sexta-feira, 11 de junho de 2004
Há quem marque na própria baliza...
Este é Kumba Ialá, metido num traje típico indonésio (ou sul-africano?). A seu lado, o árbitro, atónito.
Simplesmente, adoro
Adoro este quadro que está no hall de entrada da minha casa. É do Diamantino, um dos melhores pintores guineenses contemporâneos.
Estou que nem 'poço'...
ANGOLA: MAIS UM POSSO DE PETRÓLEO NO BLOCO 31
«Angola tem mais um posso de petróleo, descobertas em águas ultra-profundas, no bloco 31, segundo comunicaram a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) e a British Petroleum (BP)»...esta é uma notícia lida neste sítio, que continua assim: «Este é o quarto poço descoberto no Bloco 31, localizado ao largo do Soyo, na costa norte de Angola, onde já existem os poços Plutão, Saturno e Marte.». Em jeito de comentário, digo que quem escreveu ou 'picou' esta notícia, não sabia se era carne ou peixe...tinha as suas dúvidas. São as barbaridades que se escrevem por aí.
«Angola tem mais um posso de petróleo, descobertas em águas ultra-profundas, no bloco 31, segundo comunicaram a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL) e a British Petroleum (BP)»...esta é uma notícia lida neste sítio, que continua assim: «Este é o quarto poço descoberto no Bloco 31, localizado ao largo do Soyo, na costa norte de Angola, onde já existem os poços Plutão, Saturno e Marte.». Em jeito de comentário, digo que quem escreveu ou 'picou' esta notícia, não sabia se era carne ou peixe...tinha as suas dúvidas. São as barbaridades que se escrevem por aí.
quinta-feira, 10 de junho de 2004
Vão buscá-la!
Porque sei que os guineenses estão, de alma e coração, com a selecção portuguesa de futebol, deixo aqui a minha expressa vontade: Força, Portugal!!! Get It!!!
terça-feira, 8 de junho de 2004
A vida é composta de ciclos...
Meu caro Aly,
Como sabemos a vida é composta de ciclos. Há a meninice, depois a adolescência, a idade adulta, a maturidade e, por fim, a morte. O Lusófono passou pela meninice, vai fazer um período sabático, no sítio, que será a adolescência; porque tenho a certeza que virá para a idade adulta cheio de maturidade que lhe conferirá o sítio. Continua a contar a 100% comigo, quer no sítio, quer quando o suporte papel regressar. Sempre. Abraços deste que assina com o nome e não sob o pseudónimo Eugénio Costa Almeida
Caro Eugénio,
Obrigado pelas palavras. Sim, talvez um dia volte à baila com o Lusófono. Quem sabe...abraço, Aly Silva
Como sabemos a vida é composta de ciclos. Há a meninice, depois a adolescência, a idade adulta, a maturidade e, por fim, a morte. O Lusófono passou pela meninice, vai fazer um período sabático, no sítio, que será a adolescência; porque tenho a certeza que virá para a idade adulta cheio de maturidade que lhe conferirá o sítio. Continua a contar a 100% comigo, quer no sítio, quer quando o suporte papel regressar. Sempre. Abraços deste que assina com o nome e não sob o pseudónimo Eugénio Costa Almeida
Caro Eugénio,
Obrigado pelas palavras. Sim, talvez um dia volte à baila com o Lusófono. Quem sabe...abraço, Aly Silva
segunda-feira, 7 de junho de 2004
Como um bom soldado
«Para quem escreve com o fim de ser lido, não ser entendido ainda é pior do que não ser apreciado. Ou lido.» Miguel Esteves Cardoso, semanário ‘O Independente’/Maio de 1988
Durante dois anos – que foi quando dei conta de que tinha completado a minha instrução formal em jornalismo pelas mãos deste semanário (abraço a todos, em especial ao Paulo Pinto Mascarenhas, à Inês Serra Lopes, ao Vítor Cunha e ao Paulo Reis); e desta revista (obrigado à Áurea Sampaio, ao Rui Costa Pinto, ao Cáceres Monteiro, ao Francisco Galope e ao Pedro Camacho) - magiquei a ideia de criar e dirigir um jornal, quinzenal, que versasse sobre os países africanos que falam o português e fosse servido aos seus nacionais residentes em Portugal. Utópico? Talvez, mas o desafio valia a pena.
