quarta-feira, 31 de julho de 2013
Presidente da República de Cabo Verde "satisfeito" com a libertação dos agentes em Bissau
O Presidente cabo-verdiano mostrou-se hoje satisfeito com a libertação dos dois polícias cabo-verdianos detidos na Guiné-Bissau, mas defendeu que o caso deve ser analisado para corrigir "eventuais falhas". Os dois agentes cabo-verdianos que estavam detidos na Guiné-Bissau desde o dia 12 de julho, foram libertados na terça e, em declarações à Inforpress, Jorge Carlos Fonseca afirmou que a libertação foi feita "num espaço de tempo razoável".
"Imagino que para os próprios agentes, que estiveram sob regime de tensão, e para os seus familiares, isso será motivo de alegria, alívio e contentamento porque esta era uma situação que naturalmente não era muito agradável", acrescentou. LUSA
EXCLUSIVO DC: Porta-disparate (novamente) barrado no MNE português
O 'ministro da Presidência do Conselho de Ministros, ex-porta disparates do governo e eterno porta-disparate do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau e do procurado general António Indjai' - Fernando Vaz, tão cedo não esquecerá esta sua última passagem por Lisboa. E porquê, perguntam. Eu conto. A temperatura por cá não pára de subir mesmo...
Então não é que o infeliz do 'Nando' teve a péssima ideia de se dirigir directamente ao ministério português dos Negócios Estrangeiros? Talvez para receber uma palmadinha de conforto no ombrozinho... Cojones!!! Enganou-se. Receberam-no na recepção, mas quando a moeda caiu na ranhura, a temperatura caiu para graus negativos...
- nhu Nando pudu mon na pitu.
Bu bin nam ku pitu, bu riba marcha a ré
Bom, mas depois de anunciado, a resposta não tardou a chegar das profundezas: "O Sr. Fernando Vaz que se dirija ao Instituto Camões." Aqui - nas Necessidades - "temos dois olhos." (dus kuku di udju!). O Camões, esse, como se sabe... O coitado (coisa que não € de certeza) lá se escondeu nas golas do casaco e bateu em retirada. Não consta que foi ao Instituto Camões...nhu sufri. AAS
ÚLTIMA HORA/LIBERDADE DEFINITIVA: Os dois agentes cabo-verdianos, ontem libertados em Bissau, estão já em Dakar, no Senegal. Viajaram na companhia do Embaixador de Cabo Verde acreditado em Dakar. Mas...no aeroporto de Bissau, os serviços de informações (leia-se militares) tentaram impedir o seu embarque à última da hora! Valeu-lhes as várias organizações presentes no aeroporto 'Osvaldo Vieira'... AAS
Hélder Vaz, candidato às eleições presidenciais: “Acredito numa Guiné-Bissau positiva"
“Acredito numa Guiné-Bissau positiva, com a excelência dos seus recursos humanos e recursos naturais ainda por explorar”, disse Hélder Vaz à agência Lusa. Neste sentido, disse acreditar que a Guiné-Bissau pode “vir a tornar-se na ‘Suíça de África’, afirmar-se pela diferença e ser um país especial. Tudo depende dos seus filhos”. Hélder Vaz referiu que a sua candidatura é “suprapartidária” e quando questionado sobre o que pode fazer pelo seu país, disse: Vou fazer tudo diferente”. “A minha vida é o espelho daquilo que posso fazer de diferente”, disse, explicando que a diferença é que não pretende “ir buscar votos às etnias”, mas sim juntá-las em torno da sua candidatura por acreditar que representa “a pluralidade dos guineenses”.
“Temos de nos reconciliar enquanto povo, de ter a capacidade de perdoar os infratores para que vitimas e perpetradores possam reconciliar-se na sua humanidade e acabem com os sentimentos de vingança. Temos de ser capazes de trabalhar em conjunto, de desenvolver um plano coletivo que some vontades e atenue as diferenças”, escreveu o candidato na “1.ª Mensagem aos Guineenses e Amigos da Guiné-Bissau”, que serviu para lançar a sua candidatura. Hélder Vaz, de 54 anos, disse que é apoiado por “um conjunto de personalidades que pretendem mudar a Guiné-Bissau” e justifica assim a escolha do nome da candidatura: Aliança Patriótica para a Salvação da Guiné-Bissau. O candidato defendeu ainda que “chegou a altura de o poder político assumir o seu papel e da estrutura militar assumir o seu”, considerando que “o papel dos militares é defender a Pátria das agressões externas”.
“Precisamos de dignificar a vida dos antigos combatentes e dar condições aos militares no ativo e na reserva para prosseguirem a sua vida com dignidade social e com oportunidades económicas para que possam ter escolha nas suas opções de vida e de futuro”, disse, defendendo que os militares devem ser isentos “de influências e manipulações políticas”. A Guiné-Bissau tem um historial de vários golpes de Estado nos últimos anos, tendo o último, a 12 de abril de 2012, afastado do poder o então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que também anunciou na terça-feira à Lusa a sua intenção de concorrer à presidência.
Assumindo-se como “o rosto daqueles que acreditam no projeto político de Amílcar Cabral”, de quem disse ser um “humilde e modesto continuador”, Hélder Vaz estabeleceu como prioridade para o país a educação. No entanto, pretende também, com a ajuda dos parceiros da Guiné-Bissau, "criar uma estratégia nacional de combate ao crime organizado, nomeadamente ao crime transnacional, movendo um combate cerrado e sem tréguas ao narcotráfico”. A candidatura de Hélder Vaz às presidenciais de 24 de novembro próximo é a terceira a ser conhecida, depois de Carlos Gomes Júnior e Tcherno Djaló, antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau.
Nascido em Bissau, licenciado em filosofia e mestre em administração e gestão publica, Hélder Vaz foi deputado no Parlamento da Guiné-Bissau (1994 -2004) e ministro da Economia e do Desenvolvimento Regional (2000-2001) no primeiro Governo de Coligação, constituído no seguimento da crise político-militar na Guiné-Bissau. Entre 1999 e 2004 foi Presidente da RGB-MB (Resistência da Guiné-Bissau - Movimento Bafatá), tendo sido Secretário-Geral do mesmo partido entre 1991-1996.
Após a extinção do RGB e uma derrota nas eleições legislativas de 2004, às quais se candidatou numa grande coligação de partidos da oposição, Hélder Vaz abandonou a política ativa e regressou a Portugal.De 2004 a 2007 esteve ligado à UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas) e, antes disso, fora consultor de várias entidades, nomeadamente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, da USAID, do TIPS (Trade and Investment Project Support) e do Grupo Águas de Portugal. Assumiu o cargo de primeiro diretor-geral da CPLP a 31 de janeiro de 2008, em que se manteve até ao último dia 18. LUSA
Falsa partida
OPINIÃO
"Caro Paulo Gomes
Antes de mais, seguem os meus profundos desejos de uma longa vida cheia de saúde, e de prosperidades sempre, ao lado da família, assim como ao lado dos que vão merecendo a sua preciosa dedicação. Apesar da relativa distância que nos separa, sou um dos guineenses que em si, e mais noutras poucas personalidades da nossa paupérrima intelectualidade, encontra uma referência positiva, por tudo que tem conquistado como homem das ciências, e pela forma como tudo tem conquistado enquanto compatriota. E tenho plena certeza, de que isso lhe cobre em cada momento, de um mais que merecido orgulho.
Caro Paulo Gomes, foi para mim um desagrado, na proporção inversa do que acima acabei de mencionar, conhecer na sua página oficial no Facebook, àquela inoportuna hesitação arrogante, em jeito de lançamento duma candidatura, à mais alta magistratura da nação, tão simplesmente porque, as fortes exigências para um arranque definitivo ao desenvolvimento sustentado, que o nosso país imprime nesta fase crucial da nossa longa caminhada, não devem competir por prioridade, aos que sem uma sólida dose de convicção política, pretendam assumir certos protagonismos na vida pública.
Não conheço o seu percurso escolar, mas presumo que como quase todos nós, também tenha beneficiado nos primeiros anos lectivos, de certas infra-estruturas públicas, das quais, algumas custaram heróicas chicotadas, nas costas dos nossos gloriosos ascendentes, e até mesmo vida, para que hoje tenhamos a conviver entre a nossa humilde população, pessoas com o seu elevado nível académico. Por isso e por mais, fiquei sem perceber, como é que alguém com o seu grau de instrução, com uma reconhecida e internacionalizada experiência profissional, eventualmente acreditou que, na também auscultação da reduzida população internauta, no nosso caso, poderá existir suficiente cobaia eleitoral, para ensaiar uma espécie de plebiscito, como motivação fundamentada, para o sucesso, ou não, de uma candidatura presidencial!
Se pelo que percebi, por três vezes ter declinado convites para liderar governos, devido aos nossos famigerados problemas estruturais, será que agora, depois de alguns sacrifícios carnais, com as lágrimas do povo a secar, faz assim tanto sentido, numa perspectiva política, e sobretudo pela moral dos bons costumes, querer avançar uma reputada candidatura presidencial, embora com o grosso desses nossos problemas ainda por resolver?!
Caro Paulo Gomes, de hesitações políticas em hesitações políticas, acabou por cometer uma grave falta política, por falsa partida, para uma prestigiada disputa política. E a isso, o bom senso recomenda uma inequívoca e voluntária desqualificação política! Até porque desta vez, a qualidade média dos potenciais adversários presenciáveis, e do resto dos actores políticos, ainda que numa afirmação tímida, está a ser desejável como nunca. Pelo que deve sim, evitar imediatamente o centro da arena política, e empenhar-se numa melhor preparação, para enquanto isso, melhor sustentar futuras ambições, às diversas outras funções no aparelho do Estado.
Nota: Pela importância da sua instantânea aspiração política; pela natureza pública da sua hesitação política; e pela generalidade da sua pretensão à devida auscultação, optei por expressar publicamente a minha opinião, sobre a sua livre e legítima solicitação.
Ser, Conhecer, Compreender e Partilhar
Flaviano Mindela dos Santos"
A dor de um Pai
"CAROS AMIGOS,
Neste momento de consternação resultante da perda inesperada do meu filho/amigo, BRUNO VAZ PERDIGÃO, por razões já sobejamente conhecidas, quero, em nome de toda a família, agradecer a todos quantos a nós se juntaram, e nos transmitiram todo o vosso carinho, afeto e força espiritual de que tanto necessitávamos para erguermos a cabeça e continuar a ter fé em Deus...
Do fundo do coração, obrigado a todos!
Fernando Eduardo Marques Perdigão"
A TAP - de novo!
Muito a gradeço que publique estas linhas no seu blog, pois julgo que o assunto é muito sério e começa a roçar a falta de consideração e respeito.
Ontem, mais uma vez a TAP esteve no seu melhor, cancelando, sem aviso prévio o voo Bissau-Lisboa. Senhores governantes, actuais, futuros e potenciais candidatos, façam um esforço de união para assuntos relacionados com o interesse público e o respeito pela população guineense. Esta questão da TAP, que constantemente cancela voos, deixa bagagens em terra e pratica preços exorbitantes, deve merecer a atenção de todos dos governantes, independentemente do partido A, B ou C que esteja no poder. É uma questão de orgulho nacional e devemos todos lutar por ele.
A minha sugestão:
1- Obrigar a TAP, ou outra companhia aérea qualquer, a indemnizar os passageiros nacionais em situações de incumprimento.
2- Encetar esforços no sentido de rapidamente a Guiné-Bissau possuir uma companhia aérea, de bandeira nacional, com preços mais baixos.
