segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A vingança contra a testemunha-chave


Quem programou a viagem de Pansau Intchama com o título falso do retorno à ordem constitucional (contragolpe)? Os dois se comunicam sempre quando é preciso, o General António Indjai e o próprio Pansau Intchama. Porque eram amigos? Familiares? Subordinado ao chefe? Parece que a última é verdadeira. A viagem de Pansau Intchama foi programada em segredo para fazer chegar o rato a ratoeira. Assim foi, ao convite do General a vinda secreta de Pansau Intchama para a Guine. Perguntamos “porquê Pansau e não o ex-chefe de estado maior Zamora Induta?

A resposta é de que a testemunha-chave da morte do General João Bernardo Vieira Nino chama-se precisamente... Pansau Intchama.

O 21 de Outubro foi muito bem programado a partir do interior da Guine e com a infantilidade do Pansau Intchama, envolvendo serviços fiéis ao António Indjai.
Quem o fabricou? Quem o executou? E a favor de quem? Para despistar todos era preciso que o Pansau desenvolvesse contactos com os ex-companheiros de 7 de Junho retirados da tropa, assim como alguns em activo.

Recordando a história, apos o 7 de Junho houve muita limpeza étnica nas forças armadas e um dos mais afectados foi a etnia felupe, que se tornaram guardas nocturnos nas residências particulares e que hoje os auto-intitulados ministros de transição argumentam que são djolas e não guineenses.

O acontecimento do dia 21 de Outubro de 2012 é o marco negro para o povo guineense e para todos os amantes da paz e merece pela atitude, a violência e pelas vidas de inocentes ceifadas. Mas também a data merece uma aténção para todos os guineenses com a imposição da intimidação, do terror e a limpeza de testemunhos dos assassinatos ocorridos nos últimos anos como é a morte do General João Bernardo Vieira Nino., do General Tagme Na Wai, dos deputados Baciro Dabó e Hélder Proença, do segurança de estado Samba Djalo e da suposta morte do político Roberto Ferreira Cacheu.

Podemos ser espertos mas o mundo actual está inserido nas altas tecnologias de análise de informações. Quando os rastos ficam pelo caminho é fácil encontrar o dono das pegadas. A grande questão que se põe é: Se houver hoje o julgamento destes crimes, quem irá para o banco dos réus?

Ou pode ser que os líderes da conferência de reconciliação e da paz proposta pelo presidente falecido Malam Bacai Sanha já não têm raízes? O General António Indjai precisa de protecção ontem, hoje e amanhã, razão da sua intranquilidade, o que lhe empurra ao desespero a procura de alternativas. Assim iniciou a nova etapa para a orquestração do assalto do dia 21 de Outubro, podendo com isso executar as limpezas dos testemunhos.

1) Fazer chegar o Pansau Intchama a Bissau, o que parece ter sido bem sucedido. O Pansau, sem saber da ratoeira que lhe esperava, rumou de viagem para Bissau com ajuda de elementos fiéis ao General António Injai, através da Republica vizinha de Gambia. Os contactos foram desencadeados e a data foi marcada.

António N’Calli
(Um balanta descontente)

Fernando Vaz por um fio


O 'ministro da presidência e porta-voz do governo de transição', Fernando Vaz, está mal visto e a um passo da porta da rua. Ditadura do Consenso sabe que o mal-estar gerado pelas constantes calinadas do 'ministro' - caso Roberto Cacheu e, mais recentemente, as acusações infundadas sobre Portugal estar por detrás da 'tentativa' de golpe do passado dia 21 de outubro - agora o 'ministro' fala em 'explicações' por parte de Portugal, deixaram o 'governo de transição' de mãos atadas.

Kumba Yalá não pode sequer ouvir falar dele, mas o problema do 'governo' é outro, ainda muito mais bicudo: é que Fernando Vaz é um protegido do CEMGFA António Indjai (como convencer o general que, a par de Kumba Yalá, manda na Guiné-Bissau? Uma faca de dois gumes, como se pode ver) o que pode trazer problemas ao executivo golpista bissau-guineense. Fernando Vaz tem acusado Portugal (ele próprio portador de nacionalidade portuguesa) mas assim que adoeceu a primeira coisa em que pensou foi...Portugal!!! Nando saiu de Bissau para Dakar, ali apresentou um passaporte português e viajou para Espanha onde 'amigos' de negócios menos claros o foram buscar de carro para ir tratar-se a Portugal. Para isso, Portugal serve... AAS

Situação na Guiné-Bissau exige intervenção africana



Angola pediu ao Conselho de Paz e Segurança da União Africana informações sobre a Guiné-Bissau, principalmente as acções para repor a ordem constitucional naquele país. A interpelação, de acordo com a Angop, que cita o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, foi feita durante a reunião ministerial do Conselho de Paz e Segurança da União Africana sobre a aplicação dos acordos entre o Sudão e o Sudão do Sul e a situação no Mali. Para Manuel Augusto, a situação na Guiné-Bissau está cada vez mais preocupante e urge a necessidade da União Africana e todos os envolvidos trabalharem unidos para ajudar a encontrar uma solução de paz.