Passei todas as noites do mês que antecedeu a saída do número zero, rodeado daqueles que acabariam por nunca participar do projecto. Conversávamos sobre a ‘viabilidade’, a ‘durabilidade’ e a ‘aceitação’ do jornal por parte daquele que seria o nosso público-alvo. «Os africanos não lêem», dizia um; «não será prematuro?», interrogava-se outro. E eu, à minha maneira, aumentei a parada: «vou fazê-lo e vamos ter também um sítio na Internet». Tudo o que recebi foi um encolher de ombros e dois olhares de espanto.
Pois bem, consegui e orgulho-me disso. E eles também (obrigados ao Abílio Neto, ao Ricardo Godinho Gomes e ao Octávio Lopes). Inaugurei o sítio no dia 15 de Novembro de 2003. Fazia anos e morreu-me um amigo – que saudade do ‘nosso’ Carlinhos... Depois, bem, depois foi o sucesso (mas o sucesso é sempre relativo). Tudo isto para dizer a todos aqueles que nos leram durante perto de três anos, que fechamos um ciclo e vamos suspender a publicação do Lusófono no formato de papel, continuando apenas com o sítio.
Convém no entanto realçar que não fomos nós que vergámos. Foi-nos comunicado apenas trinta dias antes que a «crise» – ah!, la crise! – foi a responsável (eu continuo a defender que «a crise está nas nossas cabeças», caso contrário o Lusófono não sobreviveria até aqui...). É claro que durante perto de três anos reinámos. Fomos o único jornal do género e, assim, a referência de muito boa gente. Éramos aquele jornal que criticava a incompetência e não tinha receios ou medo; também fomos solidários quando chamados, ou não.
É sabido que Lusófono tem, desde há dois meses, um concorrente, propriedade de um grande grupo de comunicação que apoia alguns governos africanos... Não que o dito jornal fosse comparável ao nosso excelente produto ou coisa que o valha... não!. A força do nosso concorrente reside apenas no facto de ser um semanário e de ter uma tiragem de 40 mil exemplares, mesmo que não venda um terço do Lusófono. E daí termos sido preteridos. Convém, no entanto, dizer que levamos o BCP – o nosso parceiro desde o número zero - ao colo. Passaram de 20 por cento de quota no mercado das transferências de dinheiro para... 50 por cento, e orgulhamo-nos disso.
É certo que vivemos numa economia de mercado, onde os menos fortes quase nunca conseguem sobreviver – o Lusófono era frágil e baseava-se apenas na boa vontade de alguns poucos e da carolice de duas pessoas. Nunca tivemos aquele pressentimento do «vou ser rico». Seria até estúpido e isso não somos. Queríamos apenas servir, como um bom soldado. Desde 23 de Março de 2002, data em que foi lançado o número zero, com uma bonita festa na Estufa Fria (um agradecimento especial à Câmara Municipal de Lisboa), que não deixamos de cumprir com o nosso papel: o de escrever para ser lido.
É claro que incomodávamos. Mas também falávamos bem. Não nos deixámos, contudo, amedrontar. Nunca. Escrevíamos bem, mas havia um problema que nos acompanhou quase sempre, como se de uma sombra se tratasse: algumas pessoas liam-nos mal. Mandaram-nos «recados». Tentaram calar-nos, mas recusamos a humilhação. Quantas vezes, na paginação, nos deparamos com um problema caduco: como é difícil... nunca há espaço suficiente para publicar o pouco ou nada que foi escrito – À ‘DigisCript’, ao Nuno Figueiredo e João Reis, obrigado pela paciência, havemos de voltar a trabalhar juntos. Aos meus caros Eugénio Almeida, Inocência Mata, Leopoldo Amado, Sónia Neto, Sahida Alina entre outros que colaboraram com o Lusófono, não há palavras...elas simplesmente não chegariam para vos agradecer.
