segunda-feira, 20 de outubro de 2014

domingo, 19 de outubro de 2014

CARLOS LOPES: Singular justiça



Reconhecimento do Presidente da República, José Mário Vaz





Estratégia de desenvolvimento vai centrar-se na biodiversidade


O governo da Guiné-Bissau vai colocar a biodiversidade no centro da estratégia de desenvolvimento do país que vai propor à população e parceiros internacionais nos próximos meses, anunciou o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira. "A Guiné-Bissau tem coisas únicas que até hoje não estão a ser exploradas", referiu, a propósito das parcelas de território classificadas como património natural.

A ideia foi anunciada na noite de sábado num encontro com autoridades nacionais e com a comunidade internacional, em Bissau, após um retiro dos membros do governo para análise dos primeiros 100 dias de trabalho do executivo. "Estamos perante o grande desafio de falar de uma Guiné positiva que desafia os parceiros", referiu Domingos Simões Pereira: "Não seremos mais um fardo, mas uma pérola que deve ser valorizada".

A aposta na biodiversidade foi destacada por Paulo Gomes, terceiro candidato presidencial mais votado nas eleições deste ano na Guiné-Bissau, antigo quadro superior do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento. Paulo Gomes foi uma das figuras convidadas pelo governo para dar contributos no retiro realizado no sábado e participou no encontro que seguiu. Aquele responsável comparou o programa de governo a um "armário com várias gavetas".

"E o que é que está a aguentar esse armário? É a nossa biodiversidade. E nós queremos vender isso claramente na nossa mesa redonda", referiu, numa referência à reunião a realizar no início de 2015 para angariação de fundos junto de parceiros internacionais com vista ao financiamento dos planos de desenvolvimento do país. "Queremos ser o `hub` [país aglutinador] da biodiversidade na África Ocidental e a nível mundial", acrescentou.

Paulo Gomes sublinhou que se os recursos naturais forem aproveitados, o Produto Interno Bruto (PIB) anual da Guiné-Bissau "será muito mais" que um milhão de dólares, estimativa atual que faz do país um dos mais pobres do mundo. "Tenho a certeza que se tirassem a Guiné-Bissau do mapa, as pessoas iam dizer que esse país faz falta", disse, numa alusão à exploração de recursos em terra e ao largo da costa.

De acordo com as autoridades guineenses, cerca de um quinto (24,7%) do território do país está coberto por áreas protegidas - sendo que o arquipélago dos Bijagós, com 88 ilhas e ilhéus, faz parte da lista de reservas da biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, o guineense Carlos Lopes, foi outra das figuras que participou no retiro governamental e que marcou presença no evento que se seguiu. Antes de sair, foi presenteado pelo primeiro-ministro com um passaporte diplomático da Guiné-Bissau, como demonstração "do orgulho" que o país tem no seu trabalho, referiu o chefe de governo. Carlos Lopes atribuiu ao momento "uma simbologia muito grande".

Domingos Simões Pereira "estava ao corrente das dificuldades que eu sempre tive em obter passaporte diplomático da Guiné-Bissau. Ele quis demonstrar de uma forma pública esse reconhecimento", referiu. Ao longo das intervenções que realizou, deixou a ideia de que "chegou o momento para a Guiné-Bissau entrar na modernidade política e na transformação económica", graças ao "primeiro-ministro e outros governantes que estão empenhados em construir consensos". Lusa

sábado, 18 de outubro de 2014

SENTENÇA: Culpados!


"Caros amigos e leitores,

Tenho lido comentários tristes sobre o cancelamento dos voos da TAP para a Guiné-Bissau, e a tristeza, obviamente, não me larga. Que fique claro: o único responsável pela degradação da Guiné-Bissau, pela falta de respeito que o cidadão guineense encontra no estrangeiro tem um nome: o ESTADO DA GUINÉ-BISSAU e os seus dirigentes! Adiante.

Com que então, agora, a culpa é da TAP...podia ser dos gafanhotos ou ainda da chuva. O tanas é que é! O guineense não tem vergonha na cara, vivemos como gente grande e não valemos um tusto. Para nós, tanto pior...melhor! Simples, mas de uma profunda tristeza. Na Guiné-Bissau, gaba-se a mediocridade; batem-se palmas aos ladrões.