O comissário para a Paz e Segurança da União Africana fez uma exposição sobre a situação na Guiné-Bissau e os passos a dar com vista à reposição da ordem constitucional e a normalidade da vida no país. O secretário de Estado das Relações Exteriores elogiou o trabalho positivo que o Conselho de Paz e Segurança da União Africana tem feito para solucionar as crises que ainda perturbam o ritmo do desenvolvimento do continente.

Sobre a crise entre o Sudão e o Sul do Sudão, o diplomata disse que se registaram avanços significativos, durante os acordos rubricados no passado dia 20 do corrente em Adis Abeba, Etiópia. Lembrou que persiste algum impasse no que toca à região de Abey, rica em petróleo. Quanto ao Mali, afirmou que os membros do Conselho de Paz e Segurança da União Africana decidiram pelo levantamento da suspensão deste país junto da organização continental. Os 15 membros do Conselho de Paz e Segurança decidiram pelo fim da suspensão, voltando o Mali a assumir o seu lugar de pleno direito junto da União Africana. Sob responsabilidade do grupo de acompanhamento da situação no Mali, ficou a responsabilidade de se trabalhar com a União Africana no que toca à decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre uma intervenção militar.

Vote na nova sondagem DC. AAS

Um Estado de espírito ajoelhado e desesperado


A 'novela' Pansau Ntchama, para além de real, é triste. A chegada do acossado ao porto de Bissau foi tristemente retratada. A bandeira portuguesa - de um Estado! - envolta no seu corpo ultrapassa todos os limites do bom-senso! As autoridades golpistas na Guiné-Bissau, completamente isoladas por países e organizações democráticas por todo o mundo, merecem uma resposta dura e exemplar: a CPLP devia já ter expulso o nosso país da sua organização - não sei porque espera a nossa organização, mas, talvez com este último episódio, decidam por abrir os olhos.

É intolerável, inaceitável e, sobretudo, vergonhoso ver a bandeira de Portugal enxovalhada e envolta no corpo do Pansau como se ele já o tivesse consigo durante a sua mal explicada aventura (espero que Daba Na Walna tenha gravado a conversa do tal de Didi com o Zamora Induta...) - prova melhor não teria!

Ao mundo:

As autoridades sanguinárias bissau-guineenses (civis e militares) precisam de uma grande lição, de uma lição da qual as gerações vindouras ouvirão falar.

Agora pergunto:

- Bubo Na Tchuto, esse sim com protecção do Estado da Gâmbia, não saiu do país vizinho entrando na Guiné-Bissau à socapa? Alguém (civil ou militar) chegou a acusar a Gâmbia de conivência, que depois deu em golpe de Estado? Não me parece...;

- 'Nino' Vieira entrou na Guiné-Bissau ilegalmente, num helicóptero armado, de um país também vizinho - a Guiné Conacry. Alguém (civil ou militar) acusou o estado guineense por esta aventura digna de um filme de Hollywood? Não creio...

Que Estado este que rapta os seus cidadãos, espanca-os e deixa-os à beira da morte abandonados à sua sorte? Que Estado prende supostos golpistas, para depois os torturar, executando-os de seguida a sangue frio? - Só um Estado de dementes e de assassinos a soldo de um grupinho de esquizofrénicos!!!

Para a comunidade internacional:

Se não tomarem a Guiné-Bissau de ponta, os vossos cidadãos irão sofrer - e falo dos diplomatas, dos funcionários de organizações e dos cidadãos comuns. Talvez assim chegaremos lá. Estamos cansados, fartos de cowboys e de aventureiros. Vive-se uma ditadura sanguinária onde quem não é a favor é considerado inimigo e um alvo a abater. António Aly Silva

Para os que andam a ganir: "Pansau nunca teve estatuto de asilado político"


Portugal esclarece o seguinte: "Em relação a alegações recentemente efetuadas pelas entidades guineenses não reconhecidas internacionalmente de que o capitão Pansau N'Tchama teria tido estatuto de asilo político em Portugal, o Governo português esclarece que esse cidadão guineense não tem, nem nunca teve, o estatuto de asilo político em Portugal", disse à Lusa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), Miguel Guedes. E disse mais: "O Estado português não se presta por isso, em nenhumas circunstâncias, a qualquer instrumentalização para efeitos de questões internas do poder militar em Bissau", acrescentou Miguel Guedes. LUSA

O trajecto de Pansau: ilhéu do Rei, ilha das Cobras e, finalmente, Bolama


O capitão Pansau N'Tchamá, suposto líder do grupo que atacou um quartel na Guiné-Bissau e agora capturado, chegou ao país vindo da Gâmbia depois de sair de Portugal, disse ontem o porta-voz das Forças Armadas guineenses. Daba Na Walna explicou que Pansau N'Tchamá "há muito tempo que circulava" entre Portugal e Gâmbia, de onde teria recebido instruções do ex-chefe das Forças Armadas guineenses Zamora Induta para atacar o quartel dos para -comandos no passado domingo, 21 de Outubro, de que resultaram seis mortos. "Pansau chegou aqui via Gâmbia, contactou com o seu grupo e foi ao quartel dos para -comandos para aí tentar subtrair armas para vir atacar o Estado-Maior e liquidar o chefe do Estado-Maior e o seu staff", afirmou Daba Na Walna em conferência de imprensa em Bissau.

O porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses adiantou que a operação contou com dinheiro e armas enviados de fora. Negou, contudo, que o grupo de Pansau N'Tchamá tivesse subtraído documentos no Tribunal Militar, onde se encontram, por exemplo, os processos relacionados com a morte do ex - Presidente 'Nino' Vieira. "Isso não corresponde à verdade. Não tiraram nenhum documento do Tribunal Militar, queriam era tirar armas de lá, mas não conseguiram", declarou Na Walna, refutando informações de que Pansau N'Tchama - apontado também como tendo estado envolvido no assassínio de 'Nino' Vieira - teria roubado documentos daquele tribunal.

Daba Na Walna confirmou que Pansau N'Tchamá entrou no quartel dos para -comandos, telefonou ao responsável pela unidade, o tenente-coronel Júlio Nsulté, e disse-lhe que se rendesse, já que tinha tomado conta do quartel. Da alteração morreram seis pessoas.
"Quando ele se apercebeu que o seu plano tinha falhado, pôs-se em fuga em direcção à zona de São Paulo, de lá seguiu para a zona de Antula e seguidamente escondeu-se aqui no porto de Bissau até ser transportado para a ilha do Rei, depois para a ilha das Cobras e mais tarde para Bolama", explicou Na Walna. "Ainda houve quem nos tentasse desviar do alvo, dando-nos informações falsas, mas sempre fomos avisados pela população das deambulações de Pansau N'Tchama até ser capturado em Bolama pelas nossas forças", indicou o porta-voz do Estado-Maior.

"A ideia dele era fugir para a Guiné-Conakry, mas isso só não foi possível porque faltou-lhe dinheiro. Quem o ia transportar, de piroga, para Conakry pediu-lhe três milhões de francos, acontece que o seu elo de ligação com Zamora Induta só tinha na altura 500 mil francos", acrescentou Na Walna, contando ainda um episódio que se terá passado durante as operações de caça ao capitão N'Tchamá. "A pessoa que faz a ligação entre Pansau e Zamora, um tal de Didi (familiar do capitão), foi capturado pela nossa gente, sem saber o Zamora liga para esse Didi, e com o telefone em mãos livres, ouviu-se o Zamora a dizer ao Didi que fizesse tudo para pôr o Pansau na Guiné-Conakry. Provas mais que estas não podem existir", sublinhou Daba Na Walna. AngolaPress

domingo, 28 de outubro de 2012

Meia-maratona de Bissau FAGB/MTN: Alexandre Djata vence de novo. AAS

CASO NTCHAMA - Guiné-Bissau exige explicações de Portugal


O Governo de transição guineense exigiu este domingo "uma explicação clara e justificada" de Lisboa sobre "a expedição terrorista do capitão Pansau N´Tchama à Guiné-Bissau", antes de "ser forçado a rever as suas relações com Portugal". A exigência surgiu este Domingo em forma de comunicado do Conselho de Ministros, após uma reunião extraordinária na sequência da prisão, no sábado, de Pansau N´Tchama, acusado pelas autoridades da Guiné-Bissau de ter sido o responsável por um ataque a um quartel no passado domingo.

As autoridades de transição têm acusado Lisboa de envolvimento no caso, alegando que Pansau N´Tchama vivia em Portugal, onde teria pedido asilo político. Um dia depois da prisão do alegado responsável pelo ataque, do qual resultaram seis mortes, o Governo de transição manifestou também "reservas nas suas futuras relações com a CPLP" (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), entidade que também tem acusado de ligação com o que considerou hoje ter sido uma tentativa de "golpe de Estado".

O Governo de transição decidiu também "comunicar a todas as representações diplomáticas acreditadas no país que não tolerará actos que impliquem auxílio e protecção de terroristas que atentem conta a segurança nacional", lê-se no comunicado. No mesmo documento, o Governo de transição agradece o apoio da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) e pede à organização e aos países amigos para que acompanhem "todo este processo de invasão e de tentativa de golpe de Estado montado no exterior com conivência externa".

No comunicado, lido pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do executivo, Fernando Vaz, o Governo de transição acusa a CPLP e particularmente Portugal e Cabo Verde "de uma política de terrorismo de Estado contra as instituições da República da Guiné-Bissau, que visa a criação de um clima de instabilidade política e social, de forma a justificar a intervenção de forças militares sob a alçada das Nações Unidas". Fernando Vaz disse também aos jornalistas que "pelas primeiras informações" de que o Governo dispõe, Pansau N´Tchama "estava na Gâmbia desde finais de Abril". Ainda assim, o porta-voz não quis envolver o país vizinho no caso, afirmando que se está em fase de investigações.