Diz-se que os últimos são sempre os primeiros. Assim, e na impossibilidade de citar todos, cá fica um abraço de saudade aos colaboradores que ao longo destes quase três anos aturaram o meu «mau feitio». Tenham paciência e não desesperem que o Lusófono voltará um dia. E, quem sabe, todos os que estiveram comigo. A ser, será um projecto muito mais arrojado, acreditem. Sem medos.
Agora, chegou a hora de experimentar novas aventuras, da qual vos darei conta mais tarde... Abraços calorosos a todas(os). O blogue continuará, bem como o sítio - isto se a nova realidade o permitir, claro.
António Aly Silva
Lisboa, Junho de 2004
Aparecemos aqui...
...E na RTP (´´Portugal no Coração, 'Mana África', Repórter RTP) e na SIC (SIC Notícias e 'Etnias') e em muitos mais sítios. Muito obrigados.
sexta-feira, 4 de junho de 2004
E as crianças, senhores?
É este o mapa da discórdia
Hoje, visitei a Feira do Livro e fiquei embasbacado...no stand 11, da DINALIVRO, existe um mapa do mundo «para crianças». Até aqui tudo bem, até porque as crianças merecem tudo. Porém, a curiosidade falou mais alto e decidi chegar mais perto. Qual não foi o meu espanto quando vejo que a Guiné-Bissau tinha ficado fora do mapa. Lá estavam o Senegal e a Guiné-Conacry e da Guiné-Bissau nem sombras...Reclamei e foi-me dito para ir ao stand 128, o que fiz, pois era lá que estava o responsável. Voltei a reclamar. Foi-me dito apenas que o mapa em causa «é feito na Alemanha e distribuído pelos espanhóis». Mais: a Guiné-Bissau não constava «porque havia muita informação de outros países». Não caí de cú porque não calhou. Porra para isto! Não conformado, pedi que retirassem o mapa da exposição, pois pode confundir a pequenada, baralhando-os ainda mais...que nada, apenas gastei o meu latim e a saliva. O mapa continua lá. Eu, apenas pude fazer uma fotografia, para mais tarde recordar. Não há direito!!!
quinta-feira, 3 de junho de 2004
Porra para isto (cont.)
Ou muito me engano, ou esta gente ainda não se apercebeu...ok, ok...agora lê-se melhor, mas podiam arranjar uma cor de fundo mais jeitosinha?...podem encontrar aqui uma vasta palete de cores...contentores deles, aliás!
O que diz Alatas?
O ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio que conduziu as negociações com Portugal para a independência de Timor-Leste, Ali Alatas, disse hoje, em Lisboa, que esse período "foi um dos mais difíceis" de toda a sua carreira diplomática. "Aquele período foi um dos mais difíceis de toda a minha carreira de diplomata. Tinha de conduzir a diplomacia em dois sentidos: perante Portugal e as Nações Unidas e perante o meu governo", disse Ali Alatas. O ex-ministro e actual conselheiro da presidência indonésia falava na conferência sobre as relações euro-asiáticas que está a decorrer hoje no Centro de Congressos da FIL, em Lisboa, para agradecer o "relato vívido" desse período feito na conferência por Ana Gomes, então embaixadora de Portugal em Jacarta. Na apresentação que fez do diplomata, a ex-embaixadora quis contar alguns dos "momentos decisivos" desse processo negocial que protagonizou com Ali Alatas na década de 1990 para ilustrar o papel em seu entender decisivo e empenhado que o então ministro indonésio teve. Segundo contou, logo na primeira reunião que mantiveram, dois dias depois de chegar a Jacarta para reabrir a secção de interesses de Portugal (31 de Janeiro de 1999), pôde "testemunhar a extraordinária qualidade do diplomata Ali Alatas". - Hum...
Será desta?