A TAP voa para Bissau há 50 anos!!! Nenhuma outra companhia aturar-nos-ia um avo dos disparates que se vê naquele aeroporto cinzento, bolorento e horrível!!! Ponham ordem: no Estado, e no Povo. ORDEM a que preço for! Nenhum País aguenta ser roubado, pilhado, sacaneado ano sim, ano sim! NÃO. Implode simplesmente. E nenhuma ajuda - também ela quase toda roubada - fará qualquer diferença.

Que País avançou sem FORMAR HOMENS? Que Estado neste vasto mundo é governado como o nosso tem sido, e da maneira como tem sido governado? Como podemos aspirar ao desenvolvimento se a canalha está lá, no meio, na mais perfeita camuflagem? Onde estão os remorsos dos nossos governantes?

Quem meteu 74 cidadãos sírios à força num voo para Lisboa? Quanto ganharam com isso? Alguém foi responsabilizado ou punido sequer? Ou seja, nós fazemos as merdas todas e outros são forçados a aturar-nos. Ah, não, foda-se!!! Ou pensam que por viverem na mais extrema anarquia os nossos parceiros não reparam mas merdas que fazemos? Notam pois, e tiram notas.

Está claro que ao anterior 'governo' de merda e de ladrões ninguém pedia responsabilidades - foram simplesmente vetados ao abandono. "Matam-se entre eles, tanto melhor", terão comentado algures...mas agora, que raio!, agora temos um Governo e um Presidente da República legalmente eleitos. E não há 100 dias, nem 'estado de graça' que vos valha!!! Trabalhem, trabalhem, caso contrário serão golpeados!

Arregassem as mangas, ponham os incompetentes de lado. Esqueçam -nos. Ponham-nos na escola, mandem-nos para a reciclagem ou para o raio que os parta! Esqueçam os 'Nba luta' - ninguém foi à luta por obrigação! E ainda que fossem, qual é o problema? Estavam no seu tempo. Hoje, os tempos são outros...

Mandem para a reforma todos os militares que entraram em 1974 - um por um, e que o Estado pague apenas aquilo que pode pagar e nem mais um Franco! As nossas prioridades, hoje, e sem mais perdas de tempo, deviam ser o ENSINO DE BASE e o SECUNDÁRIO, a SAÚDE e a AGRICULTURA.

Lutaram 11 anos, com tenacidade e brio, para correr com o colonialismo e depois revelaram-se piores que o próprio colonialista?! Esta é a ciência da estupidez no seu melhor. Quem percebe isto mesmo? Eu não, mas um louco com brilhantina no cabelo saberá...mas nós também temos alguma culpa no cartório: por termos deixado que fizessem de nós...gato-sapato. Que nos fizessem tanto mal, que matassem os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos tios, os nossos primos. E é bem feita, mas ainda assim não aprendemos...

O guineense é mau, não por defeito ou feitio. É mau por natureza, vive na ganância, na mais profunda ignorância! O guineense, quando está a mandar, é orgulhoso - e perigosíssimo. Uma autêntica bomba atômica ambulante: onde quer que vá, só faz merda e da grande. O guineense comum foi bem preparado para ficar como está, como o vemos, como o conhecemos. Guiné-Bissau não é nada, não faz nada, não consegue fazer nada! E eu? Eu vou morrer de tristeza - com certeza! António Aly Silva

VERGONHA: Manias de gente grande


Angola tem assumido os encargos com o seguro de saude do 'staff' da missão de representação da Guiné-Bissau em Nova Iorque...e Timor sustenta as despesas de funcionamento. Agora, o nosso embaixador em Nova Iorque - que é um espertalhão - quer que se estenda a representação para Genebra, talvez com a Guiné Equatorial a chegar-se à frente... Não há um pingo de dignidade e de vergonha. AAS

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ÉBOLA: As autoridades portuguesas estão a articular uma frente de combate ao Ébola com o governo da Guiné-Bissau e a Organização das Nações Unidas (ONU), disse hoje à Lusa o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Paulo Campos.