Também pelo mesmo motivo, em relação a Portugal não fez outros comentários. "Estamos na fase de investigação, não vamos acusar Portugal se não houver provas, não falamos nada de ânimo leve", disse. "Não condenamos Portugal, exigimos que Portugal se explique. Tem um asilado político, terá a obrigação de se justificar como é que esse indivíduo, pelo menos, saiu de Portugal para atacar de seguida um quartel na Guiné-Bissau e protagonizar uma tentativa de golpe de Estado", afirmou. Segundo Fernando Vaz, no ataque de domingo havia a conivência de militares e políticos dentro do país. O ministro não adiantou mais pormenores.

sábado, 27 de outubro de 2012

ÚLTIMA HORA - Adiado o encontro dos médicos guineenses na diáspora, promovido pela Fundação Ricardo Sanha e que estava marcado para Lisboa, porque Portugal recusou - ora bem - dar o visto de entrada ao ministro da Saúde da Guiné-Bissau... AAS

Militares vigiam acessos às embaixadas


A zona da Penha, onde se situa a maior parte das embaixadas, está pejada de agentes e informadores da contra-inteligência militar. MOTIVO: impedir que políticos e outros peçam asilo nas representações diplomáticas, incluindo a UNIOGBIS e a União Europeia. AAS

FOTO de Pansau Ntchama já em Bissau


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FOTO DR

...Um pormenor...está tudo encenado! AAS

Uma noite em Djufunko


O povo guineense, e a comunidade internacional, não tiveram conhecimento do que se passou numa tabanca de Felupes, para os lados de Varela, há cerca de quatro semanas atrás. Um grupo de ladrões de gado tentou roubar vacas armados com bazucas e metralhadoras kalashnikov's, mas, para seu azar, os felupes estavam prevenidos e à espera armados com arcos e flechas. Conseguiram apanhá-los e liquidaram-nos a todos recuperando assim o arsenal que levavam.

Os seis infelizes que foram torturados antes de serem assassinados, como se pode ver pelas fotografias, foram mortos por vingança, dentro de uma casa e não no quartel dos pára-comandos como foi dito - depois da matança é que foram levados para lá - e estou a falar de cinco deles, uma vez que a sexta vítima foi morta, confirmou o editor do Ditadura do Consenso, em frente a populares na estrada que vai para Safim, precisamente no local onde controlam as senhas das candongas que vão para o interior do país.

Ligaram para ele a partir dali, um amigo fingiu um encontro e quando chegou o condutor do comandante dos pára-comandos já estava preparado e à espera. Começaram a atirar para os pés e depois acabou com o resto proferindo palavras de ameaças, inclusive que deixaria de gastar comida do quartel... Depois de assassinato, carregaram o corpo como se de um saco de lixo se tratasse, atiraram-no para a carrinha que pertencera ao ex-director da segurança de Estado e foram deitá-lo no campo de futebol onde os miúdos da zona costumam jogar.

Ainda voltaram ao local, proferindo várias ameaças veladas, prometendo matar e fazendo chamadas entre eles de que acabariam com todos se necessário fosse. Depois tudo isto todos se perguntam: porqué só felupes? Impõe-se, portanto, uma resposta: com tantas horas de tiroteio... as vítimas tinham que ser só felupes? AAS

ISOLAMENTO: França encerra a sua embaixada em Bissau. Seguir-se-á a do Reino da Espanha... AAS

ÚLTIMA HORA: Pansau Ntchama foi, afinal, capturado há dois dias, e terá feito um acordo tácito com as chefias castrenses, enquanto que os outros foram torturados e sumariamente executados. As cadeias de Bissau irão rebentar pelas costuras. Ditadura do Consenso apurou que muitos nomes foram citados pelo capitão (que está detido na ala direita do EMGFA) dando, assim, azo às pretensões de 'limpeza'... AAS

Pansau tinha uma corda ao pescoço e seis armas apontadas à cabeça


O capitão Pansau N'Tchama, que terá liderado há uma semana um ataque ao quartel de uma força de elite do exército guineense, foi capturado na ilha de Bolama e transportado hoje para Bissau, onde foi preso sem prestar declarações. A agência Lusa testemunhou o momento em que um pequeno barco atracou no cais do porto de Bissau, onde Pansau N'Tchama, de 33 anos, estava sentado sob uma forte vigilância de seis militares fortemente armados. O capitão vinha amarrado com uma corda ao pescoço e vestia uma camisa de farda militar e um calção e estava descalço. Sem prestar quaisquer declarações, Pansau N'Tchama foi conduzido numa carrinha de caixa aberta, sempre com armas apontadas à cabeça, para o Estado-Maior General das Forças Armadas, onde foi presente ao chefe das Forças Armadas, António Indjai. Após breves palavras de circunstância Pansau N'Tchamá foi conduzido para uma cela no Estado-Maior, também sem que ninguém prestasse declarações. Entretanto, os militares prometeram para amanhã mais explicações sobre o caso. LUSA

