Várzea da Companhia, Cidade da Praia.
Tem quatro irmãos a viver em Cabo Verde e estavam todos reunidos ontem onde recebiam os pêsames após o funeral no cemitério da Várzea da Companhia. Dezenas de amigos e conterrâneos do bairro da Várzea e arredores estiveram reunidos para se despedirem do compatriota Marciano que deixa uma filha menor aparentando 10 anos.
Que sua alma descanse em paz. Marciano vivia no bairro de Várzea da Companhia, Cidade da Praia.
Ah, a inveja...
A inveja é um mecanismo de defesa que pomos em actuação quando nos sentimos diminuídos no confronto com alguém, com aquilo que tem, com o que conseguiu fazer. É uma tentativa desajeitada de recuperar a confiança, a estima de nós próprios, minimizando o outro, escreveu FRANCESCO ALBERONI, no seu “Os Invejosos”.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
DENÚNCIA: Rabata, rabata no ministério da Agricultura (II)
"Ministério da Agricultura denominado ofertório de viaturas aos Ministros que ali passaram á saber: Evarista de Sousa (Mima) levou consiga uma viatura Toyota Land Cruizer Prado matricula Nº RGB- 3672 CD do estado que agora tem Matricula privada RGB- 1397 CD que não chegou de lhe ser avaliada, Barros Bacar Banjai, levou consigo Toyota Hilux dupla cabine matricula NºRGB- 3859 IT, Malam Mané levou consigo Land Cruizer Prado GX matrícula NºRGB- 4467 IT.
Fim de transição no Ministério da Agricultura (cufatcha di purbita carros de projecto PRESAR: viaturas de este projecto á ser distribuídos pelos chamados (KRACKS) Kaussou D.Bera, levou consigo Land Cruizer Prado GX matricula Nº RGB -4304 IT. Nicolau dos Santos matricula Nº RGB-4328 IT, Luís Olundo Mendes matricula Nº Nº RGB-4327 IT, Guiné-Verde (Daniel Suleimane Embalo) matricula RGB-4329 IT todas estas viaturas já se encontram com matriculas privadas emitidas na campanha eleitoral da 1ªvolta ficando já definitivamente:
Todas estas viaturas são novas, estão operacional são viaturas de 2011.
Carros matchus duno é terra i di nos tudo ca bu toma Cusa qui no djunta. Tchau!
Eng.º Carneiro Simóla ku ta tirado na dia sexta-feira"
Fim de transição no Ministério da Agricultura (cufatcha di purbita carros de projecto PRESAR: viaturas de este projecto á ser distribuídos pelos chamados (KRACKS) Kaussou D.Bera, levou consigo Land Cruizer Prado GX matricula Nº RGB -4304 IT. Nicolau dos Santos matricula Nº RGB-4328 IT, Luís Olundo Mendes matricula Nº Nº RGB-4327 IT, Guiné-Verde (Daniel Suleimane Embalo) matricula RGB-4329 IT todas estas viaturas já se encontram com matriculas privadas emitidas na campanha eleitoral da 1ªvolta ficando já definitivamente:
Todas estas viaturas são novas, estão operacional são viaturas de 2011.
Carros matchus duno é terra i di nos tudo ca bu toma Cusa qui no djunta. Tchau!
Eng.º Carneiro Simóla ku ta tirado na dia sexta-feira"
EXCLUSIVO DC - DINHEIRO DE ANGOLA (IV): O DESPACHO DA ACUSAÇÃO
(C) Todos os direitos reservados AAS/DC/2014
FLOP: Bring Back Our...Picture!
Ele há com cada um...
A história verdadeira por trás da foto: Jenabu Balde é da Guiné Bissau. A imagem de Amy Vitali foi tirada em 2011. Sua imagem foi usada inapropriadamente na campanha Bring Back Our Girls, que pede o resgate de mais de 200 garotas sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram na Nigéria.