OPINIÃO: Alerta ao Estado incauto


"Caro amigo e compatriota Aly,

Com os meus respeitosos cumprimentos, solicito-lhe a amabilidade de publicar, se entender util, este meu artigo, o qual julgo é partilhado por uma larga maioria dos guineenses cientes do logro de que o pais esta a ser levado.
Antecipadamente grato,
Saudações fraternais

Nos ultimos dias tem sido noticia uma suposta descoberta de petroleo nas aguas senegalesasnas zonas de Saloum e da casamança (entenda-se, Guiné-Bissau). Uma descoberta com barbas e historias velha de contar e recontar ao sabor dos tempos e das circunstâncias. Paralelamente, vai-se lançando na imprensa lusofona, igualmente, noticias enduzindo expectativas encorajadoras da existência de petroleo nas nossas aguas nacionais territoriais. Alias, melhor dizendo aguas territorias, nossas partilhadas com o Senegal.

Essa historia do petroleo cheira mal, porquanto a Guiné-Bissau, apesar de ter petroleo na realidade nas suas aguas territoriais e até na zona continental, nunca o tera por si so enquanto Esatdo, dado que o Senegal, não o tendo, quer té-lo à nossa custa aproveitando-se do naifismo e submissão patética de mentes oportunistas e anti-nacionalistas.

Tudo o que a Guiné-Bissau tem de bom e potencial, ai vem o Senegal ganacioso a propor parcerias, consorcios Agências de Exploração Conjunta etc, etc... E assim com o nosso pescado, é assim com o nosso petroleo...que querem forçosamente fazer deles, assim quererão com o nosso bauxite e fosfato. Quanto ao Porto de Buba, desse projecto nem querem ouvir falar, dado o impacto que o potencial desse porto ira ocasionar na gestão geo-estratégica dos principais portos da sub-região, Dakar e Abidjan principalmente. Enfim, ciumes, egoismos e complexos de superioridade cronicamente enraizados na mentalidade senegalesa e francofona sub-regional.

Voltando à vaca fria, para dizer, que esses balões de ensaio, vendendo grandes perspectivas petroliferas, têm o seu quê de propositado e um objectivo a atingir. Repare-se, que este ano chega ao fim da vigência da Agência de Gestão e de Cooperação entre o Senegal e a Guiné-Bissau (AGCSG). Atras de todo esse lobby mediatico, esconde o interesse de parasitas que pretendem a todo o custo a renovação do mandato dessa esclerosa Agência que finda o seu mandato em finais de 2015.

Uma Agência que, de passagem, pode-se dizer com toda a convicção de que, NADA de positivo tem aportado para a Guiné, senão vagar anos e anos na incerteza e opulência arcando com o acumular dividas astronômicas para o erario publico guineense. A AGCSG, é uma Agência que à parte os primeiros anos da sua existência (nos tempos do Eng° Pio Correia), em que, efectivamente os interesses da Guiné-Bissau eram intransigentemente defendidos, perdeu de ha uma dezena de anos a esta parte toda a sua infima razão de ser e existir em nome e interesses do pais.

Hoje navega numa opacidade geral, senão a visibilidade cruel e vergonhosa da permiscuidade dos interesses do nosso Estado que cada dia que passa, se dilui e se confunde com os interesses do patrão-senegalês, pois tão evidente é a subservência e o alinhamento mesquinho e complascente dos nossos interesses com os que o Senegal entende ser do seu interesse e conveniência. Porém, dificilmente poderia ser de outra forma, pois é o Senegal, que anos apos anos, pré-financia e cobre todas as despesas de funcionamento da Agência, a qual neste momento o Estado da Guiné-Bissau deve largos bilhões de francos cfa's.

Enfim, lanço esta alerta as novas autoridades da Guiné-Bissau, em particular ao Presidente da Republica, pois esta entidade depende directa e exclusivamente dos dois Chefes de Estado, para ponderarem criteriosamente, a razão, as vantagens e a oportunidade de se manter essa Agência. Em nome de quê, para quê e a proveito de quem ??
Uma resposta simples : no estado actual em que esta, não vale a pena continuar. Mais vale a pena pôr ponto final a essa relação de cavalo e cavaleiro, fazer o balanço, tirar as conclusões e... finalmente decidirmos ir pelos nossos pés, pelos nossos meios, … porque é simples. Esse petroleo que tanto cobiçam e querem forçosamente compartilhar, senão locupletar é nosso, so nosso, e deve servir so o povo da Guiné-Bissau.