DROGA: União Europeia está disponível para financiar combate à droga na África Ocidental. AAS

Espancado pelos militares, Silvestre Aves foi evacuado esta madrugada para Lisboa, Portugal. AAS

ÚLTIMA HORA: Pansau Ntchama estará já no Estado-Maior General das Forças Armadas. Foi preso com mais duas pessoas. Foi convocada a imprensa. AAS

Pansau Ntchama terá sido detido em Bolama


"Pansau NTchama foi capturado na ilha de Bolama e está a ser transportado  de barco para Bissau", disse à Lusa o porta-voz do Governo de transição,  Fernando Vaz. O suposto líder do ataque que no domingo provocou seis mortes junto  ao quartel dos para-comandos, perto do aeroporto de Bissau, estava a ser  procurado pelas Forças Armadas desde então. O Governo de transição tem implicado Portugal e a Comunidade dos Países  de Língua Portuguesa (CPLP) no ataque ao quartel, pelo facto de Pansau NTchama  viver nos últimos anos em Portugal, onde tinha pedido asilo político.

Há dois dias, cerca de 200 homens, 'mobilizados' em Mansoa, chegaram a Bolama com informações que davam conta de que Pansau Ntchama teria desembarcado na primeira capital da Guiné, mas afinal tinha já sido capturado... AAS/LUSA

É já amanhã...


MEIA MARATONA DE BISSAU - QUILÓMETROS DE ESPERANÇA

A 3a Meia Maratona de Bissau a semelhança das outras, é uma corrida com uma distância de 21,1 kms cujo objectivo é projectar ao máximo o nosso atletismo. Está agendada para o dia 28 de Outubro mas, devido aos últimos acontecimentos trágicos, corre sérios riscos de sofrer um aborto provocado e deitar água abaixo todo o esforço da federação de atletismo da Guiné-Bissau (F.A.G.B.) e do seu presidente, Renato Moura (Papi) em prol do desenvolvimento do desporto nacional.

Este ano, ao contrário dos anos transatos, o que tem sido festa, (se nao...) ocorrerá sem dúvida num ambiente consternado e doentio. Terá um percurso muito difícil, com muitas subidas e descidas (de consciência) nas estradas esburacadas da cidade triste e amedrontada.

Espero que este importante evento desportivo venha atrair uma multidão; encher as ruas da capital de gentes de todas as idades, religiões, sexos, raças, cores, de políticos, militares, enfim, toda a sociedade guineense; fortalecer o carácter e reforçar a união entre todos os guineenses; silenciar as armas e por fim a toda a violência; encher com o espírito competitivo e a camaradagem necessária para a luta pela liberdade sonhada; trazer uma visão comum, rumo a um futuro que se quer risonho sobretudo para as gerações vindouras.

Uma meia maratona é uma prova de resistência... Resistência é o que não falta com certeza aos guineenses. Faço votos que o povo resista com coragem a tudo o que tem ameaçado ou destruído a paz e a estabilidade; opte pelo diálogo social como caminho para a reconciliação nacional; não dê ouvidos à voz daqueles que têm interesses obscuros e querem impedir o desenvolvimento do nosso país; lute contra aqueles que pretendem interromper os esforços e todos os “ganhos” conseguidos para o restabelecimento da legalidade constitucional e o bom funcionamento da democracia.

Irmãos, vamos correr pela paz! É a melhor maneira de obter uma boa forma física e sanidade mental... Fazer desta corrida um desafio, momento de união, reflexão e um ponto de viragem de página na história do nosso país!
Correr sem pretensões a títulos e no final assistir este povo sofrido a subir o pódio e a receber como troféu, a PAZ, LIBERDADE E DIGNIDADE.

“Só com uma sociedade unida e não unitária e que passe pelo respeito pela dignidade de cada um é que se pode construir o futuro. Só uma solidariedade efectiva pode ser o antídoto contra os problemas... É urgente educar para a paz!” (sua santidade Papa Bento XVI).

Façamos do desporto uma prioridade! Haja saúde!

Londres, 26/10/12
Vasco Barros.