Com os melhores cumprimentos,
Augusto
terça-feira, 30 de julho de 2013
Carlos Gomes Jr. diz que "a luta continua"
O Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior revelou hoje (terça-feira)à Lusa que vai apresentar a sua candidatura à Presidente da República da Guiné-Bissau para a semana e regressará ao país "brevemente". Em declarações ao telefone, o Primeiro-ministro deposto na sequência do golpe de Estado militar de Abril de 2012 adiantou que está, em conjunto com os seus colaboradores, "a programar uma conferência de imprensa para a semana", com o objectivo de apresentar a candidatura a Presidente da República. "Estamos a preparar os documentos do lançamento da candidatura", disse. Questionado sobre se tal significará também o seu regresso à Guiné-Bissau na mesma altura, Gomes Júnior respondeu apenas que voltará "brevemente" ao país.
"Eu ganhei as eleições, com 49 por cento dos votos, antes do golpe de Estado", recordou, considerando que essa percentagem "quer dizer que a população tem confiança no líder do PAIGC". Carlos Gomes Júnior não receia um regresso, frisando: "A luta continua, não podemos cruzar os braços." A Guiné-Bissau vive um período de transição depois do golpe de Estado que, a 12 de Abril do ano passado, afastou os governantes legítimos.
O Presidente interino, Raimundo Pereira (que ocupava o cargo na sequência da morte do Presidente eleito Malam Bacai Sanhá), e o Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foram afastados e estão desde então em Portugal. Em Maio do ano passado foi constituído um governo de transição para conduzir o país até às eleições, que deviam realizar-se no prazo de um ano. Atrasos vários no processo levaram a que o período de transição fosse estendido até ao final deste ano. As eleições gerais estão agendadas para 24 de Novembro. LUSA
Carmelita Pires parte à conquista do PUSD
Será anunciada amanhã, em Bissau, a candidatura de Carmelita Pires para a liderança do PUSD (Partido Unido Social Democrata). O Manifesto da Candidatura evidencia a aspiração do PUSD em contribuir nas mudanças positivas que se impõem ao país, através do seu projeto de sociedade, cujo acento tónico e prioridades são a modernização do Estado, a democratização, a reforma e melhoria da educação, da saúde e da justiça, e o desenvolvimento socioeconómico.
A candidatura de Carmelita Pires à liderança do seu partido defende um Estado Social forte, o desenvolvimento sustentável, a reforma e a modernização das forças de defesa e segurança nacional e uma nova forma de fazer política no país. Carmelita Pires e a sua equipa se auto credenciam para apostar na transição geracional, na mulher guineense e na diáspora guineense. Por se tratar duma candidatura direcionada às capacidades nacionais (a Guiné-Bissau possui recursos humanos qualificados que não pode menosprezar), aos jovens (a eles pertence o futuro), às mulheres (a elas pertence o equilíbrio social) e à diáspora guineense (a ela pertence a diferença na requalificação das competências guineenses).
A candidata à chefia do PUSD apela à reunificação da família PUSD no II Congresso do partido, agendado para a primeira quinzena de Setembro, visando com esta reunião magna a reorganização e a reestruturação do PUSD, a reafirmação do partido como fiel de balança da interação no domínio político e o seu impulsionamento para vitórias políticas. Esta candidatura almeja assim dar uma voz ativa ao PUSD na vida política guineense, reerguê-lo como uma força política essencial e indispensável na Guiné-Bissau e como um dos mais importantes partidos políticos nacionais.
Finalmente, indiciando valores inegociáveis e uma visão para a Guiné-Bissau e da Guiné-Bissau, a candidatura acredita poder mobilizar e congregar as vontades e as energias para a luta política inerente à solidificação de um Estado de Direito, num compromisso que impulsione a mudança e o amanhã guineense e que possa, nomeadamente, fazer recuperar a credibilidade externa do país e devolver a esperança aos cidadãos.
A partir de amanhã, poderá consultar o site da candidata CARMELITA PIRES na internet.
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ÚLTIMA HORA: Liberdade!
A ministra da Administração Interna de Cabo Verde, Marisa Morais, acabou de anunciar que os dois agentes da Direcção de Serviços e Fronteiras detidos na Guiné-Bissau desde o dia 12, acabaram de ser libertados. Júlio Gomes Tavares e Mário Varela Brito regressam ao país amanhã à tarde, num voo da Air Senegal. Os agentes estão entretanto instalados num hotel em Bissau, acompanhados pelo Embaixador cabo-verdiano em Dakar.
Os dois polícias deslocaram-se a Bissau no dia 09 de Julho e estavam detidos desde dia 13. Esta terça-feira, em declarações ao Expresso das Ilhas Dulcelina Silva da Costa, esposa de Mário e Lúcia Centeio, mãe de Júlio revelaram que estavam preocupadas e ansiosas com o desfecho deste caso, mas diziam também que confiavam nas autoridades nacionais.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Detenção em Bissau - Cabo Verde não poupa esforços para libertar os seus dois agentes
O Primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, disse hoje (segunda – feira) na Cidade da Praia, que o Governo "está a trabalhar em várias frentes" para conseguir a libertação dos dois polícias nacionais presos na Guiné Bissau. José Maria Neves reconheceu que "o problema é complexo", mas indicou que o Governo tem dado todo o apoio necessário aos dois cidadãos cabo-verdianos, nomeadamente judicial, através de advogados.
"Estamos em permanente contacto com os dois agentes, as autoridades guineenses e os organismos internacionais para resolvermos da melhor forma possível esta situação". Questionado sobre a demora na resolução do caso, José Maria Neves pediu paciência e disse que "há questões que não podem ser resolvidas ao ritmo que desejamos, tendo em conta um conjunto de equívocos que têm de ser removidos".
O Primeiro-ministro confirmou também que o embaixador de Cabo Verde no Senegal, Francisco Veiga, se encontra neste momento na Guiné-Bissau a dialogar com as autoridades guineenses para trazer de volta os dois agentes da Polícia Nacional. Os dois agentes do Departamento de Estrangeiros e Fronteiras Mário Lúcio de Barros e Júlio Gomes Tavares foram detidos no Aeroporto de Bissau no dia 12 de Julho, quando já se encontravam na sala de embarque para Cabo Verde, depois de terem realizado uma missão de escolta a uma cidadã guineense expulsa do país, depois de cumprir metade de uma pena por tráfico de droga.
Também o novo líder do Movimento para a Democracia (MpD, oposição), Ulisses Correia e Silva, pediu o reforço do diálogo político e diplomático, com vista à libertação dos dois agentes da Direcção de Migração e Fronteiras de Cabo Verde, detidos na Guiné Bissau desde 12 de Julho.
Em declarações à comunicação social, no final de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, Ulisses Correia e Silva afirmou que o único caminho que o Governo cabo-verdiano deve seguir é a intensificação do diálogo político e diplomático com as autoridades guineenses, para que os dois cidadãos cabo-verdianos possam regressar rapidamente ao país.
Detenção em Bissau: “Cartada perigosa” de um “poder arbitrário”
Fonte: A Semana
Os agentes da PN Júlio Tavares e Mário Lúcio de Barros correm o risco de enfrentar um tribunal militar na Guiné-Bissau, numa altura em que começou, nos Estados Unidos, o julgamento do Contra-Almirante Bubo Na Tchuto, acusado de pertencer a uma rede de narcotráfico. Uma coincidência que pode atiçar a sede de “justiça” do Governo de Bissau, que dá claros sinais de querer levar o caso até às últimas consequências. Cabo Verde terá sérias dificuldades em resolver o conflito que o opõe à Guiné-Bissau pela via judicial. O problema, segundo um ex-Procurador da República, é que o poder instituído em Bissau está a agir à margem da lei em relação aos dois agentes da PN detidos inicialmente por suspeita de espionagem e, sendo assim, o canal apropriado a ser usado é o político-diplomático.
“Os dois policiais não passam neste momento de dois peões usados num perigoso jogo político. Ora, se Cabo Verde quer solucionar este caso depressa, como o Governo tem deixado entender, a via judicial não é a mais indicada, por ser demorada e estarmos perante uma força dominante que não respeita a sua própria lei. Passadas duas semanas sobre o incidente, o Ministério Público nem sequer conseguiu sustentar uma acusação contra eles e decidiu remeter o caso para o Tribunal Militar”, frisa o jurista, que considera uma perda de tempo envolver, neste momento, o Tribunal da CEDEAO neste processo. No entanto, o Palácio da Várzea deveria suscitar a enérgica intervenção de certos organismos internacionais, como a União Africana, a CPLP, a ONU e a própria Comunidade Económica da África Ocidental, perante a clara intenção do Governo de Transição da Guiné-Bissau de levar o caso às últimas consequências.
Entregar os agentes da PN detidos em Bissau nas mãos de um Tribunal Militar, como pretende o Procurador-Geral da República Abdu Mané, é, na perspectiva de uma alta patente das Forças Armadas cabo-verdianas, uma cartada perigosa de um poder autoritário e sem legitimação. Mais uma prova, a seu ver, de que o Governo liderado por Rui Duarte de Barros quer obrigar os agentes a pagar o pato pelos incidentes diplomáticos registados entre Praia e Bissau desde o último golpe de Estado nesse país vizinho, em 2012. “Acontece que os agentes não cometeram nenhum crime e não podem ser submetidos a julgamento, quanto mais perante um tribunal militar. Isso só seria possível se tivessem participado numa missão de cariz militar, por exemplo, inseridos numa operação da ONU ou noutro organismo”, exemplifica o oficial militar, que não arrisca nenhum prognóstico sobre o fim desta novela.
A actual situação, nas suas palavras, é muito delicada porque a Guiné-Bissau não é um Estado de Direito Democrático e nem está a dar sinais de querer respeitar a sua própria lei. Se o processo for resolvido por uma instância militar, a nossa fonte teme que a sentença possa ser pesada para os dois agentes. É que, apesar de ainda não haver uma acusação formalizada pelo Ministério Público contra os policiais, corre a informação de que o Governo de Bissau pondera levá-los a julgamento por crimes contra a segurança do Estado.
“Em qualquer país, esta acusação é grave. Repara que começaram a ser suspeitos de espionagem. Esta versão não colou, passaram a acusá-los de tráfico de droga. Depois disseram que, afinal, o crime eram falsas declarações; agora já são suspeitos de atentado à segurança do Estado da Guiné-Bissau. Isto tudo prova duas coisas: que Bissau anda às apalpadelas e que está empenhado em descarregar o seu ódio contra Cabo Verde sobre esses dois policiais”, comenta uma fonte ligada à segurança cabo-verdiana, acentuando que as sentenças dos tribunais militares são, normalmente, mais pesadas que as das instâncias civis. Nalguns países, lembra, podem até decretar a pena de morte. Mas esse não é o caso da Guiné que, segundo essa fonte, baniu essa condenação.
O quadro vivido neste momento é de pura conjectura, na perspectiva desse elemento ligado aos serviços de segurança em Cabo Verde. O facto que mais preocupa agora é o estado de saúde dos dois agentes. É que um deles é epiléptico e hipertenso e o outro começa a dar sinais de depressão.
Confrontada com esse cenário, a ministra Marisa Morais garantiu que os policiais – além de contarem com a advogada contratada pelo Estado de Cabo Verde – estão a ser medicados. “Continuamos confiantes na resolução do problema. Volto a frisar que avaliamos os cenários e a nossa intervenção continua firme no terreno”, respondeu a ministra da Administração Interna quando pedida para comentar a informação segundo a qual os policiais podem ser levados a um tribunal militar e terem, por isso, dificuldades acrescidas para provar a sua inocência.
Por coincidência ou não, o Contra-Almirante guineense Bubo Na Tchuto, preso perto das águas territoriais cabo-verdianas por suspeita de narcotráfico, começou a ser julgado, ontem, nos Estados Unidos. A captura do suspeito foi consumada no dia 2 de Abril por forças da Drug Enforcement Administration, mas Bissau acredita que os policiais norte-americanos foram ajudados por dois agentes cabo-verdianos.