Quadro do MRN identificado"

Decreto Presidencial nomeia conselheiros e assessores




- Braima Camara, conselheiro especial
- Adiato Nandigna, conselheira para assuntos políticos e diplomáticos
- Fernando Mendonça, conselheiro e porta-voz
- Iaia Djaló, conselheiro especial
- António Cabral Avelino, conselheiro para assuntos de Defesa
- Dionísio Kaby, conselheiro infra-estruturas e equipamento social
- Tcherno Djaló, conselheiro especial
- Empossa Ié, conselheiro especial
- Ndira Canral, assessora direitos humanos e género
- Policarpo Cabral de Almada, assessor para assuntos da administração territorial
- Adulai Djamanca, assessor poder local
- Dito Namassi Max, assessor para assuntos da juventude
- Cesar Augusto Vieira Fernandes, secretário geral da Presidência da República



FOGO ASSASSINO: Guineense de pouco mais de 10 anos morreu num incêndio, na Amadora. AAS

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ÉBOLA: A Direcção-Geral da Saúde de Portugal (DGS) admitiu a hipótese de enviar para a Guiné-Bissau, se tal se vier a justificar, uma missão de voluntários, médicos e outros especialistas que se mostrarem disponíveis para prestar apoio. AAS

ÉBOLA: Trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau suspendem greve


Os trabalhadores da Câmara Municipal de Bissau (CMB) suspenderam uma greve de três dias iniciada na quarta-feira e retomaram os serviços de limpeza da cidade, anunciou fonte camarária.

A suspensão surge em resposta ao apelo do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, que na quarta-feira, num encontro com sindicalistas, alertou para os riscos de insalubridade associados à ameaça do Ébola, caso persistisse a paralisação.

ÉBOLA: Estudantes na Rússia temem ataques


Estudantes da Guiné-Bissau na Rússia estão a pedir a intervenção das autoridades guineenses junto do governo de Moscovo por recearem ataques da população que os aponta como portadores do vírus Ébola, disse um dos alunos a uma rádio local.

Elísio Barbosa, presidente da Associação dos Estudantes Guineenses na Rússia, referiu, em contato telefónico com uma rádio de Bissau, que a população da cidade de Oriol (a 400 quilómetros da fronteira com a Bielorússia e com a Ucrânia) "está furiosa com os estudantes africanos", nomeadamente os guineenses.

A TAP, de novo!


O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, disse que “era extremamente importante” que os problemas que estão a adiar a reposição dos voos da TAP para a Guiné-Bissau fossem resolvidos “até ao Natal”.

Questionado em Milão, à margem de uma cimeira Ásia-Europa, sobre o anúncio da transportadora aérea, de que não estão reunidas as condições operacionais necessárias para retomar os voos para a Guiné-Bissau, o chefe de diplomacia portuguesa disse não saber “mais do que aquilo que foi dito” no comunicado emitido pela TAP, apontando todavia que o mesmo refere um período “de 45 dias” antes do qual a ligação não será reposta.

“O comunicado da TAP é no sentido de que eles têm um intervalo de 45 dias… Vamos ver se as coisas se resolvem, era extremamente importante que isso fosse possível resolver até ao Natal", declarou.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

APROVEITEM: DSP tem 'imóveis' para dar...


O Primeiro-Ministro, Domingos Simões Pereira, prepara uma mega-remodelação governamental já para o próximo mês de janeiro de 2015, apurou o Ditadura do Consenso de fonte segura. DSP impôs metas a cada membro do seu Executivo e, agora, cumpridos que foram os cem dias de Governo, o chamado período de graça (devo dizer desde já que quem inventou este termo devia ser enforcado), chega a factura...

Entretanto, o premier foi olhando, auscultando, ouvindo daqui e dali e, claro, foi tomando notas. Agora, e para não ser ultrapassado pelos acontecimentos, preferiu a espada a ter que se molhar à chuva...

