sábado, 13 de dezembro de 2014

CADERNO ELEITORAL: O Governo Guiné-Bissau prepara-se para atualizar cadernos eleitorais, disse à agência Lusa fonte governamental.

Cipriano Cassama 'enterra' secretário de Estado Domenico Sanca


O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, classificou ontem como uma "falha" o encontro de uma comitiva governamental com rebeldes de Casamança (Senegal) em território guineense e pediu a exoneração dos dirigentes civis e militares que a integravam, entre eles o actual ministro interino, Domenico Sanca.

O líder da comitiva, o ministro da Administração Interna, Botche Candé, foi demitido pelo Presidente da República, José Mário Vaz, depois do incidente e segundo o presidente do parlamento, os restantes dirigentes também devem sair. O parlamento guineense criou uma comissão de inquérito ao caso, cujos resultados foram apresentados na quinta-feira numa sessão à porta fechada.

"Botche não deve ser o único a pagar pela falha. Todos os que lhe o acompanharam, devem ser igualmente responsabilizados", defendeu Cipriano Cassamá, que advoga ainda uma "mudança radical" nos ministérios da Administração Interna e da Defesa.

O presidente do Parlamento guineense exige também que as autoridades guineenses trabalhem no sentido de reconfirmar os pilares (marcos das fronteiras) entre a Guiné-Bissau e o Senegal.

Cassamá diz que vai convocar o ex-ministro da Administração Interna, Botche Candé, para ser ouvido na comissão especializada permanente sobre Defesa. Ainda não foi nomeado um novo ministro da Administração Interna e Botche demitiu-se a 28 de novembro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

TACV volta em breve: A companhia aérea cabo-verdiana (TACV) vai retomar, em breve, as ligações com a Guiné-Bissau, interrompidas desde o mês de abril do ano passado, por "questões comerciais", anunciou o ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mario Lopes Rosa. AAS

CONVOCATÓRIA


EUA tem novo embaixador para Guiné-Bissau e Senegal


O Senado dos Estados Unidos confirmou James Peter Zumwalt como o próximo Embaixador dos E.U.A. para o Senegal e a Guiné-Bissau por aclamação em 18 de Novembro de 2014 e Presidente Obama promulgou esta nomeação a 25 de Novembro.



Designado Embaixador Zumwalt serviu no Departamento de Estado como Secretário de Estado Assistente Adjunto desde 3 de Janeiro de 2012. Ao longo da sua carreira, serviu em várias posições em Washington e no exterior, na área de economia internacional, assuntos Asiáticos e Africanos, e inclusive como encarregado do dossier econômico na Embaixada dos E.U.A. em Kinshasa. O Embaixador designado fala Francês e Japonês.

Designado Embaixador Zumwalt disse que se "sente honrado por ser indigitado pelo Presidente Obama para servir como Embaixador dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau. Aguarda com expectativa trabalhar com os Bissau-Guineenses neste momento importante na sua história, um momento que lhes permite escolher a senda do progresso e da esperança.

Em 1998, designado Embaixador Zumwalt fez mestrado em Estudos de Segurança Internacional pelo National War College. Em 1979, licenciou-se em Artes, na área da História Americana e língua Japonesa pela Universidade da Califórnia, Berkeley. Zumwalt cresceu em El Cajon, Califórnia, e é casado com Ann Kambara, aposentada recentemente após uma carreira de 30 anos no Departamento de Estado.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

António Indjai agora é lavrador e não quer mais nada com armas


O general António Indjai, líder dos militares no golpe de estado de 2012 na Guiné-Bissau, exonerado em setembro, disse hoje que não pensa voltar a pegar em armas para intervir no rumo do país, dedicando-se apenas à agricultura.

“Podem confiar que o general está na lavoura. A pegar numa arma? Não é verdade. Não penso nisso, nem hoje, nem amanhã, para sempre”, referiu numa entrevista em crioulo à RTP África, numa das suas quintas em Bambadinca, leste da Guiné-Bissau.

“Quero ver o país em desenvolvimento, pelo menos para os nossos filhos poderem estudar. Um general vai pensar em problemas a cada dois anos”, questiona.