Carlos Gomes Jr.: "Rejeito a violência porque sou um homem de bem"


O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau declarou hoje à Lusa que rejeita atos de violência, é homem de bem e terá de reagir a quem o acusa de envolvimento no assassínio de políticos ou ataques militares. Carlos Gomes Júnior, que se encontra na África do Sul desde quarta-feira, disse à agência Lusa, em contacto telefónico a partir de Lisboa, que desconhece a existência de uma carta rogatória que as autoridades de Bissau informaram ter enviado a Portugal no passado dia 10 para que seja ouvido no âmbito do processo de Helder Proença, ex-ministro da Defesa guineense, assassinado em 2009. Face à carta, que segundo fonte do gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República portuguesa ainda não deu entrada na instituição, Gomes Júnior não hesita em afirmar que os seus advogados tratarão de seguir o processo. LUSA

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

José Maria Neves: “Guiné-Bissau está a transformar-se num narco-Estado, onde as instituições não funcionam”


O primeiro-ministro, José Maria Neves, considerou hoje na Cidade da Praia que a Guiné-Bissau deve ser motivo de preocupação para toda a comunidade internacional porque “está a transformar-se num narco-Estado, onde as instituições não funcionam”. O chefe de Governo falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura do protocolo entre o Governo de Cabo Verde e os Bancos Comerciais para a operacionalização do Sistema de Crédito para Estudantes com Garantia Mútua. José Maria Neves fez estas considerações depois de escusar-se a tecer qualquer comentário sobre as declarações do porta-voz do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, que considerou “vergonhosas” e pediu que acabem “as faltas de respeito” referindo-se às declarações das autoridades cabo-verdianas sobre os últimos acontecimentos no seu país.

Isto porque, na sequência da tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem sempre as declarações políticas correspondem à realidade. “Não merecem qualquer comentário do Governo de Cabo Verde. O Estado de Cabo Verde é uma pessoa de bem, as instituições da República são legítimas, Cabo Verde é um Estado de Direito Democrático e tem uma grande confiança e prestígio no plano internacional”, respondeu hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano. O chefe do executivo aproveitou ainda para dizer que no arquipélago está-se sobretudo a trabalhar para que se possa combater com vigor os tráficos, o desrespeito pelos direitos humanos e qualquer desvio em relação aos princípios fundadores de um Estado de Direito Democrático.

Cabo Verde, acrescentou José Maria Neves, quer que a Guiné-Bissau encontre a paz, quer que a comunidade internacional preste atenção a este país irmão porque “está a transformar-se num narco-Estado, onde não há respeito pelos direitos humanos, onde as instituições da República não funcionam e não há a submissão do poder militar aos poderes civis legitimamente constituídos”. O primeiro-ministro aproveitou igualmente para instar a União Africana a ver com um “olhar atento” a situação da Guiné-Bissau, buscando consensos com as Nações Unidas, a CPLP e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para, entre outros, o lançamento das bases para a consolidação da democracia e para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

“GUERRA” COMEÇOU ONTEM

Ainda ontem, o Governo de transição da Guiné-Bissau, através do seu porta-voz, Fernando Vaz, atacou, de forma pouco cordial, o Primeiro-Ministro e Presidente da República de Cabo Verde, que se pronunciaram sobre a crise política e militar, que tende agudizar-se dia após dia na quele país lusofono. Em declarações à RTP África, Fernando Vaz disse que é “vergonhoso” as declarações do primeiro ministro de Cabo Verde, quando “põe em causa a veracidade dos actos do Governo da Guiné-Bissau”. O porta-voz vai mais longe ao interrogar se a Independência de Cabo Verde é verdade. “De onde é que veio? Terá vindo de Portugal? O senhor José Maria Neves se fala hoje deve a este povo e pelos milhares de mortos, que sofreram para ele poder falar dessa maneira”.

Referindo-se à recente situação que provocou seis mortos num assalto a uma das casernas das Forças Armadas guineenses, Fernando Vaz diz que sabe, perfeitamente, que essa é uma estratégia de Portugal, CPLP e os seus “comparsas”, que prepararam um levantamento militar, com vista a tentar descredibilizar o Governo de transição na Guiné-Bissau. “Foi um acto terrorista de assalto a um quartel para trazer a instabilidade e morte da Guiné-Bissau, novamente”, frisou o porta-voz, que fez questão de responder o PR e o PM de Cabo Verde, no que concerne ao envio de uma força internacional para tentar estancar a onda de violência que assolando a Guiné-Bissau.

“Quero dizer ao senhor José Maria Neves e o senhor Jorge Carlos Fonseca que nós iremos reforçar o contingente militar. Vamos pedir à CEDEAO para que reforce o contingente militar, para que eles, Portugal e os seus comparsas não preparem mais situações deste género e que as nossas fronteiras estejam mais protegidas”, frisou. “Pedimos ao PM e ao PR de Cabo Verde que deixem o papel que fizeram no período colonial, que deixem de ser instrumento do colonialismo e que sejam africanos hoje. Eles são daquelas pessoas que, se calhar, defendiam a posição de Cabo Verde como Portugal insular. Nós sempre defendemos a independência, não confundam e não nos faltem mais ao respeito”, concluiu.
INFORPRESS-DC

Casa roubada...