O fotógrafo Amy Vitale apontou, em entrevista ao jornal The New York Times, que as imagens usadas na campanha global BringBackOurGirls – que pede o resgate de mais de 200 garotas nigerianas sequestradas no norte do país pela organização terrorista Boko Haram – mostram meninas que, na verdade, são de outro país.
Amy revelou que nenhuma das garotas retratadas nas fotos foram vítimas do brutal crime, tampouco são nigerianas. Os retratos são de garotas da Guiné-Bissau, país que fica a mais de 1000km de distância da Nigéria. “As imagens foram tiradas do meu site ou do site da Alexia Foundation por algum designer. Mas elas não tem nada a ver com as garotas que foram abduzidas”, disse em entrevista ao jornal norte-americano.
Amy frisou ainda que apoia a campanha, mas critica a confusão, que considera uma “ignorância” em relação aos povos africanos. “Isso é sobre a deturpação das imagens. Elas não tem nada a ver com as garotas que foram sequestradas, são da Guiné Bissau, é uma história completamente diferente. Você pode imaginar ter uma foto da sua filha usada em todo o mundo para representar um crime desses?”, criticou.
"Eu conheço essas garotas, conheço essas famílias e elas ficaram muito incomodadas em ver os rostos de suas filhas em todo mundo desta maneira”, explicou. Amy esteve na Guiné Bissau em 1993, 2000 e 2011, e as imagens foram produzidas em diferentes momentos ao longo das três visitas. “Me sinto responsável pelas pessoas que fotografei e pelo uso que faço das imagens”, disse ainda. Ele entrou em contato com o rapper Chris Brown, que retuitou a campanha, e com a emissora britânica BBC, que removeu o arquivo de seus veículos.
Morreu mais um cidadão guineense em Cabo Verde
Faleceu esta manhã no hospital central da Praia, Cabo Verde, um cidadão guineense de nome Marciano, vítima de doença. Marciano prestava alguns trabalhos de carpintaria e marcenaria nas Casas Familiares da Aldeia Infantis SOS em São Domingos (Ilha de Santiago, Cabo Verde).
Nas palavras de quem o conhecia, "Era um amigo simples, trabalhador e muito preocupado com o seu ganha-pão e estava bem integrado.". Marciano vivia no bairro de Várzea da Companhia, Cidade da Praia. Condolências para a família. AAS
Nas palavras de quem o conhecia, "Era um amigo simples, trabalhador e muito preocupado com o seu ganha-pão e estava bem integrado.". Marciano vivia no bairro de Várzea da Companhia, Cidade da Praia. Condolências para a família. AAS
domingo, 11 de maio de 2014
TIRO: Guineenses tentaram invadir esquadra de polícia na Boa Vista
Informações da sapo.cv dizem que centenas de Guineenses tentaram invadir a Esquadra Policial na Sal Rei, Ilha de Boa Vista pedindo a entrega do suspeito para fazerem justiça com próprias mãos! A Policia teve de disparar tiros para o ar para demobilizar o motim. Informações atuais do estado do Mamadu Candé indicam que perdeu um olho e poderá perder o outro! AAS
sábado, 10 de maio de 2014
ÚLTIMA HORA: Policia já tem sob custódia o presumível atirador
Um cidadão Guineense, Mamadu Yero Candé de 38 anos, guarda numa discoteca na Barraca foi baleado na cabeça por volt das 06H00 esta manhã quando saiu do trabalho. Os indivíduos pediram-lhe droga e ele respondeu-lhes que não tinha e não lidava com drogas. Acabaram por dar-lhe tiro na cabeça. Baleado às 06h00 só chegou ao hospital da Praia pelas 17H45! A Polícia local já deteve um suspeito. AAS
sexta-feira, 9 de maio de 2014
ELEIÇÕES(?)2014/HORA DA VERDADE: Colete de forças
Cento e quarenta gendarmes da 21° Esquadrão da gendarmeria du burkinafaso deixou Ouagadougou hoje, com destino à Guiné-Bissau, no quadro das eleições presidenciais previstas para o dia 18 de maio proximo nesse pais, segundo fontes militares.