Na primeira entrevista desde que foi afastado da liderança das forças armadas, Indjai pediu ao governo para esquecer o que está para trás, para trabalharem juntos daqui em diante.

“Lembrar, falar do passado, traz problemas e inimizade. Falo ao povo e governo da Guiné-Bissau para fazermos como o Presidente da República disse: pormos a mão na lama”, uma expressão guineense que significa, “vamos ao trabalho”.

Indjai foi exonerado do cargo de Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMFGA) a 16 de setembro pelo novo Presidente da República, José Mário Vaz, eleito este ano (de par com o novo parlamento e governo), pondo fim ao regime de transição que saiu do golpe de 2012.

O general classifica o Presidente como um amigo de longa data e considera que o seu afastamento da liderança militar faz parte do jogo democrático. “Saí das forças armadas sem problemas, sem nada. Saí porque é assim a democracia”, referiu.

Para além da lavoura (culturas de sésamo e arroz), Indjai diz que espera vir a receber uma pensão de reforma adequada à patente de “general de quatro estrelas”.

“O povo deve ficar tranquilo (…), mas se alguém me expulsar da minha quinta, está a criar um problema: como é que eu vou comer? Tenho a certeza que ninguém vai dizer que eu não posso lavrar a terra”, acrescentou o militar que os norte-americanos ainda querem capturar, por alegado envolvimento no tráfico de droga.

O general faz um pedido ao povo e ao governo da Guiné-Bissau: “que guardem a minha vida para que eu possa trabalhar. Se pensarem que estou a fazer alguma outra coisa, que mandem uma delegação [para verificar]. Não tenho nada”, sublinhou.

Inocente

Na entrevista à RTP África, António Indjai desvaloriza as acusações da justiça dos EUA e volta a dizer-se inocente em relação às suspeitas de tráfico de droga internacional. A 18 de abril de 2013, foi acusado pelos norte-americanos de participação numa operação internacional de tráfico de drogas e armas, processo que se mantém em aberto, recaindo sobre o general um mandado de captura.

A acusação surgiu depois de um antigo líder da Marinha guineense, contra-almirante Bubo Na Tchuto, ter sido detido dias antes, a 04 de abril, em águas internacionais, perto de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana, juntamente com outros quatro guineenses.

Indjai foi afastado por José Mário Vaz através de um decreto presidencial que já era esperado nos círculos políticos e militares, dada a saída de cena das figuras que tinham tomado o poder após o último golpe de estado. Lusa

DSP no Senegal em visita de trabalho


O primeiro-ministro Domingos Simões Pereira encontra-se no Senegal para uma visita de trabalho de dois dias. Em Dacar, o primeiro-ministro guineense foi recebido em audiência, no Palácio da República, pelo presidente do Senegal Macky Sall. Os dois governantes abordaram questões de cooperação bilateral e também a situação sociopolítica da Guiné-Bissau.

De acordo com o chefe do Governo guineense, o grande motivo da deslocação prende-se com a mesa-redonda com os doadores a ter lugar em Fevereiro, em Bruxelas, Bélgica. Bissau contratou o mesmo gabinete que assistiu Dacar, na sua mesa redonda.

A epidemia de ébola não ficou de fora da conversa entre Macky Sall e Domingos Simões Pereira. A Guiné-Bissau que reabriu esta semana as suas fronteiras, depois de ter encerrado em Agosto para evitar a entrada de casos de ébola no país. Medida que nunca foi adoptada pelo Senegal. Dacar que, de resto, registou um único caso de ébola. Ambos, Senegal e Guiné-Bissau, fazem fronteira com a Guiné-Conacri, um dos países mais afectado pela epidemia.