... Trancas à porta. Pelo menos hoje foi assim durante toda a manhã, na cidade de Bissau. Militares da ECOMIB em grupos de dois, três fecharam todas as entradas que vão dar ao largo da Câmara Municipal de Bissau, onde os fieis muçulmanos rezavam. De AK-47 a tiracolo e com caras de poucos amigos, nem sequer falavam. Um gesto apenas indicava que o acesso está barrado. A sua presença, contudo, intimidava.

No centro da cidade de Bissau, podia ouvir-se uma mosca. O silêncio era total, o calor infernal, estamos a ser engolidos pela humidade. Sobretudo sentia-se a ausência de gente - que incomodava. O corrupio diário, frenético e desorganizado ausentara-se para dar lugar a uma calma de morte, pesada como chumbo. O que se passará? Nada que (me) surpreenda.

Para os lados dos bombeiros, dos coqueiros, de outros 'os', as Kalashnikov já não assustam vivalma. Aliás, as pessoas olham para ela sem desconfiança. Tornou-se habitual a sua presença e a rotina tem destas coisas - o que é perigoso. Por esta hora, ainda são vistos, amiúde. Vestem camuflados e coletes à prova-de-bala, usam um capacete branco, logo não são daqui.

Nunca, em 46 anos de vida, me senti tão assustado, perseguido e ameaçado como nestes últimos dias. Tenho-o dito a amigos próximos com tal convicção que um deles se prestou a acompanhar-me como se disso dependesse a minha própria salvação. Tomei precauções, identifiquei as pessoas que mandaram os recados (assim mesmo e sem medo da expressão, pois foi disso mesmo que se tratou). Assentei os nomes, estão com interposta pessoa, em local seguro.

Contudo, não estou alarmado. Tomei, como disse, precauções mas não creio que alguém se sinta completamente seguro nesta cidade, neste país de traições e cumplicidades dúbias. Tenho ouvido boatos, calúnias. Mantenho-me na minha - informar com base na veracidade (para que ninguém tussa) com humor (é melhor rir do que chorar) e, sobretudo, com total independência. Doa a quem doer. António Aly Silva

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

EXCLUSIVO-Última Hora - IANCUBA NDJAI acaba de ser evacuado para Dakar num avião da FAS fretado pela CEDEAO. AAS

Eid al-Adha : Thompson diz que o Islão é “poderoso promotor da paz na Guiné Bissau”


Peter Thompson, representante do grupo parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau, encontrou-se com a Comunidade Islâmica da Guiné-Bissau, numa antecipação às celebrações do Eid al-Adha. Na sexta-feira, dia 26 de Outubro, Thompson irá testemunhar o sacrifício tradicional de uma cabra na área de Mansoa, a convite dos líderes locais. Desde o golpe de Estado em Abril, quando chefiava a delegação da missão do Reino Unido às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Peter Thompson tem desenvolvido esforços no sentido de promover o diálogo entre as partes no âmbito da Reconciliação Nacional. Thompson foi o delegado internacional para a Conferência de Reconcialiação Nacional, adiada em Janeiro, e tem mediado conversações que se destinam a um novo processo de reconciliação não partidário com uma ”Estratégia de Futuro Partilhada”.

Na quinta-feira, dia 25 de Outubro, Thompson manteve um encontro com o Conselho Superior Islâmico em Bissau. Em declarações aos jornalistas, após este encontro, Peter Thompson afirmou ter “uma enorme admiração pela força da Fé da comunidade Muçulmana na Guiné-Bissau”, tendo aproveitado igaulmente a oportunidade para “congratular o Conselho Superior e o Conselho Nacional pelo trabalho tremendo que têm feito em prol das populações empobrecidas e marginalizadas de todo o país”. Acrescentou ainda: “A fé religiosa é um meio incomparável para encontrar soluções pacíficas para problemas políticos, como o nosso próprio processo de paz na Irlanda do Norte mostrou ao mundo. Na celebração do Eid-al-Adha, esta mensagem deve ser uma inspiração para todos os políticos.” Apesar de professar a religião cristã, Thompson tem vindo a trabalhar de perto com a Comunidade Islâmica em Bissau no processo de Reconciliação Nacional há mais de dois anos.

Cólera: Está confirmado


A Guiné-Bissau começou a ser atingida em agosto por um surto que as autoridades locais consideram ser de diarreia aguda, lançando apelos às populações sobre os cuidados a ter com o saneamento básico e com os alimentos. A pedido das autoridades sanitárias guineenses, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou análises que revelaram que o surto inclui diarreias e cólera.

Fonte do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau disse à agência Lusa que "como a OMS diz, há cólera", o que não significa que os cerca de dois mil infectados tenham sido atingidos pela doença. "Não negamos que haja cólera. Poucos casos. Mas dizer que as pessoas que têm sido atingidas pela diarreia aguda têm todas cólera, isso não podemos admitir, porque sabemos que a cólera mata rápido se não for bem tratada", disse a fonte.

