quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Jornalismo e Direitos Humanos - 2ª Edição



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

<<<<< Já votou hoje? Falta 1 dia para terminar a votação

BCEAO dispõe de 200 biliões de reservas cambiais liquidas


"A instituição bancária que dirijo está disponível, em continuar a trabalhar com o Governo", afirmou o Diretor Nacional da BCEAO, João Aladje Mamadu Fadia, durante a visita de cortesia, que efetuou hoje, dia 4 de novembro, ao Chefe do Governo, Carlos Correia. No encontro, a abordagem foi fundamentalmente sobre a situação económica, do crédito e dos Bancos na Guiné-Bissau.

Segundo o Diretor Nacional da BCEAO, “senti-me na obrigação de vir apresentar alguns elementos, que constitui o nosso relacionamento com o governo, nomeadamente os textos do Banco Central e as algumas informações úteis das mais recentes da situação económica.

Também, referiu que “o Banco Central ocupa-se da questão da Balança de Pagamentos e além disso do sector externo e nós mostramos ao Primeiro-ministro que este ano a evolução foi positiva do sector externo, em que o Banco Central hoje dispõe de reservas cambiais acima de duzentos bilhões francos CFA, que é superior a trezentos milhões de euros de reservas cambiais liquidas.” O Primeiro-ministro agradeceu a disponibilidade manifestação e reiterou o interesse do governo em continuar a trabalhar com o BCEAO.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

OPINIÃO AAS: Íntimo


Ditadura do Consenso - o blogue, sempre foi a cara do António Aly Silva. Independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blogue, que conta com quase 30 milhões de visitas.

Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas. Mas também passei por momentos muito difíceis e tenho conseguido superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase cinco no respeito e consideração de muito boa gente.

Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, sou uma pessoa bastante humana, vivendo de maneira espartana.

De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em apenas 49 anos de vida.

Durante séculos os homens cometeram erros. Tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobre ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.

Eu estou disposto a dar a vida pela Guiné-Bissau. Ponto.

Escrevi já muito no blogue. O livro está a chegar e, quem sabe mesmo, um ponto final? Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável (nunca critico pessoas, critico autoridades) - apesar das possíveis e, inadiáveis, consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Prefiro as prisões, os espancamentos, os exílios forçados a estar simplesmente calado, passivo e a contemplar o caos reinante. Isso nunca acontecerá, garanto-vos.

Nestes 49 anos (a completar já no próximo dia 15) que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim, oportunidades que convém agarrar.

Hoje, 11 anos depois de criar o blogue, continuo a pensar que o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte é de facto a luta comigo mesmo. António Aly Silva

CIDADANIA: Mindjeris lanta


Um grupo de mulheres da Guiné-Bissau, residentes no país e na diáspora, criou um movimento para a paz, estabilidade e legalidade, com o qual pretendem "dizer basta" à instabilidade política e pobreza.

O grupo, que se autointitula "Minjderis di Guiné No Lanta" (Mulheres da Guiné-Bissau levantemo-nos), ou Miguilan, foi fundado por 29 guineenses de várias profissões e conta com cerca de 80 membros. Entre elas estão a cantora Karyna Gomes, a gestora de projetos Nelvina Barreto ou a jurista Vera Cabral.

Em conjunto, a decisão de criar o movimento surgiu no dia 24 de agosto, na sequência da decisão do Presidente guineense, José Mário Vaz, de demitir o Governo eleito, situação com a qual não concordaram.

"Somos um movimento constituído exclusivamente por mulheres que espontaneamente se mobilizaram para dizer 'basta' aos recentes eventos políticos que levaram ao derrube, pelo Presidente da República, do Governo saído das urnas após as eleições legislativas de 2014", lê-se num manifesto a que a Lusa teve hoje acesso. O Governo derrubado "já estava a dar passos importantes e a granjear a confiança interna e externa", acrescentam.

Para o Miguilan, a decisão do Chefe de Estado "mergulhou a Guiné-Bissau em nebulosas de insegurança, instabilidade, ilegalidade", factores que, dizem, conduzem à persistência da corrupção, injustiça e pobreza da população.

Cansadas de ver e viver com instabilidade política no país e confrontadas com os níveis da pobreza da maioria da população guineense, as mulheres do Miguilan pretendem passar aos atos, com a introdução de "um discurso diferente" na Guiné-Bissau e a colocação da voz e ação feminina "nas mais altas instâncias nacionais e internacionais" de discussão.

"O Miguilan é uma organização da sociedade civil guineense que é, por definição, partidária, e que se quer política, tendo a ambição de fazer ouvir a sua voz em tudo o que diz respeito às orientações e decisões relativas à paz, estabilidade e legalidade" na Guiné-Bissau, refere o manifesto.

Ter uma presença ativa das mulheres nos órgãos de poder, de gestão e resolução de conflitos é um dos objetivos do movimento.
O Miguilan promete trazer para o debate nacional questões como a boa governação, democracia, direitos humanos e género, bem como denunciar decisões e práticas vigentes na Guiné-Bissau que sejam contrárias às prerrogativas da democracia e de um Estado de Direito.