Domingos Simões Pereira e Macky Sall tempo tiveram ainda para abordar o incidente fronteiriço entre os rebeldes de Casamança e o ex-ministro da Administração Interna. Em Novembro, uma comitiva do governo da Guiné-Bissau liderada por Botche Candé teria sido interceptada por rebeldes de Casamança em território guineense. RFI

FUNPI: Governo trava fundo do caju e promete "auditoria minuciosa"

O governo da Guiné-Bissau excluiu o fundo de promoção do caju (Funpi) do Orçamento de Estado para 2015 e vai fazer uma auditoria às respetivas contas, disse hoje à Lusa o ministro do Comércio, Serifo Embaló. "O Governo fez uma proposta (da sua supressão) do Orçamento Geral do Estado, que foi aprovado pelo Parlamento. Portanto, tudo o que é previsão de formas de receitas do Estado está no Orçamento", do qual já não consta o Funpi, referiu.

"Neste momento, o Funpi não constitui preocupação para ninguém", disse hoje o governante que falava durante um encontro numa unidade hoteleira de Bissau dedicado a estratégias para rentabilizar o comércio do produto. Segundo referiu, o governo vai realizar uma "auditoria minuciosa" às contas daquele fundo, criado pela Câmara do Comércio para a promoção de iniciativas industriais no setor do caju.

O Fundo de Promoção às Iniciativas Industrias foi criado em 2011 numa concertação entre a Câmara do Comercio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) e o Governo do então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, tendo gerado mais de 20 milhões de dólares (16 milhões de euros).

O dinheiro, guardado num conta do tesouro público, seria empregue para a promoção de iniciativas de industrialização e transformação de produtos agrícolas do país. No entanto, segundo o ministro das Finanças, Geraldo Martins, o dinheiro foi "mal utilizado" durante o período de transição, na sequência do golpe de estado de abril de 2012

Fontes ligadas ao executivo de transição afirmam que parte do dinheiro do Funpi foi utilizada no pagamento dos ordenados e outras despesas do estado. Ao mesmo tempo, muitos intervenientes da fileira do caju descordam da existência do fundo por ser gerado a partir de um imposto que é cobrado por cada quilograma do produto exportado.

Queixam-se de o dinheiro não reverter para o fim para o qual foi destinado. O ministro do Comércio defende que, no caso concreto do Funpi, o "Governo fez o seu papel" ao suprimir do Orçamento Geral do Estado um fundo que era motivo de "muita controvérsia".

OPINIÃO: Novo MAI ou velhas MANHAS?


A dor de cabeça do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira para a nomeação de um novo ministro da Administração Interna na Guiné-Bissau está agora a tomar contornos de uma autêntica novela mexicana. Desde que, a 28 de novembro e a "seu pedido", Botche Cande apresentou o pedido de demissão do cargo, o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira parece não ter conseguido, ainda, convencer o Presidente da República de um nome para ocupar uma pasta tão sensível como é o da Administração Interna.

Forças de bloqueio, dirão uns, mas a verdade é que tem sido bastante difícil convencer JOMAV. E agora as coisas complicaram e Domenico Sanca está cada vez mais longe de ser o próximo MAI: "Parece pouco provavél que o Domenico Sanca venha a substitur o Botche Cande como MAI", garantiu ao DC uma fonte bem colocada junto do executivo.

Os vários desentendimentos entre Domenico e JOMAV - o primeiro enquanto director das alfândegas e o actual PR então ministro das Finanças, eram famosos em Bissau. "JOMAV sentia-se 'desautorizado' pelo DG Domenico Sanca, que por sua vez se queixava de estar a sentir-se sufocado com as exigências do então ministro hiper-controlador", revelou a mesma fonte.

Quanto ao PAIGC, parece estar a perder o fio à meada: a ANP e a Presidência da República não podem com o Governo; o Governo também não pode com nenhum deles, mas sabe que perderá a guerra se tentar lutar com os dois (e é tudo PAIGC). Parecem mais entretidos a lavar a roupa suja.

Deviam era trabalhar em conjunto para tentar desastar o emaranhado de nós que teimam em sufocar a nossa Nação. Para já, e enquanto o País está numa guerra surda, o Povo suspira pela sã convivência entre todos os seus órgãos de soberania. AAS

OPINIÃO: Reconciliação - Esperança ou Miragem?