E tudo indica que chegou o momento de Bissau retaliar. Na altura dos acontecimentos, recorde-se, o Executivo da Guiné demonstrou o seu desagrado pela suposta colaboração da cidade da Praia concedida aos norte-americanos e acusou Cabo Verde de ser um “mau vizinho”. Essa declaração colocou a nu o nível das relações diplomáticas entre os dois países, até aqui considerados irmãos, pelo que Cabo Verde encara agora com certa apreensão as contas de causa – efeito que o julgamento de Na Tchuto em Nova Iorque pode ter na situação dos agentes.
Missão provada
A missão dos policiais a Bissau já foi comprovada pelos Serviços de Emigração e Fronteiras, que disponibilizaram à sua congénere guineense os documentos sobre a condenação e o repatriamento da cidadã Enide Tavares para Guiné-Bissau, escoltada pelos dois policiais de segurança. Todos os comprovativos, inclusive os disponibilizados pela companhia Air Maroc indicando o número do assento atribuído no avião a Enide Tavares, foram repassados a Bissau. Mas, mesmo assim, as autoridades guineenses não parecem dar sinais de estar satisfeitas.
Esta semana, o próprio Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, mostrou-se preocupado com o rumo dos acontecimentos. Segundo Fonseca, ele e o Primeiro-Ministro José Maria Neves estão a acertar passos, visando garantir a protecção necessária aos policiais Júlio Tavares e Mário Lúcio de Barros.
Se em Cabo Verde o incidente está a provocar stress na sociedade e nas hostes políticas, na Guiné-Bissau ameaça fazer rolar cabeças. Informações divulgadas na imprensa indicam que o director da Policia Judiciária corre o risco de ser demitido, por ter recusado dar uma conferência de imprensa para acusar os dois agentes da PN, tal como lhe foi exigido pelo PGR Abdu Mané e o Ministro da Justiça. Aguarda-se, pois, pelos novos capítulos desta novela “rasca”, que não parece ter fim à vista.
domingo, 28 de julho de 2013
"Meu caro amigo Aly, chegou o momento de iniciarmos um novo ciclo político na Guiné-Bissau. Foram 40 anos de percurso desastroso, um país sempre adiado e a dignidade de toda uma nação abafada. A recusa de conformismo e de demissão estão na base do meu engajamento."
Foi desta maneira sentida que o professor Tcherno Djaló se me dirigiu. O lançamento da candidatura para a presidência da República da Guiné-Bissau é já na próxima terça-feira, dia 30 do corrente mês de Julho, no hotel AZALAI, em Bissau.
SOLIDARIEDADE: Associação portuguesa suporta escola para 125 crianças na Guiné-Bissau
Cento e vinte cinco crianças de Bissau tiveram ensino pré-primário no último ano letivo graças a uma escola criada pela organização portuguesa Afectos com Letras, que está a angariar fundos para construir outro estabelecimento na capital guineense. Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, em que só um terço das crianças vai à escola primária (segundo dados recolhidos em 2010) e em que a educação pública tem sofrido com várias greves de professores devido a salários em atraso. "Graças à ajuda que temos, o sonho foi realizado", refere Bitisanta Sia, de 37 anos, professora na escola da tabanca (aldeia) Djoló: é uma casa com um pátio largo coberto e rodeado de cinco salas equipadas com mesas, cadeiras, quadros e material educativo doado em Portugal.
Tem cinco professores, uma funcionária auxiliar e está a funcionar desde 2010. A escola está no bairro de São Paulo que, como outros na capital, é servido apenas por caminhos em terra batida, esburacados e atravessados por valas, com habitações degradadas e dispersas. À volta não há nada igual àquela escola e sem ela "estas crianças iam ficar fora" do sistema educativo, destaca Bitisanta.
Em vez disso, chegam a "finalistas", o que quer dizer que estão prontas para continuar os estudos no ensino básico. Graciana Nanque, seis anos de idade, foi uma dessas "finalistas" que na sexta-feira recitou com convicção um "juramento" em português, ensaiado para a cerimónia de fim de ano letivo e em que prometeu dar bom uso às capacidades e conhecimentos adquiridos. "Faço muita coisa na escola", explicou à agência Lusa na festa em que as crianças mostraram, entre outras coisas, como sabem escrever as vogais e o próprio nome.
Graciana e Nhibló Bercil, outra colega de seis anos, articularam palavras em português, com a ajuda da professora, para explicar que aquilo que mais gostam de fazer na escola "é cantar". Iniciativas como esta "preenchem um enorme vazio" no país, referiu Ramos Horta, representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, depois de assistir à festa. "Os setores da educação e saúde têm sofrido muito ao longo das décadas", referiu à agência Lusa, esperando que o futuro traga estabilidade política que permita aumentar o investimento público nestas áreas.
O projeto na tabanca Djoló nasceu a partir de um contacto da Afectos com Letras com as Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo, uma missão italiana ali estabelecida desde 1980, da qual uma das responsáveis continua no bairro. Em Varela, a norte do país, é apoiado pela mesma associação portuguesa um estabelecimento semelhante, com 85 crianças, em parceria com outra organização não governamental de desenvolvimento (ONGD). No último ano, a Afectos com Letras canalizou 19 mil euros para as duas escolas, explicou à agência Lusa a presidente Joana Benzinho, sem esconder que "as dificuldades financeiras em Portugal" estão a criar obstáculos.
A organização tem em curso uma campanha de recolha de fundos para fazer uma nova escola noutro bairro de Bissau, com um orçamento que ronda os 50 mil euros: a construção "é cara" no país e é necessário um furo que garanta água com qualidade e painéis solares para fornecerem eletricidade. Outra ambição consiste em criar uma biblioteca para 1436 crianças da ilha de Pecixe: as ruínas de uma igreja portuguesa foram colocadas à disposição da ONGD que conta já com o apoio de um grupo de arquitetos portugueses para a obra. Neste caso, o projeto deverá ver a luz do dia em dezembro, concluiu Joana Benzinho. LUSA
sábado, 27 de julho de 2013
Detenção em Bissau: Ministra critica jornalistas
Em conferência de imprensa proferida ontem, para fazer a apresentação do Estudo sobre violência e criminalidade, a ministra da Administração Interna teceu fortes críticas à comunicação social pela forma como esta, na sua opinião, tem vindo a tratar o caso dos agentes da Polícia Nacional detidos na Guiné-Bissau.
É que segundo Marisa Morais, os jornalistas cabo-verdianos têm emitido informações “sem confirmações quanto à verdade sobre o caso dos polícias presos na Guiné-Bissau”, porém não avançou mais informações sobre o caso, demostrando o seu descontentamento em relação ao trabalho da comunicação social. “Os jornalistas só sabem criticar o trabalho dos outros. Eu também sou uma pessoa crítica. Há notícias que convém confirmar antes e são tão fáceis de serem confirmadas. O disparate não me merece qualquer comentário a não ser esse”, apontou a governante.
Apesar das críticas, Marisa Morais revelou, pela primeira vez, que a pessoa expulsa de Cabo Verde para a Guiné-Bissau é Enide Gama, mas nada adiantou sobre o desenrolar deste processo que conduziu à detenção e posterior prisão dos dois agentes da Polícia Nacional que a acompanharam na deportação. Recorde-se que nesta quarta-feira (24), o representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Ramos Horta, alertou para os problemas de saúde de um deles e lançou um apelo para que, do ponto de vista humanitário, se preste atenção “a um dos agentes, que, aparentemente, sofre de epilepsia”.
Ramos Horta continua, entretanto, confiante numa solução para o problema, depois de contactos mantidos com o Presidente guineense, Serifo Nhamadjo, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva. “O Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros querem resolver o caso porque Cabo Verde, ao fim ao cabo, é um país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), um país amigo, histórico”, sublinhou.
Segundo Ramos Horta, o desfecho deverá ser alcançado “com calma”, com uma solução que respeite “as leis da Guiné-Bissau” para resolver este caso que tem uma dimensão humanitária”, defendeu, sublinhando que “cabe às autoridades encontrar uma saída”. Segundo informações avançadas pela Agência de Notícias da Guiné-Bissau, citadas pela Inforpress, o procurador-geral da República, Abdú Mané, quando questionado, quarta-feira, 24, à saída de uma audiência com José Ramos Horta, se os detidos vão ser julgados no Tribunal Militar, limitou-se a afirmar: “ o processo está no segredo da justiça”.
Contudo, os advogados dos dois polícias, não confirmam nenhuma informação oficial sobre o julgamento dos mesmos por um Tribunal Militar. Em entrevista à Rádio Morabeza, a advogada Salomé dos Santos recordou que, para isso, “eles têm que notificar os advogados através de um despacho em termos de conhecimento do crime que estão a ser acusados”. “Nós não temos nenhuma notificação neste sentido e não fomos notificados com nenhuma informação oficial até hoje”, explicou.
Os dois agentes do Departamento de Estrangeiros e Fronteiras Mário Lúcio de Barros e Júlio Gomes Tavares foram detidos no Aeroporto de Bissau no dia 12 de Julho, quando já se encontravam na sala de embarque para Cabo Verde, depois de terem realizado uma missão de uma cidadã guineense expulsa do país, depois de cumprir metade de uma pena por tráfico de droga. Binókulu
sexta-feira, 26 de julho de 2013
CPLP muda forma como apoia a Guiné-Bissau
A designação de um representante especial para acompanhar diariamente a situação na Guiné-Bissau deu um sinal mais visível e motivador da forma como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa olha para a evolução dos acontecimentos naquele país de expressão oficial portuguesa.
As palavras são do ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique que, ouvido pela RTP África em parceria com a TVM, destacou a importância que a CPLP dá à situação na Guiné-Bissau em termos de acompanhamento. Oldemiro Balói garantiu que a comunidade lusófona vai continuar a ajudar o governo de Transição guineense, mas agora de forma diferente. Disse ainda que terá de ser analisada com ponderação a forma como a CEDEAO lidou com a situação guineense desde o início. Nesta entrevista à RTP África e à TVM, na sequência do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da CPLP, Oldemiro Balói lançou um repto aos militares que tomaram o poder na Guiné-Bissau.
8 milhões? Estes são os suspeitos...
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Portugal
1.794,260
Senegal
1.111,005
Guiné Bissau
700.201
Reino Unido
667.566
Estados Unidos
626.036
França
483.540
Brasil
432.556
Espanha
112.180
Cabo Verde
108.492
Marrocos
58.638
Um exemplo para Bissau seguir...
O Director Geral da Polícia Nacional do Senegal, o Comissário Abdoulaye Niang, foi demitido ontem das suas funções. Niang tinha dirigido durante dez anos a OCTRIS, o Gabinete contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes. A semana passada, o seu sucessor, que recentemente deixou a Direção da OCTRIS, o Comissário Ckeikh Saadibou Keita, divulgou um relatório na qual acusa Abdoulaye Niang de estar implicado em negócios da droga, notícia oportunamente DIVULGADA pelo Ditadura do Consenso. O presidente senegalês, Macky Sall, ordenou a abertura de um inquérito judiciário sobre o assunto. O anúncio foi feito em Conselho de Ministros, após o Presidente Macky Sall ter estudado o relatório administrativo relativo ao assunto que envolve a polícia depois de uma semana.
Efectivamente, a semana passada, o Comissário Cheikh Sadibou Keita, ex-chefe da Unidade da Polícia encarregada de lutar contra o Tráfico de Estupefacientes, tinha acusado o seu predecessor, Abdoulaye Niang, de estar ligado a um negócio de revenda de drogas apreendidas pela polícia tendo como cúmplices traficantes nigerianos. Segundo Abdou Latif Coulibaly, o porta voz do governo, esta medida vai-lhe permitir «dispor de todos os meios para se defender perante a justiça." Um exemplo para ser seguido pelas autoridades da Guiné-Bissau... AAS
APGB - Contagem decrescente para o juízo final
Começaram já as audições para apurar o desfalque de centenas de milhões de FCFA desviados da APGB - Administração dos Portos da Guiné-Bissau. Ontem, o auditor Abdú Jaguité foi ouvido por magistrados do Ministério Público, e é dada como certa para os próximos dias, a audição do cabecilha principal nos golpes: Armando Correia Dias - aka N'dinho - ex-presidente do conselho de administração da APGB e também do até agora Director Geral Augusto Kabi, que poderá perder o lugar brevemente. AAS
Ou vai, ou racha!