A partir de Bissau, um analista político contactado pelo DC afirma que, a confirmar-se, trata-se de "um bem mais que necessário", e reforça: "o Primeiro-Ministro tem de dar sinais, pois os 100 dias, ainda que poucos - pois estamos a falar de/sobre governar um país - foram um tanto ou quanto incomodativos."

O 'balanço' final chegará, assim, seis meses depois da tomada de posse, de acordo com o que apurou o DC junto de uma fonte bem colocada junto do Executivo. Mas há mais. Domingos Simões Pereira não está nada satisfeito (o que, presumo eu, corresponderá a, vá lá, despachar uns dez 'imóveis'...). Assim sendo, vão rolar muitas cabeças.

Azia?

No meio de todo este frenesim, há ainda uma linha complicada que divide os dois Palácios e teima em dar o nó. Já nem é novidade sequer: JOMAV e DSP estão numa quase rota de colisão. Uma guerra surda, por causa de divergências ainda não totalmente curadas, e um excesso de protagonismo de ambas as partes, estão a deixar o PAIGC - partido a que ambos pertencem - confuso.

Logo agora, que o Governo cumpriu formalmente os fatídicos '100 dias' e que DSP tem pouco ou quase nada para apresentar, a não ser atitudes desviantes por parte de alguns membros do seu Executivo, entretanto protegidos...

O PR JOMAV também não fica lá muito bem na fotografia: a libertação de Pansau Ntchama e de mais dois acusados na inventona de Outubro, que culminou na chacina de dezenas de cidadãos, deixou os guineenses atónitos e com o credo na boca. AAS

ORGULHO/NOTÍCIA DC: Velocista Guineense Holder da Silva assina contrato com o Sporting Clube de Portugal




O editor do Ditadura do Consenso, deseja as maiores felicidades...e bons ventos! Que a nova etapa seja coroada de êxitos. AAS

NÃO ME LIXEM: O angolano acidental




Pior que a gaffe, só mesmo o total desinteresse. Pois, segundo o mesmo sítio, "o Dr. Carlos Lopes É TAMBÉM CRONISTA DO ÁFRICA TODAY"...

DR. CARLOS LOPES: Vamos receber e ouvir o Laureado


ÉBOLA/GUINÉ-BISSAU/PORTUGAL: 'Risco é baixo, mas pode subir"

O DG da Saúde de Portugal, Francisco George, reiterou esta quarta-feira que o risco de Ébola em Portugal "é baixo", mas admitiu que, "se a epidemia invadir a Guiné-Bissau, o risco eleva-se".

Francisco George, que falava durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde Pública, disse ainda aos deputados que as autoridades têm de estar unidas neste processo e que, se o plano montado pela Direção Geral de Saúde não tiver o apoio do Governo ou da AR, "mudam-se os responsáveis da DGS".

"Se perceber que o dispositivo montado pela DGS não tem o apoio dos membros do governo e da AR, mudam-se os dirigentes da DGS. Não é aceitável uma disputa de correntes entre maioria e oposição porque temos que estar juntos neste processo".

Sobre a mobilização de meios, Francisco George respondeu: "houve uma reunião de topo e foi decidido que a proteção civil não deve ser mobilizada para um risco que, admitimos, é baixo em termos de probabilidade de entrarem doentes da Serra Leoa, Libéria e Guiné Conacri".

"Se a epidemia invadir a Guiné-Bissau, o risco eleva-se", admitiu, explicando que "há nove portugueses nestes três países, todos identificados e em comunicação com os serviços consulares".

Disse ainda que o diretor geral dos assuntos consulares integra o dispositivo de coordenação do Conselho Nacional de Saúde Pública, que hoje se reúne. Este dispositivo de coordenação conta com 20 conselheiros e sete observadores, entre os quais o presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP).

Sobre os meios disponíveis, francisco George disse que a DGS tem preparadas três bases de ambulância em Lisboa, Porto e Coimbra, com 12 tripulantes equipados e de prontidão. Sobre o cenário que se vive em África, o diretor-geral da Saúde defendeu que seriam necessárias hoje naquele continente 3.500 camas para combater a doença.