"Foi com muita supresa que ouvi a noticia do encontro entre o ex-presidente de transição, Serifo Nhamadjo e o Presidente da ANP, Cipriano Cassamá. A supresa não é o facto de os dois se encontrarem, mas sim a alegada, segundo os órgãos de comunicação, intenção do Presidente da ANP convidar o Serifo Nhamadjo a integrar a Comissão de Reconciliação Nacional ( não sei se para a presidir, ou apenas para integrar como membro).

A reconciliação nacional é uma questão de extrema importancia que merece ser tratada com toda a atenção e cuidado.
Ainda não apagou na mente dos guineenses os traumas dos dois anos de transição que quer queira, quer não, o Eng.º Serifo Nhamadjo é interveniente. Não vejo, no entanto que contribuição poderá o Serifo trazer para a comissão, senão aumentar ainda mais a desconfiança do povo sobre as verdadeiras intenções dos proponentes desta ideia de reconciliação.

Temos homens capazes de liderar o processo de reconciliação. Homens que nada têm com a políttica. Homens com um passado limpinho que poderão muito bem liderar esse processo. Espero que os partidos com assento na ANP, a sociedade civil, comunidade religiosa, se envolva desde já neste processo e proponham uma pessoa idónea para liderar o processo de reconciliação, porque só assim estaremos isentos de desconfiaças.

Bolingo Cá"

ÉBOLA: Segundo a OMS, até agora, 18 mil pessoas foram infectadas e 6.388 morreram. AAS

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

DIREITOS HUMANOS: Ministra quer criar a figura de provedor de justiça




Por ocasião da celebração hoje do Dia Internacional dos Direitos Humanos, a ministra guineense da Justiça, Carmelita Pires anunciou que o executivo vai criar nos próximos tempos a figura do provedor de justiça para dar mais protecção aos cidadãos.

Ao reconhecer que "ocorrem situações de violação dos direitos Humanos", a Ministra da Justiça referiu que o país "precisa urgentemente" de montar um novo sistema de protecção dos direitos dos cidadãos, do qual o provedor de justiça será uma figura central.

Neste aspecto, Carmelita Pires referiu ainda que pretende montar um vasto programa nacional de sensibilização e formação na área dos Direitos Humanos, dando especial atenção aos "grupos vulneráveis", as mulheres e as crianças. RFI

Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicação já tem sítio na internet


AQUI

NOTÍCIA DC: Preço para bilhete de avião foi determinado


O Secretário de Estado guineense dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, e o Ministro das Finanças, Geraldo Martins, determinaram que o valor do bilhete de avião Lisboa-Bissau-Lisboa na classe económica não pode ultrapassar os 500 mil francos CFA (mais ou menos 750 euros). AAS

ÚLTIMA HORA: Morreu hoje o Sr. Fernando Mandinga, pai do deputado Vitor Mandinga. Que a terra lhe seja leve. As mais sentidas condolências a toda a família. AAS


OPINIÃO: Areias, um peso para os felupes


"Caro Aly,


FOTO:DR/PM

Sobre a exploração das areias pesadas de Varela pelos russos, os felupes mais uma vez disseram que o terreno é deles e que não querem a exploração das areias pesadas - envio em anexo mais uma máquina que passou esta semana.

Ambientalmente a exploração é muito mau, quanto a contrapartidas para os felupes, são zero, a tabanca de Niquim vai ser expropriada, os
militares e a Guarda Nacional em vez de proteger o povo, protegem os russos, que querem dar 135 000 usd às 26 familias de Niquim, para onde eles vão? Já pagaram ao governo 3 milhões de usd, o que é uma vergonha.

Os felupes votaram em massa no governo, com a promessa de que as coisas iriam mudar e o que vêm é que os russos ainda os roubam mais com este novo governo.

Com os melhores cumprimentos,

PM
"

Combustíveis - é hora de rever o preço


"Caro Aly,

Desde Junho, o petróleo baixou 30%, porque é que na Guiné-Bissau o gasóleo e a gasolina continuam a 700 Fcfa? Será que a GALP não sabe que os preços já baixaram em Portugal, e que está na altura de baixar também na Guiné Bissau?

Alguém anda a roubar o povo da GuinéBissau - esse alguém tem nome ou se chama governo ou se chamam companhias petrolíferas. Porque o governo não intervém???