A alegada conta secreta que Ansumane Mané abriu na Costa do Marfim poderá pertencer afinal à ex-Junta Militar. Mas também, a mesma conta pode servir para descortinar o verdadeiro mistério por detrás do seu assassinato. Fonte da família do brigadeiro diz que os "verdadeiros contornos do assassinato estão ainda por revelar". A morte de Ansumane Mané, abatido a tiro em Novembro de 2000, pode estar relacionado com o depósito de 18 milhões de dólares (15 milhões de euros) e não com a alegada tentativa de golpe de Estado de que foi acusado pelo então presidente Kumba Ialá.
Pode ser desta, oxalá...
quarta-feira, 2 de junho de 2004
Portfólio, Guiné-Bissau
Fotografias © António Aly Silva/2004
Olhares distantes; o orgulho e a esperança sempre presentes...eis o guineense!
Uma imagem que vale mais do que mil palavras
Esta imagem ilustra a beleza das mulheres a pescar nas águas calmas de um rio qualquer da Guiné-Bissau. A coreografia parece ensaiada, mas não foi. É mesmo assim.
Cuidado com estes sítios
ALERTA PARA QUEM USA INTERNET VIA TELEFONE:
Acabam de me avisar para «não entrar» neste sítio e nem neste. Dizem que eles existem para roubar as passwords. Para aceder a este site é necessário instalar um ficheiro. Este ficheiro, quando instalado, substitui a ligação telefónica normalmente utilizada (clix, iol, Netc,Telepac, etc.), por outra ligação, pela "módica" quantia de 3,28€ (cerca de 659$00) por minuto. Esta situação é gravíssima, atendendo a que minguém se apercebe de nada, isto até aparecer a factura do telefone. O mais escandaloso é que o programa tenta constantemente ligar à internet, pelo que, se alguém abandonar o computador cortando a ligação, não imagina que o computador vai voltar a ligar, ficando a gastar 659$00 por minuto. Ficam avisados
Acabam de me avisar para «não entrar» neste sítio e nem neste. Dizem que eles existem para roubar as passwords. Para aceder a este site é necessário instalar um ficheiro. Este ficheiro, quando instalado, substitui a ligação telefónica normalmente utilizada (clix, iol, Netc,Telepac, etc.), por outra ligação, pela "módica" quantia de 3,28€ (cerca de 659$00) por minuto. Esta situação é gravíssima, atendendo a que minguém se apercebe de nada, isto até aparecer a factura do telefone. O mais escandaloso é que o programa tenta constantemente ligar à internet, pelo que, se alguém abandonar o computador cortando a ligação, não imagina que o computador vai voltar a ligar, ficando a gastar 659$00 por minuto. Ficam avisados
Minha bandeira, meu orgulho
...Num dia qualquer, lembro Amílcar, Pansau e outros e com orgulho digo Guiné-Bissau e o indicativo do nosso hino nacional: «Esta é a Nossa Pátria Amada».
terça-feira, 1 de junho de 2004
É a incompetência, estúpidos (II)
Caro amigo,
Antes de me ir embora, depois de mais um dia de trabalho, não pude deixar de lançar um olhar pelos sítios de temática africana, e lá me deparei com o teu artigo “É a incompetência, estúpidos”. Fiquei sobressaltado, pois conheço o teu estilo, e fiquei com a adrenalina no ponto, mas acabada a leitura sinto-me tal como me senti no dia em que alguém (guineense), se sentou ao meu lado para me convencer a votar no PAIGC, e perante a falta de argumentos para desmontar ao raciocínio que construí, reagiu dizendo que tinha documentos (termo de compromisso que os bolseiros assinam antes de partir para os estudos) assinados por mim que poderia entregar no SEF, para não me atribuírem a nacionalidade portuguesa uma vez que tinha o processo de naturalização em curso.