O General António Indjai, CEMGFA da Guiné-Bissau, denota em desabafos privados estar ciente de que deve abandonar o cargo, assim como não deve tentar impôr ou influenciar a escolha do seu substituto. Devido à sua má reputação externa, agravada por acusações da justiça dos EUA, reconhece que a sua retirada é “indispensável” à recomposição da credibilidade do país e das Forças Armadas, e que a nomeação de alguém com ele identificado, daria azo a reservas susceptíveis de prejudicar tal objectivo. A 'boa vontade' agora notada em António Indjai é associada a convicções do próprio segundo as quais assim contará com o apoio da CEDEAO e de países da região no processo da sua defesa face às acusações norte-americanas. António Indjai tem revelado uma atitude contemporizadora com o papel que a CEDEAO chamou a si na escolha do novo CEMGFA.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
António Aly Silva em entrevista à Rádio Morabeza: “Quem tem interesse em espiar a Guiné é a DEA”
António Aly Silva, jornalista guineense, é uma das vozes críticas que se levanta contra a detenção dos polícias cabo-verdianos na Guiné Bissau. Em entrevista exclusiva à Rádio Morabeza Aly Silva declara que tudo não passa de uma represália do governo guineense por causa da detenção de Bubo Na Tchuto em águas cabo-verdianas. Pode OUVIR a entrevista na íntegra.
António Aly Silva - É de lamentar que as autoridades da Guiné, uma vez mais estejam a passar uma imagem negativa para o mundo e sobretudo para os nossos irmãos de Cabo Verde. Povo com o qual fizemos uma luta em que cada um conseguiu a sua independência e pela qual muitos guineenses e cabo-verdianos morreram. Isto era uma coisa de evitar. Eu sei que as autoridades da Guiné, ilegítimas como são, com a incompetência que reina naquele governo que tem o apoio de quatro países, um pais que está cercado económica e politicamente nas instâncias internacionais credíveis esteja nervoso. E tenta com cada atitude errar ainda mais. Cada vez que o governo da Guiné tenta emendar a mão faz mais disparates, portanto eu lamento profundamente isto que está a acontecer, isto é uma coisa que se devia resolver muito facilmente. Aliás, há uma coisa que as pessoas ainda não perceberam… os agentes cabo-verdianos, antes de serem agentes são cidadãos de uma comunidade chamada CEDEAO onde todos os nacionais de cada um desses países tem livre circulação nesse espaço. Falhou alguma coisa. No momento em que as autoridades cabo-verdianas foram a Bissau entregar uma ex-detida com pena acessória de expulsão estavam a cumprir uma lei que é reconhecida internacionalmente. Muitas vezes guineenses chegam a Bissau levados por agentes do SEF português. Eu mesmo sou testemunha de vários casos e nunca aconteceu o que se esta a passar com os agentes da policia de imigração de Cabo Verde. E há outra coisa. Tudo isto servirá para que a Guiné continue no lamaçal em que está. Coitado daquele povo que não tem quem lhe acuda. Todas as pessoas falam em governos e em eleições, ninguém fala do povo da Guiné Bissau que é o menos tido em conta em toda esta questão.
Rádio Morabeza - O que está em causa?
Está em causa a hipotética prisão do Bubo nas águas de Cabo Verde com a ajuda dos polícias cabo-verdianos. Isto é uma represália patética, ordinária. Não se pode admitir. Cabo Verde não deverá admitir esta humilhação, porque isto é uma humilhação. A Guiné tem mais de 8000 guineenses a viver em Cabo Verde. Vamos imaginar, eu nem quero supor que isso um dia possa acontecer, mas vamos imaginar que represálias aconteçam também do outro lado. Isto tudo não ajuda ninguém. Isto tudo é… Eu não sei o que é que aquele país tem, não sei que mal fizemos para que tenhamos o castigo que estamos a ter. Com guineenses que não podem voltar a ver o seu pais, com guineenses todos os dias a serem raptados, espancados, assassinados… disto ninguém fala, as pessoas querem apenas eleições. Não resolve nada eleições, já ficou provado que não se resolve nada. Faço aqui um apelo ao governo da Guiné Bissau, deixem os cidadãos de Cabo Verde, os polícias, regressar ao seu país. Podem regressar e se houver um processo depois podem ser chamados. O governo da Guiné tem que aprender uma coisa… e isto é válido para este governo, para o que saiu, para o que há-de vir… em diplomacia, às vezes, há que engolir o peixe pelo rabo. Eu não sou diplomata, mas sei o que é diplomacia, porque eu estudei. Eles não podem tomar de ânimo leve decisões que podem ferir relações entre os estados mais próximos. Os mais próximos de nos é o Senegal, a Gambia e Conakry, mas o mais próximo dentro de nos e do nosso coração é Cabo Verde. Não é mais nenhum, não é Portugal, é Cabo Verde. Temos um líder comum, que lutou 11 anos e que foi assassinado pelos guineenses. Começaram a matar ali e continuam a matar pessoas e a prender pessoas. Sabe Deus em que condições estão essas pessoas, sabendo eu como são as celas das prisões naquela cidade de Bissau, porque de certeza que não os levaram para Mansoa ou para Canchungo, ou para Bafatá onde existem duas prisões novas. Sabe Deus em que situação se encontram. Deixem os homens em paz. Não há nada, o primeiro-ministro de Cabo Verde já disse que o país não tem serviços secretos. Quem tem interesse em espiar a Guiné é a DEA [n.d.r. Drug Enforcement Agency] e é o que tem feito. Aliás, nos documentos revelados pelo Snowden, a Guiné aparece como um dos países monitorados e continua a sê-lo. Eles querem apanhar os bandidos que lá estão, a começar pelo General e a descer até ao continuo… é só bandidos. E para tapar tudo isto fazem disparates a torto e a direito. Prendem pessoas, deixam-nos sabe Deus como sem serem ouvidos durante alguns dias, magistrados que não querem pegar no processo porque não vêem ponta por onde pegar para acusar alguém, e corre até, segundo uma fonte minha, que o próprio director da Judiciária é capaz de sair por causa deste processo. Não têm nada para pegar. Nada. Estão cegos, o guineense parece… somos 1 milhão e 600 mil e metade é surdo e a outra metade é cega! Mas que coisa é esta? Isto é uma afronta para a comunidade internacional que para além de ter tolerado, entre aspas, o golpe continua a confrontar-se com isto e até o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota, disse há dias “até às eleições convém que haja estabilidade, nós não queremos que uma agulha se parta” e eles partem… quer dizer, isto é gozar. Eu acho que o Ramos Horta já bebeu água do Pidjiguiti, já dança gumbé, já fala crioulo e já come com as mãos. A Guiné Bissau está perdida. Isto é um alerta de socorro, se não nos ajudarmos… acabou, aquele país está perdido, completamente perdido. Se não podem ajudar a Guiné, vedem as fronteiras, saiam e deixem o povo, porque o povo também não faz nada, este povo é assim…
O que é que pode acontecer aos polícias cabo-verdianos agora que estão sob a alçada do António Indjai?
Olhe, eu não sei por que carga de água… nós temos um Procurador Geral da República… é bom que se perceba a Guiné. Quando se deu o golpe, lembrei-me da frase do Presidente Bush, quando as torres gémeas caíram… “Ou estão connosco ou estão contra nós”, quem estivesse contra eles e estivesse no país acontecia-lhe o que tivesse de acontecer, temos vários casos. Não acredito, e estou a dizê-lo como cidadão guineense, não acredito que o próprio Tribunal Militar encontre provas para acusá-los e condená-los. Não acredito. E não acredito numa outra coisa, um estado como Cabo Verde, que é um estado não é uma brincadeira de estado ou um estado de espírito, Cabo Verde tem os seus problemas como todos os países têm os seus problemas mas, Cabo Verde mostrou que é um estado. Tem atitude de Estado, vemos os seus membros do governo, vemos o pessoal que trabalha no Estado, nos altos cargos. É um estado a sério e que é levado a sério pese os problemas que tem e que tem tentado resolver. As pessoas na Guiné costumam dizer que Cabo Verde também tem tráfico de droga. Pois tem, mas quando são apanhados vão para onde? Vão para a cadeia e são julgados e são condenados. Há aquele célebre processo da Lancha Voadora. As pessoas estão na cadeia. Não é como na Guiné vais para a cadeia e à noite vais para a discoteca com uma namorada, vais beber um copo e depois voltas para a cadeia! Mas que país é este? Eu algum dia supus o meu país assim? Nunca! Guiné não é Estado, a Guiné não tem nada a ver com um Estado. A Guiné já nem é um Estado falhado, a Guiné é um Estado que não existe. A Guiné existe no mapa porque há um traço que nos faz ter fronteiras com três países porque de resto é só isso. A Guiné não tem nada. A Guiné não sabe sequer quantos habitantes tem, não sabe quantas camas tem nos hospitais. A Guiné não é nada! A Guiné é como uma casa onde cada um gere como quer… esse é que é o problema. A Guiné tem de ser tomada pela ONU como fizeram com Timor Leste, porque se o Ramos Horta é mesmo amigo da Guiné era a primeira coisa que dizia nas Nações Unidas. “Amigos, sem partir uma palha, vocês entraram aqui [n.d.r. Timor Leste] e fizeram um Estado reerguer-se e depois entregaram-no… façam o mesmo com a Guiné Bissau!” A União Africana não precisa de mandar um email à CEDEAO a dizer “olha, nós vamos tomar isto em mãos”, não precisa, porque a União Africana é a organização maior do continente e a CEDEAO são 24 países. Se a Guiné Bissau fosse largada e tomada em mãos pela ONU, daqui a dez anos, quem voltasse à Guiné ia dizer que estava no céu, porque temos mais recursos que qualquer um deles [n.d.r. os quatro países que reconheceram o governo golpista]. O problema do Senegal com a Guiné é o porto de Buba que seria o motor da economia nacional, e é isso que o Senegal não quer e continua a não querer. O Senegal não pode connosco, nem nos quer ver, é um país que não gosta de nós. É uma relação entre estados que são como duas comadres não podem uma com a outra! Portanto, se as Nações Unidas não resolverem imediatamente o problema da Guiné, sairão terroristas, sairá mais droga, sairá tudo o que é de mau para matar europeus, para matar ocidentais.
Todos os dias há notícias de guineenses presos nos aeroportos com bolotas de cocaína. Eu amanhã vou viajar e quando chegar ao aeroporto quase tenho de me despir, porque sou guineense, logo sou traficante de droga. Tudo isto não nos ajuda, não nos ajuda minimamente. O povo da Guiné Bissau também tem a sua dose de culpa. É um povo, fraco, é um povo completamente prostrado e a conviver com a canalha na mesma cidade que é tão pequenina que nos cruzamos a toda a hora e ainda por cima riem-se com eles e se for preciso ajudam-nos. Este é que é o problema da Guiné e dos guineenses…
Vou voltar à questão dos cabo-verdianos, o que é que vai acontecer aos dois policias cabo-verdianos agora que estão sob alçada do tribunal militar?
Francamente! Isto é tudo uma conivência do António Indjai, que é de facto o homem que manda na Guiné, é o Presidente, o Primeiro-ministro, até para se nomear um director tem de se passar pelo António Indjai. E é isto que o mundo civilizado reconhece como inclusão, uma nova palavra para legitimar golpes e estas coisas todas. Mas não acredito que o tribunal militar vá levar esse processo adiante porque não vai ter provas, não há nada, quero aqui dizer, apelar à família dos agentes, ao governo de Cabo Verde para que estejam tranquilos. A Guiné Bissau, o seu povo, não falo deste governo que lá está ilegalmente, o seu povo sempre conviveu com os cabo-verdianos. Aconteceu o golpe de 80 e nenhum cabo-verdiano foi tocado na Guiné para sair do país. Continuamos todos lá, falamos todos a mesma língua. Que isto em nada belisque a relação entre os nossos dois povos, que é muito mais do que aquilo que lá está neste momento naquele país a fingir que governam. Não tem nada a ver, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nada! É pura e simplesmente uma represália que, para mim foi triste e de lamentar, mas isto não pode beliscar a relação entre os dois povos.