Com os melhores cumprimentos,

PM
"

Não conseguem matar a honra


"Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem de, em certas ocasiões de crise política (perdi-lhes a conta) em que eu teimava em dar a cara e em bater-me pelos meus ideais e pelas minhas convicções, algumas pessoas diziam-me num tom quase paternal «vai, faz-te de vítima, queixa-te, pode ser que consigas 'vender' qualquer coisa».

Lá está. Não entendiam as minhas razões. Meus caros,

As minhas razões sempre estiveram e estarão na linha da frente das minhas lutas. O tempo da verdade chega sempre, pelo que a honra tem que ser paciente. Nunca serei uma vítima - e é isso que, afinal de contas, o País não me perdoa. AAS"

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

ÚLTIMA HORA: O Orçamento do Estado para o ano de 2015 foi aprovado esta noite por unanimidade no parlamento guineense. AAS

TAP não regressa a Bissau "porque a procura é muito baixa"


O presidente da TAP, Fernando Pinto, disse hoje que a companhia aérea nacional ainda não retomou os voos para Guiné-Bissau, suspensos há um ano, porque a procura é muito baixa, o que será reavaliado no início do próximo ano. "A razão principal é mercado mesmo. Chegámos a fazer uma pesquisa para ver como estavam as possibilidades, mas temos uma procura muito baixa do mercado", disse hoje o gestor, quando questionado sobre o retomar dos voos para a Guiné-Bissau, suspensos em dezembro de 2013 na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.

Fernando Pinto adiantou que, quando a TAP suspendeu a operação, "outras empresas" assumiram a sua posição e, por isso, houve "uma queda muito forte da procura". "Então vimos que não era ainda possível retornar ao mercado. No início do próximo ano tem que ser muito bem analisada para ver se a rota vale a pena", acrescentou.

Sobre o que levou à suspensão da operação, Fernando Pinto disse já ter "a garantia das autoridades que as condições de segurança estão reunidas". Na altura da suspensão dos voos a TAP considerou que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente.

Depois de assinado o protocolo, a companhia chegou a vender bilhetes para a retoma da ligação a partir de 26 de outubro, mas entretanto cancelou a operação, sem mais explicações. As ligações diretas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora feitas pela companhia Euroatlantic com um voo semanal às sextas-feiras.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

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Guiné-Bissau e Cabo Verde retomam contacto



Encontro hoje, na cidade da Praia, entre o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, acompanhado de Cândido Barbosa, Cônsul da Guiné-Bissau em Cabo Verde.
Foto: Gabinete PM Cabo Verde

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, mostrou-se “sensibilizado” com o gesto do Governo da Guiné-Bissau de solidariedade e de amizade para com o povo cabo-verdiano neste “momento difícil”, com a erupção vulcânica no Fogo, sublinhando o “extraordinário” contributo do Governo da Guiné-Bissau e que tocou e sensibilizou Neves. Novos apoios estão a caminho de Angola e de Portugal.

O Governo da Guiné-Bissau, para além da mensagem de conforto, enviou, através do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades da Guiné Bissau, embaixador Mário Lopes da Rosa, uma quantia no valor de 75 mil dólares.

Um acto que o Chefe do executivo cabo-verdiano considera de “extraordinário” atendendo às próprias dificuldades porque passa aquele país amigo, face ao desafio da transição e reconstrução do país em questão e de “grandes dificuldades económicas e sociais”, um gesto que nos toca, nos sensibiliza muito e demonstra todo o carinho e toda a amizade do Governo e do Povo da Guiné-Bissau para com Cabo Verde”, afirmou José Maria Neves. Saiba mais no www.governo.cv e ouça as declarações do PM sobre o tema, aqui, através da RádioPM:

Ouça as afirmações do Embaixador e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa sobre o tema. Fonte: Gab. PM de Cabo Verde