A fonte do ministério da Saúde confirmou que até terça-feira foram registados 1.807 casos de diarreia aguda, que resultaram na morte de nove pessoas, sete das quais na capital, Bissau."Temos de admitir que algumas dessas pessoas terão falecido devido a cólera, mas há um surto declarado de diarreia no país", observou a fonte da Saúde Publica guineense, lembrando que na última epidemia de cólera registada no país em 2008 "em poucos dias" morreram mais de 200 pessoas.

A fonte oficial enfatizou que as diarreias são frequentes na Guiné-Bissau na época das chuvas (entre de Maio e Novembro) sobretudo em Bissau "devido às péssimas condições de higiene e saneamento", apontando situações em que as latrinas ou as casas de banho são construídas ao lado de poços de água.

AMNISTIA INTERNACIONAL - Guinea Bissau: Beatings and intimidation create a climate of fear


A climate of fear has fallen over Guinea Bissau since Tuesday when two government critics were badly beaten and soldiers conducted searches for people they suspect were involved in an attack on a military barracks early Sunday.

The government claims the attack on the barracks of an elite army unit based on the outskirts of the capital, Bissau, was an attempted coup by supporters of the previous Prime Minister Carlos Gomez Júnior, who was himself ousted by a coup in April this year. "It is wholly unacceptable that civilians are being terrorised because they happen to live in an area where the army suspects that supporters of the former government are hiding," said Noel Kututwa, Amnesty International's southern Africa director.

"It is imperative that the authorities uphold the rule of law and conduct investigations into this alleged attack rather than hunting opposition politicians down on the streets." On Tuesday 23 October two outspoken critics of the transitional government were badly beaten by soldiers, some of whom were dressed in civilian clothes. Iancuba Indjai, leader of the Partido da Solidaridade e Trabalho (Party of solidarity and Labour Workers Solidarity – PST) was assaulted, bundled into a car and dumped some 40 kilometres outside the city. He was recognised by local residents and was later collected by his family. He is currently in an embassy receiving medical treatment.

Following the coup in April, Iancuba Indjai had to go into hiding as the military were seeking to arrest him. Later on Tuesday, Silvestre Alves, a lawyer and president of a political party Movimento Democrático Guineense or MDG (Guinean Democratic Movement), was taken from his office and also severely beaten and dumped north of Bissau. He is currently hospitalised in an intensive care unit suffering from severe head injuries and two broken legs.

The authorities have also now accused the former secretary of state for fisheries, Tomas Barbosa, of collusion in Sunday's attack and are hunting for him. According to information received by Amnesty International he has taken refuge in an embassy. Other members of the government deposed in April have apparently also taken refuge in embassies. Some of them have already spent months in hiding following the April coup. "These savage acts only add to rapid deterioration of the human rights situation in the country and the pervasive climate of fear," said Noel Kututwa.

"These witch hunts must end and the perpetrators of these vicious attacks brought to justice or the cycle of violence that has plagued Guinea Bissau for decades will never end." The April coup exacerbated the political instability and fragility of Guinea-Bissau and accentuated the tension between the military and civilian authorities, and was a setback to the tenuous democratic and human rights gains made in recent years. For years, security and stability in Guinea-Bissau have been threatened by rampant impunity for human rights violations by the armed forces, including stalled investigations into the killings of political and military figures since 2009, the urgent need to reform the security forces, including the military who have long interfered in politics, and suspicions that several military officers and other officials are involved in international drug trafficking.

Coups, attempted coups and military revolts that have plagued the country since its independence from Portugal in 1974 became more frequent after 2000.


Notes to Editors:

Iancuba Indjai is also a spokesperson of the Frente Nacional Anti-Golpe – FRENAGOLPE, (a platform of political parties and civil society groups set up to contest the April coup)
For more information or to organise an interview with an Amnesty International expert, please call Katy Pownall on +27 (0) 797 378 600/ +44 (0) 7961 421 583 or email kpownall@amnesty.org


Katy Pownall
Africa Press Officer,

Amnesty International
International Secretariat

Guiné-Bissau: Presidente de Cabo Verde defende intervenção "firme e determinada" da ONU


Presidente de Cabo Verde defende intervenção "firme e determinada" da ONU na Guiné-Bissau. Jorge Carlos Fonseca defendeu ontem, na Cidade da Praia, que sem uma intervenção "firme, determinada e interessada" das Nações Unidas, a Guiné-Bissau corre o risco de não ter solução.

Falando à agência Lusa e à RTPÁfrica, à margem de uma reunião dos presidentes dos Tribunais de Contas lusófonos, Jorge Carlos Fonseca considerou "lamentáveis e inaceitáveis" os acontecimentos de domingo de manhã em Bissau, onde um alegado ataque a um quartel provocou seis mortos. "Estamos a acompanhar os acontecimentos e a tentar perceber a sua real dimensão e efetivo significado. É muito lamentável e inaceitável que se continuem a registar atos de violência, que haja continuidade da intervenção de forças militares no processo político", afirmou Jorge Carlos Fonseca. LUSA

quarta-feira, 24 de outubro de 2012