A Guiné há de voltar a ter o seu governo legal que o povo votará. Este aqui está no fim, este não aguenta. A Guiné vai voltar a ter um golpe de Estado não tarda, isto ponho as minhas mãos no fogo e digo com toda a clareza, a Guiné vai sangrar de novo. As pessoas vão ver o que vai acontecer outra vez. Nada vai acontecer com os agentes da Policia de Cabo Verde, de certeza, e espero que estejam a ser bem tratados, na medida do que é que podemos entender por bem tratados quando alguém já está preso. Mas espero que brevemente possam voltar ao seu país e para junto das suas familias.
Na sua opinião este processo está quase a conhecer o seu desfecho?
Tenho quase a certeza, porque se há um processo patético, ou seja, mais um, é este.
Director-geral da PJ pediu demissão
O Director da Polícia Judiciária da Guiné-Bissau, João Biagué, pediu a demissão do cargo. Segundo apurou a RDP-África, a decisão de Biague surge após várias pressões de que tem sido alvo, na sequência da detenção dos dois Agentes da Polícia cabo-verdiana em Bissau.
João Biagué tem recusado falar com a Imprensa sobre este assunto, alegando que "não foi a Policia Judiciária que deteve os dois agentes." O pedido de demissão de João Biagué, do cargo do Director Geral da Polícia Judiciária guineense foi expressa através de uma carta enviada ao Ministro da Justiça, Mamadu Saido Baldé.
Polícias timorenses
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse hoje que três polícias timorenses viajaram na quarta-feira para a Guiné-Bissau para integrarem a missão da ONU naquele país. "É uma honra e uma alegria para nós enquanto timorenses podermos contribuir para missões de paz das Nações Unidas, pois desde 1999 que recebemos missões da ONU que nos ajudaram a manter a paz no país", afirmou José Luís Guterres. Segundo o chefe da diplomacia timorense, agora chegou a altura de Timor-Leste "começar a contribuir".
DEA-EUA-ANTÓNIO INDJAI: Contagem decrescente
No dia em que o contra-almirante Bubo Na tchuto está de volta ao tribunal para responder por crimes relacionados com o tráfico de drogas, os EUA não se esqueceram do acossado António Indjai. O subtil recado deixado às autoridades de transição guineense pelo embaixador norte-americano para a Guiné-Bissau, com residência em Dakar, aquando da sua última visita ao país, foi claro: a Administração norte americana em nenhum momento se "esqueceu" do caso António Indjai, general guineense e Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, acusado de crimes de tráfico de droga e de armas visando um complô contra os EUA. O embaixador garantiu ainda que as autoridades do seu pais continuam empenhadas e determinados em traduzir António Indjai perante a justiça norte-americana.
Relativamente a este dossier, fontes bem informadas do Ditadura do Consenso dão conta de que, elementos operacionais do Departamento de Estado norte-americano e da DEA reúnem-se frequentemente com as autoridades securitárias da CEDEAO com base em Dakar, tendo como pano de fundo António Indjai. Dakar tornou-se, assim, a base de toda a operação, que poderá passar por uma 'blitz' a fim de tirar Indjai da sua toca e levá-lo à presença da justiça federal.
Na sequência da captura de Bubo Na Tchuto, as autoridades norte-americanas estavam determinadas em completar o "bouquet" e capturar por quaisquer meios António Indjai, não se importando minimamente com as repercussões internacionais desse acto. Temendo incompreensões regionais, a CEDEAO chegou-se à frente prometendo "tratar do assunto" a nível regional e de preferência sem ferir susceptibilidades das autoridades militares guineenses. Nesse particular interpuseram essencialmente, e por razões óbvias, o Senegal, temendo repercussões sobre o conflito de Casamança; e a Nigéria, temendo este, a perda de sua autoridade de policia regional. Segundo os planos da CEDEAO, num primeiro tempo, far-se-ia subtilmente sair da cena o general, propondo-lhe uma boa reforma e um "posto" num qualquer comando militar regional na Nigéria. Num segundo tempo e, após ganhar a sua confiança..., deixá-lo-iam cair nas malhas da DEA.
Até agora, o CEMGFA não caiu no engodo da CEDEAO e tem declinado todos os convites para ir a Abuja. Porém, o tempo foi passando e como não se vislumbrava nenhuma saída para o dossier Indjai, os americanos tornaram-se impacientes e pedem resultados, sob pena de entrarem eles mesmos em acção e consumarem a sua captura. A impaciência americana provocou esses novos encontros que deverão ser decisivos, segundo a nossa fonte.
A agravar colateralmente a situação, está igualmente a recente atitude das autoridades guineenses em deterem dois agentes da Policia cabo-verdiana em circunstâncias pouco claras e com cheiro a vingança. A Autoridades norte-americanas entendem essas detenções como sendo uma revanche guineense à captura do barão da droga Bubo Na Tchuto. Bissau tem acusado deliberadamente as autoridades cabo-verdianas de implicação directa nessa operação e deixaram implícitas que haveria retaliação. Essa atitude infantil das actuais autoridades de Bissau, teve como efeito provocar a exasperação dos norte-americanos que voltaram a meter pressão sobre o dossier Indjai, porquanto é de convicção dos Estados unidos de que o general está por detrás dessa rocambolesca "vendetta". Novos encontros estão previstos para Dakar, onde se espera que saia fumo branco para fechar o dossier o mais rapidamente possível. AAS
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Bubo Na Tchuto regressa ao tribunal na próxima quinta-feira
O Contra-almirante guineense José Américo Bubo Na Tchuto regressa ao Tribunal do Distrito Sul de Nova Iorque, onde volta a responder por tráfico de droga. O ex-chefe do Estado Maior da Marinha foi capturado a 2 de abril, a bordo do seu iate ao largo de Cabo Verde, por forças da Drug Enforcement Administration e está detido nos Estados Unidos, acusado de conspiração em traficar droga, nomeadamente cocaína proveniente da América do Sul, em território americano. Juntamente com Na Tchuto, foram detidos pela DEA seis alegados cúmplices.
Como consequência da prisão de Bubo Na Tchuto, a DEA acabou por acusar o actual CEMGFA da Guiné-Bissau, general António Indjai, de quatro crimes, entre os quais tráfico de droga e associação com organização terrorista (a colombiana FARC). RDP-África
Casa da Guiné-Bissau em Coimbra
Os novos órgãos da casa da Guiné-Bissau em Coimbra, foram empossados no dia 19/07/2013, na presença do Encarregado de Negócios da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, Embala Fernandes e seus colaboradores, de uma representação do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal) e de colaboradores de algumas associações como a casa de Angola, a de Moçambique. Estiveram igualmente presentes representantes das câmaras municipais e das juntas de freguesias da zona centro de Coimbra e demais órgãos individuais da cidade de Coimbra; isto só nos reforça a vontade e empenho nas nossas funções no sentido de alcançar conjuntamente os objectivos pretendidos pelos nossos irmãos na diáspora.
O nosso empenho em obter resultados positivos dos problemas dos nossos irmãos na diáspora, torna-se num dos nossos principais objectivos, isto mostra qua a nossa tarefa é de supra importância na nossa comunidade - a resolução de vários dossiês. Não vamos garantir que vamos resolver todos os dossiês que chegam às nossas mãos, mas garantimos que não vamos virar costa à luta que a comunidade Guineense nos propõem neste momento. Se realmente confiou em nós temos que estar à altura de responder as suas necessidades (nha Ermos anos Guineenses Nunca na ca dissa di luta),por isso vamos dar abraço a esse projecto e tentar minimizar os sofrimentos dos nossos irmãos.
Abraços para todos guineenses que esperam de nós um bom trabalho e que sejam exigentes porque o povo da Guiné-Bissau merece sempre um bom tratamento.
Lista dos novos Órgãos da casa da Guiné-Bissau em Coimbra
Presidente
António Gomes Embaça
Vice-Presidente
N´cok Lama
Departamento das finanças e Tesouraria
Sabino Correia
Departamento das Relações Exteriores
Alanso Sani
Departamento Jurídico
Júlio Gomes dos Santos
Departamento da Juventude, Cultura e Desportos
Adulai Baldé (Lai)
Departamento da Acção Social e da Politica de Integração
Agostinho Tavares Amarante
Departamento de Comunicação Social
Teodoro Lopes da Cunha
Departamento de Educação, Formação Profissional e Emprego
Adulai Baldé
Suplentes:
Michel Lopes
Bernardino Afonso Henrique
Badjana
Adalgisa Berdernaike Almeida
Mesa de Assembleia Geral
Presidente
Laminé sissé
Secretário
Zeferino Nhala Tchuda
1º Vogal
Gilberta Falcão
Concelho fiscal
Presidente
Domingas Bento
Vice Presidente
Cristiano Francisco Manga
1º Vogal
Teresa Gomes Embaça
Feridas reabertas
Por: Manuela Ferreira
"A confirmar-se a notícia de que dois polícias cabo-verdianos, detidos na Guiné-Bissau, quando em missão de serviço, serão julgados em tribunal militar, revelaram-se inúteis as diligências do primeiro-ministro de Cabo Verde, junto do presidente da transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, à margem da Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Parecem reabrir-se feridas com mais de quatro décadas, entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau, muitas delas geradas ao tempo da luta pela independência, que pontualmente parecem sanadas mas que ciclicamente se reabrem.
O próprio título na notícia do blog “Ditatura do Consenso” revela esse mal-estar – “Afronta: Agentes cabo-verdianos serão julgados em tribunal militar”.
Terá sido o próprio procurador-geral da República, Abdú Mané, que revelou que os dois agentes da Policia de Migração de Cabo Verde serão julgados em Tribunal Militar.
No seu auge de incompetência e de arbitrariedades, Abdu Mané afirmou que os dois agentes são acusados de crimes contra a segurança do Estado (no seu Estado ditatorial e golpista) por isso vão responder perante o fórum de justiça militar. Depois de 11 dias em regime de detenção ilegal e abusiva, e depois dos dois magistrados do Ministério Público terem recusado assumir o processo devido à inexistência de factos de natureza criminal, o justiceiro acabou por mandar a batata quente ao tribunal militar onde, de certeza absoluta, os dois agentes serão condenados a pesadas penas”, escreve o blog, acrescentando:
“Como é do conhecimento público, o Tribunal Militar guineense é uma extensão do Estado-Maior General das Forças Armadas sob comando do acossado general António Indjai, por isso tudo é feito nesta instituição com base naquilo que determina a sua vontade e interesse. As tentativas de invenções de factos e mentiras do PGR Abdu Mané em estreita colaboração com o ministro da Justiça, Mamadu Saido Baldé, para obter a criminalização dos agentes através de pressões sobre o director da Policia Judiciária e magistrados do Ministério Público não surtiram os efeitos desejados”.
“Por isso, a única forma de esconder a manipulação, a incúria, a incompetência é enviar o processo ao Tribunal Militar e transferir os dois agentes para as instalações militares, lavando as mãos como Pilatos. No âmbito ainda deste processo manipulado, apurou o Ditadura do Consenso, o director da Policia Judiciária pode ser demitido a qualquer momento devido à sua recusa de dar uma conferência de imprensa para acusar os dois agentes tal como era exigido pelo PGR Abdu Mané e o Ministro da Justiça”.