ERUPÇÃO DO VULCÃO DO FOGO: Governo guineense doou 75 mil dólares para ajuda aos afectados pela erupção que começou há mais de 15 dias. O acto aconteceu com a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Lopes da Rosa, que se encontra na capital do país, Praia, para uma visita de 24 horas AAS

domingo, 7 de dezembro de 2014

COOPERAÇÃO RELÂMPAGO: O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, chega hoje à cidade da Praia como enviado especial do Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira. A visita será de 24 horas. AAS

SEGURANÇA: Portugal retomou a formação de efectivos da Guarda Nacional (GN) e de agentes da Polícia de Ordem Pública (POP) da Guiné-Bissau que estava suspensa desde o golpe de estado de Abril de 2012, disse hoje fonte diplomática. AAS

OPINIÃO: A chaga do Nhaga


"Carissimo Aly,

Desejo-te paz e muita saude para continuares a pleitar pela verdade e justiça na Guiné-Biisau.

Simples como isso, para te pedir que ignores esse parvalão do Antonio Nhaga que pretende fazer publicidade à tua custa. Pessoas como a Antonio Nhaga, inutil e persunçosa, tal como o conheço ha quase quarenta anos, não vale um cuspo da tua saliva, tão pouco um rabisco da tua respeita e apreciada pluma gladiadora.

Estranha-me até hoje, que esse sujeito seja na verdade um jornalista. Eu, até prova em contrario devidamente certificada, continuo a duvidar de que, esse sujeito tenha formação compativel de jornalista. Na verdade conheço o Nhaga ha mais de trinta anos em circunstâncias que abdico aqui de precisar, mas sempre constatei de que, era uma pessoa de comportamentos que escondia ressentidos, digamos assim, um pouco para o "complexado".

Quiça, fruto da intrinsidade dos seus ressentimentos, nunca foi uma pessoa coerente de ideias, o que, respaldava na sua sociabilidade, que era naturalmente intrinsica ao conflito que o atormentava, entre aquilo que é, e o que tinha que aparentar ser. Desse periodo da nossa adolescência acabei por perdê-lo de vista. Soube depois, que o sujeito, andava "perdido" pelos fiordes finlandeses com uma nativa dessas paragens, em tempos vinda a Bissau à procura de calores e sabores tropicais. Dei conta dele, quando reapareceu por Bissau. Inicialmente a espaços, entre o antes e o pos conflito de junho de 98, alvoraçando, ja na altura, o titulo de jornalista.

Para mim continuo na mesma com a minha persunçosa desconfiança..., se é que se tenha formado, o homem é muito mal formado e não me convence. Assim penso, porque mal fala o português e, escrever, é um desastre, pois fa-lo mal e porcamente. Alias, ele não consegue montar um artigo jornalistico, por mais basico que seja. Digo isso, pois tive oportunidade de comprova-lo O resultado, se assim possa dizer, dessa nossa pretensa relação de trabalho, sustenta até hoje, a minha interrogação sobre as suas competências para esse exercicio.

Esse Antonio que eu conheço, de peladas de futebol até ao pseudo-jornalista que se arroga hoje, não merece a tua atenção, tão pouco a esgrima de argumentos, pois o AN, tal como era atabalhoado no futebol... corria desalmadamente, sem rumo, sem talendo. Corria, corria, porque assim pensava o futebol à sua maneira. In felizmente, é assim a vida do AN. Corre para o nada.

Ignora-lo ja é um favor.
Gulak"

sábado, 6 de dezembro de 2014

Assinatura de acordo GB/BM: 7 milhões de dólares em dia de aniversário




No passado dia 4 de Dezembro de 2014, nos escritórios do Banco Mundial em Dakar. Cerimónia de assinatura da convenção de financiamento de 7 milhões de dólares para a agricultura e a segurança alimentar entre o Banco Mundial, o Programa Alimentar Mundial e o Governo da Guiné-Bissau. A surpresa foi o bolo do aniversário: é que o ministro das Finanças, Geraldo Martins, fazia anos nesse dia.

António Nhaga: Nunca serás lembrado


"Aly Silva - o D. Quixote guineense

Jornalista e pintor, António Aly Silva, também bloguista, é um autêntico D. Quixote da Guiné-Bissau, uma figura ímpar de que me apetece aqui falar.