Caro amigo a minha resposta veio pronta e num tom diferente daquele que sei que habitualmente usas: “Os documento foram assinados em Bissau por isso ninguém os poderia ter em Lisboa. Por outro lado não surtiriam efeito pois o meu processo fruto da concentração das minhas energias e da minha inteligência em coisas construtivas, em apenas quatro meses deixou de ser da competência do SEF, uma vez que a minha naturalização já vinha publicada no Diário da República, o que impressionou até aos funcionários do SEF pois foi tão rápido quanto o dos jogadores de futebol.”
Ora aí está uma situação que me permite, hoje, perceber o que sente uma pessoa que se concentra em construir, em ser empreendedor, criativo, inovador... e em marcar uma posição que permita ampliar o espaço de manobra de toda a comunidade africana e sem sombra de dúvidas abrir precedentes positivos e incutir mais espírito crítico às gerações futuras, perante agressões de indigentes com que temos que lidar hoje.
Pois digo com uma frontalidade equivalente à calma que geralmente procuro manter neste tipo de situação, que o berço faz a diferença, muita gente minha amiga saiu dos internatos do PAIGC (sem querer generalizar) e dos confins da Guiné, para ocupar o espaço deixado por pessoas como o Luís Cabral. Independentemente da cor da pele, há quem tenha outra visão do mundo, outra dimensão e estatura ética e moral, e é assim não por culpa de alguém, mas por obra e graça do destino que colocou alguns do lado dos que mais oportunidades e proximidade tiveram do conhecimento, da formação, da cultura e dos bons costumes, da ética, da moral, dos princípios, do carácter ... e ninguém se pode auto flagelar por ter tido tal sorte, antes pelo contrario. Peço a Deus que me coloque sempre do lado das oportunidades, e quando assim não for não procuro destruir tudo e todos, mas sim conviver e evoluir com e ao lado dos melhores. Porém, não se deve esperar essa postura daqueles que usurparam os destinos da Guiné-Bissau.
Gente cuja visão do mundo e da essência da vida, até há bem pouco tempo se resumia a conceitos associados a fenómenos como o “fanado”, a agricultura de subsistência, o casamento tradicional e polígamo, o toca-tchur, cancuram, cansaré.... ora com todo o respeito que tais conceitos merecem no contexto da nossa cultura, é uma forma muito redutora superficial de conhecer e abordar o mundo.
O meu amigo, quando deu conta de si como gente, já conhecia o rádio, o gira-discos, o leitor/gravador de cassetes, nem se deve lembrar como e quando aprendeu a ler pois foi algo natural no seu contexto familiar, tinha pessoas da família que já conheciam a metrópole... por isso tem a obrigação de não se deixar atingir por quem não tem dimensão para tal. Um abraço do Insolente
NR - Insolente, sabes bem que há coisas que eu não engulo. Se esse alguém fosse homem, ter-se-ia identificado para, assim, lhe ir às trombas!!! Sem espinhas. Vai dando notícias. Abraço amigo.
Antes de me ir embora, depois de mais um dia de trabalho, não pude deixar de lançar um olhar pelos sítios de temática africana, e lá me deparei com o teu artigo “É a incompetência, estúpidos”. Fiquei sobressaltado, pois conheço o teu estilo, e fiquei com a adrenalina no ponto, mas acabada a leitura sinto-me tal como me senti no dia em que alguém (guineense), se sentou ao meu lado para me convencer a votar no PAIGC, e perante a falta de argumentos para desmontar ao raciocínio que construí, reagiu dizendo que tinha documentos (termo de compromisso que os bolseiros assinam antes de partir para os estudos) assinados por mim que poderia entregar no SEF, para não me atribuírem a nacionalidade portuguesa uma vez que tinha o processo de naturalização em curso.
Caro amigo a minha resposta veio pronta e num tom diferente daquele que sei que habitualmente usas: “Os documento foram assinados em Bissau por isso ninguém os poderia ter em Lisboa. Por outro lado não surtiriam efeito pois o meu processo fruto da concentração das minhas energias e da minha inteligência em coisas construtivas, em apenas quatro meses deixou de ser da competência do SEF, uma vez que a minha naturalização já vinha publicada no Diário da República, o que impressionou até aos funcionários do SEF pois foi tão rápido quanto o dos jogadores de futebol.”