A situação não parece nada fácil para a Cidade da Praia mas Bissau terá também que arrostar com as consequências dos seus actos. Há menos de duas semanas, ao terminar uma visita ao país, o secretário-geral assistente da ONU para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, admitira que o respeito pelos direitos humanos na Guiné-Bissau, piorou “significativamente” desde o golpe de estado de Abril 2012.
Sublinhou que as eleições previstas para Novembro só poderão ser livres, justas e transparentes, se for implementada uma série de pré-requisitos de direitos humanos – um quadro que nada tem a ver com a prisão dos dois polícias que continuam sem saber por que foram detidos. Apesar da aparente moderação de Cabo-Verde, o primeiro-ministro José Maria das Neves lembrou já, publicamente, que ninguém pode estar detido numa prisão mais de 48 horas, sem qualquer acusação e sem ser presente às autoridades judiciais. Sublinhou que não é possível, “arbitrariamente”, manter pessoas na prisão.
“Não há nada de anormal na atitude e no comportamento dos agentes cabo-verdianos, que escoltaram uma senhora que tinha sido deportada por ordem judicial. Só isso. Não há mais nada em relação à ida dos dois agentes à Guiné-Bissau. Estamos a tratar a questão com tranquilidade e serenidade, para resolver da melhor forma possível esta situação”, acrescentou.
Revelou também que se encontrara, em Abuja, na Nigéria, à margem da Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com o presidente da transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, com quem abordou a questão, mas não adiantou pormenores. “Temos de ir com calma e serenidade, porque o nosso objectivo é proteger a vida deles e garantir que se respeitem os direitos humanos”, disse, numa clara alfinetada ao “calcanhar de Aquiles” de Bissau.
Pelos corredores têm surgido vários boatos sobre as verdadeiras causas da detenção, claramente provenientes do lado da Guiné-Bissau. Mas sejam quais forem as razões, Bissau não pode justificar como é que dois cabo-verdianos estão detidos há tantos dias sem acusação, com a agravante que um deles é doente e não tem recebido os cuidados médicos necessários. Para quem quer voltar ao clube dos países democráticos, é pelo menos um cartão de visita em muito mau estado. Lusomonitor
terça-feira, 23 de julho de 2013
De volta à pré-história política
Caro compatriota Aly,
Certo de que o teu apreciado site não pende muito para assuntos internos dos partidos politicos do pais, não deixo de tentar junto ao teu site, passar esta mensagem que nos interessam a todos os quadros e dirigentes do nosso Partido. Saberei compreender-te caso, não o publiques. Antecipadamente grato pela atenção dispensada independentemente do destino que entenderes dar a este meu texto.
Um grande abraço de muita admiração e estima pessoal.
Pedro S.
OPINIÃO
"Do PAIGC tudo se pode esperar tamanha a sua grandeza e a sua omnipresença na vida e na historia da Guiné-Bissau. Assim, ao longo da sua historia que se confunde com a historia da própria Guiné-Bissau pós-independência, esse grande partido deu-nos a ver e a assistir de tudo o que se possa imaginar, até o inimaginável.
Contudo, pensar-se que, em pleno seculo XXI, se possa querer impor aos seus militantes um Presidente de partido, tal como Carlos Correia, uma múmia andante de 80 anos, meio gaga, conceptualmente ultrapassado no espaço e no tempo..., é de fazer bradar aos céus.
Perante este cenário retrogrado e surrealista, pede-se aos veteranos desse grande Partido de Cabral e a todos aqueles que, direta ou indiretamente estão por detrás deste projeto da pré-história politica, tenham vergonha na cara e nos façam o favor de saírem da cena politica, a fim de se dar lugar aos quadros mais jovens e capazes do qual o Partido esta muito bem servido.
Caso façam isso, seria o melhor serviço que podiam prestar ao Partido e ao Pais.
Pedro S."
AFRONTA: Agentes caboverdianos serão julgados no tribunal militar
O Procurador Geral da República, Abdú Mané, disse hoje que os dois agentes da Policia de Migração de Cabo Verde vão ser julgados no Tribunal Militar. No seu auge de incompetência e de arbitrariedades, Abdu Mané afirmou que os dois agentes são acusados de crimes contra a segurança do Estado (no seu Estado ditatorial e golpista) por isso vão responder perante o fórum de justiça militar. Depois de 11 dias em regime de detenção ilegai e abusiva, e depois dos dois magistrados do Ministério Público terem recusado assumir o processo devido à inexistência de factos de natureza criminal, o justiceiro acabou por mandar a batata quente ao tribunal militar onde, de certeza absoluta, os dois agentes serão condenados a pesadas penas.
Como é do conhecimento público, o Tribunal Militar guineense é uma extensão do Estado-Maior General das Forças Armadas sob comando do acossado general António Indjai, por isso tudo é feito nesta instituição com base naquilo que determina a sua vontade e interesse. As tentativas de invenções de factos e mentiras do PGR Abdu Mané em estreita colaboração com o Ministro da Justiça, Mamadu Saido Baldé, para obter a criminalização dos agentes atravês de pressões sobre o Director da Policia Judiciária e magistrados do Ministério Público não surtiram os efeitos desejados.
Por isso, a única forma de esconder a manipulaçao, a incuria, a incompetencia é enviar o processo ao Tribunal Militar e transferir os dois agentes para as instalações militares, lavando as mãos como Pilatos. No âmbito ainda deste processo manipulado, apurou o Ditadura do Consenso, o director da Policia Judiciária pode ser demitido a qualquer momento devido à sua recusa de dar uma conferência de imprensa para acusar os dois agentes tal como era exigido pelo PGR Abdu Mané e o Ministro da Justiça. AAS
Cólera já matou 21
Uma epidemia de cólera na região de Tombali, sul da Guiné-Bissau, já provocou 21 mortes em 225 casos registados até segunda-feira, disse hoje o diretor geral da Saúde, Nicolau Almeida. O surto de cólera começou em março deste ano nas aldeias de Komo, Catungo e Mato-forroba e já chegou à cidade de Catió, o que indica que a epidemia está a alastrar, disse Nicolau Almeida, acrescentando que a prioridade é conter e combater a doença na região de Tombali, onde está circunscrita ainda.
"Se não for contida em Tombali poderá arrastar-se para outras regiões", disse o diretor, médico de profissão, acrescentando que foram deslocadas equipas médicas para a região e que em breve outra equipa irá para o local. Lusa
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Bamako à vista... Bissau por um canudo
O Mali e a Guiné-Bissau conheceram no prazo de pouco mais de uma semana perturbações da sua ordem constitucional com o desencadear de golpes de estado, respetivamente a 22 de março e 02 de abril de 2012. Hoje falta menos de uma semana para a realização das eleições no Mali, sinal forte de uma saída para a crise que assola esse pais há mais de um ano. No caso do Mali, a Comunidade Internacional (CI), com a França, antiga potencia colonial a cabeça, teve um papel irrepreensível, impondo as suas regras e sendo intransigentes com os golpistas e outras manobras insidiosas que tendiam a retardar o processo.
No caso da Guiné-Bissau, infelizmente nada se passa assim, apesar das aparências de que tudo esta no bom caminho mirabolando os guineenses e a CI com panaceias e cosméticas politicas de fachada. Tudo isso é pura ilusão caros compatriotas. Nada esta bem na Guiné-Bissau, alias tudo esta estagnado, tudo está na mesma sem evolução de fundo no que tange a criação de condições seguras e credíveis para uma transição democrática séria.
O regime golpista de Bissau, vem embalando em sono profundo a CI com ilusionismos políticos, tal como a formação do governo de "inclusão" e a marcação das eleições gerais para 24 de novembro próximo. Essa operação de hipnose do regime de Bissau, esta a dar os seus frutos, ao ponto de na ultima reunião de Conselho de Ministros da CPLP se ter realçado de que, houve "progressos" na resolução da crise guineense.
Contudo, do nosso ponto de vista, consideramo-lo mera ilusão de politica de "n'gana mininus", pois a crise guineense não sofreu quaisquer evolução positiva de há uns tempos a esta parte. E de consciência comum de que, este regime imposto em Bissau sob tutela militar, não tem nenhuma credibilidade, nem seriedade e tão pouco está formatada ou interessada na preparação e organização das eleições gerais previstas para novembro próximo. E sabido que este regime de oportunistas, está neste momento mais concentrada em resolver os seus interesses pessoais e de grupos e, para tal, quanto mais durar a transição, mais ganhos e proveitos terão e assacarão do erário publico guineense.
A essas reservas sobre a idoneidade deste "executivo" para se empenhar na organização das eleições, acresce mais um elemento dilatorio de peso que é o recenseamento eleitoral. O Presidente de transição arroga o compromisso assumido com os partidos politicos sobre a realização de um recenseamento biométrico e por seu turno o Representante Especial do Secretario Geral das Nações Unidas, arrogando o factor tempo, contrapõe com a ideia de um "recenseamento manual amelhorado" para as proximas gerais. Enfim, mais um argumento que atiçara o debate em torno dessas eleições, sobre a qual os defensores do status quo da transição não deixarão de aproveitar e esgrimir da melhor maneira os argumentos de dilação.
Outro fator de ponderação que influi no nosso pessimismo quanto à transição guineense, é o visível reforço e consolidação do poder militar na Guiné-Bissau. O que é evidente, é que hoje por hoje, António Indjai (AI), coloca quem quer no poder, principalmente nos principais centros geradoras de receitas do pais, tais como APGB, Alfândegas, Finanças, e Daf's de diversos Ministérios...), todos, postos atrativos que lhe garantem benefícios internos líquidos imediatos, principalmente nestes tempos que o negocio da droga está au relenti.
Igualmente, outro fator que evidencia a consolidação desse poder, é o acaparamento pela estrutura militar de toda a rede dos Serviços de Informação da Republica, cujo ultimo ato de assalto foi a nomeação do oficial militar Bion Na Tchom , braço direito e comparsa de AI no trafico da droga, e tal como ele, igualmente alvo de indiciação pelas NU e EUA nesses negócios nebulosos.
Para nos, todos esses sinais de acomodação militar, são deveras preocupantes para se confiar na tão almejada transição tendente à realização das eleições gerais de novembro próximo. Pensamos que esses novos dados da estratégia militar de consolidação no poderes reservados ao Estado Republicano, não nos augura nada de bom, senão a certeza de uma tentativa de perpetuação da sua presença na vida politica guineense e consequentemente continuar a manipular os detentores doo poder politico democrático à medida dos seus interesses criminosos e de impunidade.
Por tudo isto, reiteramos mais uma vez o nosso ceticismo de que, a manter-se as atuais chefias militares e suas cadeias de comando em funções, não vale minimamente à pena quaisquer esforços para a realização de eleições gerais, pois a ser assim, com o status quo vigente, tudo continuara na mesma, senão tendera a piorar.
RT
Coletivo de Reflexão "Nô pensa Guinendadi"
CPLP defende manutenção das sanções contra a Guiné-Bissau
A Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) defendeu, em Maputo, a manutenção das sanções contra a Guiné-Bissau. O director para África do Ministério das Relações Exteriores de Angola, embaixador Espírito Santo, disse domingo, 21/07/13, que, a 17ª cimeira dos Ministros da CPLP, prometeu prestar apoio à Guiné-Bissau para a realização, com êxitos, das eleições gerais de Novembro próximo.
“Realizamos uma reunião do Conselho de Ministros da CPLP que analisou a situação da organização e, também, a situação da Guiné-Bissau, bem como a entrada, eventual, da Guiné Equatorial, que foi uma reunião ordinária normal, nos termos do estatuto da organização”, informou.
domingo, 21 de julho de 2013
Detenção em Bissau - José Maria Neves diz que "não havia necessidade de pedir autorização a Bissau para a extradição"
O Primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, defendeu este sábado (20 de julho) que não havia necessidade de pedir autorização às autoridades de Bissau para a extradição duma cidadã guineense. Continua o braço de ferro entre as autoridades de Cabo Verde e da Guiné Bissau, sobre a detenção há vários dias de dois agentes da Polícia Nacional caboverdiana, em Bissau, pelos Serviços de Informações da Segurança guineense. Os dois agentes caboverdianos tinham ido acompanhar uma cidadã guineense, que acabara de cumprir a sua pena de prisão em Cabo Verde por tráfico de droga e que segundo os tribunais devia ser expulsa para o seu país, Guiné Bissau. Só que Bissau disse que a guineense não foi registada nos serviços de fronteira e desapareceu e que aliás não recebeu nenhum pedido de autorização da entrada da guineense no país, por parte das autoridades caboverdianas.