O António, de 48 anos, natural do Quebo, antiga Aldeia Formosa, na região de Tombali, no interior da Guiné-Bissau, é um caso fabuloso de desdobramento de personalidades, entre o pintor que começou a ser ainda muito novo, na adolescência, e o jornalista irreverente em que depois se tornou (semanário O Independente e revista Visão), com uma posição assinalável no blogue Ditadura do Consenso. Rapaz de duas pátrias, a guineense e a portuguesa, pois que em ambas já viveu, ele tem um desassombro excepcional quando fala dos muitos problemas da terra onde também nasceu Amílcar Cabral; e onde tantos morreram, em circunstâncias várias.

Falar do António Aly Silva e da sua maneira de estar na vida é homenagear todos aqueles que transgridem, que fazem tantas vezes aquilo que nós pensamos mas não temos a coragem de fazer ou de dizer. Depois de tanto se ter escrito nos últimos anos sobre uma pátria ainda a dar como que os primeiros passos, pois que 40 anos pouco são na vida de uma nação, é bom ter uma matéria nova para falar, que não seja o peso dos militares ou as influências do narcotráfico.

Aly é um artista e um poeta, que nos sabe bem ler, pois dele transcende o mais puro espírito libertário. E aqui o gostaria de colocar ao lado de muitas das outras figuras africanas que já tenho abordado ao longo da vida, pessoas com maneiras diferentes de estar na vida, mas que de algum modo não podemos ignorar: o José Vicente Lopes, o Tony Tcheka, o José Eduardo Agualusa, o Ondkaji, o João Paulo Borges Coelho, o Mia Couto, o Nelson Saúte e tantos outros.

Esta minha carta é para eles, os cidadãos lusófonos que aprecio, pessoas que têm ajudado a fazer notadas as jovens nações onde vivem. Pessoas todas elas com menos de 65 anos; nascidas portanto depois da II Guerra Mundial e de tudo o que ela significou para marcar um antes e um depois.

O António Aly Silva andava na instrução primária em Portugal quando aqui foi o 25 de Abril de 1974 e algum tempo depois seguiu para Bissau, a matricular-se no Liceu Kwame Nkrumah, onde a sua pintura começou a ser notada, em tons vivos, como é próprio da África e dos africanos. Galerias de Dacar, Lisboa, Sintra, Paço d'Arcos e Cascais viram os seus quadros, bem como algumas salas de Bissau. Toda uma corrente de afectos se foi gerando à sua volta, como de ódios também; ou não fosse a Guiné-Bissau um país de perfídias, onde por vezes parece tão fácil morrer, vítima do feitiço de alguém que nos quer mal.

Aos meus olhos, ao colocar claramente os pontos nos iis, denunciando as conjuras, os golpes baixos, em pleno terreno armadilhado, o Aly é um herói, um autêntico D. Quixote deste tempo novo, deste século XXI em que nos é dado viver, até que os deuses o permitam. "Venham mais cinco!", como ele, como o Zeca Afonso, como o José Dias Coelho. E um dia talvez o mundo seja melhor, onde mereça a pena viver. Graças ao esforço dos que tantas vezes chegam a duvidar de que valha a pena. Dos que tropeçam nos escolhos mas acabam por arranjar forças para se levantar.

Jorge Heitor
Jornalista
"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

António Nhaga: Não tens tomates




O energúmeno que responde pelo nome de António Nhaga e é o "director geral" do pasquim pomposamente embelezado como o nome de 'Democrata', não passa de um frustrado e cobarde. Maldosamente, sem qualquer motivo (recebeu um email com imprecisões sobre a minha pessoa) atacou-me e ainda permitiu que a sua opinião fosse postado, não no seu sítio, mas por terceiros! Que filho da puta me saiu este gajo... Pois bem, mas alguém entende uma cena canalha dessas?! Eu não, mas sei por que razão o fez.



Quando eu dirigia o quinzenário Lusófono, em Lisboa, organizámos uma conferência na Universidade Lusófona. Na mesa, comigo a moderar, estavam três oradores: o Ricardo G. G., o O. Lopes, e mais uma pessoa que agora não posso precisar. Cada orador proferiu a sua comunicação e depois abrimos um debate.