Ora aí está uma situação que me permite, hoje, perceber o que sente uma pessoa que se concentra em construir, em ser empreendedor, criativo, inovador... e em marcar uma posição que permita ampliar o espaço de manobra de toda a comunidade africana e sem sombra de dúvidas abrir precedentes positivos e incutir mais espírito crítico às gerações futuras, perante agressões de indigentes com que temos que lidar hoje.
Pois digo com uma frontalidade equivalente à calma que geralmente procuro manter neste tipo de situação, que o berço faz a diferença, muita gente minha amiga saiu dos internatos do PAIGC (sem querer generalizar) e dos confins da Guiné, para ocupar o espaço deixado por pessoas como o Luís Cabral. Independentemente da cor da pele, há quem tenha outra visão do mundo, outra dimensão e estatura ética e moral, e é assim não por culpa de alguém, mas por obra e graça do destino que colocou alguns do lado dos que mais oportunidades e proximidade tiveram do conhecimento, da formação, da cultura e dos bons costumes, da ética, da moral, dos princípios, do carácter ... e ninguém se pode auto flagelar por ter tido tal sorte, antes pelo contrario. Peço a Deus que me coloque sempre do lado das oportunidades, e quando assim não for não procuro destruir tudo e todos, mas sim conviver e evoluir com e ao lado dos melhores. Porém, não se deve esperar essa postura daqueles que usurparam os destinos da Guiné-Bissau.
Gente cuja visão do mundo e da essência da vida, até há bem pouco tempo se resumia a conceitos associados a fenómenos como o “fanado”, a agricultura de subsistência, o casamento tradicional e polígamo, o toca-tchur, cancuram, cansaré.... ora com todo o respeito que tais conceitos merecem no contexto da nossa cultura, é uma forma muito redutora superficial de conhecer e abordar o mundo.
O meu amigo, quando deu conta de si como gente, já conhecia o rádio, o gira-discos, o leitor/gravador de cassetes, nem se deve lembrar como e quando aprendeu a ler pois foi algo natural no seu contexto familiar, tinha pessoas da família que já conheciam a metrópole... por isso tem a obrigação de não se deixar atingir por quem não tem dimensão para tal. Um abraço do Insolente
NR - Insolente, sabes bem que há coisas que eu não engulo. Se esse alguém fosse homem, ter-se-ia identificado para, assim, lhe ir às trombas!!! Sem espinhas. Vai dando notícias. Abraço amigo.
O ovo e a galinha do jornalista e a "doutrina" de Paulo Portas
A história do ovo e da galinha, ou a dúvida sobre o que surgiu primeiro, tem dividido opiniões, mas o ministro da Defesa português, Paulo Portas, defendeu hoje em Bissau que, sobre essa questão, "a doutrina divide-se".
A questão, inesperada, foi levantada por um jornalista guineense que, depois de Paulo Portas falar sobre as razões da sua estada em Bissau, foi provavelmente confrontado com a pergunta mais inesperada da sua vida e feita com o ar mais sério deste mundo. O diálogo, que tem tanto de curto como de inesperado, decorreu a bordo da fragata "Vasco da Gama", que se encontra ao largo de Bissau, e foi, no mínimo, bizarro:
- "Senhor ministro, só para satisfazer a minha curiosidade: ovo ou galinha, quem nasceu primeiro?", perguntou o jornalista, no meio da surpresa geral, quanto mais não seja pelo "atrevimento". O seu interlocutor, Paulo Portas, respondeu, naturalmente surpreendido: - "Como?".
- "Ovo e galinha. Qual deles «nasceu» primeiro?", repetiu o jornalista, ávido pela resposta. - "A doutrina divide-se", respondeu quase de imediato o governante português, não conseguindo, depois, disfarçar uma gargalhada bem sonora e que levou os restantes jornalistas presentes, até então atónitos e expectantes, a rir a bandeiras despregadas.