OBITUÁRIO



Os mais profundos sentimentos à família enlutada. AAS

<<<<< Já votou na nova sondagem DC? Não se esqueça

TERRA RANKA/BANCA: Bissau terá mais um banco comercial, o 5º a operar no País


A Atlantic Business International obteve, segundo informações recolhidas, o aval das autoridades da Guiné-Bissau para se instalar naquele que era, até agora, o único Estado da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) na qual essa holding financeira não tinha ainda presença marcada.

Após ter arrematado o Banco Internacional para a Africa (BIA, Niger) por 22 milhões de euros – validado em outubro pelas autoridades monetárias da UEMOA -, a holding financeira e bancária Atlantic Business International (ABI, sigla em inglês), filial comum da costa-marfinense Atlantic Financial Group (AFG) e do marroquino Banque Centrale Popularize (BCP), obteve a autorização das autoridades guineenses para a implantação do Banque Atlantique na capitals Bissau, segundo a Jeune Afique.

Segundo essas informações, a ABI não conta no entanto abrir uma nova filial, mas sim uma sucursal que dependerá do Banque Atlantique Côte d’Ivoire (BACI), o líder desse grupo financeiro. Essa implantação foi dirigida de inicio ao fim pelo costa-marfinense Souleymane Diarrassouba, o Director-Geral da ABI, contando igualmente com Rachid Agoumi, o ex-director para a área internacional do BCP.

Com esta operação, a ABI fecha o ciclo da sua implantação nos oito Estados membros da UEMOA, porquanto a Guiné-Bissau era o único pais da União que não beneficiava da cobertura do Banque Atlantique.

A abertura do BACI-Guiné-Bissau esta prevista para o primeiro semestre de 2016. O banco posicionar-se-á na vertente das pequenas/médias operações e poupanças. Será o quinto estabelecimento bancário do País, depois do Banco da Africa Ocidental (BAO), o BDU, o Ecobank e o Orabank (sucursal da Orabank Costa do Marfim). AAS

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

<<<<< Já votou na nova sondagem DC?

ONU ALERTA: "Tempo urge" para a Guiné-Bissau após dois meses sem governação


O "tempo urge" para a Guiné-Bissau após dois meses sem governação e agora a enfrentar insegurança com a formação do novo Governo recém-empossado, afirmou Raul de Melo Cabral, chefe de coordenação do Assessor Especial para África da ONU.

por vezes, dá a impressão que vivemos um mal crónico, que é o mal da crise permanente", disse à Lusa o guineense, que chefia a coordenação do Programa de Desenvolvimento do Gabinete do Assessor Especial para África das Nações Unidas (OSAA, na sigla em inglês).

O Presidente da República, José Mário Vaz, nomeou a 12 de outubro o novo Governo de Carlos Correia, dois meses depois de ter demitido o executivo liderado por Domingos Simões Pereira.

Na opinião de Raul Cabral, a comunidade internacional esteve apreensiva durante o impasse político que tomou conta do país africano durante agosto, setembro e início de outubro.

"A Guiné-Bissau é um dos países frágeis em todos os seus aspetos, desde a governação, à sua economia. No meio dessa confusão, mal havia um governo de gestão sequer. Obviamente que a comunidade internacional estava apreensiva pela recente história do país", analisou.

Sobre as críticas de que a ONU não tem estado a cumprir o seu papel de ajudar na estabilização do país, Raul Cabral discorda.

"Penso que a ONU tem desempenhado um papel crucial e não há nenhuma dúvida que as coisas poderiam ser muito piores se as Nações Unidas não estivessem lá para ajudar. Mas a ONU só pode ajudar quando as partes envolvidas estão dispostas a isso", ressalvou.

Para o responsável, é uma questão de tempo até o país encontrar o seu passo. O guineense admitiu que foi apanhado de surpresa ao saber da notícia da demissão do Governo, porque estava entusiasmado com o rumo que o país estava a tomar.

"Fui apanhado de surpresa com o que aconteceu. Desta vez que o partido líder PAIGC conseguiu maioria, a Guiné-Bissau estava no bom caminho e tinha todo o apoio internacional", disse.

Em março deste ano, o então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira foi à mesa redonda de doadores em Bruxelas com o objetivo de conseguir 427 milhões de euros de ajudas financeiras. A União Europeia prometeu um apoio de 160 milhões de euros e Portugal outros 40 milhões.

Cabral destacou o facto de, desta vez, não ter havido nenhuma intervenção militar e que utilizaram-se os mecanismos jurídicos para resolver o impasse político.

"Esta situação poderia ter sido evitada, mas é de aplaudir o fato de que todos comediram as suas ações, o que permitiu que a solução fosse encontrada. Muito embora tenha levado tempo, foi uma solução negociada que utilizou as instituições jurídicas e legais", reforçou.

Para Cabral, a Guiné-Bissau tem todas as condições para ser um país de êxito e caberá aos seus governantes utilizarem o "bom senso" e os mecanismos institucionais. O responsável destacou ainda a necessidade de reforçar os mecanismos de prevenção de conflito e promoção de diálogo para detetar e impedir futuros males e problemas.