A meio da sala, afundado na cadeira, António Nhaga distinguia-se dos demais. Pequenino, 1 metro e 50 de gente por 80cm de largo, dava nas vistas. Estava gordo e reluzente (comida da Finlândia, presumo!, para onde foi arrastado por uma loira que estava por Bissau em turismo sexual, nunca se saberá...) O certo é que, um dia, a voluptuosa loira cansou-se da besta e meteu os patins ao pobre do Nhaga, que, vendo-se subitamente sem chão preferiu o regresso à pacata origem.

Em Bissau, ninguém o via. Parecia um fantasma. E onde mais o Nhaga poderia trabalhar a não ser numa das mais ricas agências da ONU?

Voltemos à conferência. Da mesa, vimos de repente aquilo que nos pareceu um vulto. Era o bracinho do Nhaga - estava mortinho por finalmente fazer parte da conferência e dar um ar da sua graça. Queria os seus quinze minutos de fama. Dei-lhe finalmente a palavra. E o que é que o infeliz e obtuso do Nhaga nos diz a todos? "Acho que nós (jornalistas) na Guiné-Bissau precisamos de livros de estilo."(!?)

Quando ouvi aquilo, não me contive e respondi-lhe energicamente, como de resto merecia. Lá do alto, onde estava e continuo a estar, proferi: "Nhaga, vocês (eles, alguns jornalistas e jornaleiros guineenses) precisam é de dicionários de português!". Fez-se silêncio. Podia ouvir-se uma mosca a atravessar a sala. Os meus companheiros de mesa trocaram olhares cúmplices. Um deles piscou-me o olho como que a dizer "foi bem dado". O certo é que teve efeito - não o pretendido mas talvez o desejado: António Nhaga dobrou-se sobre a sua pequena e desproporcionada figura...e fugiu da sala como um gato, sem fazer barulho nem deixar marcas.

No final da conferência, estivémos um tempinho no pátio na conversa, mas como eu tinha um compromisso tive que me despedir do pessoal. No dia seguinte, liga-me um amigo: "Ouve lá, ontem depois de ires embora o Nhaga começou a mandar bocas e eu tive que o calar. Disse-lhe "porque não falaste enquanto o Aly cá estava?".

É a prova, meus caros, de que o António Nhaga, para além de pequenino e cobarde é também mesquinho e um bocadinho aldrabão. Numa palavra: não tem tomates... É que se o António Nhaga fosse minimamente uma pessoa inteligente, não tinha entrado por aí...Ou seja, se não tiver nada para dizer...esteja calado! Livro de estilo...

E cá está a razão - a única e triste razão - pela qual fui gratuitamente atacado e insultado pelo director geral António Nhaga. Podia ter dito ao miúdo "não publicamos." Mas não, decidiu enveredar-se pelo caminho mais fácil, da intriga, da calúnia.

António Nhaga:

Eu tenho mais, muito mais nível do que tu. Tu és um idiota - outro, mais um naquela poeirenta Bissau - com um modem à frente. Mais: o teu jornal é ilegal - traduzido por peanuts, não tem documentação legal e nem paga impostos. Desafio-te aqui a provares o contrário sob pena de passares por aldrabão e mentiroso.

António Nhaga:

És uma alma penada (kassissa). Tu não me conheces, eu e tu nunca trocámos olhares sequer. Sempre pensei que havia alguma coisa em ti que não batia certo. Conta aos teus 100 parcos leitores (sim, porque não vendes porra nenhuma) quanto é que te deu, em numerário, aquele governo de bando de ladrões e mafiosos nestes mais de dois anos de absurdos? Vejam as diferenças entre o "Democrata" no período da gatunagem, e aquele que hoje se insurge...

António Nhaga, prova-me, quantas reportagens de investigação foram feitas pelo teu pasquim? É que não dei conta...lendo as tuas postas de pescada à Lusa quando o pasquim foi lançado, ainda não li merda nenhuma.

António Nhaga: se não responderes voltarei ao assunto... AAS