"Não podemos comparar [esta realidade] com os países industrializados. Temos 40 mil médicos, 50 mil enfermeiros, 120 mil funcionários do Ministério da Saúde. Não temos comparação nenhuma com esses países. Temos risco se a Guiné-Bissau vier a ter problemas devido às ligações estreitas existentes", afirmou.

A propósito do alerta deixado hoje num parecer do colégio da especialidade de saúde pública da Ordem dos Médicos, Francisco George afirmou: "Nenhum país lusófono tem cadeias abertas de transmissão. Se isso acontecer, muda o nível de alerta e a informação".

Quanto às medidas que vão ser tomadas nos aeroportos e outros pontos de entrada no país, "vai ser feito o que foi feito por Paris e Bruxelas. Serão medidas simplificadas e consensuais desde que países membros estejam de acordo. Não todos, porque Inglaterra vai adotar outro tipo de medidas devido às ligações que tem à Serra Leoa e, por via dos EUA, à Libéria". Lusa

ELEIÇÕES MOÇAMBIQUE: Deputado Braima Camará está em Maputo como observador das eleições gerais nesse país. O também presidente da CCIAS integra uma delegação da CPLP, representando a parte guineense. AAS

MEDO: Cheias no Peru, inundações na Índia, tragédias na Síria e no Iraque. E o Ébola por todo o lado... Assim vai o mundo. AAS

ÉBOLA: DG da Saúde português, Francisco George, garantiu hoje que o nível de alerta subiu em Portugal. "A situação na África Ocidental está descontrolada", sublinhou. AAS

TAP vs ÉBOLA = CANCELADO: O adiamento do voo da TAP deve-se a recomendações da UE, por questões sanitárias, ou seja, Ébola. Pela vulnerabilidade das fronteiras terrestres da Guiné-Bissau com a vizinha Guinée Conakry, querem aguardar mais tempo para verificar a segurança sanitária...AAS

terça-feira, 14 de outubro de 2014

ÚLTIMA HORA/CPLP NOMEIA REPRESENTANTE PARA BISSAU: A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) apresentou, esta noite, em Lisboa, o diplomata cabo-verdiano António Alves Lopes, como seu novo representante especial interino na Guiné-Bissau.

ÚLTIMA HORA: TAP adia regresso a Bissau


A TAP considera que não estão "reunidas todas as condições operacionais" e adiou a retoma dos voos para a Guiné-Bissau, prevista para 28 de outubro. Os voos estavam suspensos desde dezembro. A transportadora portuguesa comunicou hoje a decisão e solicita aos passageiros com voos reservados para o próximo mês e meio que entrem em contacto com a companhia, já que a retoma da operação "se encontra adiada por um período não inferior a 45 dias".

A TAP suspendeu os seus voos para Bissau em dezembro do ano passado na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 cidadãos sírios com documentação falsa que viriam a ser descobertos em Lisboa, onde acabaram por pedir asilo político. O ministro da Administração Interna da Guiné-Bissau, Botche Candé, tinha garantido no domingo que o governo dá "total segurança" à TAP para retomar os voos regulares para Bissau.

NOTA DO EDITOR: Esta atitude da TAP deve fazer reflectir as autoridades de Bissau. Ora vejamos: Há menos de 48 horas, o ministro da Administração Interna, Botche Candé, dava todas as garantias à companhia de bandeira portuguesa quanto à segurança; no dia 16, o director-geral da Saúde de Portugal, Francisco George, visita Bissau a convite da ministra da Saúde, acompanhado de técnicos...por causa do Ébola. De duas, uma: Ou o Ébola já chegou ao nosso País e os guineenses andam a ser enganados, ou o nosso aeroporto não deu garantias de segurança. Quem esconde o quê, e porquê? Queremos a verdade! Conhecendo as nossas manhas, aqui há gato escondido com o rabo de fora! AAS

TRAGÉDIA: OMS estima que dentro de mês e meio haverá entre 5.000 e 10.000 casos de infecção pelo vírus do Ébola...AAS

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

DISPENSA APRESENTAÇÕES


Orgulho pelo meu bom amigo, Dr. Carlos Lopes



PROVOCAÇÃO




"A revolução não é um convite um convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado; ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um acto de violência pelo qual uma classe derruba a outra." Mao Tsé-Tung

CINEMA.: Guiné-Bissau e Moçambique presentes no festival de Córdoba


Os filmes "Mortu Nega", da Guiné Bissau e "De Corpo e Alma", de Moçambique são as duas presenças lusófonas na edição deste ano do Festival de Cinema Africano de Córdoba (FCAT), que começa quarta-feira naquela cidade espanhola.