O inquiridor, sempre impassível, ficou satisfeito e embarcou, logo depois, no helicóptero que o trouxe de regresso a terra firme, enquanto Paulo Portas, ainda a abanar a cabeça de incredulidade, se afastava para algures dentro da fragata "Vasco da Gama".
"Senhores presidentes, estamos aqui!!!"...
..."Olhem um pouco mais por nós". Assinam as crianças dos países africanos de língua portuguesa. E nós subscrevemos na íntegra.
Hoje é 1º de Junho, o dia das Crianças
E estes são os seus direitos:
PRINCÍPIO I – A criança tem direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
PRINCÍPIO II – A criança tem o direito de ser compreendida, deve desenvolver-se em condições de igualdade de oportunidades, com liberdade e dignidade.
PRINCÍPIO III – A criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.
PRINCÍPIO IV – A criança tem direito à alimentação, deve crescer com saúde e a mãe deve ter cuidados médicos antes e depois do parto.
PRINCÍPIO V – A criança deficiente tem direito à educação e cuidados especiais.
PRINCÍPIO VI – A criança tem direito ao amor e compreensão, deve crescer sob a protecção dos pais, com afecto e segurança para desenvolver sua personalidade.
PRINCÍPIO VII – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, as suas opiniões e o seu sentimento de responsabilidade moral e social.
PRINCÍPIO VIII – A criança em qualquer circunstância deve ser a primeira a receber protecção e socorro.
PRINCÍPIO IX – A criança não deve ser abandonada, espancada ou explorada, não deve trabalhar quando isto atrapalhar sua educação, saúde e seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
PRINCÍPIO X – A criança deve ser protegida do preconceito, deve ser educada com o espírito de amizade entre os povos, de paz e fraternidade, deve desenvolver suas capacidades para o bem de seus semelhantes.
É a incompetência, estúpidos
Alguns energúmenos escrevem-me para o blogue, insultando, nalguns casos até ameaçando, tudo a coberto do anonimato e, portanto, COBARDEMENTE. Invocam até - vejam só! - o ex-presidente Luís Cabral, para me chamar de 'caboverdiano'. Para que conste, digo a estes meus polícias de luxo que poucos guineenses, compatriotas meus, serviram e servem aquele país, como eu. A essas pessoas peço que dêem a cara, que venham ao terreno enfrentar-me cara a cara. Tal como eu faço e sem medos.
Orgulho-me muito do papel que desempenho em Portugal em prol, não só da Guiné (mas mais da Guiné), mas de todos os países africanos que falam o português. Quanto a esta nobre área em que me movo - o jornalismo, orgulhar-me-ei sempre quando disser que trabalhei aqui e aqui - as duas MELHORES publicações em Portugal. Quero apenas ver esses países a caminhar na direcção certa e sem complexos estúpidos. Quero que as crianças dos nossos países tenham oportunidade para estudar e, mais tarde, servirem o país que lhes viu nascer. Quero ver os cidadãos dos nossos países a viver com dignidade, como humanos e não como animais. Quero ajudar a acabar com a CORRUPÇÃO, com a INCOMPETÊNCIA, com a DESUMANIDADE e com a GULA dos seus GOVERNANTES.
Falam mal de Luís Cabral, mas se me permitem, gostaria que me respondessem a esta pergunta: Dizem cobras e lagartos do ex-presidente...mas Luís Cabral saiu do poder em 1980... e a Guiné-Bissau parece que está na idade da pedra... Tenham vergonha e estejam calados, pois quando alguns de vocês abrem a boca, ou entra mosca ou sai asneira. Por isso é que a Guiné-Bissau está como se vê: tornou-se num santuário para mentirosos e delatores. E num país de nabos e empatias, eu considero-me um bom fazedor. Não sou palhaço. Palhaços são vocês, que medem tudo o que fazem e SOMAM nada. Garanto-vos aqui que eu, que fui para o fundo do poço com aquele povo e País que amo e venero, sairei vencedor. Juntamente com eles. Até porque não tenho inimigos à minha altura. Sem qualquer consideração, assina: António Aly Silva