Um tal pedido de autorização não era necessário, respondeu o Primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, em declarações feitas este sábado na cidade da Praia à imprensa, exigindo a soltura dos dois agentes caboverdianos: "Ninguém pode estar na prisão mais do que 48 horas, sem qualquer acusação e sem ser presente às autoridades judiciais. Tive um encontro com o Presidente Nhamadjo, e pude falar com ele sobre esta situação, como temos feito contacto, com várias autoridades sobre esta matéria. Os agentes caboverdianos foram escoltar uma cidadã guineense, portanto, não havia nenhuma necessidade de se contactar as autoridades guineenses ou de pedir autorização às autoridades guineenses; a senhora é guineense, saiu da prisão e tinha que ser escoltada até à fronteira com a Guiné Bissau, para ser liberta ao chegar à Guiné Bissau", declarou à imprensa o Primeiro ministro de Cabo Verde. RFI
Moçambique acolheu Braima Camará
Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau e Vice-presidente da Confederação Empresarial da CPLP, participou em Maputo – Moçambique, na 1ª Conferência sobre Parcerias Público-Privadas. Aproveitou igualmente a sua estadia na capital moçambicana para explicar à Frelimo as razões da sua candidatura à Presidência do PAIGC no decurso do seu próximo VIII Congresso Ordinário, tendo sido recebido pelo Secretário-Geral da Frelimo, General Filipe Paunde.
Braima Camará teve ainda a oportunidade de ser recebido pela Presidente da Assembleia da República de Moçambique, Verónica Nataniel Macamo, a quem explicou de forma detalhada o actual momento político de transição na Guiné-Bissau, que culminará com as eleições legislativas e presidenciais marcadas para 24 de Novembro próximo.
sábado, 20 de julho de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
Escândalo: Tráfico de droga ao mais alto nível na polícia senegalesa
Depois de relatórios de ONG's citando a policia como o corpo de segurança mais corrupto do Senegal, eis que são atiradas mais achas para uma fogueira que pode vir a assumir contornos terríveis: o jornal "Le Quotidien" traz a lume mais revelações bombásticas - a implicação do actual todo-poderoso da policia senegalesa, Abdoulaye Niang, numa vasta rede de tráfico de drogas, enquanto esteve à frente do Gabinete Central para a Repressão do Tráfico Ilícito de Estupefacientes (OCRTIS).
Tudo, a partir de um relatório fornecido pelo seu sucessor, Cheikhna Cheikh Sadibou Keïta. Segundo o relatório de Sadibou Keïta, ex-director do Gabinete Central para a Repressão do Trafico Ilícito de Estupefacientes, o actual Director Geral da Policia Nacional e antigo patrão da OCRTIS durante 10 anos, Abdoulaye Niang, é «um traficante de droga». Ainda o mesmo relatório que acusa o chefe da policia senegalesa, produzido pelo Comissario Keïta, que o substituiu à frente da OCRTIS, o Comissario Niang terá ajudado os malfeitores e fazia a revenda da droga por sua própria conta. "Ele esta no centro do trafico internacional de droga. As sessões de incineração das drogas apreendidas, à frente das camaras da televisão, não passavam de "poeira para os olhos" do publico," acusa o Comissario.
Face a todas essas acusações, e se elas se confirmarem, a credibilidade da policia nacional e sobretudo o do atual ministro do interior do Senegal, o General Pathé Seck, será fortemente afectada, dado que, ainda segundo o Comissário Keita, o próprio ex-ministro do Interior do Senegal estava ao corrente das atividades delituosas do Comissario Abdoulaye Niang. Este ultimo foi nomeado repentinamente para substituir o Comissario Codé Mbengue à frente da Policia Nacional e, desde essa nomeação, o Comissario Keïta interpelou o ministro do interior Pathé Seck, para lhe dar conta dos seus receios sobre a situação que se poderá criar com a entrada em funções do Comissario Abdoulaye Niang como Director Geral da Policia Nacional. «A reputação e a honorabilidade desta prestigiosa instituição poderá ser afectada, sem contar que ela manchará a imagem do Senegal», disse na altura o Comissario Keïta. A resposta do ministro Pathé Seck não se fez esperar, recusando imiscuir-se naquilo que qualificou de «duelo fratricida» entre responsáveis da policia.
Pela segunda vez, Abdoulaye Niang é citado em questões de tráfico de droga. Efectivamente, enquanto Diretor Geral da Segurança Nacional (DGSN) Abdoulaye Niang, já fora citado num escândalo relacionado com drogas, conjuntamente com o Comissário Amadou Moustapha Sarr vulgo «Toto», Chefe da Secção Operacional, detido no quadro do arresto de um navio de guerra convertido que transportava grandes quantidades de droga. O assunto foi tratado internamente, com rigoroso secretismo e não transbordou para os media como este novo caso.
Segundo fontes fidedignas, este escândalo esta a merecer toda a atenção do Chefe de Estado senegalês e é quase certo de que cabeças insuspeitas irão rolar. Segundo as últimas notícias o assunto esta sob instrução da DISS, um desmembramento da Policia Nacional. A Procuradoria Geral da República está a seguir o assunto, que considera de grave, com especial atenção, tendo encetado diligências nesse sentido. Quem já se pronunciou fou o Departamento de Estado Norte-Americano, que interpelou Macky Sall, Presidente da Republica do Senegal, exprimindo-lhe as suas vivas preocupações sobre este assunto que envolve a policia senegalesa ao mais alto nível. AAS
A missão da tropa "totalmente ineficaz", segundo os EUA, continua até meados de 2014
A Comunidade de Desenvolvimento Económico da África Ocidental (CEDEAO), anunciou hoje que vai prolongar até Maio de 2014, a sua missão de segurança na Guiné-Bissau (ECOMIB), noticiou à Lusa. "A cimeira decidiu prolongar o mandato da ECOMIB por um período suplementar de doze meses, a contar de 17 de Maio até 16 de Maio de 2014", refere um comunicado divulgado no final de uma cimeira na capital da Nigéria. A ECOMIB, chegou à Guiné-Bissau em Maio de 2012, para garantir a paz e a segurança após o golpe militar de Abril desse ano, que afastou o Primeiro-Ministro e o presidente eleitos.
Na altura, foi decidido que a missão teria cerca de 600 polícias e militares e a duração de um ano. A missão é chefiada pelo coronel Barro Gnibanga, do Burkina Faso. Também durante a cimeira, os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, voltaram a pedir o levantamento de sanções à Guiné-Bissau, que no último ano tem sido governada por executivos de transição. "A cimeira reiterou, mais uma vez, o seu apelo à União Africana e aos parceiros internacionais para o levantamento das sanções impostas à Guiné-Bissau e para a retomada da cooperação bilateral com o país", refere o comunicado final da cimeira.
CEDEAO/TELECOMUNICAÇÕES: Cabo Verde e Guiné-Bissau assumem pastas
Cabo Verde vai liderar a pasta das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e a Guiné-Bissau tutelará a Gestão dos Recursos Humanos na futura Comissão da CEDEAO, refere o comunicado final da cimeira da organização sub-regional. A decisão está contida numa resolução aprovada na 43ª Reunião Ordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que terminou na passada quinta-feira em Abuja (Nigéria), na sequência de uma proposta cabo-verdiana para o alargamento de sete para 15 comissários no executivo da organização sub-regional.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, citado hoje (sexta-feira) pela edição "online" do jornal A Semana, salientou o "grande ganho" para Cabo Verde, mas não adiantou qual o nome que irá liderar a pasta na Comissão da CEDEAO e apelou ao envolvimento do sector privado. "Queremos que as empresas privadas cabo-verdianas possam ter acesso a outras acções e projectos no quadro da CEDEAO. Há muito interesse de vários países, como a Côte d’Ivoire, o Burkina Faso e a Guiné-Conakry. Também já estamos a trabalhar com a Guiné-Bissau", disse. A Comissão da CEDEAO, recorde-se, passará em breve a contar com 15 comissários, incluindo os cargos de presidente, atribuído ao Burkina Faso e de vice-presidente, a cargo da Libéria.
Comunicado da candidatura de Domingos Simões Pereira
Nota de imprensa
O colectivo de apoio à candidatura do Eng.º Domingos Simões Pereira (DSP) à liderança do PAIGC, na sequência da reunião que teve lugar no passado dia 16 de Julho, terça-feira, com a “Comissão de Reflexão sobre as candidaturas á Presidência do PAIGC”, vem por este meio informar que não foi conseguido acordo entre este Colectivo e a Comissão dos veteranos.
Assim, vem por este meio esclarecer a todas as suas estruturas de apoio, aos militantes e simpatizantes do partido, ao público em geral e aos parceiros internacionais da Guiné-Bissau, que:
1. A 22 de Abril passado, o candidato DSP manteve um encontro de trabalho com a Comissão integrada por um grupo de destacados dirigentes do partido, que expressou a sua preocupação pelo risco de grandes rupturas internas no partido.Na ocasião, DSP afirmou-se disponível para contribuir na procura e promoção da tão desejada unidade e coesão internas do partido, alertando contudo para o respeito absoluto dos princípios democráticos, a salvaguarda das reformas necessárias para a modernização do aparelho partidário e, a conformidade com o sistema político definido pela Constituição da República;
2. Subsequentemente, este colectivo formulou propostas concretas e designou três elementos da sua direcção para acompanharem o candidato nos esforços conjuntos de aproximação de todas as partes e o estabelecimento de uma plataforma de entendimento, favorável à proclamada unidade e coesão;
3. A 21 de Junho, tendo de se ausentar do país por motivos profissionais e académicos, o candidato DSP formulou uma nota de atenção e respeito à Comissão, comunicando a sua ausência e a disponibilidade da equipa para continuar o diálogo, mas mantendo as duas opções apresentadas e que considera essenciais para um entendimento;
4. Informado pelos órgãos da comunicação social da assinatura de um texto de constituição da Plataforma, por parte de alguns ex-candidatos e, sobretudo, ao ter conhecimento de afirmações em como a assinatura do candidato DSP estava simplesmente pendente do seu regresso ao país, este colectivo dirigiu uma nota à Comissão, alertando para o facto de continuar a aguardar por uma resposta à sua nota anterior e solicitando a marcação de uma reunião para o definitivo esclarecimento da situação;
Desta forma, o Colectivo de apoio à candidatura DSP reitera às suas estruturas de apoio, aos militantes e simpatizantes do partido, ao público em geral e aos parceiros internacionais da Guiné-Bissau que:
a. o Engº Domingos Simões Pereira prossegue com a candidatura à liderança do PAIGC;
b. nos próximos dias, este colectivo voltará ao contacto com as suas estruturas de apoio, no final do qual haverá um pronunciamento público do próprio candidato;
c. conforme princípios anunciados, este colectivo manterá sempre a sua disponibilidade e abertura para o diálogo com todas as sensibilidades e corentes internas, desde que favoráveis aos objectivos e interesses do nosso grande partido, o PAIGC. Assegura todavia a todos da sua determinação em levar à victória a candidatura DSP e colocar respectivamente, à disposição e ao serviço do PAIGC e da Guiné-Bissau, o projecto “Maior coesão interna do partido, melhor futuro da Guiné-Bissau”.
Viva o PAIGC,
Viva a Unidade e coesão internas no PAIGC
Feito em Bissau, aos 18 dias de Julho de 2013.