De 1988, a obra "Mortu Nega" é a primeira longa metragem de Flora Gomes e a primeira 'docuficção' do país, debruçando-se sobre a situação da Guiné-Bissau em 1973, durante a guerra de independência.

A obra moçambicana "De Corpo e Alma" de Matthieu Bron, de 2010, conta a história de três jovens com deficiência física que vivem nos arredores de Maputo. Lusa

REPORTAGEM: "Mata-bicho" e marchas combatem doença na Guiné-Bissau


Mal o Sol nasce, Amadú Djaló começa a servir o "mata-bicho" e apesar de não ter inventado nenhuma receita contra o Ébola, explica que os faz bem quentes para "queimar o vírus": ali ninguém é infetado, garante.

Sentado à mesa da pequena sala, onde é difícil estar de pé, junto ao mercado de Gabu (cidade da Guiné-Bissau mais próxima da fronteira com Conacri), Amadú fala com os clientes enquanto corta o pão "cuduro" (espécie de baguete) com as mãos nuas, tira manteiga do pote encaixado entre as pernas e serve café fervido numa chaleira ao fogareiro.

Hoje paga mais pelo açúcar e pelo arroz porque desde meados de agosto que a fronteira com a Guiné-Conacri está fechada, medida que faz parte do Plano de Emergência Sanitária para prevenir a entrada do Ébola na Guiné-Bissau.
Há menos mercadorias e os preços sobem. "Podem ser dois erros num só", disse à Lusa, Aladje Cassamá, presidente da associação de comerciantes local, que defende a reabertura das fronteiras.

A falta de mercadorias dos fornecedores da Guiné-Conacri começa a criar dificuldades aos comerciantes e Cassamá acredita que até o controle da epidemia é prejudicado, porque passam a ser utilizados caminhos secundários, não vigiados. "As pessoas passam de moto ou a pé", confirma Dicas Cassamá, diretor de um clube desportivo e correspondente em Gabu de váriAs rádios.

No entanto, com os receios crescentes em relação ao Ébola, "as autoridades estão a controlar a situação e as próprias comunidades fazem denúncias" quando surgem pessoas estranhas ou quando chegam residentes que tenham estado de viagem, acrescenta.

O nome do vírus já não passa despercebido a ninguém: há campanhas de sensibilização nas rádios e com agentes de sensibilização pelas ruas. À custa da prevenção resolvem-se problemas antigos, como o do lixo nas ruas: "Nunca vi Gabu tão limpo como está agora", refere Dicas.

Além disso, há bidões com água e lixívia espalhados por vários pontos da cidade, em especial em serviços públicos e nalgumas lojas, em que cada pessoa deve lavar as mãos ao passar - o que pode ajudar a consolidar hábitos de higiene e evitar outras doenças.

Até o Clube Recreativo e Desportivo de Gabu, que Dicas dirige, tem uma marcha que pede paz e saúde, num apelo à prevenção do Ébola. Sentado a servir pequenos-almoços, Amadú Djaló recita de cor e salteado os sintomas do Ébola, do qual sabe que se deve manter longe. "É medonho. Depende de deus e por isso devemos pedir-lhe para o manter afastado", refere. Especialistas acreditam que é mesmo a distância e os maus acessos entre a Guiné-Bissau e as zonas vizinhas mais afetadas pelo Ébola que estão a ajudar a manter o país livre de vírus.

"A localização da doença na Guiné-Conacri em relação à nossa fronteira é distante", referiu à Lusa, Cristóvão Manjuba, diretor de serviço no Ministério da Saúde guineense que acompanha as medidas de prevenção da epidemia.
As movimentações de pessoas entre os dois lados da fronteira acontecem com o norte da Guiné-Conacri, entre 500 a mil quilómetros de distância dos principais focos da doença, situados no sul do país, onde a epidemia eclodiu no final de 2013. Lusa