Cabral disse ter "muita fé" na Guiné-Bissau e no seu povo, e referiu estar convencido de que será possível encontrar uma solução pacífica e sustentável. "Como africano, partilho do ponto de vista que os problemas devem ser resolvidos pelos africanos e com os africanos. A ONU está lá para dar apoio, ajudar, servir como plataforma de coesão e ser um facilitador", defendeu. Lusa

Terra Ranka: Pescas


A instalação de uma indústria de conservação e redes de distribuição de pescado a nível da Guiné-Bissau deve ocorrerá em breve, anunciou sexta-feira o secretário de Estado das Pescas e Economia Marítima, Ildefonso Barros.

O governante, que falava perante uma delegação de empresários da província chinesa de Jiangsu – de visita ao país desde o dia 26 – acrescentou que estes são os grandes compromissos assumidos pelo governo e o seu parceiro chinês, a Companhia Nacional de Pesca Marítima da China (CONAPEMAC), através de um protocolo de acordo rubricado.

“O processo está muito avançado e espero que em breve possamos ter o privilégio de assistir ao início dos trabalhos de construção”, revelou o secretário de Estado das Pescas e Economia Marítima, indicando que a futura indústria pesqueira fica localizada em Bissau, junto às instalações onde funciona a CONAPEMAC.

Partidos progressistas da CEDEAO reunidos no Benin




"As crises políticas na África Ocidental e o surgimento de uma consciência coletiva progressiva" foi o tema com que o Presidente do Partido Social Democrata beninense, Emmanuel Golou abriu a sessão dos trabalhos da Conferencia dos Partidos de Esquerda da África Ocidental, que ontem iniciou-se no Azalai Hotel Praia em Cotonou, Bénin.

Um total de 23 partidos políticos progressistas, vieram de 11 países para esta reunião de Cotonou. Os delegados durante todo o dia refletiram sobre "a necessidade de um quadro consultivo permanente dos partidos progressistas da África Ocidental". E do “papel que que cabe a estes partidos progressistas na construção e preservação da paz na África Ocidental".

Aquiles Massougbodji, SG PSD, em suas palavras introdutórias e de boas-vindas, destacou as razões para a reunião sub-regional dos partidos progressistas no âmbito da CEDEAO, que considerou como uma iniciativa louvável e oportuna nascida de um projeto do Partido Socialista senegalês.

"a vossa presença em Cotonou para tomarem parte nesta reunião, demonstra a urgência e a necessidade deste encontro da família dos partidos de esquerda, nesta altura em que acrescem as necessidades de uma real e efetiva coordenação entre nós, de forma a encontrarmos uma estratégia comum para reintroduzirmos um mais do que necessário debate político sobre questões de grande importância para o futuro dos nossos países respetivos”, diria ainda Aquiles Massougbodji, SG PSD, para logo concluir que “nós estamos aqui para reconstruir ou afinar os conceitos ideológicos no seio dos nossos partidos, a fim de podermos ideologicamente fazer as mudanças urgentes de que a África Ocidental precisa. Estamos aqui para delinearmos os objectivos e as estratégias da nossa actuação para com o futuro".

Para o Presidente do Partido Social Democrata do Bénin (PSD-Bénin), Emmanuel Golou, “esta reunião é a primeira história de sucesso dos partidos considerados de esquerda, após a falhada tentativa empreendida pelo Presidente Léopold Sédar Senghor em 1946 e este encontro na nossa capital servirá para discutirmos as grandes questões nosso tempo”

Para Emmanuel Golou, “o socialismo é uma abordagem pragmática que não morre com o tempo e que também não morrem com o desaparecimento dos seus mentores”, para logo acrescentar, citamos, “hoje, é preciso uma redefinição de valores e a nossa missão para ter sucesso, é desejável que os nossos partidos resistam e sobrevivam ao tempo, não morrendo com os seus fundadores”.

O Presidente do PSD Emmanuel Golou não deixou de enviar parabéns aos militantes do PSD partidos progressistas cujo país sediou as últimos reuniões deste grupo, tendo também convidado os líderes presentes para desenvolverem acções concertadas entre eles no sentido de se reforçar de forma sustentável a segurança na África Ocidental, ao mesmo tempo que defendia a necessidade de se proceder a importantes reformas políticas e económicas no seio de cada um dos países integrantes do espaço CEDEAO, pois como sustentou, citamos, “é chegado o tempo para que a nossa região e a África faca valer a sua real forca e da necessidade de um esforço consciente e coletivo para extirparmos do nosso seio essa falsa impotência que às vezes nos deixa indefesos".

O camarada Domingos Simões Pereira, fará igualmente uma apresentação da situação política, económica e social da Guiné-Bissau e do papel que cabe ao PAIGC de que é Presidente jogar neste processo conducentes ao reforço da democracia, da unidade e coesão nacionais, do desenvolvimento económico, financeiro, social e cultural do nosso país, com vista ä materialização dos grandes eixos programáticos do PAIGC em prol do desenvolvimento, do progresso e do bem-estar dos guineenses.