O Colectivo de apoio à candidatura do Eng.º DSP à Presidência do PAIGC
Detenção em Bissau: os pés pelas mãos
A detenção ilegal dos dois agentes afectos à Policia de Emigração de Cabo Verde - Júlio Centeiro Gomes Tavares e Mário Lúcio de Barros, continua a fazer correr muita tinta. Ditadura do Consenso sabe que o Procurador Geral da República, Abdu Mané, accionou já todos os mecanismos ilegais com vista à fabricação de factos e mentiras contra os mesmos com os objectivos de incriminá-los falsamente para poder agradar os militares sob comando de António Indjai, e também 'salvar a face' permanecendo mais uns mesinhos no seu posto, em que até agora mostrou apenas uma coisa: incompetência.
As pressões contra o director da Policia Judiciária e o magistrado encarregue do processo são mais que muitas, tudo na vã tentantiva de inventar o impossível. Os dois agentes continuam detidos sem culpa formada mas mesmo assim o procurador continua teimosamente com as suas manobras maquiavélicas. O processo é tão vago, mas tão vago que chegou ao triste ponto de nenhum técnico querer comprometer a sua imagem e carreira, pegando nele. AAS
Porquê tanto medo do Carlos Gomes Jr.?
"Pretende-se hoje na Guiné-Bissau, de forma oportunista e maquiavélica, trazer ao centro do debate politico, a questão da oportunidade ou não da candidatura ao próximo pleito presidencial, do Primeiro Ministro deposto e ainda Presidente do PAIGC, Sr. Carlos Gomes Júnior (CGJr).
Subjacente a este argumento com o qual se pretende fazer um "caso politico-judicial" esgrimem-se falaciosamente muitas "causas", entre elas, ser alegadamente CGJr, "um fator de instabilidade", de ter "relações tensas e conflituosas com os militares", de pretensamente ser "contra os balantas", ou, ainda,... "caso volte a pisar o solo guineense, seria inevitavelmente morto pelos militares"... enfim, uma panóplia de argumentos sinuosos, sem bases de sustentação, senão a força de argumentos de puro oportunismo politico e falta de preparação para uma disputa politico-democrático livre, sã e transparente.
Perante todos esses falsos argumentos, que sabemos nos, têm como objetivo único tentar afastar ou eliminar um concorrente politico de peso, apetece-nos perguntar:
- Como se pode considerar-se alguém de "desestabilizador", "indesejável" ou "promotor de tensões" quando essa pessoa, em dois ciclos de mandato legislativo como Primeiro Ministro (respetivamente, de maio de 2004 a novembro 2005 e de janeiro 2009 a abril 2012, todos, infelizmente abruptamente interrompidos), fez demostração inequívoca de ser um bom gestor governativo, factos reconhecido unanimemente, quer pela Comunidade Internacional (CI), quer também internamente por larga maioria da população guineense;
- Como querer negar essas evidências, se os seus concidadãos se revêm invariavelmente nele e manifestam publicamente o respaldo positivo das suas ações na gestão da coisa publica guineense, tanto no seu quotidiano, quanto nos horizontes de desenvolvimento que o pais tem perspectivado sucessivamente nos seus mandatos electivos. Inegavelmente, os fatos falam por si: com CGJr na governação o pais esta melhor, o pais tem mais credibilidade e o Povo acredita sempre em dias melhores. Elementar;
- Como se pode, senão por mero oportunismo politico, tentar catalogar um adversário politico de "persona non grata" no seu próprio pais, quando, essa mesma pessoa, em duas ocasiões mereceu plena confiança dos seus concidadãos para ser seu Primeiro Ministro e, bem recentemente foi merecedor da confiança esmagadora dessa mesma população eleitoral, para o guindar ao topo das eleições presidenciais antecipadas de março de 2012, num ambiente em que, apesar da fragmentação da sua base eleitoral, com o aparecimento de mais três candidatos da mesma base de apoio partidário, CGJr logrou angariar, logo à primeira volta, quase 50% dos votos dos guineenses, ficando a uma nesga de vencer logo a primeira volta essas eleições cobardemente interrompidas por um golpe militar sob orientação de forças estrangeiras da CEDEAO;
- Como se pode pretender ignobilmente excluir um adversário politico através de métodos de pura vilania, quando essa pessoa, é apoiada e reconhecida por mais de 95% da Comunidade Internacional e, quando essa pessoa se faz representar e ser recebido pessoal e institucionalmente junto das mais altas instâncias supranacionais, internacionais e regionais, casos das NU, UA, UE, CPLP e Comunidade de Estados Latino Americanos e outros mais, conseguindo por si só, suplantar todo um regime de esbirros impostos pela golpista e retrograda CEDEAO na Guiné-Bissau.
Pensamos nos que, este tipo de pressões, de jogos de pura baixeza politica e animosidade pessoal artificialmente concebidas contra a pessoa desse politico, até se pode compreender quando vindo da atual elite militar no poder na Guiné-Bissau, porquanto sabem estes que, com CGJr na Presidência da Republica, as suas influências e interferências, as suas ações delituosas e criminosas, assim como o seu circulo de impunidade estariam inevitavelmente contados . Poderá igualmente compreender-se se que, da parte da CEDEAO, estejam a ser traçadas estratégias visando tentar impedir CGJr assumir um dia a magistratura suprema na Guiné-Bissau, isto porque, é demais evidentes de que, os interesses geoestratégicos, geopolíticos e de açambarcamento selvagem dos nossos recursos, que alguns desses países, tais como o Senegal, a Nigéria e a Costa do Marfim, têm traçado e vêm praticando na Guiné-Bissau colidirão frontalmente com a posição e a visão nacionalista e independente que CGJr tem para o seu pais. Pode-se compreender posições de hostilidade ou de retorica anti-Cadogo vindo desses países do nosso bloco regional, pois não é por gentileza que o catalogam de "pro-lusófono" ou "pro-luanda". Compreender-se-á esse posicionamento, pois esse grupo de países sabe de que, se um dia CGJr for Presidente da Guiné-Bissau, este não abdicara de certeza, em ter uma postura nacionalista firme e independente na defesa dos interesses nacionais, não se dando aos habituais atos de subserviência, de bajulações e de condescência para com as pretensões hegemónicas que os mesmos têm sobre os interesses e os vastos recursos do pais.
Contudo, torna-se deveras preocupante quando certas pessoas e fações de interesses políticos, cientes do peso politico e credibilidade interna e externa de CGJr e com medo da sua concorrência politica, venham, desavergonhadamente esgrimir esses falaciosos e tenebrosos argumentos, chegando ao ponto de alguns arautos da desgraça, sentenciarem a sua "morte" ou "inevitável assassinato" caso se atreva voltar a pôr os pés na Guiné-Bissau. E apavorante, ver políticos sem escrúpulos, alguns ainda bem recentemente fanaticos da causa "Cadoguista", estarem a tentar vender ao Povo guineense esse discurso de pura cobardia, assente em ameaças implícitas de CGJr ter encontro marcado com a morte caso persista na sua candidatura à Presidência da Republica guineense. E triste e vergonhoso que, pela simples ganância do poder se sugere a eliminação física de um adversário politico com medo de o enfrentar democraticamente, na certeza de que será derrotado.
Ainda é mais triste e inquietante, quando se constata uma flagrante sintonia de discursos mesclado de medo e ameaças de eliminação física de adversários políticos que tem sido propalado por uma certa fação politica concorrente e o discurso da atual fação militar atualmente no poder na Guiné-Bissau. Tal e qual uma caixa de ressonância de certos recados militaristas, um discurso meticulosamente elaborado tem sido veiculadas interna e externamente afim de tentar fazer prevalecer o medo e a descrença nos círculos de apoio a CGJr.
Para nos, é evidente que essa simbiose de interesses e estratégia político-militar urdida e posta em marcha contra a pessoa de CGJr já está claramente dissecada na mente dos principais mediadores da crise guineense, que decerto não se deixarão levar pela retorica do medo e da intimidação e assim, se sintam compelidos a abdicarem de exigirem as atuais autoridades politico-militares de transição que, os guineenses sejam livres de constrangimentos e que nessas eleições possam escolher o que bem entenderem ser melhor para o seu pais de uma forma livre, justa e transparente, sem exclusão de quem quer que seja... e muito menos através de métodos depravados e cobardes.
Pela razão acima, julgamos de que, nem as NU, nem a UA e tão pouco a UE e a CPLP se deixarão embalar por esse fado do medo e do terror com nítido cunho militar e se submeter a essa estratégia, dando assim ouvidos à retorica da intimidação e de ameaças que estão a ser cobardemente urdidas por um grupo de políticos enfeudados aos militares com vista a subverter a sã concorrência democrática no pais.
Igualmente, estamos certos de que o Povo guineense não se deve deixar cair nesse pistiloso engodo de falsários da politica, devendo exigir firmemente à Comunidade Internacional que, todos os guineenses sem exclusão impostas de quem quer que seja, sejam permitidos participar nas eleições gerais de novembro próximo, em condições de total liberdade, segurança e garantia da sua integridade fisica, assim também, que o pleito de novembro proximo que lhe esta subjacente seja realizado com competência e rigor a fim de garantir a sua caução de livre, justa e transparente.
Assim estamos certos de que, com base nessas premissas os guineenses, sem subterfúgios e intimidações escolherão, como sempre têm feito, com total liberdade quem bem entenderem ser o mais capaz para dirigir os seus destinos e, neste particular, CGJr não deixa infelizmente, muita gente dormir sossegadamente.
Viva a Guiné-Bissau
C.R.
Coletivo de Reflexão "Nô pensa Guinendadi"
Condecorado
No seu discurso do passado domingo, durante a recepção oferecida pela embaixada da França em Bissau por ocasião das celebrações do 14 de Julho (dia da França), o Embaixador surpreendeu os presentes com o anúncio de que o seu governo tinha decidido condecorar o escritor guineense Abdulai Sila com a medalha "Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres".
Instituído em 1957, este galardão é atribuído anualmente a personalidades, francesas e estrangeiras, que se distinguiram pela sua criatividade no domínio da literatura ou pela contribuição que deram à irradiação das artes e das letras na França e no mundo.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Detenção em Bissau: Cabo Verde quer esclarecimentos "com urgência"
O Governo de Cabo Verde pediu hoje às autoridades guineenses que esclareçam, "com urgência", as condições e fundamentos legais da detenção, sexta-feira, de dois agentes da Direção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF) cabo-verdianos.
Numa conferência de imprensa, a ministra da Administração Interna cabo-verdiana, Marisa Morais, indicou que, até hoje, não foi formalizada qualquer acusação aos dois agentes. Marisa Morais adiantou que, na sequência da falta de informação sobre as razões da detenção, as autoridades de Cabo Verde apresentaram nas instâncias competentes guineenses um pedido de libertação, que ainda não obteve resposta. Lusa
CPLP: Representante em Bissau para acompanhar eleições e situação política
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai designar um representante especial para acompanhar as eleições e a situação na Guiné-Bissau (África), país que foi alvo de um golpe de Estado em 2012 e em novembro, escolherá novo presidente e parlamentares. A sugestão foi apresentada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, em reunião com o chanceler de Moçambique, Oldemiro Baloi.
A ideia é que o representante especial acompanhe a evolução dos acontecimentos na Guiné-Bissau até a conclusão do processo eleitoral e o submeta à avaliação dos demais integrantes da CPLP. Há, ainda, a proposta de instalar um escritório de representação da comunidade na Guiné-Bissau para coordenar os esforços internacionais em apoio ao país. Patriota está em Maputo, em Moçambique, para a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A CPLP é formada por Brasil, Portugal Angola, Cabo Verde, pela Guiné-Bissau, por Moçambique, São Tomé e Príncipe, além do Timor Leste. Os chanceles debaterão o tema "Os Novos Paradigmas e o Futuro da CPLP na Era da Globalização". AgênciaBrasil