Segundo essa fonte, esses 140 ‘’homens e mulheres» vão reforçar o esquadrão ja presente na Guiné-Bissau depois de alguns meses, conforme um pedido da Comunidade Economica dos Estados da Africa cidental (CEDEAO). A primeira vaga de gendarmes burkinabés deve partir esta sexta-feira, e a segunda devra juntar-se-lhes no sabado por via terrestre. O comboio militar sera fortemente equipado, constituido 13 pick-ups et de 4 camiões logisticos.
A Guiné-Bissau encontra-se refém de tensões politicas e militares ha varios anos, tendo como consequências sucessivos golpes de estado e assassinatos de chefes de estado maiores das forças armadas. As tensões actuais estão ligadas ao facto de que um dos candidatos as presidenciais ultrapassou o candidato apoiado pelos militares com cerca de 20 pontos de vantagem na primeira volta. Resultado que pressageia uma onda de insegurança na segunda volta.
Apos as eleiçéoes presidenciais, o regimento burkinabé devera continuar na Guiné-Bissau durante um ano, a partir de julho de 2014, a fim de permitir ao regimento ora reforçado, seja substituido e regressar ao Burkina Faso.
RELATÓRIO diz que liberdade de imprensa é "utopia" na Guiné-Bissau
No dia mundial da Liberdade de imprensa, o ano de 2013, foi o ano mais negro da última década, sabendo que apenas uma em sete pessoas, tem acesso a uma imprensa, livre neste nosso planeta. Todos os anos, a 3 de maio, assinala-se o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, altura para se fazer o balanço das actividades dos jornalistas e dos meios de comunicação social, um pouco por todo o mundo, designadamente com a publicação dos relatórios das associações e organizações mundiais, que defendem a profissão, como a Freedom House e Repórteres Sem Fronteiras.
O balanço de 2013 é globalmente negativo, já que foi o ano mais negro dos últimos 10 anos, com o Egipto, a Turquia, mas também os Estados Unidos, a China e a Ucrânia, entre os países que registaram maiores perdas de liberdade de imprensa.
Em relação aos países lusófonos, a jovem república de Cabo Verde, ficou em primeiro lugar, na Lista da Associação francesa, Repórteres Sem Fronteiras, que a colocou no 24° lugar, num total de 180 países, e em segundo lugar, na quadragésima nona posição, depois de Portugal, que a lista do Freedom House, pôs em vigésimo segundo lugar, num total de 179 países em todo o mundo.
Assim, na lista de um total de 180 países da Associação francesa Repórteres Sem Fronteiras, Portugal, ocupa o trigésimo lugar, Timor Leste vem em septuagésima sétima posição, seguido de Moçambique, em septuagésimo nono lugar, Guiné Bissau em octagésimo sexto lugar, Brasil, em centésimo décimo primeiro lugar e Angola, em derradeira posição, com o número 124. A França, vem em trigésima nona posição.
Por seu lado, a organização americana, Freedom House, na sua lista de 179 países, coloca Portugal, em 30° lugar, seguido de Cabo Verde, em 49° lugar, S. Tomé e Príncipe, vem em 28° lugar, seguido de Timor-Leste em trigésimo quinto lugar, Moçambique, quadragésimo quinto lugar, Guiné Bissau, em 67° lugar e por fim, Angola 69° lugar.
Ouvimos reacções de jornalistas dos dois países lusófonos com piores posições, Guiné Bissau e Angola. Em entrevista à RFI, a Presidente do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Luíza Rogério, reagiu ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, dizendo que em Angola, "há censura tanto do poder político, como do poder económico, e que os jornalistas enfrentam cada vez mais problemas de saúde ligados a doenças nervosas e cardíacas".